Beauty and the beast escrita por SundaeCaramelo


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, estava meio sem criatividade esses dias, então desculpem a demora. Mas vocês estão comentando pouco né? Bom, mas mesmo assim, espero que gostem do capítulo.



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– Por um bom tempo? - perguntei. E ele respondeu:

– Sim... Pelo menos até a guerra acabar. Estou tentando te proteger.

Sorri levemente comovida ao ouvir aquela frase. Ele queria me proteger da guerra! Que gentil! Que gesto nobre, considerando as circunstâncias! Nobre até demais para um grosseiro... Tudo bem, posso ter "invadido" seu jardim, mas eu não sabia que ele pertencia a alguém. Mas, aquele estranho ser ameaçador coberto por uma capa negra, que naquele momento estava em minha frente, tinha sido grosso sim! Sei que quando ele me pediu silêncio, ele só estava tentando impedir que alguma coisa ruim acontecesse, mas custava ele ter me dito o porquê? Só fui entender o motivo de ele ter me mandado ficar quieta assim que entramos no castelo, ficou tudo em silêncio e pude ouvir o barulho de tiros.

Por causa dessa grosseria e do fato de eu saber que sentiria muita saudade de meu pai e de Anna, que me recusei a permanecer ali, tentando ser educada, afinal, o que ele estava fazendo ainda era uma coisa bonita:

– Agradeço sua preocupação, mas acho que posso me defender sozinha. E eu tenho um pai e uma amiga que precisam de mim.

Ouve um pequeno momento de silêncio e quando já estava quase chegando na porta, ele disse:

– Não tão cedo senhorita.

Me virei e suspirei. Aquilo ia demorar.

– Como você roubou minha rosa...

– EU NÃO ROUBEI - reclamei. Ele continuou, sem demonstrar preocupação:

–Mas mesmo assim, você QUASE roubou. E além disso eu acabei de te salvar. Portanto, você tem uma dívida comigo... - ergui a sobrancelha. - E vai ter de ficar aqui até a guerra acabar para que essa dívida seja paga.

Eu o encarei, boquiaberta e toda a admiração por aquele ato de bondade se foi. Ele podia até estar certo, eu realmente estava em dívida com ele. Mas aquilo não era correto! Ou ao menos não me parecia correto. Por que ele queria que eu ficasse lá? Por que, apesar de estar tentando me ajudar, ele simplesmente não me deixava ir embora, esquecer aquela história e nunca mais voltar? E apesar de todas essas questões, o que mais me preocupava era o fato de que, se eu estivesse certa ( o que eu provavelmente deveria estar) a moça por quem o rei estava apaixonado era eu e se eu estivesse perdida no meio da floresta, eles nunca iriam me encontrar e a guerra nunca iria terminar. Por um lado aquilo era bom, pois eu jamais me casaria com aquele idiota, ainda mais após saber a que ponto ele tinha sido capaz de chegar só para conseguir o que queria. Mas por outro, sinceramente, se a guerra causasse medo e destruição por muito tempo eu... estava disposta a me entregar, por mais que aquilo doesse em mim.

E, para evitar tudo isso, tentei encontrar uma saída para aquela situação desafiando:

– E se eu não quiser ficar?

– Seu pai fica em seu lugar.

Tremi só de pensar naquela possibilidade. Meu pai não. Ele já estava velho e eu o amava muito para deixar que aquilo acontecesse com ele. O argumento que aquele grosseiro tinha usado havia sido desonesto! Ele sabia que qualquer moça jamais seria capaz de "condenar" o próprio pai daquele jeito. Aquilo me encheu de raiva, mas mesmo assim me rendi, com a voz mais fria desse mundo:

– Então eu fico.

E antes que ele pudesse falar mais algum a coisa, não aguentei e falei:

– Mas não pense que eu vou ficar aqui porque quero. Porque a partir de hoje, eu te odeio.

A sala ficou no mais assustador silêncio. Depois de um tempo assim, ele suspirou. Então chamou um homem magro, que parecia ser simpático e pediu:

– Harry, leve a moça até seu quarto.

Harry hesitou um pouco e ficou encarando-o, visivelmente surpreso, assim como os outros criados, mas depois ele se aproximou de mim, pegou delicadamente a minha mão e me levou pelos gigantescos corredores, até pararmos em frente a uma grande porta de madeira. " Meu novo quarto " pensei e Harry confirmou com a cabeça. Abriu a porta e por fim, falou:

– Se precisar de algo, chame Paul, Charlotte ou me chame. Estaremos prontos para atende-la. Esperamos que goste daqui.

Agradeci a hospitalidade, dei um leve sorriso finalmente entrei no quarto, assim que ele saiu.

O quarto era enorme. Maior que minha casa inteira. Mas eu não liguei para isso naquele momento. Tudo o que eu fiz foi me sentar encolhida no chão e ficar pensando no que fazer. Olhei de relance para a janela e percebi que já era noite. Tínhamos prometido que voltaríamos antes do anoitecer... Como estaria meu pai naquela hora? Como estaria Anna? Eu não tinha como saber.

Então, enterrei a cabeça nas pernas e comecei a chorar. Quanta saudade eu sentiria... E quanta raiva eu estava sentindo daquele grosseiro sem coração! Nunca tinha imaginado que a minha vontade de fazer os outros felizes fosse me prejudicar algum dia.


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Notas finais do capítulo

#beladeprimida



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