Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 56
Capitulo


Notas iniciais do capítulo

Eba temos mais um capitulo prontinho para ser lido e apreciado!
Boa leitura amores!!!



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Primeiro de tudo na lista de sobrevivência ao modo Rose Hathaway, eu tinha que considerar e analisar os fatos que me foram apresentados e de preferência teria que fazer tudo isso com o máximo de calma e rapidez possível – ou então antes da Corte bater o martelo e arrancar o meu pescoço, literalmente falando.

O bilhete de Tatiana era mesmo legitimo dela e então eu tinha que ir para o segundo passo a ser feito... Mais espera ai um instante, qual exatamente era o segundo passo que eu deveria dar? Bem, eu não fazia ideia de como deveria prosseguir, então provavelmente eu teria que contar com a minha sorte e com Dimitri – Honestamente falando Dimitri era melhor que qualquer sorte do universo. Ele sim saberia o que deveria fazer.

Sentei na cama dura de pedra e encostei minha cabeça na parede e então me senti sendo puxada para inconsciência e logo reconheci o cenário a minha volta, aquele era o ginásio onde eu tinha os meus treinamentos extras com Dimitri.

– Dhampirinha, eu tentei me segurar ao máximo até agora, mas estou começando a ficar curioso sobre os lugares que sua mente anda projetando para os nossos encontros influenciados por Espírito. Esse aqui, por exemplo. O que significa exatamente? –Perguntou Adrian que estava encostado na porta do ginásio com a expressão ainda deprimida, porem ele parecia estar sóbrio. O que era bom.

Me aproximei de Adrian em passos calmos e lentos e dei de ombros olhando o lugar a minha volta e então não pude deixar de sorrir. Ele já sabia a verdade sobre mim e Dimitri e então talvez não tivesse nada de mais conversar com ele a respeito dos cenários, já que aparentemente todos estavam sendo projetados por mim, ou pelo meu cérebro que assim como meu coração, corpo e mente, sentiam uma falta tremenda de Dimitri!

– Depois que fui forçada a voltar para a Academia São Vladimir com Lissa, como castigo ao invés de me expulsar ou coisa pior a minha diretora resolveu que eu deveria ter aulas extras de luta com Dimitri para recuperar o que perdi enquanto estive fora de lá. – Expliquei encarando todo o local a minha volta e vendo momentos meus, com o meu mentor gostoso, Russo, poderoso. - Eu e Dimitri costumamos treinar aqui todos os dias, antes e depois dos meus períodos normais de aula de combate e mesmo depois de Kirova me liberar do castigo.

– Interessante. Não é a toa que você é tão boa lutando contra qualquer coisa que entra em seu caminho, pelo que ouvi dizer as pessoas chamam o Belikov de “deus” por uma razão bem obvia... Parabéns para aluna e professor! –Disse Adrian com a voz tensa, ele não era nada bom em disfarçar desespero.

Oh meu saco e lá vamos nós para o que parecia ser mais noticias ruins.

– Adrian não me leve a mal, mas tenho certeza de que você não veio aqui só para verificar as paisagens de projeção dos meus sonhos. O que está acontecendo dessa vez que por mais que eu não queira preciso saber? –Perguntei o encarnado com a testa franzida e os braços cruzados no peito.

– Estão falando que essa madrugada um prisioneiro escapou de uma das celas de segurança máxima logo abaixo da sua, ninguém sabe como ele conseguiu fazer isso, mas fez. –Respondeu Adrian com evidente cuidado.

– Por favor, que não seja quem eu estou pensando Adrian, porque eu não estou precisando de um problema dessa patente agora para ter que resolver também. Juro que não estou mesmo. –Falei batendo a mão na testa ao lembrar qual era o único prisioneiro além de mim naquela ala de segurança.

Adrian me encarou por algum tempo confirmando as minhas suspeitas.

– É exatamente o que você está pensando Dhampirinha. O desgraçado do Victor Dashkov escapou, e para piorar todo mundo sabe que é tipo impossível sair daqui desse jeito que ele fez... Pelo menos é impossível sem ajuda de alguém que conhece bem o sistema. –Disse Adrian suspirando de preocupação.

O cenário a nossa volta começou a ficar desfocado e então eu sabia que alguém estava cortando o sono induzido de Adrian. Que droga!

