Just Love escrita por Marshmallow


Capítulo 2
First day


Notas iniciais do capítulo

Gente, a fic é movida a reviews. Por favor deem sua opinião, se quiserem, sugestões, qualquer coisa que faça a história melhorar! Pelo menos 2 ou 3 reviews por capítulo :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/537608/chapter/2

TOBY ESTAVA ME LEVANDO PARA O HOSPITAL, que era estranhamente longe da Polícia, para fazer pontos no meu joelho, que tinha um corte sangrento nele. Quase caí uma hora por que estava perdendo sangue, mas Toby era bem forte. Assim que estacionamos e entramos no hospital e cuidaram do meu joelho e o enfaixaram, Toby se aproximou. Ele não tinha falado nada o caminho inteiro.

– Então... você voltou. – ele murmurou.

– É, isso é bom ou...? – perguntei e sua expressão mudou rapidamente.

– N-não, isso é ó-ótimo, claro! Eu... eu senti sua falta. – ele falou, parecia nervoso. Eu devia estar brava com ele, ele me ignorou por dois anos e quando eu fui embora ficou todo emburrado, o que foi egoísta da parte dele por que ele achava que era difícil só para ele, mas também não era fácil para mim. Mas ver ele me fez esquecer tudo. Ele tinha ficado mais alto, tinha tirado o cabelo da cara e agora tinha um topete e estava mais lindo ainda.

– Eu também senti sua falta. – respondi. – Por que você me ignorou por dois anos? Não podia ligar ou mandar uma mensagem? Apenas uma.

– Achei que seria mais fácil te esquecer assim.... — ele disse, envergonhado. Eu não conseguia acreditar.

– Você não precisava me esquecer, você achou que eu ia ficar em New York para sempre?

– Sim, eu achei. Aconteceu tanta coisa, e eu precisei de você tantas vezes e... – ele parou de falar e olhou para baixo. – Você mudou, está mais bonita. – senti meu rosto ruborizar e ele estava sorrindo fracamente.

– Você também não está mal. – sorri.

Ficou um clima estranho, que foi interrompido por minha mãe, que tinha sido avisada do assalto e do corte.

– Ai meu deus, você está bem? O que aconteceu? Você está tremendo!! – ela deu uma ombrada de leve em Toby e pareceu não repará-lo. Ele se afastou um pouco para deixar ela me abraçar.

– Estou bem, só um pouco assustada. Eu estava saindo do Brew depois de me encontrar com Hanna e um cara simplesmente me puxou, e ele tinha uma faca. – apontei para meu joelho com a cabeça depois me voltei para Toby. – E, bem, Toby me salvou. – ela se voltou para atrás e viu ele ali.

– Toby! Que coincidência. Nossa, você cresceu muito. Como vai Marion? – ela perguntou, falando coisas típicas de mãe.

– Bem, ahn... ela morreu. – ele disse, encabulado. Eu e minha mãe nos entreolhamos.

– Eu sinto muito, meus pêsames. – ela respondeu, sem graça. Ficou um silêncio tenso. – Bem, é melhor eu e Spencer irmos, está ficando escuro. Muito obrigada por salvar minha filha, Toby.

Me levantei, e o corte ardeu. Ainda estava um pouco chocada, afinal era meu primeiro dia de volta em Rosewood e eu fui assaltada. Aquilo não podia ser um bom sinal, certo? Olhei de esguelha para Toby, que parecia desconfortável. Tinha tanta coisa que eu queria dizer para ele. Minha mãe saiu andando e olhou para mim tipo ‘me siga’ sendo que eu estou com a perna machucada. A segui, mas parei e pensei melhor. Fui em direção a Toby e o abracei.

– Até amanhã. – disse, antes de soltá-lo e seguir minha mãe até o carro.

. . .

ASSIM QUE TOMEI BANHO E JANTEI COM A MINHA FAMÍLIA, que ficou perguntando o jantar inteiro sobre o assalto, o que me deixou feliz por que finalmente não estávamos conversando sobre Melissa. Subi para o meu quarto e comecei a arrumar as coisas. Tirei vários pôsteres e coloquei meu quadro de estudos no lugar. Meu pai tinha deixado todos os papéis da escola em cima da cabeceira. Pendurei eles no quadro e fui em direção ao guarda roupa. Senti o cheiro da colônia de lavanda que eu usava e sorri. Tirei as roupas atuais das caixas e coloquei as velhas dentro delas. Ouvi o som de alguém batendo na porta e me voltei para a minha mãe, que me olhava preocupada.

