You were strong and i was not escrita por Queen of the bitches


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Estou esperando os comentários, tá?



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Angeles correu e abaixou-se para ficar mais perto do homem, fez carinho no rosto dele e tentou fazer com que ele a olhasse.

– German o que você tem? – ele abria e fechava os olhos, estava tonto e não conseguia pronunciar sequer uma palavra – Você está queimando em febre!

– Angie... – ele murmurava enquanto abria e fechava os olhos – você... eu preciso de você... cuida de mim...

– Eu vou cuidar de você, German, eu prometo. – Angie falou e inconscientemente beijou a testa do homem.

Angie levantou-se e tentou levantar German com a ajuda do mesmo, eles conseguiram ficar de pé e a mulher o levou para o seu antigo quarto, que ficava no andar de baixo. Angie deitou o homem na cama e sentou-se ao seu lado.

– German, eu preciso que você me diga o que está sentindo. – ela passava a mão pelos cabelos do homem quase que desesperadamente e o olhava fixamente. Seu coração estava aos pedaços ao ver o homem que ama daquela forma. Ela tentou não agir como uma boba apaixonada, mas a necessidade de cuidar de German era maior. Ela não podia abandoná-lo. Nem agora nem nunca.

– Dor... tudo está rodando... eu quero você... oh, Angie, me desculpa... – ele colocou uma mão espalmada sobre a bochecha da loira, ao que ela fechou os olhos, sentindo seu carinho, mas logo despertou dos seus devaneios. German precisava da sua ajuda.

– Eu vou te ajudar, meu amor. – ela murmurou sem se sentir e levantou-se rapidamente, foi até a cozinha e pegou uma bacia com água e um pano. Voltou para o quarto e sentou-se ao lado do homem. – Tá tudo bem... – sussurrou e colocou o pano molhado sobre a testa do homem, que soltou um suspiro de dor.

– Frio, Angie... muito frio. – Ele falava em murmúrios e fechava os olhos com força, mostrando a expressão de dor.

– Eu já volto, German. – Angie levantou-se e correu até o quarto do homem, procurou um pijama e alguns cobertores. Voltou rapidamente para o quarto e foi até o homem. – Vem, sente-se.

German sentou e olhou para Angie que começava a desabotoar os botões da blusa social do homem. A mulher estava se controlando até demais, se estar próximo a German era preocupante, imagina estar tão colada com ele. Seu coração palpitava aceleradamente e suas mãos começaram a tremer. German percebeu e segurou nos dois punhos de Angie ao que ela o olhou.

– Vo-você tá bem? – ele sussurrou e olhou-a nos olhos. Angie soltou as suas mãos das de German e continuou tirando a blusa do homem.

– Quem está doente aqui é você, German. – ele soltou um riso anasalado e ajudou Angie a tirar a blusa. Voltou a deitar-se e respirou fundo, estava cada vez mais difícil de respirar, mas ele não sabia se era pela sua doença ou pelo fato de ter Angie tão próxima dele. Angie vestiu German com a blusa do pijama e o olhou. – Vou chamar o médico. Me dê o seu celular, German.

– Não – ele falou sério e encarou a mulher – eu não preciso de médico.

– Sim, você precisa. Me dá o celular, German. – Angie estendeu a mão – Agora.

– Mas... – Angie o olhou com reprovação e ele bufou, entregou o celular para a mulher e respirou fundo. Se alguém tinha que saber, esse alguém seria Angie. Ela pegou o celular e rapidamente discou um número.

German respirou fundo com dificuldade e voltou a deitar, cobriu-se com o lençol. Agora só era esperar para que Angie descobrisse. Mais uma pessoa para ter pena dele. O homem odiava quando sentiam pena dele, era completamente orgulhoso, e sabia que quando alguém descobrisse que ele tinha um tipo raro de câncer teriam pena dele. Isso o fazia ficar com raiva e com medo ao mesmo tempo.

XXX

– German, eu... – Angeles olhou para o homem sentado na cama com os cotovelos apoiados na perna e afagando os cabelos com as mãos. O médico havia falado com German e ele o contara tudo e, logo após, o médico o fez com Angie. Ele havia acabado de sair de lá e Angie ficara sabendo de tudo. German estava bem melhor, sua respiração havia voltado ao normal, sua tontura tinha apaziguado, a febre reduzira e seu coração batia normalmente.

– Não fala nada. – German respirou fundo e levantou-se ao perceber que Angie se aproximava, andou até o banheiro e foi lavar o rosto. Aquilo seria difícil, muito difícil.

– German, você não pode esconder isso da Violetta! – Angie alterou-se ao ver que o homem nem sequer a olhava – Isso é loucura, caramba!

