Just Love escrita por Marshmallow


Capítulo 8
Hello, I love you


Notas iniciais do capítulo

IMPORTANTE, LEIAM!!
Quero deixar claro algumas coisas sobre a 'linha do tempo' da fic:
Spencer foi embora no final das férias de verão (julho) de 2010.
Ela começou a sair com Toby no final de 2009, em dezembro, ou seja, durou mais ou menos uns sete meses.
Toby e Alison começaram a namorar em 2009, em maio (9º ano).
A mãe de Toby se matou em 2011.
Spencer chegou a cidade dia 17 de agosto e esse capítulo se passa no dia 22 (sexta).
A história se passa no ano de 2012, terceiro e penúltimo ano do ensino médio.
Se alguém tiver alguma dúvida, falem nos comentários! Eu sou uma pessoa confusa e ás vezes coloco uma coisa em um capítulo e no outro coloco outra. Beijos e espero que curtam o capítulo



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DESDE NOSSA CONVERSA NA MINHA CASA, eu não falava com Toby. Não sabia por que mas estava o evitando. Evitando suas mensagens, ligações e o pior é que hoje tinha aula de inglês, então não tinha como ignorá-lo. O resto da semana passou rápido, já era sexta e no dia seguinte era a festa de Noel e semana que vem começava a Semana de Conscientização do Álcool. Ainda faltava uma hora para a aula começar e não queria levantar da cama. Ouvi um bipe e peguei meu celular.

1 mensagem de: ANDREW

AndrewC: Oi eu sei que você anda ocupada essa semana então pensei que podíamos ir juntos na festa do Noel amanhã, pode ser?

E havia Andrew. Ele fazia aula de Biologia comigo e éramos parceiros, ele era legal, me fazia rir e o jeito tímido dele era fofo, mas eu não sentia nada por ele. E eu tinha aceitado sair com ele, mas foi por que Toby estava ali e eu queria fazer ciúmes nele. E eu não queria ferir os sentimentos dele ou algo parecido, então estava enrolando.

SpenceH: Claro, vc pode passar aqui amanhã mais ou menos... não sei, oito está bom?

AndrewC: Está ótimo. Te vejo amanhã.

Coloquei o celular de volta na mesa de cabeceira e meu joelho doeu. Ia ter que usar alguma roupa que tapasse aquela ferida idiota.

Me revirei na cama, pensando em tudo que conversamos sobre sua mãe, nossa traição, o incêndio, o negócio com Jenna. Ainda não conhecia ela, nem de vista, mas ela parecia ser uma vadia. Eu queria berrar comigo por ser tão estúpida.

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(Flashback ON)

Assim que terminei de falar com Hanna, chorando, desci e chamei Toby. Estava falando com todos os sete individualmente, como Rachel fez em ‘Friends’. Só que eu não ia ignorar o meu Ross e sair sem falar com ele. Entramos no quarto de Alison e tinha um cheiro muito bom de incenso. Dava para ouvir a música alta de Jason, que estava trancado no cômodo ao lado. Sentei na cama de Ali, com lágrimas nos olhos. Eu não queria ir embora assim de repente, mas era preciso. Não dava para ficar apenas eu na casa já que Melissa se empolgou muito com a mudança, e eu não ia aguentar viver com Melissa, apenas nós duas. Toby estava no outro lado do quarto, emburrado.

– Também não é fácil para mim, sabia? – disse, irritada. – Podemos nos despedir normalmente ou você vai ficar bravo comigo?

Ele não respondeu, e chutou fracamente alguma coisa de Ali.

– Toby, você acha que ficar bravo comigo vai facilitar quando eu sair da cidade, mas acredite, você vai se arrepender disso. Conversa comigo. – falei, o puxando pela mão.

Ele largou minha mão e se encostou no armário e deu um chute nele, bem forte, e me assustei.

– Sobre o que você quer conversar? Ah você vai embora ok eu vou sentir sua falta tchau, boa viagem! – ele falou sarcasticamente e chorei ainda mais. Não queria abandonar a cidade e Toby ainda me tratava assim.

