Capítulo 7-

Faltava um mês para as férias das gêmeas terminarem e como se não bastassem os enjôos de Isabelle em alto mar Cecília parecia enfurecida, talvez ela imaginara que curtiria mais o cruzeiro pelo Pacífico, talvez isso fosse possível...se Isabelle não tivesse devorado um prato de frutos do mar que pelo visto tinha lhe feito mal.

Fazia três dias que Caroline havia deixado Nova Orleans antes do tempo previsto por sinal. Agora ela estava em Mistic Fall’s, fazia alguns meses que não via a sua casa e voltar dava uma sensação de “lar doce lar”. Katherine voltara para Califórnia a pedido da Forbes e Elena acompanhara a irmã. Bonnie também tinha viajado para a casa da mãe em Seattle e só voltaria uma semana depois. Damon e Stefan também não estavam na cidade por causa da morte da tia, eles tiveram que ir ao enterro em Minnesota. Sem essas pessoas Mistic Fall’s estava tão...vazia.

Liz estava preparando um chá quente para a filha que tinha acabado de se jogar em cima do sofá e ligado a TV.

—Eu sei que deveria perguntar o que está acontecendo, mas eu tenho medo da resposta. O que está acontecendo? –perguntou Liz sem conseguir esconder a curiosidade.

Caroline a olhou de canto e respirou fundo.

—A Isa ligou? –perguntou mudando de assunto.

—Três vezes, não mude de assunto. Você está com essa cara desde que chegou de viagem, aconteceu alguma coisa em Nova Orleans?

—A Isa perguntou por mim? –novamente a loira tentava mudar de assunto.

—Não, Caroline eu juro que mando te internarem você se tentar mudar de assunto mais uma vez!

Caroline se levantou vendo que não conseguiria enganar a mãe então tudo o que fez foi pedir o chá de camomila que a mãe havia preparado. Liz foi até a filha e entregou a xícara em seguida se sentou para ouvir os problemas da filha.

Parece que não seria hoje que Caroline contaria o que estava acontecendo já que a campainha tocou assim que Liz se sentou e para fugir do assunto Caroline correu para atender, era o Jeremy perguntando pela Elena e pela Katherine. Pelo visto as outras gêmeas não tinham ligado para ele ainda. Caroline o convidou para entrar e em seguida olhou para a mãe sorrindo pois sabia que a conversa entre elas não iria rolar naquele dia, Liz retribuiu o sorriso.

Cecília andava de um lado para o outro preocupada, aquele cruzeiro sem dúvidas era o pior de todo o século. Estava cansada de olhar para o rosto de Isabelle que era idêntico ao seu, era como olhar para um espelho versão patricinha e até disso a jovem estava farta. Chamou Clarice e Ana para darem uma volta e vê se encontravam Eliza para se livrarem de Isabelle de uma vez por todas.

Não demorou muito para que as três encontrassem a Eliza e a obrigarem a ficar com Isabelle, a jovem foi sem questionar e um tanto confusa.

—Isabelle o que há de errado como a sua irmã? –perguntou apontando. —Ai meu Deus o que há de errado com você? –perguntou ao olhar para a cara de Isabelle.

—Eliza eu quero vomitar. –disse Isabelle.

—Você só pode estar de brincadeira. –respondeu incrédula e infelizmente inteligência não era um dos forts preferidos de Eliza. —Você não pode poluir o mar.

—O quê?!

—Você não pode vomitar no mar senão vai poluí-lo.

—Poluí-lo. –Isabelle levou alguns segundos para compreender a amiga e já estava enfurecida. —Então me trás um saquinho! –gritou levando a mão na boca enquanto Eliza corria de um lado para o outro sem saber o que fazer e chamando por Cecília.

Cecília curtia a piscina enquanto as amigas tomavam sol. Chegou à beira da piscina e começou a molhá-las.

—Ai Cecília ta maluca, por que está molhando a gente.? –perguntou Ana se levantando, tirando os óculos de sol e cruzando os braços.

— Porque vocês duas estão com medo da água oras. –respondeu como se fosse tão óbvio que Ana ficou um pouco constrangida e logo pulou na piscina tentando afogar Cecília, Clarice resolveu deixar as amigas se entenderem e foi ver como Isabelle estava.

O cruzeiro terminou quando já estava de noite, Isabelle saiu do navio cambaleando e ao mesmo tempo agradecida por não estar mais naquele monstro boiando sobre o mar. Cecília saiu sorridente e foi falar com a irmã.

—Eu ia perguntar se você está bem, mas acho melhor nem perguntar mais. –disse e Isabelle virou a cara um pouco irritada.

Cecília correu para o lado direito da irmã para poder olhá-la e perguntou se estava tudo bem.

—Claro que está. –respondeu.

—Você está com uma cara assustadora.

—Idiota, somos iguais fisicamente! –Isabelle disse como se fosse tão óbvio, Cecília sorriu e colocou as duas mãos no ombro da irmã.