– Ah meu saco, minha mãe tem que parar de ficar vindo me acordar a cada 20 minutos para checar se ainda estou vivo, ela acha que com a Tia Tatiana morta eu vou acabar ficando deprimido e então me matar, ou me afogar em bebida. Já está me tirando do sério com isso. Nós vemos em breve Dhampirinha e não será pelos seus sonhos. Apenas sigas os planos. –Disse Adrian piscando para mim de forma suspeita com um sorriso antes de desaparecer.

Voltei para a minha própria realidade e percebi que estava deitada, quando me coloquei de pé ouvi um som estranho como se estivesse acontecendo uma espécie de luta em algum lugar muito próximo da entrada das celas. E então de lá surgiram Adrian, Dimitri e Mikail – que por sua vez era um Dhampir que trabalhava na área administrativa das coisas relacionadas aos trabalhos sujos feitos pelos Dhampiros dentro e fora do nosso mundo.

– Falei que nos veríamos em breve Dhampirinha, costumo cumprir o que eu falo... Quase sempre. –Disse Adrian me puxando para um inesperado abraço.

– Ótimo, mas alguém quer me explicar o que está acontecendo? O que vocês estão fazendo aqui embaixo seus malucos?–Perguntei de testa franzida sem entender nada ainda com os braços de Adrian em meu pescoço.

– Vamos tirar você daqui Rose, está obvio que você não matou a Rainha Tatiana Ivashkov mesmo com todos os problemas que tinha com ela, mas ninguém vai dar chance pra você se explicar, então você vai juntar suas próprias provas longe daqui. Rápido, estamos ficando perigosamente sem tempo! –Disse Mikail abrindo minha cela rapidamente, sempre observando as coisas a sua volta como se esperasse um ataque ou algo assim.

– Mikail, você não pode vir com a gente... Vão desconfiar mais rápido se vier e sabe disso... Adrian também não pode fazer isso e nem você, Camarada Belikov! Vão ser colocados na lista de pessoas que vão parar atrás das grades de ferro se formos pegos. – Falei completamente incrédula.

Dimitri revirou os olhos e Mikail apenas se limitou a abrir as minhas algemas.

– Mikail e Adrian não vêm com a gente por segurança, só eu e você vamos sair daqui Rose. Vem logo, estamos ficando sem tempo, temos que correr mais rápido. –Disse Dimitri com um pequeno sorriso diabólico dançando em seus lábios. –Mikail... Desculpe mesmo, isso vai doer bastante quando acordar.

– Tudo bem Belikov, manda ver... Só não quebra, porque eu tenho uma reunião de manhã cedo para começar as provas de eleição para o novo Rei ou Rainha e tenho que estar inteiro. –Disse Mikail fechando os olhos e se encolhendo.

– O que você...? –Comecei a perguntar, mas me calei quando finalmente entendi.

Dimitri ficou sério levantou o braço e então ergueu o punho o levando para trás e depois para frente na direção do rosto de Mikail que apagou no mesmo segundo quando foi atingido pelo soco.

– Tá eu acho que já saquei mais ou menos o que está acontecendo aqui, mas o que isso tudo significa exatamente camarada? –Perguntei cruzando os braços, com a expressão séria. –O que vocês estão tramando?

– Falei que íamos dar um jeito nisso Rose, presa aqui embaixo é obvio que não podemos te ajudar a sair dessa confusão maluca que te colocaram. Você vai sair daqui e vai com o Belikov para um lugar seguro e bem longe da cidade. –Disse Adrian agora ficando sério. –Só tem mais uma coisa que precisa saber antes de prosseguirmos com todo o plano para limpar o seu nome.

– Estamos ficando sem tempo pessoal, logo vão perceber a falta de segurança aqui embaixo e ai ninguém mais vai sair e a Rose morre! –Disse Dimitri perceptivelmente impaciente com toda a enrolação.

– Já entendemos que podemos ser pegos por um grupo de Guardiões a qualquer momento Belikov, mas a Rose tem o direito de saber onde está entrando, então seja paciente ou ao menos finja. –Protestou Adrian fechando a e expressão. –Rose, precisa entender que ao passar daqui você estará se tornando uma fugitiva oficial e com isso se for pega em algum momento ninguém vai tentar prender você de novo. Eles vão chegar para te matar sem conversa.