– Sabe o que eu acho? Que essa viagem repentina foi uma maneira do universo me dizer que isso que estamos fazendo com a Ali devia ter acabado há muito tempo! – disse, batendo o pé no chão. De repente, Toby me puxa e me beija. Eu estava com lágrimas nos olhos e foi um beijo salgado o que foi nojento mas não me importei. Ele estava com uma mão na minha cintura e a outra no meu cabelo. Nos afastamos um pouco e senti um cheiro de queimado e fumaça. Olhei para atrás, empurrando Toby levemente para o lado e o armário de Alison queimava, chegando até o chão e queimando ele também. O incenso.

– Puta merda. – disse, antes de puxar Toby pela mão. Antes de sairmos, vi o tapete e o chão pegando fogo.

Corremos rapidamente para baixo, não tinha como apagar o fogo naquela altura. Estavam todos meios tristes, já que eu ia embora e aquele era a última vez que eu ia vê-los por um tempo indefinido. A Sra. DiLaurentis, mãe de Ali, tentava animar todos com salgadinhos. Ela viu nossa cara de medo e susto e seu sorriso se apagou.

– Fogo. – foi a única coisa que Toby conseguiu dizer – Seu quarto está pegando fogo, Alison.

Todos começaram a se agitar, e fomos todos para fora. Hanna ligava para os bombeiros e Caleb e Noel chamavam todos para fora. Saía fogo da janela de Ali.

– Esperem. – Alison berrou, e todos os olhares cheios de medo se voltaram para ela. – Jason está na casa.

Eu e Toby nos entreolhamos e eu chorei ainda mais. Os bombeiros chegaram bem rápido, e eu estava me sentindo muito mal e caí no chão, de repente. A última coisa que vi foi Jason em uma maca, a casa de Alison queimada na metade e Alison e a sra. DiLaurentis abraçadas e com lágrimas nos olhos e o último cheiro que senti foi de fumaça. Acordei no avião, sem ter me despedido direito dos meus amigos e sem saber o que tinha acontecido, abandonando todos em um momento crítico.

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(Flashback OFF)

Acordei muito suada e a respiração acelerada. Olhei para o relógio da escrivaninha e faltava exatamente 15 minutos para a aula começar e ninguém tinha vindo me acordar. Me levantei o mais rápido possível e meu joelho vacilou um pouco. Ainda usava o suéter grosso e a calça moletom. Meu cabelo estava despenteado e tinha olheiras, apesar de ter dormido direito esses dias. Olhei pela janela e o sol brilhava, o que era estranho já que tinha congelado e ventado como nunca ontem. O tempo era como essa cidade, sem sentido. Acabei pegando uma blusa social bem soltinha rosa claro e um jeans preto até o tornozelo e desci devagar, com medo de machucar o joelho novamente.

Atrasada, nem tomei café e fui direto para o carro. A casa estava totalmente vazia. “Me esqueceram, novidade” pensei. Peguei o carro e fui pensando sobre meu sonho, nunca tinha entendido como pegou fogo tão rápido. Tudo bem, o armário de Ali era acoplado na parede e tudo era de madeira, mas era meio estranho tudo isso.

Afastei meus pensamentos e dirigi o mais rápido possível, apesar de não querer fazer o primeiro tempo, que era Inglês com o Toby. Procurei alguma vaga e estacionei na esquina da escola, tendo que correr para as portas não fecharem. Os corredores estavam completamente vazios e conseguia ouvir o barulho dos meus tênis no chão.

Bati na porta da sala antes de entrar e todas as duplas estavam reunidas com uma folha que parecia um teste e franzi a testa.

– Srta. Hastings, você está atrasada. Sente-se, é um teste surpresa sobre o livro ‘Jane Eyre’. – sr. Fitz disse, quase um sussurro. Me sentei ao lado de Toby, que já tinha começado o teste, e para minha surpresa, ele prestou atenção nas minhas explicações. Toby percebeu minha cara de choque e me olhou vitorioso.

– Eu não sou tão idiota como você pensa, eu presto atenção nas coisas. Eu lembrei das suas explicações, então.... – ele disse, empurrando o teste na minha direção.

– Eu não te acho idiota. – falei. – Só que você é meio desatento. – ele sorriu.

