Elos escrita por Layla Glêz


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Então né, sei que sumi daqui e que nenhum motivo que eu dê vá ser suficiente, mas não me custa tentar, né? kkkk
Eu estava com bloqueio com relação a essa história, de verdade. Tinha feito um roteiro pra ela e achei parecida com outro que já usei anteriormente, fui alterar e não gostei, ai terminei travada, sem saber pra onde ir. Eu teria continuado assim, mas decidi que vou continuar escrevendo sem roteiro mesmo, a ideia vai surgir.
Na verdade, tenho agradecimentos a fazer, decidi voltar a escrever quando vi numa história (muito boa por sinal, chamada Sigilos) a autora - Khaleesi - recomendar Elos! Eu não pude acreditar, então muito obrigada, moça! *u*
Sem mais delongas, topo com vocês nas notas finais. Vou responder a quaisquer comentários pendentes. Beijinhos, boa leitura!



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Magnólia. X792

A maga estelar estava estranhamente calada ao lado do namorado, enquanto os dois caminhavam pelas ruas de Magnólia. Nem sequer tinha dito nada sobre estar de volta em casa, ou sobre qualquer outra coisa, a verdade era que se encontrava com raiva, possessa mais precisamente, porque tinham ido a uma missão no intuito de arrumar dinheiro para algum evento de comemoração entre os dois. Só que o rosado teve um acesso de ciúmes, com relação a um pobre coitado que olhou um pouco torto para a Heartfilia, e nisto destruiu um restaurante, causando inúmeros prejuízos. E o dinheiro da missão foi inteiro para os reparos...

Além é claro dela ter perdido uma excelente informação a respeito de um possível "concerto" da chave de Aquarius.

E era essa última parte que a deixava furiosa.

Não era a primeira vez que o Dragneel tinha um ataque de ciúmes, puxando-a para longe de qualquer homem que chegasse perto dela, mas decididamente tinha sido o pior ataque de ciúmes nos onze meses de namoro... E para completar ele agia normalmente, como se nada daquilo tivesse acontecido.

– Ah! Chega! - gritou, explodindo por fim na porta de seu apartamento.

– O que foi, Luce? - o Salamander perguntou, naquele mesmo tom inocente que sempre tinha.

– Você! Argh! Ameaçou um garçom! Explodiu um restaurante! Me deu um banho de molho! Um prejuízo de cinquenta mil jewels! - esbravejou - E o mais importante: tirou a ÚNICA pista que eu tenho de recuperar a chave da Aquarius!

– Mas...

– Sem "mas" Natsu! Toda vez que alguém se aproxima de mim, você surta! Eu não posso falar com um rapaz que você já quer socá-lo!

– Mas... - tentou novamente e logo foi interrompido.

– SEM "MAS" - explodiu a maga - Estou cansada das suas crises de ciúmes, eu vou voltar àquela cidade SOZINHA!

– Não vai não, Luce! - a exclamação dele soou quase como um pedido, meio choramingado.

Em qualquer outra ocasião, a voz dele daquele jeito teria acabado com seus argumentos, mas a raiva era grande demais para ela simplesmente deixar para lá. De toda forma, não era de si ficar com raiva do rosado por muito tempo... Era como se toda vez que explodisse e colocasse armadilhas ao redor de si ele as desarmasse uma a uma.

A maga estelar suspirou, já no seu apartamento, ainda irritada o suficiente para não comentar nada, mas tentando soar o mais doce que conseguia - o que não era muita coisa - quando por fim falou:

– Eu irei sim, sozinha, e se me seguir acabo tudo! - esbravejou por fim, sabendo que era isto que o Dragon Slayer faria assim que tivesse a primeira oportunidade.

Então, ainda irritada, trancou-se em seu apartamento, deixando o Salamander pensativo na rua. Por um lado ele queria invadir o quarto da loira e fazê-la enxergar o lado dele, mas por outro também tinha se irritado com aquilo. Era claro que o homem estava olhando para a maga com "outros olhos" e esse sentimento de possessividade era algo recente para ele, além da fúria imensa que tinha quando outros queriam se jogar sobre a sua Heartfilia. Por que ela não entendia aquilo?

