Just Love escrita por Marshmallow


Capítulo 11
Our Place


Notas iniciais do capítulo

Deve ser o capítulo mais pequeno da fic inteira, fiquei sem criatividade essa semana, sorry. Mas para os próximos eu estou cheia de ideias!!



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NOEL E ALISON. ALISON E NOEL. Kahn e DiLaurentis. Eu não conseguia tirar aqueles dois da minha cabeça. Me vesti para educação física, o mais longe de Alison possível. Hanna também fazia aquela aula, mas ela ainda não tinha chegado.

A treinadora nos chamou para o campo e pegamos nossos tacos. Ali estava no time oposto e sorria para mim, e revirei os olhos. Não estava afim daquele drama agora, mas não dava para evita-lo.

O jogo mal tinha começado e Alison partiu para cima de mim. Eu me esquivei e fui em direção ao disco, e ela deu uma ombrada em mim, quase me derrubando, e pegou o disco. Bufei, nervosa, mas continuei jogando. Uma garota loira que eu havia esquecido o nome, que era do meu time, jogou para outra garota que jogou para mim. Alison, de olho, partiu na direção do disco dessa vez me derrubando, mas a puxei na queda. Nós duas caímos e ela ficou em cima de mim e me deu um tapa no meio do cara. Revoltada, fui para cima dela também e começamos a nos bater e só ouvi o apito da treinadora e as garotas do meu time me puxando.

– Desculpa treinadora Sylvester, mas ela mereceu. – Alison disse, tentando se desvencilhar dos braços das jogadoras.

– Quem é você para falar Alison? – senti meu rosto arder, e coloquei a mão onde Ali deu um tapa e sangrava. – Você fala sobre ‘traição’ como se não tivesse feito o mesmo com....

– CHEGA! – A treinadora gritou, de repente. – As duas, fora. – ela se colocou entre a gente e nos arrastou até as arquibancadas, e cada uma sentou de um lado. – Qualquer tipo de conversa e vocês vão para a diretoria.

Assim que ela ficou de costas, revirei os olhos. Hanna apareceu correndo na quadra, atrasada. Olhou para mim e Ali e franziu a testa, pensando o que tinha acontecido. “Briga” falei, sem sair nenhum som.

– Hanna, que atraso é esse? – a treinadora disse, no megafone, e Hanna inventou alguma desculpa furada. Prestei atenção nos passes tortos de Hanna no jogo e olhei de esguelha para Alison. Ela parecia assustada. Faltava uns vinte minutos para a aula terminar mais cada segundo parecia horas. De repente, senti uma bola de papel batendo fracamente na minha cabeça. Ali me olhava tipo “Pega o papel, idiota”. Olhei para suas mãos, ela tinha pegado a pasta da professora que tinha papel e lápis.

Ela tinha escrito “O que você quis dizer quando disse ‘Você fala sobre ‘traição’ como se não tivesse feito o mesmo com....’?”. Ela tacou o lápis depois e escrevi furiosamente, jogando o papel nela de volta. A professora estava entretida com o jogo, então nem viu.

Assim que ela leu o que eu escrevi, rasgou o papel em tiras, com raiva, e jogou na lixeira mais próxima e saiu correndo. Tinha escrito que sabia do que ela e Noel fizeram. A treinadora percebeu, mas ignorou, irritada.

Quando a aula acabou, peguei meu celular e tinha uma mensagem de um número bloqueado.

BLOQUEADO: Vai roubar o namorado de quem agora?

Respirei fundo. Devia ser de algum idiota querendo me irritar, magoar. E pior que funcionou.

. . .

SAÍ BRAVA, CONFUSA E TRISTE DA ESCOLA. Eu não entendia o que sentia por Andrew. Eu nem sabia se sentia alguma coisa antes do beijo. E também havia Toby, obviamente. Eu sempre o amei, percebi isso com 11 anos mas só admiti isso para mim mesma no final do sétimo ano, que foi quando eu o beijei pela primeira vez. Depois desse beijo, ele agiu como normalmente, como se fosse apenas um beijo de amigos. Mas não era assim que eu me sentia, mas eu também não ia falar nada com ele, pois ele estava apaixonado por Ali e Ali por ele, e eu não queria atrapalhar, apesar de aquilo me matar por dentro. Depois disso, em maio do 9º ano eles começaram a namorar e Toby não entendia por que eu ficava ‘brava’ (= com ciúmes) e me afastava, e foi mais ou menos no final do ano que aconteceu. Relembrar de tudo isso fez minha cabeça doer. Desci as escadas principais e vi Aria conversando com Hanna, e olhei para o meu carro. Além do ‘Vagabunda’ acrescentaram um “Piranha” no outro lado. Revirei os olhos, imaginando a reação dos meus pais. Fui em direção as garotas.

– Ei, Spence, o que houve com seu rosto? – Aria perguntou e dei de ombros antes de explicar o que aconteceu na educação física. – Olha, você sabe que eu te amo, mas o que você fez muito errado.

– Eu sei disso. – Aria tentou questionar, mas a interrompi. – Aria, eu não estou com saco para briga ok? Eu sei que foi errado, eu sei que eu sou uma vagabunda, e eu sabia no que ia embarcar quando fiz isso. Não precisa jogar na minha cara. – elas se entreolharam, chateadas e preocupadas ao mesmo tempo. – Desculpe. Mas eu só vou te dar um aviso. Não fique do “lado” de Alison. Não vou falar mais nada, vou dar a chance para ela te explicar, eu vou indo.

