Um romance é como um arco de violino, a caixa que produz os sons é a alma do leitor.

Ao chegar em casa a rosada jogou-se no sofá, estava cansada, eufórica e nervosa, Yuu notou no mesmo instante que algo havia acontecido a filha, nunca a encontrara daquele modo antes.

– Sakura, aconteceu algo hoje? Algo que queira compartilhar com sua mãe? - indagou a senhora Haruno de modo gentil e acolhedor, mas não deixou de mostrar-se curiosa.

A dona dos olhos verdes como duas pedras esmeraldas observou sua mãe, viu-a sentar-se ao seu lado e abraçá-la de modo terno. Ela não escondia nada de sua querida mãe Yuu e desta vez não poderia ser diferente.

– Sim, aconteceu algo.

– E você vai me contar o que é ou pretende me deixar curiosa.

– Eu e Sasuke quase nos beijamos hoje. - falou ela por fim

Yuu ficou parada, agora era ela que tentava processar a informação, mas quando isso aconteceu ela não pode conter a empolgação, levantou-se do sofá e pulou de alegria.

– Mas isso é maravilhoso querida, eu sabia que algo estava prestes a acontecer, mães sempre sabem das coisas. Hahaha - gargalhava Yuu

– Mãe... - falou a garota com uma voz embargada - Eu sinto que algo não vai dar certo.

– Não diga bobagens minha pequena, tudo irá dar certo,seja agora, seja daqui alguns anos.

Dizendo tais palavras a senhora Haruno saiu da sala e deixou a filha lá, sozinha, quem sabe o que a pequena rosada se indagava...

–*-*-*-*-*-

Se Sasuke não tivesse sido pulso firme com o mais novo amigo Dobe, Naruto certamente ainda estaria em sua casa, ou quem sabe terminando de bagunçar ainda mais a mansão Uchiha. Estava em seu quarto, deitado com a cabeça para cima e as mãos estavam atrás da cabeça, havia aproveitado muito aquele dia e pela primeira vez percebeu que aquelas pessoas não davam a miníma para seu dinheiro, estavam ali, por que de fato haviam se tornados amigos.

Escutou uma leve batida na porta de madeira que se encontrava aberta, olhou em sua direção e notou um moreno, com os cabelos presos em um baixo rabo de cavalo escorado no batente da porta, seus braços estavam cruzados em frente ao corpo.

– Sasuke, maninho, vejo que já fez certas amizades, mas diga-me, eles são iguais aos seus velhos amigos?

Ah sim, seus velhos amigos, Sasuke simplesmente preferiu esquecer que Makato e Jun existiam, aqueles dois apenas estavam com ele por causa do dinheiro que possuía, sempre que saiam juntos era ele que tinha de pagar, mas uma vez ele se rebelou, estava cansado daquilo, ele pagou somente a parte da conta que lhe pertencia, foi embora e deixou aqueles dois no restaurante lavando pratos, para poder pagar as altas despesas.

– Não Itachi, aquelas pessoal são completamente diferentes de outras tantas pessoas que nós conhecemos. - disse o moreno por fim,mudando o seu foco, para o teto branco de seu quarto.

– E aquelas duas garotas, suponho que a morena tenha namorado e ele seria aquele loiro agitado, mas a rosada...ela parecia um tanto quanto desconfortável aqui, creio que não tenha um namorado...

– Não, não que eu saiba. - falou o moreno secamente

– Ah, eu ia me esquecendo, papai ligou e pediu para que você retorna-se a ligação.

– Certo, ligarei agora mesmo.

O dono dos olhos ônix desceu penosamente as escadas, estava cansado, havia forçado sua vista e se divertido com Hinata, Naruto e, sim a rosada, Sakura. Por mais que quisesse não conseguia tirar a cena do quase beijo de sua mente.

– Oie, papai, o que o senhor deseja? - indagou ele com a voz já um pouco sonolenta

– Não me chame assim Sasuke, me chame de Fugaku. Pelo visto vejo que seu irmão te passou meu recado.

– Sim, ele passou, diga então o que você quer Fugaku. - falou secamente, da mesma maneira que seu pai falava com ele.

– Assim que esse ano letivo chegar ao fim, você será mandado para New York, vai ser o chefe daquela repartição da minha empresa, não me interessa se você aceita ou não, você vai e não quero ouvir reclamações.

– Hunf...- foi o máximo que ele conseguiu dizer, contrariar o próprio pai poderia ser terrível.

– Eu e sua mãe, inclusive já vimos um belíssimo apartamento para você morar, ele fica bem no centro de Manhattan.

–Bom, se era só isso eu tenho que desligar, tenho coisas das quais preciso fazer. - disse ele desligando o telefone

Um misto de ódio e raiva invadiu-o por completo, como assim seu pai tinha o obrigado a ir para New York, sem nem ao menos lhe perguntar antes se ele queria ou não, Fugaku Uchiha certamente era um homem repugnante, Sasuke se perguntara o que sua mãe, uma senhora linda e delicada havia visto em um homem como ele.

Sasuke precisava tomar uma decisão, faltavam apenas seis meses para que o ano letivo chegasse ao fim e a partir dali ele perderia contato com seus novos colegas, então decidiu que continuaria, seguiria o caminho como este se mostrava a ele, e quando chegasse a hora se despediria deles e de quem mais fosse preciso, caso contrário Fugaku poderia recorrer a ideias loucas e insensatas .