Byakuya respira fundo para abrir a porta, não tinha certeza do que ia enfrentar. Quando abriu a porta com o rosto sem nenhuma expressão, apenas o cara sério e chefe do clã Kuchiki. Do outro lado da porta estavam alguns anciões ao fundo no corredor, alguns apenas curiosos, outros querendo explicações, na frente dos anciões estava Rukia com seu olhar de dúvida, Renji ao lado da noiva e Hisagi com uma cara furiosa.

_ Posso ajuda-los? – Byakuya fala as palavras numa expressão de vazio, dando medo na maioria.

_ O que aconteceu com a Rangiku, e por que você a trouxe aqui – Hisagi late as palavra pro capitão na sua frente, que não muda de expressão.

_ Nada que seja da sua conta, Hisagi fukutaichou. – Byakuya diz começando a fechar a porta.

_ Onii-sama...... o que está acontecendo?....... a Rangiku desapareceu por metade do dia........ você recebeu uma borboleta infernal misteriosa...... e agora você traz a Rangiku aqui....... por que? – Rukia perguntou o mais calma que podia.

Ficaram num silencio.

_ Quando o Hisagi foi ao sexto esquadrão dizer que você estava carregando a Rangiku e a trazendo aqui, eu não pude acreditar, e quando cheguei na mansão os anciões estavam todos confusos.... Onii-sama...... me conte o que está acontecendo...... por favor.........

Mais um breve silencio, parecia que ninguém ia dizer uma palavra, nem os anciões que só estavam esperando calmamente a resposta do chefe do clã, nem Rukia ou Renji que estavam de mão dadas, nem Hisagi que decidiu esperar a resposta do taichou pra reagir conforme o que for explicado. Byakuya abriu a boca, e parecia que iria dizer alguma coisa, mas simplesmente fechou em um suspiro, e seu olhar mudou, de um olhar vazio para um triste.

_ Onii-sama.....? - Rukia começa a ficar preocupada, mas não sabia o que dizer.

A reação do Byakuya preocupou Renji e Hisagi também, que pesaram que algo muito ruim aconteceu com Rangiku.

_ Byakuya-Sama, o que realmente está acontecendo aqui? – diz uma anciã que acaba de chegar no corredor, uma que o próprio Byakuya lembra em sua infância. – Se a Matsumoto-sama precisa de cuidados especiais, seria melhor leva-la ao quarto esquadrão ou mesmo a mansão Matsumoto. Quer que eu chame alguém da mansão Matsumoto para busca-la?

_ Isso não será necessário, Kaori-dono.

_ Irina-dono! vejo que os boatos correm rápido na seireitei. – A anciã diz a mulher da família secundária do clã Matsumoto.

_ Kuchiki-sama, o senhor poderia me informar o que aconteceu coma Rangiku-sama? – ela pergunta ignorando os anciões da família Kuchiki.

Byakuya apenas olhou a mulher que fez a pergunta, ele queria sair dessa situação. Rukia percebeu que seu irmão não ia responder ninguém ali, mas ela realmente estava preocupada com a Rangiku.

_ Irina-dono! – Rukia diz chamando a atenção para ela – Talvez seja melhor chamarmos a Haruka, você poderia fazer esse fav......

_ Não é necessário incomodar a Onee-sama, Rukia. – Rangiku aparece do lado do Byakuya, aparentemente o barulho no corredor a acordou. – Estou bem, e obrigada pela assistência Kuchiki taichou. – ela diz num tom completamente formal, e com olhos frios.

_ Rangiku o que aconteceu com você? – Hisagi pergunta se aproximando.

_ Você tem certeza que está melhor? – Byakuya pergunta olhando nos olhos azuis dela, não ligando para os outros ocupantes do corredor.

Naquele breve momento para Byakuya e Rangiku era como se existisse apenas os dois ali, ela não precisava falar pra responder a pergunta dele, nos olhos dela a resposta era clara, era um “ vou ficar melhor, mas essa confusão não ajuda”, os olhos dele respondiam “ desculpa a culpa é minha de ter vindo para a mansão, talvez fosse mais tranquilo na mansão Matsumoto”. Então ela sorri, e por um impulso eles se beijam, esquecendo dos demais parados com a cara assustada, dos problemas que iriam enfrentar, agora juntos, e do mundo por dizer.

Quando o beijo ocorre o susto que os anciões levam é grande, ficam espantados, alguns com o queixo caído, Renji arregala os olhos e vira o rosto ficando vermelho, Hisagi fica com raiva, Rukia fica tão surpresa que depois quando estivesse com seu irmão ia fazer um questionário gigante, e já formulava algumas perguntas na cabeça. Irina quando viu a cena apenas deu um leve sorriso e decidiu interromper o momento dos dois, limpando a garganta.

_ Desculpa Rangiku, mas se você está melhor vou me retirar. – ela fala assim que os dois a olham, e com o aceno da cabeça da Rangiku, Irina se retira.

