Solemnia Verba escrita por Blitzkrieg


Capítulo 1
Prólogo.




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Há mais ou menos 3200 anos atrás algo de grandioso ocorreu na terra. Uma pessoa adquiriu a capacidade de transcender os limites inerentes ao ser humano. Adquiriu habilidades incomuns, de alterar os comportamentos e leis físicas do universo. Construiu uma nova raça. Ao longo das gerações, houve ramificações seguidas desta capacidade de controlar tudo que era sentido, sempre transmitindo parte das capacidades para o próximo descendente. Tal humano, por adquirir o domínio sobre os segredos do universo, também obteve o controle de sua própria existência. Em outras palavras a imortalidade lhe era alcançada. Poderia viver para sempre se assim quisesse.



A raça dos devas ou devatãs surgia no mundo. Seres com poderes fantásticos que por necessidade deveriam viver no oculto. Era praticamente impossível dividir o mesmo mundo com os humanos ou também chamados por eles de mortais, devido as dissiparidades na expectativa de vida de seus organismos. Aquele mero humano que desencadeou tudo isto se tornou o senhor de todos os devatãs. Criou leis, fortificou e consolidou toda a estrutura daquela nova espécie de seres vivos.



Assim que o senhor dos devatãs percebeu que havia concluído seu objetivo de estruturar completamente seus filhos, decidiu viver retraído, nas sombras, apenas observando-os, analisando como os mesmos se misturariam aos humanos. Sempre que julgava correto, interferia em algo. Mas até mesmo seu nome era desconhecido por grande parte dos devatãs. Isto era preciso. Seus poderes eram infinitos, para se evitar rebeliões causando o caos na ordem que havia imposto. Pelo processo natural, seus poderes se dividiram entre as gerações seguintes, desta forma houve a distinção de habilidades. Criou o tatva e a pavitra śabda que mais tarde se tornaram o aliquid e a solemnia verba respectivamente. Este último, um tipo de recito que poderia interferir no mundo de várias formas. Era um comando que alterava tudo que era existente. E o outro, apenas o espectro de energia que emanava o comando. Seus filhos devatãs dominaram os poderes da solemnia verba, mas era preciso haver limites. Era preciso haver uma organização com a finalidade de impedir o descontrole de tamanho poder. Portanto, criou um devatã que regeria leis para a utilização da solemnia verba e tudo que poderia se derivar dela. O senhor dos devas enxergava a ordem como um meio para distinguir, destacar a superioridade dos devatãs perante os mortais e assim também um meio para conter o efeito destrutivo da solemnia verba. Não poderia haver caos, não como no mundo dos humanos.



Ao longo dos anos, várias famílias de devatãs se formavam ao redor do mundo. A genética que tocava qualquer ser vivo agia sobre os organismos silenciosamente, gerando linhagens distintas. Os traços do primeiro deva também se mantinham presentes em todo o processo. O primeiro devatã, ao longo dos anos, decidiu abandonar a solidão. Escolheu criar uma organização que poderia realizar as tarefas que deveria fazer por conta própria e também decidiu interferir na vida de seus filhos por meio desta organização. Surgia o grupo dos 13 aliados. Tratavam-se dos 13 dos mais poderosos devatãs que estariam ao lado do deus de todos eles, realizando suas tarefas.



Algumas famílias serviram o primeiro devatã durante um tempo. Os Chernobogs, por exemplo, uma família de assassinos profissionais e conhecidos como os “copiadores” devido as suas habilidades se tornou famosa. Recebiam tarefas de todos os níveis. Sua fama na conclusão das missões se espalhou rapidamente e com isto tornaram-se a principal família de mercenários que recebiam ordens diretas do senhor dos devas. Os Chernobogs prosperaram durante séculos, mas um massacre terrível pôs fim nisto. Um extermínio em massa tratou de extinguí-los. Ninguém nunca soube quem foi o mandante nem as razões de tal ato. Alguns acusaram o próprio criador, mas ninguém nunca ousou seguir adiante com tal hipótese. Restou apenas um membro da família de mercenários. Vladimir Chernobog. E em busca das respostas, este devatã solitário se afundou na investigação. O significado de sua existência se prendeu a isto.



O devatã que estava no topo da árvore genealógica havia tomado uma decisão. Tinha um plano. Aos poucos começou a mobilizar seus aliados e as famílias que forneciam apoio para concretizá-la. Era um plano com medidas radicais, mas era preciso. Deveria por um fim naquilo que deveria ter feito há muito tempo. Grupos adeptos aos dois lados se formavam, realizando batalhas em silêncio entre os humanos.

Bem vindo ao mundo destas criaturas fascinantes...

Introdução do Manual Prático para Imperitus e Teorias Conspiratórias. 56º Ed. Ano 2005.


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Notas finais do capítulo

Decidi fazer um prefácio para contar a origem da solemnia verba e explicar um pouco mais sobre os devatãs. Comentem por favor. ^^