Projeto C-A7 escrita por Elionor


Capítulo 2
Olhos violeta!


Notas iniciais do capítulo

Continue lendo e vejam o Clipe: https://www.youtube.com/watch?v=Uu8ITpEwAAI



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Peter Sullivan

Depois de concluir os exames deixei que Josh preparasse o corpo para os procedimentos. Demorou 30 minutos para tudo ficar pronto. Na sala de observação estavam 27 pessoas envolvidas no projeto, cada um sentado em suas cadeiras, do lado oposto ao corpo que estava na outra sala que tinha uma parede de vidro para a observação. Todo o processo era feito por máquinas de ultima geração. Financiadas pelo governo dos Estados Unidos, tudo que estudamos não seria nada sem aquele equipamento.O corpo estava pronto. O procedimento era complexo. Uma das máquinas continha 11 agulhas de espessura considerável, por onde passaria o Composto C-A7 até chegar as células Cancerígenas no Corpo da Mulher. Antes do procedimento começar, Josh iniciou um processo de aceleração do crescimento das células no corpo, o que provocaria de imediato o surgimento das células cancerígenas.
O corpo deveria estar de bruços pois as agulhas deviam perfurar a espinha dorsal.
O procedimento começou do jeito esperado.
– Batimentos Cardíacos? - Josh virou a tela para que eu observasse.
– Instável. - Disse.
– Injete o composto. - Ordenei.
Observei com a atenção o processo, e vi o líquido violeta passar pelos tubos até chegar ao corpo.
– continue o processo. - Olhei para Josh sentado no computador central. - Senhores, o processo demora em torno de 1 hora, e o resultado final para comprovarmos o desempenho do composto em alguns dias. Espero que aproveitem o processo observando pelas telas como as células cancerígenas reagem ao composto.
Me virei e vi na tela, as células eram engolidas por um agente violeta. Incrível. Não tinha visto aquilo antes.
– Está um pouco mais eficaz não é senhor? - Perguntou Josh sorrindo.
– Sim. De fato. - Falei baixo observando a mulher de bruços do outro lado do vidro.
Suspirei e me retirei da sala. Queria beber um café. Era um trabalho exaustivo, porem recompensador. Eu tinha fé que iria me sentir realizado depois daquilo. Eu precisava. Era só para isso que eu vivia. Caminhei até a área aberta no primeiro andar, e sentei em um sofá próximo as pilastras desenhadas. Fechei os olhos por um segundo.

Clarisse Stewart

Eu estava em um sonho muito ruim. Estava tudo escuro, e eu não conseguia me mover. Não conseguia respirar."O que esta acontecendo? Quem sou eu? O que?"

Peter Sullivan

Senti alguém me balançar com força. Abri os olhos assustado.
– Petty! Está acontecendo alguma coisa. - Josh parecia assustado.
Levantei e comecei a correr pelo corredor e senti ele me acompanhando. Entrei na sala e me direcionei até o vidro.
– Me informe. - Pedi.
– Tem atividade cerebral Sullivan. A um minuto não tinha nada. Ela parece estar sonhando ou algo assim. - Estava ofegante.
– Isso é impossível, ela esta morta. - Olhei para ele.
– Eu também não entendo. - Ele parecia apavorado.
– Tire as agulhas. - Ele imediatamente obedeceu.
A sala estava repleta de falatório e eu estava nervoso demais para prestar atenção no que diziam. Vesti as roupas especiais e peguei o cartão com Josh.
– Vou entrar. - Disse passando o cartão na porta lacrada que separava os dois lugares.
Entrei na sala e me aproximei rápido do corpo. A mulher parecia estar engasgada com todos aqueles tubos.
– Médicos! AGORA! - Gritei para Josh.
Olhei para o corpo e vi as mãos dela mexerem. Meu coração estava acelerado. Tinha alguém vivo ali.
– RÁPIDO! - Gritei.

Rapidamente 7 ou 8 médicos me rodearam e pediram para que eu saísse da sala. Começaram a examinar a Mulher. Depois de passar pela porta pedi aos outros cientistas que saíssem da sala de observação e prometi que seriam informados. Minha cabeça doía, e pela primeira vez não sabia o que fazer.

Clarisse Stewart

Abri os olhos e senti o incomodo da luz. Uma sala azul, com teto branco. Ouvi Passos largos. Como vim parar aqui? O meu nome, como me esforço para lembrar. Me sentei na cama. Maquinas de hospital ao meu lado, e um tubo em meu braço. Arranquei nervosa.

