Cecília estava melhorando aos pouquinhos e Caroline não tinha deixado a garota só nem por um segundo sequer. Estava deitada ao lado da filha, enquanto a mesma dormia. Bonnie tinha avisado que Katherine tinha viajado para Nova Orleans e que não voltaria tão cedo, mas não disse o que ela de fato fora fazer naquela cidade e Caroline tinha medo de pensar no assunto.

—Papai? —Cecília chamou abrindo os olhos.

—Isabelle o que deu em você? —Caroline falou em tom baixo.

—Mamãe, eu estou me sentindo melhor. —Disse se levantando.

Caroline pegou o termômetro e checou a temperatura da filha. A febre tinha passado e ela não estava mais quente. Caroline abraçou a filha fortemente como se estivesse com medo de perdê-la. Agora ela tinha certeza de que a filha sentia falta do pai ao ouvi-la chamando por ele e talvez fosse a hora de montar uma família completa, ela ainda não tinha contado sobre a proposta de morar junto que Damon sugeriu durante o verão.

Era plena segunda e Isabelle acabara de entrar na sala de aula sendo seguida pelo grupinho de Cecília, ou seja, Clarice, Ana e Jonny. Eles eram o grupinho dos revoltados. Naquela escola existiam várias "panelinhas", a dos inteligentes, dos revoltados , dos riquinhos e dos nerd e tinha o Coley que não pertencia a panelinha nenhuma, mas que conversava com quase todo mundo apesar de preferir ficar só na maioria das vezes. O professor entrou na sala de aula.

—Caros alunos, hoje vocês farão a primeira atividade desde às férias de verão. —Ele sorriu, era aula de literatura.

Coley entrou na sala atrasado e com cara de sono, caminhou até uma carteira atrás da minha e se sentou.

—Bom dia, Sr.Morris. Poderia dizer para a classe o motivo pelo qual o Sr. está chegando atrasado?

—Não eu tô bem aqui. —Ele fez um joinha e se debruçou na carteira.

Nesse momento uma garota entrou na sala, ela era alta, tinhas os olhos claros, morena e parecia ser bem metida e com certeza pertencia ao grupo dos riquinhos.

—Ele estava comigo Sr. Smith. —Ela disse sorrindo.

—Entendo.

—Clarice, Clarice eu acho que a minha memória está falhando quem é a garota que acabou de entrar na sala?

—É a Mariana, ela é a filha do diretor. —Ela respondeu me olhando de um jeito diferente.

A Clarice era a única pessoa na escola que sabia do segredo das gêmeas, Cecília fez questão de contar pra ela para que pudesse me ajudar na escola.

—Cecília.—Ouvi alguém me chamando atrás de mim, era o Coley.

—O que foi? —Perguntei me virando.

—Onde a sua irmã mora?

—Xiu, xiu fala baixo. Ninguém pode saber que eu tenho uma irmã. Ela mora em Mystic Falls, mas por que está interessado nisso?

—Desculpe, era só curiosidade.

—Hum. —Voltei a me virar para frente.

As aulas acabaram e era hora do intervalo. Saí da sala o mais rápido possível e alguém acabou esbarrando em mim, era a tal Mariana.

—Vejam meninas se não é a Cecília Mikarrelson. —Disse ela.

—É Mikaelson.

—Ah, tanto faz. Como se atreveu a se esbarrar em mim?! —Ela estava dando chilique.

—Eu não quis esbarrar em você...idiota! —Estava começando a rebater como a cecília faria.

—Ouviu Mariana? Ela te chamou de idiota. —Uma das meninas falou.

Mariana se aproximou de mim com a mão preparada para me bater quando Coley interferiu.

—Vocês não deveriam perder o tempo de vocês brigando por um motivo tão bobo. —Ele se colocou ao meu lado.

—Coley?! —Mariana pareceu surpresa ao vê-lo se intrometendo nos assuntos dos outros.

Alguns cochichos puderam ser ouvidos também, pelo visto o Coley não se importava em ajudar ninguém naquela escola era a primeira vez.

—Você tem razão, estou perdendo meu tempo com essa menina. —Sai andando rápido.

Katherine acabara de chegar na cidade, ela parecia preocupada como se alguma coisa estivesse a incomodando muito. Ela estava decidida a encontrar Isabelle e destrocar as gêmeas para que Caroline jamais descobrisse o que tinha ocorrido na Califórnia.

—Você parece preocupada Katherine. —Uma voz familiar disse.

—Kol Mikaelson, a quanto tempo. —Eles se abraçaram.

—Não vejo você desde a faculdade. —Ele sorriu.

—Pois é, nossas vidas tomaram um rumo diferente.

—O que faz em Nova Orleans?

—Estava aqui de passagem, mas acho que estou um pouco perdida nesta cidade. —Ela passou uma mecha do cabelo para trás da da orelha.

—Nesse caso você está com sorte, hoje é meu dia de folga e ficarei muito feliz em te mostrar a cidade.

Cecília estava preocupada desde quando Caroline dissera que Katherine havia viajado para Nova Orleans e para piorar Isabelle não atendia o celular e muito menos respondia as centenas de mensagens que a garota tinha enviado a horas.

—Droga! Desse jeito o plano irá por água a baixo. Isabelle por que você não me atende?

—Isa você está falando sozinha? —Caroline perguntou.

—Estava apenas pensando alto mamãe.

—Entendi. Posso conversar com você um pouquinho. —Caroline estendeu as mãos para a filha.

—Mas é claro que podemos. —Cecília pegou nas mãos da mãe e ambas se sentaram no sofá da sala.

—Você sabe que falamos de tudo certo?

—Sei, seja direta.

—O que você acha de um pai? —A loira foi objetiva.

—Eu acho isso ótimo! Espera aí do que você está falando exatamente ao usar a palavra "pai"?

—Damon e eu estávamos pensando em...

—Não mamãe, vocês não podem se casar ainda é muito cedo pra isso. Vocês têm a vida inteira pela frente para pensarem nisso.

—Eu não estava pensando em casamento Isa, apenas em morar juntos por um tempo. Aliás você sempre gostou do "tio Damon".

—Eu sei mamãe, mas não se precipite okay?

—Você não respondeu, topa ou não?

—Eu preciso pensar um pouco no assunto.

"Não, mas é claro que não mamãe. Você tem que voltar com o papai!"

—Promete pensar com carinho?

—Prometo, desde que me conte mais sobre o papai. Você quase nunca fala dele.

—O que deu em você? Por que quer saber dele?

—Me diz ao menos o nome dele, por favor eu tenho todo direito de saber pelo menos o nome dele.

—Me desculpe, mas eu não posso dizer o nome dele. Mas posso te contar a nossa história.