_ Haruka........ Como é possível? Como ela está aqui?, o que está acontecendo? – Ukitake pergunta assim que a taichou adentra no escritório principal do primeiro esquadrão.

_ Não tenho ideia do que pode ter acontecido, deixei a Hana com a Nira, mas temos que esperar ela acordar para sabermos o que realmente está acontecendo.

_ Será que estamos vivenciando o que vivemos há 12 anos? – Nanao pergunta.

_ Creio que é impossível... – Haruka diz – além do mais........ no nosso presente Hana está morta, e não tem como ela voltar a vida.

_ Tem certeza que a menina é a Hana, e não outra criança dos dois? – Kyoraku pergunta.

_ Absoluta, a reatsu é a mesma, eu não me confundiria com algo assim.

_ Então temos que proteger ela, pelo menos por enquanto. – Ukitake diz enquanto dá alguns passos para frente – o que eu posso fazer para ajudar?

_ No momento acho melhor deixa-la no quarto esquadrão, ela ficará protegida, e apenas Nira tem permissão para estar com ela.

_ Pensei que seria a Eru que estaria nesse caso..... – Kyoraku fala.

_ Eru é uma excelente shinigami, mas quando se trata de algo confidencial, e principalmente por eu ter apagado a memória dela, ela iria discutir comigo durante a semana inteira, agora a Nira, ela não me faz perguntas.

_ Entendo, se não me falha a memória Nira é uma das shinigamis que mais tempo trabalhou pra você, não é? – Ukitake diz – Unohana já dizia que ela seria excelente no quarto esquadrão, mas que nunca sairia do seu lado.

_ Sim ela já foi minha fukutaichou anos antes da Eru, acho que apenas a Nari sabe disso. Mas voltamos a Hana, vou voltar ao esquadrão e obter toda informação que puder, assim que eu tiver eu envio uma borboleta infernal, dessa vez.... para o bem de todos temos que fazer ela voltar para seu tempo o mais rápido possível.

_ Haruka...... como está Rangiku? – Nanao pergunta antes que a outra shinigami saísse da sala.

_ Eu pedi para o Byakuya cuidar dela.

_ Fico mais tranquila em saber disso.

_ Até mais.

Haruka sai do primeiro esquadrão e dirige ao quarto esquadrão.

Enquanto isso no quarto esquadrão.

Nira tinha acabado de sair do quarto em que Hana está, para pegar um pouco de água e algumas atadura, tinha percebido que a explosão tinha afetado a pequena menina.

_ Nira!!!! – Eru estava correndo nos corredores do esquadrão quando a avista.

_ O que posso fazer para ajuda-la, Eru? – Nira estava carregando uma cestas com os suprimentos que fora buscar.

_ O que aconteceu?, e porque a taichou te chamou?, creio que eu poderia ser de grande ajuda.......

_ A taichou achou melhor você cuidar dos shinigamis feridos no décimo segundo esquadrão, e ela confia em você, disse que eles te obedecem.

_ Sim isso é verdade.....

_ Eru, alguma vez a taichou tomou uma decisão errada?

_ Não, mas....

_ Então acho melhor eu voltar aos meus afazeres, e outra você é a melhor com as papeladas, e a que melhor se dá com a Kotetsu fukutaichou, acho que isso também interferiu na decisão da taichou.

_ Ok.... quero os documentos sobre tudo o que ocorrer nesse caso.

_ Eru você escolheu ser a sexta oficial, e eu sou a terceira então não tenho que obedece-la.

_ Eu sei......até mais Nira.....

Nira voltou ao quarto que Hana estava, retirou a zanpakitou da menina e colocou sobre a mesa que ficava no canto perto da porta e logo começou a fazer os curativos na menina.

_ Ela está bem?

_ Está sim taichou, só alguns ferimentos que eu creio ter ocorrido na explosão, mas não tenho ideia de quando ela vai acordar.

_ Não sei se ela vai acordar..... – uma voz desconhecida diz, o que faz Haruka e Nira se assustarem e procurar a origem da voz.