– Filha, você acabou de voltar, sofreu um assalto e está ferida, é melhor descansar, você pode arrumar isso amanhã, ok? – concordei com a cabeça e ela saiu.

Me joguei na cama e peguei meu celular e mandei uma mensagem para Hanna, orando para ela responder.

SpenceH: Oi, tem o número do Toby?

Esperei, esperei e esperei. Precisava pelo menos mandar pelo menos uma mensagem para ele. Foi tudo tão confuso e rápido que não deu para a gente conversar direito. Meu joelho doía e ainda me pegava tremendo só de relembrar do chão duro e o som de eco quando minhas costas chegaram ao chão, o sangue saindo loucamente e o cara com a faca na mão. Senti um ‘bip’ e levei um susto.

1 mensagem de: HANNA

HannaM: Pq você quer o número dele de repente? Tem certeza que quer falar com ele?

Pensei um pouco antes de responder.

SpenceH: Nos encontramos sem querer assim que eu saí do Brew, e sim, eu tenho certeza.

HannaM: 464-2859.

SpenceH: Obg!!

Salvei o número e cliquei no contato. Apertei o botão de ligar e começou a tocar. A perna machucada tremia e mordi o lábio levemente. E desliguei. O que eu pensava em falar? “Oi, é a Spencer. Aliás, você contou nosso segredo para a Ali?”. Claro que íamos ter que falar naquilo em algum momento, apesar de eu querer esquecer o que tinha acontecido há dois anos atrás.

Me levantei, mais ou menos mancando e fui em direção a meu armário, e peguei uma caixa que estava lá dentro. Peguei os álbuns e os joguei na cama. Tinha uma foto minha, de Toby e nossas mães e olhei para Marion. Eu sempre tive um carinho por ela, ela sempre foi muito legal para uma mãe e queria que o Toby me namorasse em vez da Alison. Esperei as lágrimas saírem. Passei por uma foto de nós três e enfiei a cara no travesseiro. Eu era tão estúpida há dois anos atrás, e se pudesse mudar uma coisa, mudaria aquilo. Me posicionei com o joelho para cima e fechei os olhos.

. . .

ACORDEI COM O SOM DO ÁLBUM DE FOTOS caindo da cama. Me levantei e minha perna doeu. Ainda estava um pouco assustada com o assalto, o corte, o encontro com Toby e tudo, mas tentei não pensar nisso. Fui escolher alguma roupa que tapasse a perna enfaixada e ao mesmo tempo não apertasse, mas o meu melhor jeans estava empapado de sangue. Por fim, escolhi uma blusa jeans azul com os ombros à mostra, uma legging azul marinho quase preto e botas marrons claras.

Desci e tomei um rápido café com minha mãe e Melissa, que conversavam sobre o último ano de Melissa na faculdade que ela teria que fazer o resto do ano aqui em Rosewood, na UPenn. Revirei os olhos e engoli o café, não suportava mais os papos de como a Melissa era perfeita, como a Melissa sempre estava acima de mim e esse blá blá blá todo. Eu era vice-presidente de um comitê? Melissa foi a presidente. Tirei 2º ou 3º lugar em uma competição? Melissa foi a 1ª. Me despedi rapidamente delas e fui andando até a escola, pensando na reação das meninas a me ver.

Subi as escadas da entrada principal e entrei no colégio. Reconheci algumas pessoas, mas ninguém importante. Virei alguns corredores, a procura das garotas e ao mesmo tempo do meu armário e ouvi a voz de Aria atrás de mim. Me voltei rapidamente a direção da voz e vi Aria, Emily e Hanna conversando. Aria tinha tirado as mechas rosas, mas tirando isso, continuava igual. Emily estava mais alta e tinha feito californiana. Hanna me notou e sorriu, balançando a cabeça para eu vir até elas. Me aproximei e Aria e Emily perceberam minha presença e abriram a boca em forma de ‘o’ e sorriram.

– Isso só pode ser uma miragem! – Aria disse, antes de ela e Em vierem em minha direção e me abraçarem forte. Sorri ao sentir o corpo pequeno de Aria me abraçando com os dois braços em volta da minha barriga, como se ela tivesse 6 anos e eu fosse um bichinho de pelúcia. – Sentimos tanto a sua falta!

– Pensamos que você não ia voltar, esteve tanto ausente! – Emily completou. – Aria pensou que você já tinha esquecido da gente. – me voltei com a sobrancelha erguida para Aria, que fingiu que nunca tinha ouvido falar daquilo.