Continuamos a fazer o teste e o Toby sabia quase todas as perguntas. As explicações dele eram informais, então eu modificava um pouco, mas tínhamos ido muito bem no teste. Tinha mais de vinte questões e Toby explicou que no início da aula o sr. Fitz falou que leu nossos resumos de Jane Eyre e tinha poucas exceções, por que o resto não explicava direito e tinha muitos erros e tudo mais, então ele fez esse teste para saber se estávamos prestando atenção na aula. Assim que acabasse aqueles dois tempos de aula, quem terminasse o teste já era liberado para o intervalo. Para mim e Toby faltavam apenas as últimas cinco questões (eram trinta e cinco ao todo) e ainda faltava meia hora para o intervalo.

Assim que terminamos todas as questões e entregamos o teste, fomos direto para o intervalo junto com mais duas duplas, e saímos da sala, silenciosos.

– Quer comer alguma coisa? – ele perguntou, apontando para a cantina. Concordei com a cabeça e Toby se sentou em cima de uma mesa na vazia lanchonete. Fui na máquina de café e peguei um café puro e um cappuccino para Toby. – Você ainda lembra o meu favorito. – sorri sem graça.

– Eu sonhei com aquela noite hoje. Ainda não entendo como pegou fogo tão rápido... comecei, mas Toby me interrompeu com o olhar, como se tivesse alguém ouvindo. – Qual é Toby, aqui está vazio.

– Também andei pensando nesse dia. Eu achei que nunca mais ia te ver. E pensei bem, a “última” coisa que você teria falado para mim seria “Puta merda”. – ele falou, e rimos. – Eu senti sua falta.

– Eu também senti sua falta. – ele puxou minha mão e me sentou ao lado dele em cima da mesa onde Noel e os garotos populares ficavam. Meu olhar pousou em sua mão, que ainda segurava a minha, e Toby me encarava. Soltei a mão dele exatamente no mesmo momento que o sinal tocou. Engoli meu café puro e me levantei.

– Spence.... – Toby disse, e derreti por dentro. Fazia muito tempo que ele não me chamava assim.

– Você precisa contar para Alison. – falei, ríspida. – Eu sei que pode ter péssimas consequências, mas eu estou cansada disso!

– Disso o que? – ele parecia mais cansado do que eu sobre essa história.

– De você brincando comigo! Eu nunca entendi por que você namorava Ali e ficava comigo. Se você não gostava da Ali e gostava de mim, por que fazer isso? – disse, irritada. A cantina começou a encher e saí correndo dali, sem olhar para atrás.

. . .

FUI ANDANDO ATÉ A ESQUINA DO COLÉGIO, onde estacionei meu carro. Não tinha visto as garotas o dia inteiro, e não estava afim de conversar com elas. Nesses dois dias que evitei Toby e Andrew, grudei nelas. Hoje, não estava querendo conversar com ninguém. Abri a porta do carro e entrei, indo direto para a cadeira do motorista e puxando o espelhinho para retocar a maquiagem, que estava um pouco borrada. Ouço minha porta abrindo e me viro assustada para Toby sentado ali.

– Se você vai entrar, então eu saio. – disse, irritada, e ele trancou o carro. Suspirei alto. – O que você quer?

– Você acha que foi apenas uma brincadeira com você? Que eu estava só te sacaneando. Que não significou nada para mim? – ele falou, sem olhar nos meus olhos.

– Ás vezes, sim. Pelo menos você age como tal. – disse, levantado as sobrancelhas. – Coloque o cinto.

Comecei a dirigir, indo para casa. Ele não falou nada, e também não puxei assunto.

– Acha errado. Depois de tudo que passamos, você acha que eu não.... – ele não terminou a frase. Ele ia falar o que eu pensava que ele ia falar?

Virei a esquina da minha casa e estacionei ali, na frente da casa dos Cavanaugh. Encarei Toby, que parecia um cachorrinho que caiu da mudança. Por que os garotos não conseguiam simplesmente falar de seus sentimentos? Eram tão idiotas assim?

– Bem, já te dei carona. – disse, mordendo o lábio inferior. – Nos vemos na festa do Noel. – destranquei a porta e ele saiu. – Até amanhã.

– Eu te amo. – ele soltou, e pareceu aliviado, como se estivesse segurando um grande peso. O encarei, sem saber o que dizer. – Até.

Toby entrou em casa e eu estava.... Feliz? Triste por Ali? Brava comigo mesmo por ser uma péssima amiga? Feliz? Eu não sabia dizer. Sorri e dirigi até em casa, pensando em como a festa de amanhã seria.


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Notas finais do capítulo

SPOBY PORRAAAAAAAAA