– Loucura? Loucura, Angeles? – German virou-se e encarou a loira que estava bufando de tanta raiva. – Você não sabe quanto tempo eu demorei pra ter certeza disso. – Passou as mãos pelos cabelos e respirou fundo – Eu não quero a Violetta envolvida nisso... eu vou morrer.

Só Angie sabia o quanto aquelas palavras doíam nela. A loira não se via em seu futuro sem German, mesmo que não o admitisse. Ela o amava mais do que já sonhara amar alguém, e o fato de poder perder o amor de sua vida a torturava e a machucava por dentro.

– Não fala isso. – Angie falou baixo segurando as lágrimas. Aconteça o que acontecer, ela não ia derrubar suas barreiras e mostrar seus verdadeiros sentimentos. – A Violetta tem o direito de saber o que está acontecendo com você, German. Você é o pai dela... você precisa de ajuda.

– Eu não preciso de ajuda. – O homem falou pausadamente – Eu não preciso de ninguém.

– Você precisa sim, German. – Angeles esbravejou e se aproximou do homem enquanto apontava o dedo indicador para ele – Você é um idiota. Você faz as pessoas sofrerem – ela se aproximou, ficou pressionando o dedo contra o peito do homem e olhando fixamente em seus olhos – Mas eu não vou permitir que você faça isso com a minha sobrinha, ouviu? Eu não vou deixar que você destrua os sentimentos dela como você fez comigo. – A medida que Angie se aproximava dele ela sentia como se seu coração fosse se partir em milhares de pedaços ao ver German daquela forma e por estar fazendo com que ele se sentisse pior. – Eu não vou deixar que você destrua minha sobrinha... – Ela respirou fundo e sentiu lágrimas surgindo em seu rosto – Eu não vou deixar que você se destrua, German... eu não posso deixar...

O homem, automaticamente, enlaçou um braço na cintura da loira e a outra mão foi diretamente para o rosto da mulher, lá ele acariciou com cautela para que Angie não se assustasse e percebesse o quão próximos eles estavam. Mal sabia ele que a última coisa que ela faria seria se afastar dele. Ela estava se sentindo protegida e, surpreendentemente, calma naquele momento, nada podia afastá-los, nem mesmo o passado de ambos. German respirou fundo e Angeles fechou os olhos calmamente sentindo o carinho e o calor do corpo do homem. Ele foi diminuindo a distância entre os rostos gradativamente e um beijo calmo e cheio de paixão se deu início. As mãos de Angie se repousaram no peito de German enquanto as mãos do homem a puxavam cada vez mais perto.

Lembranças da noite em que eles quase dormiram juntos vieram à cabeça da loira e a sensação de prazer e sede do corpo de German inundaram cada célula da mulher e a vontade de tê-lo foi tomando todo o corpo da mulher. Entretanto, ao avançar das lembranças, outras também vieram e fizeram Angeles voltasse a si e pudesse ver o quanto aquilo era precipitado.

Angeles afastou o beijo pouco a pouco e levou o dedo indicador até os lábios de German, respirou fundo e abriu os olhos lentamente, encarando-o.

– Não fala nada. – Ela sussurrou quase inaudível, ainda sem se afastar do homem. Ambos os corações batiam aceleradamente e as respirações estavam descontroladas. – Eu não estou pronta, sinto muito.

Angie se afastou e virou de costas para German, que ficou paralisado e olhando fixamente para a loira que se afastava dele. Ela disse que ainda não estava pronta. Ainda. Isso fizera com que todas as esperanças do homem renascessem. Ela poderia voltar para ele... algum dia. Mas poderia. German, automaticamente, andou até Angeles e sussurrou ao seu ouvido.

– Eu nunca vou desistir de você, meu amor. Eu prometo.

Angeles arrepiou-se completamente e ouviu a porta bater. German havia saído do quarto e a deixou completamente sozinha... ou não tão sozinha, os pensamentos vagavam por sua cabeça e a confusão estava tomando conta de tudo o que ela pensava. Tudo a fazia recordar do beijo e das palavras que German havia dito.

A mulher respirou fundo e saiu do quarto, agradeceu por não ter visto German pelo caminho e saiu pela porta da cozinha, para não correr risco de vê-lo. Angeles chegou em casa e foi diretamente para o banheiro e tomou um longo banho na banheira e logo foi para a cama. O dia tinha sido longo e ela não aguentava nem ficar de pé, dormiu imediatamente para não se permitir pensar em German, nem em sua doença... amanhã seria um novo dia. Ela poderia pensar no que fosse. Mas hoje não... era impossível.


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