Just Love escrita por Marshmallow


Capítulo 3
Lunch break


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que o nome do capítulo tá uma bosta, mas n tenho criatividade pra essas coisas. Comente, dê sua opinião e se tiver sugestões!!



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PROCUREI E PROCUREI PELA SALA DE INGLÊS, mancando. A cena de Toby me contanto que amava Alison rodava na minha cabeça. Mas eu tinha que esquecer o passado e ficar feliz por eles. Mas isso acontecer era mais impossível que Toby realmente amar Alison. Finalmente achei a sala, uns dez minutos atrasada. Olhei pela janelinha que ficava na porta e o dono dos olhos azuis mais penetrantes estava lá. Bati na porta levemente antes de entrar, e a professor me encarou.

– Srta. Hastings, você sabia que está atrasada há dez minutos? – ele parecia ter acabado de sair da faculdade, tinha cabelos pretos e olhos azuis lindos. Procurei a única carteira livre, que era entre Aria e Toby, provavelmente Aria guardou para mim.

– Sinto muito, sr... Fritz. – disse, tentando ler o nome no quadro, mas ele estava na frente. Ouvi risos.

– Na verdade, é sr. Fitz. – ele disse, saindo de frente do quadro e mostrando o nome correto escrito no quadro. Me virei para Aria, que o olhava apaixonadamente. – Muito bem, agora olhem para o aluno que está na sua esquerda. Ele vai ser o seu parceiro em todos os trabalhos durante o ano todo, como eu sempre faço.

Olhei para minha esquerda, e era Toby que estava ali. Como não tinha ninguém do lado dele, nós teríamos que formar uma dupla. Pelo resto do ano. Com a única pessoa que eu não queria ver no momento. Me virei para Aria, que ia ser dupla de um garoto que eu acho que seu nome era Lucas.

– O primeiro trabalho que eu vou pedir é para dia 27 de agosto é uma resenha crítica sobre o filme “Sociedade dos Poetas Mortos”. Assistam o filme com o seu parceiro e escrevam sua opinião sobre o filme. – ele continuou falando, mas parei de prestar atenção. Eu não conhecia esse professor, se eu soubesse que ele usava essa tática todo ano, não teria sentado perto de Toby. Eu ainda tinha sentimentos por ele, claramente, não correspondidos, e ele ainda namorava uma das minhas melhores amigas, então tinha que afastar. Era o melhor para todos os lados.

– Agora se juntem com suas duplas e discutam sobre o livro que iniciámos antes das férias, ‘Jane Eyre’. Façam um pequeno resumo dela, já que o tempo está acabando. Não vale ponto e é para entregar hoje. – o barulho das carteiras arranhando o chão me fez voltar a realidade e juntei a minha cadeira com a de Toby. Ficamos quietos por um tempo, então ele quebrou o gelo.

– Ahn, imagino que você não tenha lido o livro, então...

– Não, eu já li na minha escola em New York. – o interrompi. O silêncio invadiu novamente. – É pra fazermos um resumo. Ok. Eu diria que é um dos romances vitorianos...

– ... mais chatos do século XIX – Toby interrompeu. E o encarei, chocada.

– Chatos? – exclamei, com a voz esganiçada. – Você não deve ter entendido o livro.

– O que você está querendo insinuar? – ele retrucou. Eu sempre dava aulas particulares para ele no 8º e 9º ano, e era sempre uma discussão. – Um livro sobre moral cristã e....

– Não é sobre moral cristã, você não entende? É sobre uma personagem se constrói através de suas escolhas, e não sobre seu lugar no mundo, mas sobre seu próprio espírito. É uma leitura feminista e.... – percebi que sr. Fitz me encarava com uma sobrancelha erguida.

– Você é nova aqui, certo? – concordei com a cabeça – Eu me lembraria de uma aluna tão interpretativa. Ela está certa sr. Cavanaugh, não tem a ver com moral cristã, e sim, idealismo. Muito bom, Srta. Hastings. – ele saiu e olhei para Toby, vitoriosa.

– Por que você sempre está certa? – ele disse com um sorriso travesso que fez meu coração bater mais forte. Continuei explicando o que o livro queria dizer nas entrelinhas e ele ficou só me olhando, não sabia se estava fingindo prestar atenção no que eu falava ou se ele estava apenas... me olhando.

O sinal tocou, o tempo tinha passado rápido. Peguei minha mochila, e procurei pelo número do meu armário, que eu ainda não tinha encontrado. Senti uma mão no meu ombro e me voltei para Toby.

– Bem, o professor disse que temos que ver o filme ‘Sociedade dos Poetas Mortos’ e fazer uma resenha crítica de duas páginas. Posso passar na sua casa um dia desses para assistirmos e fazermos...? – concordei com a cabeça e acenei fracamente para ele e fui procurar meu armário.

O número era 1232 e tinha um garoto loiro de olhos azuis ao lado, e usava uma roupa extremamente formal para a escola. Me aproximei e abri o armário, olhei de esguelha para ele. Eu conhecia ele, mas não sabia de onde. Tirei meus livros de dentro da mochila, mas tudo caiu do nada. O loiro se abaixou junto comigo.

– Obrigada… – disse, tentando lembrar seu nome, eu conhecia ele da escola, isso eu tinha certeza. Ele sorriu levemente.