Terminou voltando a sua casa, irritado durante o caminho. E nas semanas seguintes descobriu que aquele tinha sido seu pior erro.

Lucy estava no trem quando se perguntou se aquilo era realmente uma boa ideia... Sentia falta do mago do fogo ao seu lado, o pior é que não tinha coragem para admitir que talvez (e só talvez) estivesse errada quanto a fúria de sua possessividade.

A verdade é que parte dela achava bonitinho tanto ciúme. Mas não iria admitir, não antes de voltar a Magnólia pelo menos. Foi com pensamentos do gênero que viu a cidade se afastar e os contornos de Sinya¹ aparecerem, ali tinham feito a última missão, ali estava o homem que dizia ter informações importantes sobre as chaves celestiais.

Ao sair da estação, caminhou apressada por entre as ruas, invocando Plue apenas por necessitar de algo mais além das rodinhas de sua bolsa se chocando no chão. Aquele silêncio a estava enlouquecendo, queria dar meia volta naquele momento e falar com Natsu. Porém, não o faria. Não agora que estava tão perto.

— Plue, Plue! — o espírito exclamou, assim que se aproximavam de um casebre torto.

— Eu sei, Plue. Mas quando voltar, falo com ele, ele vai entender. Sei que vai... — ela respondeu, dando um sorriso tristonho e batendo na porta.

O cão-menor se dissipou pouco antes da maga ouvir outra voz, oriunda do interior do casebre.

— Quem é? — era masculina e grave, um tanto quanto rouca.

— Lucy, maga da Fairy Tail. Me falaram que você tem informações da magia celestial e eu quero muito aprendê-las.

A porta se abriu devagar, num rangido seco, e não havia ninguém ali. Ainda assim, ela ouviu novamente:

— Entre logo, esse não é um lugar pra ficar no meio da rua.

Obedeceu, tremendo internamente com o cenário sombrio, um corredor longo e escuro, onde se via apenas uma tocha ao fim, iluminando fracamente o lugar. Deu alguns passos, insegura.

— Venha logo, mocinha! Não tenho o dia todo! — a voz ralhou de novo, fazendo-a se apressar.

— Ai! — Lucy exclamou, assim que sentiu um objeto em sua panturrilha, ouvindo um baque de algo no chão.

— Não seja desastrada! Tem coisas importantes ai, sabia?

— Tá meio escuro pra ver — reclamou baixinho, mais para si que para o dono da casa e surpreendeu-se a ver que ele tinha escutado.

— Quem quis vir aqui foi você e não eu. Agora venha logo!

Lucy reclamou, mas ainda assim prosseguiu, até que se deparou com uma porta esquisita ao fim do corredor, abriu-a devagar, deparando-se com um homem sentado a uma cadeira, óculos no rosto, cabelo grisalho. Ele puxou uma alavanca e ela ouviu o baque das duas portas se fechando.

— Não posso mais andar — falou simplesmente, apoiando o livro que tinha em mãos no colo, fechando-o com um marcador. Então o velho olhou para ela, parecendo intrigado a analisá-la — O que quer saber?

Lucy então puxou um cordão do próprio pescoço, mostrando a chave partida de Aquarius. Engoliu o nó que ameaçava se formar em sua garganta e falou:

— Há alguma maneira de trazê-la de volta?

— Para quê você quer isso? — perguntou o homem — Já é surpreendente que ela tenha se deixado partir e você ainda a quer de volta?

— Ela é uma amiga, como todos os meus espíritos. Sinto sua falta.

— Ela é uma arma — rebateu somente — Não darei armas a mais ninguém.

— Ela não é uma arma! Aquarius é uma amiga, uma auxiliadora! Eu jamais a usaria somente como arma!

O homem arqueou uma sobrancelha e esboçou um meio sorriso.