Nesse momento Rangiku e Byakuya percebem o que fizeram, e ficam um pouco constrangido. Byakuya simplesmente não pensa em nada e fecha a porta do quarto deixando a confusão no cor redor e depois olha para Rangiku que estava tendo um leve ataque de risos, ela olha pra ele enxugando os olhos de umas pequenas lágrimas.

_ De todas as maneira pra revelar nossa relação, com certeza essa é a pior. – ela diz, mas então sua cabeça vai para o único pensamento que a faz chorar novamente.

_ Rangiku..... talvez devêssemos ir.....

_ Não Byakuya, eu não posso, não novamente, é a Hana eu sei, mas por que? Vou esperar a onee-sama me dizer o que está acontecendo.

_ Tudo ao seu tempo meu amor. – ele então a abraça forte.

No corredor alguns anciões estavam ficando mais confusos, outros estavam gritando que isso era inaceitável. Rukia estava em choque, Renji tenta puxa-la para fora do corredor mas parecia impossível. Hisagi sai em disparada para dividir sua frustração com a Hinamori, então vai direto onde a reatsu da mesma se encontrava, no décimo esquadrão.

Kaori olha as diversas reações quando bate na porta novamente, Rukia a encara achando que ela faria algo ruim aos dois no quarto. Quando Byakuya abre a porta novamente enxugando os olhos, e Rangiku atrás dele fazendo a mesma coisa.

_ Não sei o que aconteceu..... – Kaori diz num tom de alguém de poder, os outros anciões a respeitava. – Mas eu gostaria de saber....

_ Kaori-dono acho que agora não é hora pra isso... – Rukia diz tentando impedir a mais velha.

_ Rukia-sama, peço que não me interfira. Agora onde eu estava, ah! Sim...... Byakuya-sama.......

_ Kaori-dono.... – dessa vez era Rangiku falando docemente com a anciã – desculpa o incomodo, e não, não é o que você está pensando. Como já disse a você alguns anos atrás quando você descobriu sobre o meu relacionamento com o Byakuya. – essa revelação faz com que alguns anciões fiquem bravos com a Kaori – Eu sou estéril, desde um acidente doze anos atrás, meu mal estar não é ligado a uma gravidez. – Rangiku olha para Rukia que em seu rosto demonstrava que estava ela estava assustada – Sinto muito por não ter te contado antes que eu estava...., estou namorando seu irmão, Rukia.

Byakuya segura a mão da Rangiku e aperta fortemente, eles se olham, e depois olham novamente para Rukia que apenas sorri e abraça os dois, depois ela manda os dois entrarem no quarto e expulsa todos do corredor.

No quarto esquadrão.

_ Não sei se ela vai acordar..... – uma voz desconhecida diz, o que faz Haruka e Nira se assustarem e procurar a origem da voz.

Até as duas shinigamis se depararem com um pequeno coelho do lado da zanpakitou da Hana.

_ Eu mesmo estou enfraquecido. – diz o pequeno coelho.

_ E você seria? – Haruka pergunta se aproximando do coelho.

_ Eu sou Jikan no Hime, sou a zanpakitou da Hana-sama, ela me chama de Bunny Hime quando conversa comigo. – diz com um sorriso fraco.

_ Só uma pergunta, assim não querendo ofende-la, mas por que eu e a taichou podemos te ver, e como assim ela não vai acordar? – Nira pergunta saindo do seu tom habitual.

_ Provável que ela não acorde por causa da reatsu dela, está muito enfraquecida, e vocês não conseguiram restaurá-la, pelo fato da Hana não existir nesse tempo. E vocês podem me ver pois eu preciso da ajuda de vocês, assim posso permitir que vocês duas me vejam.

_ Então como você vieram parar aqui, Jikan no Hime? – Haruka pergunta olhando fixamente para a pequena zanpakitou.

_ A ultima coisa que me lembro é da Rangiku sangrando no chão, depois de ser atingida pelo Hisagi fukutaichou. A Reatsu da Hana ficou instável, e eu tinha que salvá-la, e então ela começou a desaparecer, como ela é do futuro, o desaparecimento dela criou um portal temporal que eu usei para o salto temporal, e a primeira fenda que achei para sairmos do túnel do espaço tempo foi no meio daquela explosão, então aqui estamos.

_ Então foi você que levou a Hana pro passado? – Haruka pergunta assustada e finalmente colocando a mão sobre a zanpakitou da sobrinha.

_ Sim....

_ Seu poder tem haver com o tempo....., entendi......., então se não salvarmos a Hana no passado, a Hana que está aqui também morre quando a reatsu dela acabar. – Haruka falas seus pensamentos em voz alta.

_ Isso.... – a Zanpakitou tenta intervir no pensamento da Haruka.

_ Mas creio que eu consigo....., Nira você cuida da Hana, eu tenho que ir visitar uns velhos amigos. – ela pega a zanpakitou de cima da mesa e se dirige para a porta.

_ Hai taichou. – Nira fala – Taichou e a Rangiku e o Byakuya, o que digo a eles?

_ A verdade. – depois um flash e a Haruka somo num piscar de olhos.