Parei um momento decidindo o que deveria fazer e então decidi que continuaria com o meu lema original; nada de se entregar sem lutar!

– Vamos nessa pessoal! –Falei concentrada ao correr para a saída das celas de segurança máxima com os dois atrás de mim.

Do lado de fora eu claramente podia sentir a tensão que passava de um para o outro entre nós três, um passo em falso e já era para todo mundo! Em especial para mim, obvio!

– Muito bem Ivashkov, é aqui que você fica para trás também. – Disse uma voz estranhamente familiar quando chegamos ao estacionamento.

– Não estou acreditando no que eu estou vendo! Velhote! –Falei surpresa ao olhar para a lateral do carro e dar de cara com Abe. – O que você pensa que está fazendo aqui também? Vai se tornar fugitivo comigo e Dimitri?

– Não exatamente isso, eu vim apenas me despedir da minha filha. Eu não perderia esse momento por nada no mundo. –Disse Abe Mazur me envolvendo em seus braços com força e desespero. - Juro que vamos dar um jeito de limpar o seu nome por aqui Rose, até lá o Belikov vai tomar conta da sua segurança.

– Temos que ir agora Senhor Mazur, logo alguém vai ser mandado para cá ver como estão às coisas e ai ninguém mais sai. – Disse Dimitri em minhas costas.

Abe me soltou e encarou Belikov com seriedade e eu quase fiquei preocupada.

– Sabe exatamente o que tem que fazer Guardião Belikov, assim que saírem com o carro para o pátio principal vocês dois vão ter provavelmente no máximo 4 a 6 minutos até virem para cá. Siga pela rota que eu te falei e o resto você sabe. –Disse Mazur me soltando e abrindo a porta de um carro preto, desses que a roda tem a altura da cintura, provavelmente era o único que iria aguentar o tranco do que enfrentaríamos a seguir

Dei um ultimo abraço em Mazur que pareceu realmente surpreso com minha reação, assim como eu também fiquei e então entrei no carro junto com Dimitri.

– Dimitri... –Falei olhando para ele com desespero.

– Eu sei. Eu também Roza. –Respondeu ele como se pudesse mesmo ler meus pensamentos e conseguisse ver o quanto eu o amava.

E então demos as mãos e Dimitri arrancou com o carro para fora do estacionamento, e para piorar assim que saímos demos de cara com uma espécie de barreira feita pela Guarda Real e quando eu estava prestes a entrar em pânico uma das laterais do grande muro explodiu ao mesmo tempo em que centenas de estatuas milenares e históricas explodiam numa sequência digna de um profissional e isso gerou um pânico gigantesco e por sorte conseguimos facilmente passar pelo buraco formado no muro, por outro lado acho que ainda não havia acabado.

– Acha que vão seguir a gente camarada? –Perguntei encarando o vidro de trás e exatos segundos depois havia pelo menos dois ou três carros bem atrás de nós.

– Isso responde a sua pergunta por acaso? –Rebateu Dimitri afundando o pé no acelerador e ganhando distancia de alguns metros. –Que droga, isso vai deixar a gente com pelo menos 30 minutos de atraso. Se segura ai.

Pegamos pelo menos 16 ruas diferentes com os dois malditos carros na nossa cola até o momento que Dimitri simplesmente entrou numa avenida super movimentada e numa manobra maluca na contramão que quase nos fez bater de frente com um caminhão finalmente conseguimos despistá-los.

– Está na cara que o carro não é de ninguém que conhecemos, em especial por estarmos na Corte Real quando o pegamos “emprestado”. A questão é quanto tempo acha que vão levar até rastrear o veiculo e nos segurem de novo? –Perguntei começando a entrar em pânico.

Dimitri se limitou e virar uma rua com pouca iluminação e então percebi que havia um carro a nossa frente com alguém nos esperando.

– Não podem nos pegar tão fácil assim se o carro não for exatamente roubado. –Disse Dimitri descendo do carro para cumprimentar a pessoa do outro carro.

Olhando para frente, eu custei a acreditar no que estava vendo.

– Sidney, o que diabos você está fazendo aqui garota? – Perguntei incrédula.


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