— Sim, há um modo de trazê-la de volta. Mas não pense que será fácil, é um perigo imenso, requer mais magia que o corpo de qualquer mago pode ter. Os antigos uma vez tentaram trazer de volta uma das chaves, mas ela terminou terrivelmente corrompida. Não é prudente, você quer tanto ver a sereia de novo? Mesmo que isso possa corrompê-la?

Lucy abriu a boca diversas vezes, pensando numa resposta que satisfizesse a si e ao outro. Mas não encontrava. Seria capaz de distorcer Aquarius deste modo? Era muito egoísmo de sua parte trazê-la de volta em outra forma. Ela não queria uma sereia alterada - muitas imagens grotescas se passavam em sua mente - queria apenas sua velha amiga.

— Bem, não importa. Se você quer mesmo trazer a chave de volta, saiba que é preciso chegar ao início da magia celestial, buscar a fonte primeira, para então utilizar de seu poder. Você pode perder tudo se decidir seguir esse caminho. Agora suma daqui! Não gosto de gente que fica com cara de idiota perto de mim. Pode encontrar o que procura em livros, basta procurar pelas palavras que lhe disse.

Lucy continuava perplexa, pensativa, sem saber o que dizer até que o velho ergueu a mão e bateu com tamanha força no próprio colo que seu grito a fez se assustar:

— Saia!

Ela correu para fora, ouvindo a porta bater com violência em suas costas. Achava tudo aquilo meio inútil, as dicas muito vagas, a conversa uma perda quase total de tempo. Suspirou, prestes a chamar Plue de novo, e então ouviu um tom debochado:

— Não falei que ela viria? Essa daí é tão boba quanto o resto...

— Tá, fez um bom trabalho. Mas não espere que lhe dê um presente por isso, Mero — uma voz feminina respondeu.

­— Tsc. Quem falou em presente? Só quero a loirinha por alguns minutos. Ou você, que tal?

— Vai sonhando! — rebateu a mulher, então Lucy os viu.

Ela vinha vestida numa roupa de couro de cobra, com um decote imenso, tinha o cabelo púrpura e olhos vermelhos, as unhas se destacavam em suas mãos, brilhando e gotejando veneno. A mulher deu-lhe um sorriso afiado, ao ver que Lucy já pusera a mão sobre o chicote instintivamente.

— Hum... Parece que ela quer lutar, Mero — falou, debochada.

O homem ao seu lado estralou o pescoço, de pele escura, ombros largos, tinha pelo menos uns cinquenta centímetros a mais que sua dupla. E os olhos completamente brancos, ele ergueu uma mão, abrindo-a lentamente.

E aquilo foi tudo o que ela se lembrava de ter visto, a palma erguida, a luz ofuscante, os olhos vermelhos que debochavam em sua direção.

E a frase, a maldita voz de cobra sibilando:

— Assim você estraga minha diversão...


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Notas finais do capítulo

Oi de novo! :3 O que acharam do capítulo? Eu sei que ele ficou curto, mas não quis forçar, não podia colocar mais informação que isso (os próximos terão mais, prometo).
Desculpem quaisquer erros, mal corrigi ele. Apenas escrevi no embalo, espero que tenham gostado.
Agora, vou explicar outra coisa pra vocês, há algum tempo me aventurei nas histórias originais, então, para os leitores do gênero, passem na minha nova fic em parceria com a escritora de Noite do Caçador. O nome da história é Forjados em Sangue, eu ficarei maravilhada de vê-los por lá! O link é esse aqui: http://fanfiction.com.br/historia/604700/Forjados_em_Sangue/
Tenho outra original, mas estou reorganizando ela. Então não vou falar dela por aqui.
Outra coisa, leiam a história da Khaleesi, é fantástica! Eu to simplesmente apaixonada por aquilo, super indico, o nome é Sigilo ;)
Para não perder o costume: façam dessa autora uma criança feliz, comentem!
Beijinhos, até o próximo.



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