—Vamos logo pro hotel. –disse puxando-a.

Assim que chegaram ao quarto Isabelle não pensou duas vezes antes de entrar no banheiro para tomar uma ducha. Saiu do banheiro enrolada em uma toalha e com outra enrolada na cabeça.

—Finalmente! –gritou Cecília. —Sabe, você parecia meio...morta.

Faltou pouco para Isabelle estrangular a irmã, ao invés disso apenas sorriu de lado ironicamente e se trocou no banheiro.

—Isa hoje nós iremos a um lugar especial. –disse Cecília despertando curiosidade na Forbes.

—Que lugar especial? –perguntou curiosa.

—É que bom eu tenho duas entradas na minha mão.

—Entradas? Entradas para cinema? –perguntou franzindo a sobrancelha.

—Não sua anta, eu vou dar uma dica é para um parque de diversões.

—Disneyland ta brincando?

—Isso mesmo eu tenho duas entradas para Disneyland e eu queria saber se você está a fim de ir comigo. Bom...eu queria que você...que você me...

—Ta desculpada por me deixar sozinha. –disse Isabelle puxando uma das entradas que estavam na mão da irmã e abraçando-a em seguida.

Pois é depois do parque de diversões não aconteceram muitas coisas interessantes no acampamento e logo ele chegou ao fim. As irmãs Forbes e Mikaelson trocaram os papéis. Cecília se irritou um pouco por causa da quantidade de malas que teria que carregar, ao contrário de Isabelle Cecília tinha levado apenas o necessário.

Isabelle sentia seu corpo inteiro tremer enquanto esperava seu vôo ser anunciado no aeroporto. Cecília abriu um largo sorriso e pela última vez foi se despedir da irmã.

—Isa você consegue, não é tão difícil ser eu. Cuide muito bem do Bilitz ok?

—Ta legal e você da Kitty e nada de ficar dando porcarias pra ela comer ok?

—Ok, eu tenho uma perguntinha.

—Qual? –perguntou Isabelle ainda tremendo de ansiedade.

—Como a mamãe permitiu que você tivesse um treco peludo como bichinho de estimação?

—A Kitty não é um bichinho de estimação ela é da família e a mamãe reagiu muito mal, mas já se acostumou e vê se não acaba com a minha reputação sua maluquinha.

—Olha só quem está falando. Ah, você terá sair de vez enquanto pra andar de skate, eu te ensinei como é então acho que se sairá bem.

—Ah, você terá que sair pra fazer caminhada às sete da manhã todos os dias tirando os finais de semana.

—Bom acho que é isso então, boa sorte e lembre-se ou será a tia Rebekah ou o tio Kol a buscá-la no aeroporto e pouco provável mais não impossível o papai e a Cami.

—Ok, ok e voe não se esqueça que será a mamãe ou o vovô Bill e a vovó Liz ou os três, boa sorte e...-respirei fundo—...adeus Cecília sentirei sua falta.

As duas tomaram rumos diferentes e após algumas horas em aviões separados que parecia ser uma eternidade as gêmeas puderam avistar os aeroportos, as pequenas casas, os carros, as pessoas e a cidade de seus destinos.

Isabelle ficou esperando as malas de Cecília ser entregues a ela, a garota ainda tremia, mas respirava fundo para que a ansiedade acabasse. Foi andando a procura de alguma alma viva da família Mikaelson. E lá estavam os três Klaus, Cami e Kol. Os três seguravam um cartaz enorme escrito com letras garrafais.

FINALMENTE VOCÊ VOLTOU CECÍLIA, SENTIMOS SUA FALTA

Ela engoliu em seco e correu na direção deles, a primeira coisa que fez foi abraçar Klaus. Talvez ele tenha estranhado um pouco já que Cecília não gostava muito de abraços, mas preferiu não comentar já que ela tinha ficado dois meses inteiros longe de casa.

—Seja bem vinda. –disse Klaus bagunçando o cabelo loiro e penteado de Isabelle.

Os três se direcionaram até o carro conversando. Isabelle preferiu ignorar a Cami, todas as vezes que seus olhares se cruzaram a O’Conell revirava os olhos ou olhava feio para a menina.

Cecília roia as unhas e sentia as suas mãos tremerem, esperou pela última mala e correu o olho em torno do aeroporto à procura de algum membro da família Forbes. Não demorou muito para que Caroline, Bill e Liz fossem ao seu encontro. Ela teria corrido ao encontro deles se não fossem as malas que eram muitas para se carregar sozinha. Caroline a abraçou forte e sussurrou em seu ouvido um “seja bem vinda de volta”, ela sorriu e disse:

—De qualquer forma é bom estar de volta! –disse piscando os olhos diversas vezes.

—É bom ter você de volta! –disse Caroline jogando confete no cabelo de Cecília e também fez sinal com a mão para que os fotógrafos aparecessem e batesse uma foto em família, mentira milhões de fotos em família.