Projeto C-A7 escrita por Elionor


Capítulo 1
PROJETO INICIADO


Notas iniciais do capítulo

Olá meus tchucos e tchucas. Estou eu aqui postando minha primeiríssima fique. Espero mesmo que gostem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/537543/chapter/1

Clarisse Stewart

Por que as coisas parecem estar tão sem sentido ultimamente? Olhava fixamente para os meus olhos no espelho. Não aguentava mais o cheiro dos produtos do salão. Mas aquela era a minha vida. Eu tinha que estar linda para a apresentação. Ser representando de uma empresa multimilionária tem seu lado bom, mas a maioria do tempo é desgastante. De longe ouvia o som de uma musica que minha mãe cantava para mim quando era criança. Estranho ouvi-la aqui nesse salão.Uma musica infantil, de um desenho antigo. "Moças dançam no ar... la la la". Minha irmã mais nova me catucou.
- Lembra disso? - Sorriu.
- Lembro. Ela cantava todas as noites. - Ela concordou.
Como sentia saudades da minha mãe. Saudades de quando eu era exatamente "eu" com ela. Ela morreu de infarto quando completei 15 anos. Minha irmã tinha 11.
- Clair? - Ouvi Elionor chamar.
- Sim. - Olhei para ela.
- Você é exatamente como ela. - Ela olhou meu reflexo no espelho, e eu acompanhei seu olhar.
Era verdade. Cabelos, olhos, boca, nariz, exatamente tudo.

****

Depois de sair do salão, andamos até o estacionamento perto do mercado. Entrei no carro calada, pensando na musica.
- Ele já pediu? - Elionor perguntou.
- Quem? - Perguntei distraida.
- O James. Ele pediu para casar com você? - Eu olhei para ela antes de ligar o carro.
- Não. Não pediu. Eu nem quero na verdade. - Desabafei.
- 5 anos juntos e não se amam? - Suspirei.
- E desde quando tempo determina amor? - Ela se calou.

Dei a partida, e dirigi o carro até a estrada principal. Seriam mais ou menos 30 minutos até chegar em casa. Fui então levada por meus pensamentos. Lembrei de toda minha vida. Lembrei de quando era criança, da primeira vez que fui rainha do baile, do meu primeiro beijo, de quando perdi a virgindade. Tudo parecia tão desnecessário agora. Por que depois de tudo ainda me sentia vazia? Porque depois de ser a mulher de 25 anos bem sucedida, ainda não sinto felicidade?
O impacto fez meu corpo sentir a pressão da batida, voei pelo para brisas. É só disso que me lembro. E então tudo ficou escuro.


Laboratório de pesquisas do Texas


Cientista Peter Sullivan

"Depois de anos de pesquisa, conseguimos desenvolver um composto quepoderáreverter ou até aniquilar aneoplasia. O projeto ainda está em teste. Foi um grande avanço para a medicina atual. Obrigado.".

- Este foi uma pequena entrevista do cientista mais novo do laboratório de pesquisas do Texas. O mais novo, mais inteligente, não desmerecendo os outros, e o mais gato que já vi - Disse a apresentadora do programa mundialmente famoso.
- Depois de uma descoberta dessas ela nota que sou bonito. Incrível. - Falei desligando a TV do laboratório.
- É meu amigo. Quem mandou nascer inteligente e bonito? - Disse Josh na cadeira ao meu lado.
- Me informe. Recebemos alguma doação? - Ele se arrastou junto com a cadeira de rodinhas até a mesa e pegou os papéis.
- Vejamos.Estão enviando uma mulher. 25 anos, nova Iorque. Acidente de carro. Ficou 3 meses em coma e teve morte cerebral a dois dias.A família autorizou os testes. - Suspirei.
- Tudo bem. Quando ela chegar ligue para mim. Vou sair um pouco desse lugar. - Ele sorriu e se arrastou novamente para sua mesa.

***

Tudo isso é exaustivo. Sem vida social, sem comunicação com parentes, tudo pela ciência. Para ninguém lá fora dar valor para isso. Meu apartamento no sul do Texas era simples. Simples demais até, se for levar em consideração tudo o que ganho. Na verdade mando tudo para meus pais na Philadelfia. Tenho saudade deles todos os dias. Depois de dar inicio a esse projeto a mais ou menos 8 anos, nunca mais os vi. Só falo com eles por telefone. Tudo pela ciência. Deitei na cama de solteiro e desliguei.

O telefone não parava de tocar.

-alo. - Disse com a voz mole.
- Ela chegou Sullivan.

Muitos poderiam ver aquilo como algo horrível. Um pecado. Mas a verdade é que precisávamos testar o composto C-A7 em um ser humano vivo. Depois de desencadear o crescimento acelerado das células, o que forma o câncer, injetávamos nas "cobaias" o composto, e víamos os resultados. Na verdade, todos os corpos, estavam vivos, mas as pessoas em si, já tinha morrido. O projeto recebia vitimas de morte cerebral, o corpo precisava estar vivo. Foram essas pessoas que nos ajudaram a ter avanços em nossas pesquisas. Era tudo autorizado pela família da vitima. O corpo sobrevivia 27 dias depois de injetado o composto. Depois disso desligávamos as maquinas e dávamos a eles um enterro digno. Com a presença de familiares. É claro.

Cheguei no laboratório em pouco tempo. Depois de me vestir adequadamente segui até o andar de baixo para examinar o corpo antes do processo.

- Dá até pena de ela ter morrido. - Franzi o cenho não entendendo, e então olhei para a maca.

Era linda. Cabelos longos, pele branca. Nem parecia estar morta. Seu semblante era tranquilo. Era realmente uma pena ela ter morrido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É pouquinho mais é porque to começando agora e to sem Word, é horrível fica sem word.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Projeto C-A7" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.