Manu e Rodrigo - O que houve depois? escrita por Liane


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi!!! Aproveitei uma folga na minha noite e resolvi postar mais um capítulo! Bom, nesse terá um diferencial: começa sendo narrado pela Manuela, como sempre, mas também terá a narração do Rodrigo. Achei que seria o momento de todos saberem um pouco como ele estava se sentindo nesses dias que antecederam a viagem.
Não consegui revisar com cuidado o capítulo, então relevem qualquer erro, ok?!
Então, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/537125/chapter/9

Tudo à minha volta estava rodando, era muita informação ao mesmo tempo. Sentei no sofá e tentei manter minha respiração controlada. Eu já havia desistido da viagem e agora, do nada, parece que tudo virou de cabeça pra baixo.

– Ana, por favor, me explica porque eu acho que não estou entendendo.

–Manu, é simples: você vai viajar com o Rodrigo e ponto final!

– Mas as coisas não são tão simples assim. Tem a Júlia e o que ela falou sobre a sua conversa com a Ali... – interrompo a frase no meio ao perceber que já estava falando sobre o que a Júlia havia me dito.

– Sobre a minha conversa com a Alice, não é isso que você ia dizer? Pode falar Manu, como eu disse a vovó me contou tudo. Mas me deixa te esclarecer umas coisas. O que a Júlia ouviu é verdade, eu realmente estava contando a Alice que gostava do Rodrigo, mas ela só escutou essa parte e não a conversa inteira. Eu estava dizendo pra Alice sobre o que havia restado da minha relação com ele. Manu, eu o amo e sempre vou amar, porque eu vivi com ele uma história linda e ainda me deu o meu bem mais precioso: a Júlia. Mas o meu amor, hoje, é um amor grato por tudo o que aconteceu. Eu sempre vou querer o bem do Rodrigo, mas hoje não o amo como homem, mas como pai da minha filha, como um amigo. Quando eu te falei que estava começando a investir na minha relação com o Lúcio, eu não estava mentindo. Eu estou me descobrindo apaixonada, e muito, por ele. E estou muito feliz com isso, como há muito tempo não estava. Manu, eu fui uma das culpadas pelo fim do seu casamento. Se hoje você é essa pessoa desconfiada, insegura com o amor é por culpa minha. Perdão! Por isso, por favor, não deixe a sua felicidade ir embora por medo de ser magoada novamente.

– Escuta a sua irmã, Manu. Veja como ela está sendo sincera. Agora vê se põe nessa sua cabeça que não tem nada que te impeça de ir com o Rodrigo nessa viagem – disse minha avó enquanto sentava ao meu lado e pegava na minha mão.

– Mas e a Júlia?

–Não se preocupe Manu. Naquela vez ela estranhou porque nós não tínhamos muita intimidade e eu ainda morava com a minha mãe. Mas agora é diferente, ela já confia muito em mim, e ainda posso contar com a ajuda da vovó, da Nanda e do Lúcio. Nossa filha estará muito bem.

Eu olho para todas que estavam na sala. Eu não conseguia acreditar nessa tropa que tinha se unido para me ver reconciliada com o Rodrigo. Era impossível não estar emocionada com toda essa prova de carinho e cuidado.

– Quem fez as malas? Foi você, Ana?

–Na verdade, não!

– Fui eu, Manuela! Bom como morei muitos anos em Londres, de Europa eu entendo bem. Separei uns modelitos incríveis pra você. Ah, coloquei uns presentinhos na mala...não precisa me agradecer, deixa pra fazer isso estando lá e comprando umas coisas que escrevi em um bilhete que está nessa mala aqui. Claro, se vocês tiverem tempo porque, olha, como o meu irmão está nos últimos dias, olhe lá se ele vai deixar pelo menos você sair do quarto!

–Nanda!! – falo enquanto sinto o meu rosto esquentar com o comentário.

–Ai gente, é brincadeira. Foi só pra descontrair esse momento tão intenso e revelador. Meu irmão também não é assim, né! Bom, quer dizer, da intimidade dele eu não sei... a Manu é a melhor pessoa pra falar disso do que eu!

– Nanda, chega! Vamos mudar de assunto, por favor!

– Manu, você está vermelha! Ok, vou parar... não mencionarei mais nada! Mas pessoal, a gente está conversando aqui e o tempo está passando, o avião não espera. Então, Manu, podemos ir?

POR RODRIGO:

Depois que eu fiz a surpresa pra Manu, eu tive que me virar em dez pra resolver tudo em dois dias. Foi bastante cansativo, muitas reuniões, explicações, orientações... mas fiz com tanto prazer que nem me importei a quase falta de tempo livre. A esperança era o meu principal energético. Desejei muito chegar logo o dia da viagem, finalmente eu iria pra Paris com ela, o amor da minha vida.

A Nanda já não aguentava mais o meu sorriso bobo durante esses dias. Ela tentava implicar e dizia que a Manu ainda não tinha dado a resposta dela, mas eu estava confiante. Depois do nosso beijo e do nosso jantar, eu senti que o meu amor era correspondido. A Manu ainda me amava, era só uma questão de tempo para ganhar novamente a sua confiança. E eu não podia sentir raiva da minha irmã. Ela era implicante, isso era bem verdade, mas foi a única que desde sempre me falou que a Manu era a mulher ideal pra mim. Eu não a escutei na época, estava cego pela ilusão de uma paixão adolescente, mas apesar da imaturidade, a Nanda esteve certa o tempo todo.

Antes de ir para o aeroporto tentei ligar pra Nanda, mas não consegui. Cheguei em casa para pegar as minhas malas, e como ela não estava, resolvi deixar um bilhete agradecendo por tudo. Afinal, essa ideia maluca foi toda maquinada por ela.

Ainda faltava um bom tempo para a hora do voo, então me sentei e fiz o que parecia ser impossível para mim no momento: esperar. Já havia passado um bom tempo e faltava menos de uma hora para o embarque e nada da Manuela. Tentei ainda não me preocupar, ela iria aparecer, eu sabia que sim. Porém meu desespero começou a surgir quando escutei a chamada de embarque. Meu Deus, onde estava a Manu? Olhei por todos os lados, desejei com todas as forças encontrá-la vindo em minha direção, mas... nada, nenhum sinal dela! Na última chamada, senti toda a minha esperança se esvair de dentro de mim. Ela não viria, a sua resposta tinha sido não.

Eu havia dito a Manu que essa era a minha última tentativa e que, se ela não aceitasse, eu não a incomodaria mais. Eu nunca tinha pensado nessa possibilidade, mas infelizmente eu teria que cumprir se assim fosse a sua vontade. E com o portão quase se fechando, tomei a atitude mais difícil da minha vida: deixaria a Manu em paz e embarcaria para Paris sem ela!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vocês estão querendo me matar?
Por que Manu não chegou? Será que ela decidiu não ir?
Cenas dos próximos capítulos! Aguardem e não me odeiem, por favor!
Até mais! :)