Just Love escrita por Marshmallow


Capítulo 12
Forgiveness


Notas iniciais do capítulo

Ficou gigante esse capítulo, sorry.



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AQUELE MOMENTO DIVINO COM TOBY ONTEM NÃO SAÍA da minha cabeça. Ele saiu com a moto e comprou coisas que podiam tirar o ‘Vagabunda’ e o ‘Piranha’ do carro. Fizemos uma pequena guerra de espuma e demos uns amassos novamente, e conseguimos tirar quase tudo, menos o ‘v’, ‘b’ e u’ de vagabunda e o ‘ira’ de piranha, o que não fez sentido para os meus pais, eles só deram uma pequena bronca e mandaram eu tirar aquilo. Só de entrar na escola de novo me dava arrepios, já que todos me odiavam no momento.

Virei o corredor, indo em direção ao meu armário e não acreditei no que eu vi. Alison – ALISON – de cabeça baixa. Ela sempre andava com a cabeça erguida e o nariz empinado, olhando todos de cima, mostrando superioridade. Nunca gostei quando ela fazia isso, mas que Ali mandava na escola, ela mandava.

Apesar de tudo, eu queria correr em sua direção e perguntar o que aconteceu, mas já imaginava. Tinha acabado de descobrir que seu namorado e melhor amiga tiveram um caso, destruíram sua casa e deixaram seu irmão em coma, e ainda tinha transado com o namorado de sua outra melhor amiga. Mesmo que as coisas estivessem ruins para mim, para Alison estava pior. Ela fechou o armário e não resisti: fui em sua direção.

– Ei.... – ao perceber que eu estava ali ela se recompôs e me encarou com puro ódio. – Eu não vou contar para a Aria o que você fez, ok? Mas eu vou te dar um tempo para revelar isso para ela.

– Por favor, me poupe da sua pena – Ali cuspiu as palavras. – Eu não preciso disso, não preciso de você. E nada aconteceu.

– Ali, você dormiu com Noel. – ela me olhou horrorizada. – Se você não admitir o seu erro para si mesma, como vai contar para Aria?

– Olha quem fala em admitir erros. – senti meu sangue ferver, mas ignorei.

– Eu admiti meu erro, eu sei que foi errado fazer isso com você e eu não podia estar mais arrependida, e se eu pudesse voltar no tempo e mud....

– MAS VOCÊ NÃO PODE! – Ali berrou de repente, me assustando. Alguns olhares se voltaram para nós. – Eu sou tão idiota. Toby nunca me olhou do jeito que olhou para você. Nunca sorriu para mim como sorriu para você. Quando a mãe dele foi para o Radley, ele te contou e te levou lá primeiro que eu. Como você acha que eu devo me sentir? – sua voz fraquejou e seu punho estava cerrado, evitando a vontade de me socar.

– Me perdoa Alison, por favor, eu fiz besteira assim como você fez com Aria. Você vai querer que ela te perdoe tanto quanto eu quero que você me perdoe.

– Mas a minha situação é diferente. Eu estava bêbada, me sentindo um lixo e traída, e Noel se aproveitou disso, também bêbado. Por acaso você e Toby ficaram bêbados e se sentindo mal sobre vocês mesmos por.... Quanto tempo mesmo? Ah sim, SETE MESES! – seus olhos se encheram de lágrimas. – Você não merece perdão.

Ela saiu andando e senti como se ela tivesse dado outro tapa na minha cara. Inspirei e expirei, me acalmando. Assim que Ali saiu, Aria saiu do outro corredor, chocada.

– Eu ouvi o que eu acho que eu ouvi? – dava para sentir suas emoções naquela frase. – Alison e Noel?

Eu abri a boca para responder mas nada saiu e Aria saiu correndo, não sabia se ela estava com raiva ou triste. Procurei ela pelo primeiro andar inteiro, mas nada.

. . .

ASSIM QUE O SINAL TOCOU E O INTERVALO INICIOU, procurei loucamente por Aria. Vi Alison e Emily conversando no corredor, e virei o outro, não estava afim de discussão. Entrei no banheiro e reconheci seus saltos altos pretos por debaixo da cabine.

– Aria.... eu sei que você está aí. Saia e vamos conversar. – ela não disse nada, o banheiro estava vazio e conseguia ouvir ela fungando. – Qual é, somos o time Sparia. – ouvi ela rir e a porta da cabine se abriu.

– Eu tinha acabado de terminar com Noel e tive um acidente por causa dessa maldita festa. – ela revirou os olhos e eles estavam um pouco inchados. Seu corte na testa parecia que latejava. – E ela dormiu com ele nessa mesma noite. Eu não acredito nisso. Eu vou matar aqueles dois desgraçados, traição é..... – Aria se tocou com quem estava falando e me olhou, brava consigo mesma. – Desculpa Spence, eu não quis te julgar de maneira nenhuma, eu sei que você e o Toby se amavam, e não foi uma coisa de uma noite só. Bem, amavam ou está no presente?

Ela me olhou maliciosamente e depois levantou uma sobrancelha, insinuando que realmente queria uma resposta. Concordei com a cabeça, um pouco envergonhada.