– Espere, como você vai? Não pode ir dirigindo assim. – Hanna disse, se referindo ao carro sujo. Não podia chegar assim. Em casa.

– Eu não ligo. – disse, e ela abriu a boca para falar mais alguma coisa mas a ignorei, pegando as chaves e entrando no carro. Relembrando aqueles momentos, decidi ir à um lugar que eu não ia há mais de dois anos, o meu lugar favorito no mundo inteiro: meu esconderijo com Toby. Não me importava com mais nada, e não tinha outro lugar que eu queria estar no momento.

Nosso lugar ficava depois da Pedra do Beijo. Mais ou menos aos onze fomos apostar corrida e Toby, idiota, se adentrou na floresta e eu fui procurar ele. Depois da pedra do Beijo, tinha uma ‘trilha’ e fui subindo ela, e achei Toby depois de andar umas duas horas. Dava para ver uma boa parte da cidade dali de cima. Ninguém sabia daquele lugar então decidimos que ia ser o nosso lugar, escrevendo na árvore “Toby + Spencer”. Nesse dia eu percebi que gostava do Toby de outra maneira. Ficamos indo naquele lugar por dias, e tinha um morrinho no caminho, e pegávamos pedaços de papelão e escorregando ali, era bem retardado, mas divertido.

Assim que cheguei eu sorri. Demorei um pouco para chegar lá, não lembrava muito bem o caminho. Estacionei e fui para o ‘topo’ do morrinho e observei Rosewood. Metade daquela pequena e suja cidade me achava uma vadia. Suspirei fundo, tentando não chorar de novo. A raiva nos olhos de Ali me deixava triste, nós tínhamos nossos momentos, mas eu a amava, era minha melhor amiga. Fui em direção ao porta malas do carro e peguei um cobertor que estava ali e estendi no chão, me deitando sobre ele. Olhei para o céu, que não dava para ver muito bem por causa das árvores e fechei os olhos lentamente, pegando no sono.

. . .

ACORDEI, DEITADA NA GRAMA E TREMI UM POUCO, estava mais ou menos no final da tarde. Peguei meu celular, era quatro e meia. Ouvi um barulho de moto e me virei, assustada. Toby tirou seu capacete e eu suspirei, aliviada.

– Você me assustou. – disse, puxando o cobertor.

– Imaginei que ia se isolar aqui. – ele brincou e forcei um sorriso. – Quando você foi embora eu passei algumas tardes “conversando” com você na minha mente sentado aqui.

– Como assim? – perguntei, curiosa, e ele se sentou no cobertor, e abri espaço.

– Ah, bem, pensando em te ligar e o que eu falaria.... – Toby disse, distraidamente. – Você está bem? O que aconteceu com sua cara? – ele apontou para o pequeno arranhão. Contei todo meu dia, tirando a parte do beijo de Andrew e a conversa de Noel e Ali no corredor. Ele prestava atenção e pela sua expressão parecia que gostava de me ouvir desabafando um pouco. Toby sorria tontamente.

– O que foi? – perguntei, sem conter um sorriso. – Que cara de bobo é essa?

– Nada, eu só senti falta de conversar com você aqui. – ele disse. – Bem, na verdade não conversávamos muito – ele sorriu maliciosamente e o empurrei de leve. – Lembra quando descíamos esse morrinho com pedaços de papelão?

– Como esquecer? Eu vencia sempre. – disse, vitoriosa.

– Ah é? Quero uma revanche. – ele falou, implicando.

– Para de ser idiota. Ou já é de natureza? – impliquei de volta e mordi o lábio inferior. Ele olhou para minha boca e depois olhou nos meus olhos. Aquela imensidade azul me arrepiava. – O que?

– Por que você não me beija? – franzi a testa. – Eu te conheço. Sempre que você morde o lábio inferior significa que você quer me beijar, eu percebi isso há tempos.

Soltei o lábio inferior lentamente, encarando Toby. Ele se inclinou e o puxei pelo pescoço e o beijei, me entregando totalmente. Percebi ele sorrir enquanto me beijava e sorri também. Passei a mão levemente pelos seus cabelos e ele foi em direção ao meu pescoço. Estávamos deitados de lado em um cobertor no lugar do nosso primeiro beijo, não podia ser mais.... Perfeito. Me movi, indo deitar, e ele ficou em cima, e continuamos nos beijando. Ouço um toque de celular, era Aria. Me sentei novamente, me afastando de Toby e recusei a chamada.

Olhei de novo para Toby, também sentado, e senti meu rosto ruborizar. Ele sorriu levemente e sorri também. Não queria ter parado de beijá-lo, sentia falta de seu toque. Olhei para as horas no relógio novamente antes de guarda-lo e me levantei, observando Rosewood. Já estava escuro. Toby se levantou também e me abraçou por trás, segurando minhas mãos. Quando nossos dedos se entrelaçaram senti meu coração sair pela boca. Me virei e o beijei rapidamente, o puxando pela mão e saímos dali.


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Notas finais do capítulo

Para variar, cena meiga Spoby



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