On the Way escrita por Liz


Capítulo 7
O Pacto




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Stefan Salvatore olhou para todos os lados antes de entrar em uma enorme mansão branca, desgastada com o tempo, com galhos de árvores presos por toda parte.

Klaus observava o vampiro atentamente. Apesar de ainda nervoso com o aparecimento repentino de Lena e Alya, ele não deixaria Stefan sair vivo sem recuperar sua família. A preocupação número 1 ainda era essa.

Ele caminhou até a mansão. Stefan deveria mesmo estar preocupado com algo para não perceber sua presença. Klaus sabia que ele também estava pensando em Lena. Todos estavam. Principalmente ele, que após pensar que a garota estava morta por quase setenta anos. Ela não tinha consideração por toda a década em que passaram juntos? Foram quase quinze anos!

Balançou a cabeça. Tentou esquecer a imagem de Lena em sua cabeça. Entrou na mansão. Estava escura e cheia de poeira. Parecia ter sido abandonada há anos. Lá estava sua família, Klaus tinha certeza.

Andou mais pela mansão. Usou sua audição de vampiro para descobrir algo, mas não encontrou nada. Stefan ainda estava na mansão, Klaus tinha certeza. Mas por que não conseguia ouvir nada?

– Procurando alguma coisa, Klaus?

Klaus se virou. Stefan estava atrás dele, recostado em uma porta quebrada, os braços e as pernas cruzadas. Mesmo no escuro, Klaus podia ver a expressão nervosa de Stefan, mas a superioridade estava lhe subindo a cabeça. Ele pensou em avançar para cima de Stefan, mas se segurou. Queria saber o que o Salvatore mais novo estava planejando.

– Eu tenho certeza que você sabe o que é – Klaus ironizou.

Klaus viu uma sombra de sorriso se formar na boca de Stefan.

– Pode procurar onde quiser – Stefan respondeu. – Se encontrar algo, me diga.

Klaus estreitou os olhos.

– Onde eles estão? – ele perguntou, quase gritando. – Onde eles estão, Stefan?

– Você nunca vai encontrá-los, Klaus – falou Stefan. – Você nunca vai ter sua família de volta.

– Eu sei que eles estão aqui. Vou encontrá-los e quando isso acontecer, você vai estar morto! Fico pensando no que Elena vai pensar quando receber o seu corpo na porta de sua casa. Ou até o Damon.

– E a Lena? – Stefan indagou. – Já pensou nela?

Klaus ficou rígido. Lembranças fluíram em sua cabeça. Como a primeira vez em que a viu. De início, ele realmente pensou que era apenas uma garota de dezessete anos. Ficou surpreso ao descobrir que ela era uma vampira e rapidamente se encantou pela beleza dela. Apesar de ser uma vampira, Lena sempre conseguia parecer como quisesse. Se quisesse parecer que tinha quinze anos, ela conseguia. Ou dezessete, dezenove, vinte e um ou até vinte sete anos. A idade com que foi transformada em vampira. Klaus não sabia muito bem dessa história, só sabia que Lena teve o azar de cruzar com uma vampira traiçoeira e mais tarde, Klaus descobriria que era Katherine.

– Você não sabe nada sobre ela – Klaus murmurou. – Ela pode te matar, Stefan. Pense em alguém com propósitos que ninguém é capaz de descobrir. Pense em alguém que é capaz de matar milhões de pessoas porque uma... porque uma mosca morreu – ele sorriu.

– Ah, eu penso em você. Mas posso acreditar que ela chega a ser tão cruel quanto você, já que vocês tiveram um caso.

– Foi alguns anos depois que a gente se conheceu em Chicago – Klaus relembrou. – Alguns anos depois de colocar uma adaga na Rebekah – sorriu mais uma vez. – Que coincidência!

– E aquela garota... Alya! Quem é ela?