– Você sabe muito bem que eu sou apaixonada por Toby desde o sexto ano. – ela piscou os olhos várias vezes, evitando as lágrimas. – Aria, tem mais.... nessa mesma noite, Noel tentou uma coisa comigo. Ele disse que sabia de tudo entre mim e Toby e me deixou sensível e me beijou, mas eu o empurrei. Por isso eu disse no hospital que eu não daria segunda chance.

– Como diabos eu fui me apaixonar por aquele bundão babaca do Kahn? Eu sou tão idiota quanto ele por ter me relacionado com ele. – a abracei, tentando consolá-la.

– Você não é idiota. – disse, e ela se encostou no meu ombro. – Bem, não no mesmo nível que Noel. – brinquei e ela fez uma careta e sorriu.

– Chata. – ela mostrou a língua e ri.

– A sua chata preferida. – saímos do banheiro e a acompanhei até a cantina, e senti um puxão no meu ombro. Toby estava parado ali. – Oi.

– Oi.... Podemos conversar?

Entramos em uma sala vazia do terceiro andar, ninguém ficava por lá durante o intervalo. Sentei na mesa do professor e encarei a sala de Geografia. Tinha um globo terrestre e vários mapas espalhados pelas paredes.

– Eu senti sua falta. – Toby disse, me beijando na bochecha mas me afastei. – O que?

– Toby, não podemos continuar com isso. – só de pensar naquilo deixava meu coração quebrava. Ele pareceu confuso. – Eu conversei com Alison hoje de manhã e se continuarmos nos envolvendo não vai ajudar em nada, ainda estaremos traindo ela. Se queremos seu perdão e seu silêncio sobre Jenna, temos que fazer ela nos desculpar. Vocês conversaram sobre isso quando você contou?

– Bem, ela queria.... Ahn.... Você sabe.... Lá na festa e eu não queria que ela fizesse isso com o cara errado, então a impedi e contei tudo. Ela primeiro chorou muito e eu tentei fazer uma coisa, mas ela jogou um abajur em mim. – ele tirou o casaco e tinha uns vários e pequenos cortes de vidro no seu braço esquerdo. – Ela não disse nada sobre Jenna, acho que ela até esqueceu disso por que ela nunca mais tocou no assunto.

Suspirei alto e olhei para o braço machucado de Toby, que parecia ser bem forte. Eu devia estar fazendo alguma cara estranha porque ele me encarava sorrindo e com a testa franzida. Voltei meu olhar para um mapa da Europa e andei até ele.

– Às vezes eu apenas quero ir embora. Recomeçar, sem olhar para atrás. E ficar lá para sempre. – disse, passando o dedo pela França. Eu planejava viajar para lá um dia, eu até falava francês então ia ficar bem. Toby se aproximou e ficou atrás de mim. – Bem, não totalmente. Eu não ia querer chegar lá sem nenhuma amiga ou amigo.

– Alguém em mente? – ele me abraçou por trás e tentei não virar e beijá-lo.

– Talvez. – falei, sorrindo, mas me recompus e virei séria para ele. – Ainda não terminamos o trabalho de Inglês sobre o “Sociedade dos Poetas Mortos”, que ir lá em casa para finalizarmos?

– Ahn, claro. Posso passar lá que horas? – ele disse, parecia meio decepcionado.

– Passa lá pelas 15:00 horas. – ouvimos o sinal tocar e nos entreolhamos, sem saber o que falar. – Toby, por que você não demonstra nenhum remorso por causa de Ali? Você disse várias vezes que não queria perde-la e agora age como se não ligasse para o que ela pensasse.

– É complicado. Óbvio que eu me importo muito com ela, passamos por muita coisa para eu chegar a não me importar. Mas eu sei que ela quer tempo, para pensar, eu a conheço. – ele disse, colocando as duas mãos sobre meus ombros. – E aliás, eu te amo e quero estar com você.

Algumas pessoas entraram na sala e franziram o nariz a nos ver, cochichando. O sinal tocou pela segunda vez e saí da sala, deixando Toby ali.

. . .

DEPOIS DE TOMAR BANHO E ‘BRINCAR’ DE ESTRELA DO DIA com minha família, subi para o meu quarto e coloquei algo mais confortável. Observei a ferida, estava em um estado bem melhor. Olhei para meu armário e meu vestido estava pendurado em um cabide e lembrei do beijo de Andrew. Não tinha falado com ele desde aquele dia e não pretendia, minha vida já estava complicada no momento para entrar outra pessoa, mas ele demonstrava estar bem sobre aquela gigantesca confusão e parecia que estava me dando tempo para pensar. Me joguei na cama, cansada, e enviei uma mensagem para Aria.

SpenceH: O que aconteceu? Você falou com Ali? Me liga.

Esperei, mas não demorou muito para eu receber uma mensagem de volta.

1 mensagem de: ARIA

AriaMontG: Eu não comentei nada, mas dei um gelo nela. Vou esperar e se ela não falar até a manhã vou desmascará-la! Calma, vou dizer que ouvi a conversa de vcs. XOXO

SpenceH: Ok, XOXO ♥

Me arrastei da cama e peguei o caderno de Toby, que ainda estava comigo. Folheei ele, procurando a página em que tinha iniciado o trabalho, mas tive a impressão que li meu nome. Voltei algumas páginas e tinha uma letra diferente ali.