– Isso não é verdade! – ela disse, com a voz esganiçada e rimos. Abracei cada uma individualmente. Quando fui na direção de Hanna, manquei um pouco, o joelho estava doendo.

– Ei, o que houve com seu joelho? – disse Emily, franzindo a testa. Todas voltaram os olhares para meu joelho.

– Ontem eu fui no Brew, e quando estava bem escuro eu fui assaltada. – comecei, e só de lembrar do susto tomando meu corpo e o impacto no chão me fizeram estremecer. – E o cara tinha uma faca. Ele...

Fui interrompida por Alison. Vi ela de longe, me olhando, tentando identificar se eu era real ou não. Era agora que ela ia acabar comigo. Fechei os olhos, e assim que os abri de novo, ela já estava próxima e com um sorriso no rosto.

– Deus, Spencer! – ela disse, me abraçando. Me abraçando? Aquilo não fazia sentido. Mas retornei o abraço com a mesma intensidade. Apesar de nós termos passado por dias de sol e dias de tempestade, eu amava Ali. – Como assim você volta do nada? Você não sabe como senti sua falta!

Nos soltamos e percebi que sorriso de Alison se apagou assim que percebeu a cara das meninas de preocupada.

– O que aconteceu? – Ali disse, curiosa.

– Eu estava contando que fui assaltada ontem e o bandido fez um corte na minha perna. – elas se entreolharam tensamente. – Gente, já passou, não precisam me encarar como se eu tivesse câncer. – elas riram nervosamente.

– Mesmo assim, é uma coisa preocupante Spence... – Hanna falou, em nome de todas. – Se eu soubesse que isso ia acontecer, teria te oferecido carona lá no Brew.

– Espera. – Aria nos interrompeu. – Você se encontrou com Hanna ontem e não chamou a gente? Só te perdoo por que estou morrendo de saudades! – ela disse, me abraçando mais uma vez e rimos.

– Como você escapou? – Emily perguntou. Vi Toby e Caleb conversando no virando o corredor em que estávamos.

– Ele apareceu e deu um soco no assaltante. – apontei para Toby, e os dois me notaram. Caleb abriu um sorriso. Ele tinha cortado o cabelo, que antes ia até os ombros, e tinha uma barba rala.

– Você... voltou! – ele me deu um abraço rápido. Eu e Caleb nunca fomos tão amigos, já que no 6º ano ele fazia piadinhas com o peso da Hanna, que me deixavam revoltada. Mas com o passar do tempo ele foi ficando bem legal e ficamos mais próximos.

– Spencer acabou de nos contar que você salvou ela ontem, isso é verdade? – Alison disse, dando um selinho rápido em Toby e se envolvendo em seus braços. Ele não retornou na mesma felicidade. – Que você deu um soco no assaltante ontem.

– E um chute no estômago. – ele exibiu e revirei os olhos. Caleb perguntou o que aconteceu e contei tudo mais uma vez. Ele pareceu preocupado, mas logo já estava agarrado com Hanna. A turma toda estava reunida ali, menos uma pessoa.

– Spencer, é você mesma? – Noel se aproximou e me abraçou e deu um rápido beijo na testa e suspirei. Ele sempre se jogava e cantava a gente de brincadeira, pelo menos era isso que achávamos. – Tá mais gata. – ele piscou e sorri, aquele não mudou nada.

O sinal tocou e nos separamos, cada uma para a sua aula. Ainda não tinha achado meu armário já que passei o período antes das aulas revendo minha antiga turma. Peguei meu horário e meu primeiro tempo era Inglês. Olhei de esguelha para Toby e lembrei de uma coisa que tinha me deixado intrigada.

– Ei! – puxei ele pela manga, e nossos olhares se encontraram. Deus, aqueles olhos. – Você não contou para Alison o que... – não completei a frase.

– Desculpe, eu sei que prometi contar mas eu não consegui. Só de pensar na reação dela, eu ficava assustado. Eu não quero perde-la. – ouvir ele falando assim de outra, em especial Ali, me deixava fervendo de ciúmes.

– Espera... Você a ama? – perguntei, temendo a resposta com toda a minha alma. O sinal tocou uma segunda vez, e o corredor já estava mais vazio. Ele parecia estar pensando, o que me fez ficar ainda mais nervosa.

– Sim. Eu tenho que ir Spence, a gente se vê no intervalo. – ele saiu, e só eu estava no corredor, sozinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!