Klaus relembrou da garota de quinze anos que conheceu nas ruas de Las Vegas, no verão de 1939. Lena havia ficado encantada com a garota e rapidamente se tornaram amigas. No início, ele não se incomodou. Mas Alya demonstrou não gostar dele, e foi naquela época que tudo começou a desmoronar. Sabia que tinha sido um erro matá-la, mas precisava ter certeza das ações de Lena. A certeza foi uma das piores coisas que Klaus descobrira.

– A amiga dela – Klaus respondeu com desdém. – Se conheceram em 1939. Era só uma humana, quem poderia pensar que causaria tanto estrago? – Ele tentou sorrir, mas não conseguiu. – Eu a matei. E pensei que tinha me livrado dela, então ela aparece na minha frente, dizendo coisas difíceis de acreditar.

– Você gostava dela? – Stefan zombou. – Klaus Mikaelson apaixonado pela minha... pela minha irmã. Difícil de acreditar nisso.

– Não desvie do assunto principal.

– Você acredita nela? – Stefan continuou. – Acredita que ela possa estar dizendo a verdade? Vindo da Katherine, eu não acho tenha alguma verdade nisso.

Klaus sorriu.

– Há coisas maiores para se temer do que a Lena.

***

Lena sentiu seu estômago revirar. Parecia que ela estava perdendo todos os seus sentidos. Suas mãos estavam tremendo e ela estava contando os segundos para suas pernas cederam e ela cair no chão.

James estava na sua frente. Era esse mesmo o nome dele, pelo o que ela se recordava. Não parecia nada demais naquela noite, mas por que parecia tanta coisa agora? Por que ela se lembrou dele como se ele fosse uma alma viva destinada a atormentar sua vida? Era só o estranho de uma noite.

Ele saiu correndo do Grill. James estava espantado e desesperado. Lena pensou que ele voltaria, mas não. Ao longe, ela ainda podia ouvir os suspiros e a respiração ofegada. Teve até a impressão de ouvir um grito abafado.

As coisas ao seu redor começaram a girar e girar. Ela sentiu algo dentro de si desmoronar e sabia o que era, ou talvez pensasse que sabia, mas era tão estranho e tão doloroso que ficava difícil pensar.

Pegou em seu amuleto. Aquele que ganhara de sua mãe há quase 150 anos. Era um cordão preto, preso em pedra dourada, que brilhava quando era refletido no sol. Em baixo dele, um colar com a pedra Lapis Lazuli. Ela estava rachada e há muito tempo, ela percebera isso. Não demoraria muito para quebrar – isso era mesmo possível? – e Lena queimar no sol como fogo em carvão. A pedra do amuleto estava desbotando e estava claro: ele também perderia o seu encanto. Tudo perderia o encanto.

Quando suas pernas finalmente resistiram, Lena sentiu dois braços fortes ao seu redor. Aquelas mãos eram familiares. Ela teve certeza de quem era quando ele sussurrou no seu ouvido ‘’eu estou aqui’’ e sabia o que ele estava fazendo quando sentiu algo entrando no seu pescoço, mas especificamente uma agulha.

***

– Você? – Stefan perguntou, caminhando em direção ao híbrido. – Ainda precisa de mim, Klaus. Se me matar nunca vai encontrar sua família.

– Vamos fazer um acordo – Klaus propôs, ao perceber que Stefan poderia ter razão. – Eu te conto histórias sobre a Lena. Tem coisas muito interessantes.

– Como o quê?

– Ela conheceu Elijah – Klaus relembrou. – Sabe sobre Rebekah, conhece a Katerina, a mãe era uma mulher interessante que vivia nos arredores de Mystic Falls e conheceu um homem... Giuseppe Salvatore! Você nunca se perguntou o que a Lena fez nesses 175 anos?

– Ela não pode ser mais importante do que sua família – Stefan ironizou. – Você não pode saber sobre tudo o que ela fez.

– Mas eu sei que ela conheceu o Damon muitos anos atrás. Infelizmente, ele não se lembra dos melhores acontecimentos do século.

A postura de Stefan mudou.

– Eu posso fazer um acordo – disse ele. – Ou melhor: um pacto. Nós contra Lena e você contra mim. É uma boa proposta, não é? Até lá, você pode tentar me vencer, se conseguir.


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