Eu sei sobre você e Spencer. O caso e o incêndio. –N

Noel. Quando ele tinha escrito aquilo no caderno de Toby? Estava comigo desde terça passada. Não tinha data, mas eu sabia que tinha sido antes de terça feira, ou seja, Toby sabia que Noel sabia há não sei quanto tempo e não tinha me contado. Por que? Estremeci, tentando esquecer meu momento com Noel e fui até a página em que começamos o trabalho. Tinha cera naquela página, do dia do apagão.

Faltava meia hora para o Toby chegar, queria ficar o menos perto dele possível, então iniciei o trabalho sem ele.

Meus pais avisaram que iam sair com Melissa para ajudá-la com a arrumação do celeiro, o que era totalmente injusto, ela tinha um quarto na faculdade mas ia morar no celeiro e ir para faculdade de carro. Mas ela era Melissa, ela podia. Revirei os olhos ao lembrar do ‘Estrela do Dia’ de hoje e da cara de decepção dos meus pais quando souberam que eu ainda não entrei nem fundei nenhum clube e atividade extracurricular, então, decidi que amanhã ia entrar em todos. O time de Hóquei, clube de francês, clube do Livro do Ano, todos os possíveis para eu ir para a UPenn, a melhor faculdade da Pensilvânia.

Desci, Toby devia estar chegando daqui a pouco. Fui para a sala e me sentei no sofá, escrevendo a resenha e a lendo ao mesmo tempo.

– “Tradição, honra, disciplina e excelência. Estes são os pilares que sustentam uma escola preparatória para garotos, com leis rígidas e uma doutrina conservadora. Neste local há jovens que estudam para serem médicos, advogados ou algum outro cargo importante, pressionados pelos pais e pela própria sociedade. Até que eles são apresentados ao novo professor de inglês, John Keating (Robin Williams), com seus métodos nada ortodoxos, ele tenta através da poesia, inspirar esses jovens e fugindo um pouco daquela antiga tradição, Keating acaba causando um certo impacto entre os outros professores e principalmente entre os alunos, que passam a refletir sobre o que realmente querem da vida.” – era apenas um rascunho, então minha letra estava toda garranchada já que escrevia rápido. Ouvi alguém bater na porta e me virei, Toby estava ali.

Fui andando até a porta e me olhei rapidamente no espelho para ver se meu cabelo estava muito bagunçado. Usava uma calça de moletom cinza e uma blusa preta de alça bem fina. Abri a porta e ele entrou, segurava alguma espécie de pano, não vi direito.

– Oi, eu comecei sem você, se não se importa. – disse, e ele chegou pegando o caderno e o estojo e franzi o cenho.

– Pegue o seu casaco, vamos sair. – ele falou, e esperei ele explicar que estava brincando ou algo parecido.

– Mas temos que terminar....

– E não podemos terminar em outro lugar? Pegue o seu casaco. – ri, sem entender. – Vamos à um lugar, é surpresa.

– Vai ser no morro bem depois da Pedra do Beijo, certo?

– Não faço a mínima ideia do que você está falando. – ele disse, fingindo inocência e eu ri. Subi rapidamente e peguei meu casaco, e coloquei um brilho labial e tentei arrumar meu cabelo, mas estava ansiosa. Olhei para nossa foto aos 11 e sorri. Vi ele através do espelho e fingi que não estava me arrumando para sairmos e que não sorri para foto, mas ele percebeu.

Descemos as escadas e peguei o caderno e os outros materiais que precisávamos para o trabalho. A moto dele estava ali e de repente senti um pano macio na minha cara.

– O que está fazendo? – perguntei, sorrindo e afastando sua mão.

– É surpresa, lembra-se? – ele disse com um sorriso travesso.

– Não espera que eu ande de moto com você sem enxergar, certo? – falei e ele sorriu torto.

– Tem razão, vamos no seu carro então, eu dirijo. – entramos de novo e peguei a chave, e saímos e eu sorria, pensando na ‘surpresa’. Ele amarrou o pano na minha cara e me guiou até o carro, com as duas mãos nos meus ombros. De repente ele me soltou.

– O que foi Toby? – disse, tirando o pano da minha cara. Alison estava parada ali, com uma mão na cintura e batendo o pé levemente no chão.

– Eu vim aqui para conversar com você por causa do negócio com Toby, eu ia te falar para me dar um tempo para pensar e talvez pudéssemos ser melhores amigas novamente. Mas pelo visto, está ocupada com seu namoradinho. – ela saiu, furiosa.

– NÃO É O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO, ALI! – gritei, mas ela já estava na porta de casa. – ALI!!

Ela bateu a porta e eu e Toby nos entreolhamos.


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Notas finais do capítulo

Gente, recentemente eu n tenho tido mto tempo para fazer fic então assim q eu acabo um capítulo, eu logo posto, então se tiver erros de gramática, é por causa disso!!



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