Sexto esquadrão.

Renji estava organizando todos os documentos feitos naquele dia, e estava pensando o que tinha acontecido com o seu taichou.

_ Achei que ia me ajudar com os preparativos do casamentos..... – Rukia diz entrando no escritório – e cadê o onii-sama, o terceiro oficial disse que faz mais ou menos meia hora que ele saiu em disparada.

_ Não sei Rukia, ele me deixou todo o trabalho.

_ Por que?

_ Não sei, ele recebeu uma borboleta infernal e saiu em disparada, e me mandou terminar o trabalho.

_ Mas.....

_ Rukia...... não adianta perguntar as mesma perguntas que estou fazendo na minha cabeça, não creio que teremos alguma resposta.

_ Tudo bem, quando o onii-sama chegar em casa eu mesma pergunto a ele. – Rukia olha pra baixo – você soube da garota que foi encontrada na cratera da explosão?

_ Não...

_Parece que a Haruka tomou conta da situação, queria ter visto o rosto do Kurotsuchi taichou.

_ Eu também. Sobre os preparativos...

_ Não se preocupe, Momo me ajudou, ela parece interessada, pelo visto o relacionamento dela e do Hitsugaya taichou está indo pra frente.

_ No fim eles formam um lindo casal.

_ Ela acabou levando o Hisagi junto....

_ Deixa eu adivinhar, ele ficou falando da Rangiku?

_ Quase o tempo todo.....

_ Em falar na Rangiku, falaram que depois do chamado no décimo segundo esquadrão, ela não voltou mais pro trabalho, isso mais parece com a antiga Rangiku do que com a “nova” que chega a dar medo.

_ Sim, verdade essa nova Rangiku dá medo mesmo, muito mais que o Kuchiki taichou, se eu fosse o Hisagi tinha desistido dela. – com a declaração do Renji os dois na sala riem.

Na floresta da Seireitei.

Rangiku ainda estava chorando no colo do Byakuya, enquanto ela a abraçava cada vez mais forte como se fosse possível, eles ficaram em silencio, a companhia era o que os dois precisavam.

Algum tempo depois, Rangiku enxugou as lágrimas e começa a se levantar, Byakuya faz o mesmo, mas parecia que algo impedia ela de dar qualquer passo para frente, e ela desaba novamente, lagrimas mais lágrimas escorrem pelo seu rosto.

_ Eu tenho que voltar para o trabalho.....

_ Rangiku.........

_ Não........ Byakuya eu tenho..... – fala chorando.

_ Rangiku você vem comigo, eu vou cuidar de você...... você não tem condições pra trabalhar hoje, nem eu.....

_ Mas, Byakuya vão ficar preocupado se você sumir o dia inteiro....

_ E que disse que vou sumir, eu vou voltar pra mansão, e você vai comigo....

_ Byakuya..... Mas.....

_ Sem mas, Rangiku. Você vem comigo e ponto final.

_ Eu não quero discutir com você.....

_ E não vai...... – ele diz e pega ela no colo, ainda relutando. – Vamos....

_ Byakuya! – Ela praticamente grita, e ele sorri, um sorriso triste, mas ainda sim era um sorriso, e ela sorri de volta o mesmo sorriso triste.

E assim ele se dirige para a mansão Kuchiki, com Rangiku no seu colo, não ligando para os olhares curiosos, ou olhares arregalados. Ou vozes dizendo “ O que está acontecendo”, “ O que aconteceu com a Matsumoto taichou”. Eles vão direto para a mansão. Ao chegar alguns servos se assustam e correm contar aos anciões o que viram, e os anciões vão em direção ao chefe da casa tirar satisfação.

Byakuya ao chegar no seu quarto na mansão, coloca Rangiku na cama, ela estava dormindo, no fim era isso que ela precisava pra se acalmar. Logo após disso algumas batidas na porta do seu quarto faz ele mudar sua direção e ir ver quem era a pessoa que estava atrapalhando o seu momento de tristeza.