– Ei! - Ouvi a voz e olhei rapidamente para aquela direção. - Fique calma. Está tudo bem.
– Quem é você? - Perguntei notando seus olhos azuis. O que passavam? Medo? Surpresa? - Porque está surpreso? E porque está com medo de mim?
– Ahm! Eu não estou... Bem, meu nome é Peter. Peter Sullivan. E você está em um laboratório de pesquisas no Texas. - Suspirou.
– Onde fica Texas? - Ele abriu a boca.
– Nos Estados Unidos. Não lembra de nada? - Perguntou se sentando na cadeira ao lado.
Tentei puxar ao máximo, qualquer coisa, mas tudo era cinzento.
– Nada. Qual o meu nome? - Perguntei.
– Seu nome é C-A7. - Nome estranho, pensei. O homem de terno acabará de passar pela porta e respondeu antes de Peter.
– O que? - Peter se levantou. Eu apenas observei.
– Doutor Sullivan. A senhorita é responsabilidade do governo agora. Faremos algumas pesquisas sobre a regeneração do Cérebro dela. Ela ficará bem. - O homem se aproximou de mim e olhou bem meus olhos. - São de um violeta lindo.
– O que? - Perguntei.
– Seus olhos. São violenta. - Violeta? - Olhe...
Me deu seu aparelho celular. O observei por alguns instantes.
– Olhe. Seu reflexo. - Sorriu gentil.
Virei o aparelho e então vi meu rosto. Olhos violeta. Essa era eu? Parei de me olhar e entreguei o aparelho ao homem.
– Ela não pode sair daqui secretário. - Peter disse nervoso.
– E ela não sairá, só ficará na responsabilidade de outro cientista. - Ele me olhou e depois olhou para o secretário.
– Me deixe responsável. Eu ajudo no processo de pesquisas. Eu sou o representando do projeto C-A7. Eu desenvolvi o composto, por favor. Me deixe responsável por ela. - Eu vi o desespero nos olhos dele, e outro sentimento confuso.
Ele notou que eu observava seus olhos e me encarou por segundos. Os olhos dele me faziam bem.
– Deixe ele fazer as pesquisas. Seja lá o que for isso. - Pedi ao secretário.
– Tudo bem. - Ele revezou olhares entre mim e Peter, o cientista. - Sullivan, vamos conversar lá fora. - Começaram a caminhar.
– Secretário. - Ele olhou para mim. - Sua filha vai te ligar.
– O que? - Perguntou confuso.
– Eu não sei. - Disse por fim.
O telefone tocou. Ele assutado olhou a tela e depois me olhou.
– Como sabia disso? - Perguntou sussurrando. - Me dê um minuto. - Falou com Peter.
Ele saiu do quarto e atendeu o telefone na porta.
– Como sabia disso? Viu alguma mensagem na hora que estava se olhando. - Perguntou.
– Não. - Parei e prestei atenção. - Consigo ouvir a voz da menina. Ela está doente.
– O que? - Perguntou.
– Me desculpa, estou um pouco confusa. Muito confusa. - Fechei os olhos e tentei organizar minha mente. Em vão.

Peter Sullivan

Sai do Quarto onde a mulher estava e parei ao lado do secretário.Ele desligou o telefone e já ia entrando no quarto.
– Secretário. Sua filha, está doente? - Perguntei.
– Como sabe disso? - Suspirei confuso.
– Ela disse isso lá dentro. Disse que ouviu a voz da sua menina. - Ele arregalou os olhos.
– Preciso falar com ela. - Eu o parei.
– Ela adormeceu. - Ele olhou pros lados.
– Comece as pesquisas já Sullivan! Eu tenho certeza que isso é maior do que pensamos que é. Rápido. - Começou a caminhar pelo corredor.
Caminhei para o lado oposto até chegar na minha sala.
– Josh? - Ele se levantou junto com outros três cientistas.
– Me diz Peter. Ela fala, ela vê? Como foi? - Perguntou me cercando.
– Fala, vê, e tem algo a mais nela. Tenho certeza. Sou responsável por ela agora, faremos pesquisas. Josh, preciso da ficha dela. Do nome, sobrenome, nome dos familiares. tudo. - Ele começou a se movimentar. - Ela tem olhos violeta.
– O que? - Ele parou para me observar.
– Os olhos dela. Tem a cor do composto. Violeta intenso. - Ele abriu a boca surpreso.
– Incrível. Deixa eu participar das pesquisas Peter. Por favor. - Ele quase implorou.
– Tudo bem. Eu vou escolher o grupo que irá trabalhar comigo. Parece que agora as coisas mudaram. O projeto mudou totalmente. - Ele sorriu empolgado.

Não tinha ideia do que estava acontecendo. Ela estava morta. Os teste comprovaram. Ficou morta três dias. O composto deve ter tido algum tipo de reação regenerativa, que fez o cérebro reviver. Preciso de mais dados, preciso saber mais...

– Peter... O nome dela é Clarisse Stewart. - Começou a ler. - Tem 25 anos, e morava em nova Iorque. A parente que autorizou os testes, é irmã, Elionor Stewart.
– Pesquise tudo sobre Clarisse Stewart! Quero saber tudo. - Pedi antes de sair da sala.


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Notas finais do capítulo

Tem mais ! Vejam o Trailer : https://www.youtube.com/watch?v=Uu8ITpEwAAI



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