– Não foi nada, Spencer. Andrew Campbell. Nós dois éramos presidentes e vice-presidentes de vários clubes juntos. – ele disse.

– Aaah é isso mesmo. Desculpe, eu tive um primeiro dia enrolado.

– Não sabia que estava de volta em Rosewood. – ele disse, me olhando de um jeito curioso. Andrew me irritava desde o 9º ano, sempre conversando sobre as notas maravilhosas dele e como ele foi presidente de mais comitês que eu, aquilo me tirava do sério. Alison achava que ele era apaixonado por mim, mas aquilo era inacreditável.

– É, eu vim de surpresa. – recolhi o resto dos materiais e coloquei no armário. – Bem, eu tenho que ir. Foi bom te encontrar de novo. – sorri e fui em direção a cantina. Vi elas sentadas na mesa atrás da mesa do centro, onde ficavam os garotos populares. Noel estava naquela mesa e Toby falava alguma coisa com ele, e depois se afastou. Quase demos um encontrão, mas me afastei e vi que as garotas tinham guardado um lugar para mim

– Ali, que coisa maldosa de se dizer!! – ouvi Emily exclamando, e elas perceberam minha presença. – Oh, Spence, senta aí.

– O que a Ali disse? – perguntei, intrigada. Alison vivia dizendo coisas maldosas de todo mundo, em principal apelidos.

– Ah, estava falando da Naomi e da Riley.

– Quem? – perguntei, e Alison apontou com o olhar e o segui até duas garotas, uma ruiva totalmente falsa e olhos azuis e outra morena que tinha cabelos Chanel que a deixavam cabeçuda e olhos negros. As duas eram tão magras que pareciam que não comiam há meses – Aquelas ali que saíram da Teen Vogue?

– Alison as apelidou de ‘sapatardadas’, o que é muito ofensivo para mim – Emily disse, olhando brava para Ali.

– Sapatardadas? – perguntei novamente.

– É, sapatas retardadas. – Ali explicou. – Elas não se desgrudam, parecem gêmeas siamesas, e nunca foram pegas com um namorado ou ficando, e as duas são muito burras. Sapatas retardadas. – Ri um pouco, mas logo parei por que Em me fuzilava com o olhar. – Desculpe, Em.

Começamos a conversar, mas me senti um pouco excluída. Afinal, fiquei fora por dois anos e voltei agora, em agosto, depois das férias. Obviamente eu estava por fora, não era como antes e eu tinha que aceitar isso.

– Vocês viram que o diretor Appletone decidiu fazer uma Semana de Conscientização do Álcool? – Aria disse. – Eu ouvi falar que sete alunos essa semana foram suspensos por vir bêbados para a escola.

– Não me diga. – alguém atrás de mim disse, e me virei. Noel e uns dois garotos do time de lacrosse estavam ali. – E quando vai ser?

– Daqui há umas duas semanas, eu acho. Por que? – ela perguntou, maliciosamente. Ela e Noel trocaram alguns olhares.

– Porque eu vou fazer uma festa com muito, muito álcool nessa semana. – ele piscou. – E vocês estão convidadas.

Ele os caras se afastaram e revirei os olhos. Aria continuou olhando para ele, e sorri com a ingenuidade de Aria. Ela disfarçava tão mal.

– O que rola entre você e o Noel, Aria? – soltei.

– Nada, a gente é só amigo. – ela disse, mas parecia um pouco estranha. – Eu sei que antes a gente se odiava, mas isso passou.

– Amigos que se pegam no armário do zelador – Hanna murmurou não muito baixo para mim. Alison, Emily e Aria arregalaram os olhos.

– O que? – Alison riu.

– Eu ouvi direito? – Emily disse, olhando de Aria para Hanna. Aria corou na mesma hora.

– Então você é a garota loira! – ela admitiu, apontando para Hanna. Comecei a rir. Aria e Noel? Ele era um Típico Garoto de Rosewood, como ela dizia antigamente.

– Noel é tão idiota. Tem dinheiro, usa a mesma colônia, roupas, corte de cabelo que todos os garotos dessa cidade e ainda é capitão do time de lacrosse. É um Típico Garoto de Rosewood.

– Típico Garoto de Rosewood? – perguntei.

– Não percebeu que todos os garotos aqui são iguais? Pelo menos os de escola particular. As garotas também. – disse ela, brincando com suas mechas rosas.

Aria ficou explicando a situação inteira e como aconteceu enquanto elas pediam tudo nos mínimos detalhes. Apesar de eu ter começado o assunto, não estava tão interessada nele. Só de lembrar de certas situações do passado me entristecia pois perdi muitas coisas enquanto morei em New York. Festas, festas do pijama, saídas no shopping, e situações boas e tristes. Lembrei de Hanna chorando no Brew. O que será que aconteceu enquanto eu estava fora? Provavelmente, coisas muito ruins.

O sinal tocou e todas ainda olhavam maliciosamente para Aria, que não conseguia parar de sorrir com a situação. Nos despedimos e cada uma foi em direção opostas, e vi Toby e Alison conversando de mãos dadas há caminho de uma sala. Ele virou a cabeça e me olhou. Forcei um sorriso e acenei. Ele apenas me olhou e entrou com Alison na aula.


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