You were strong and i was not escrita por Queen of the bitches


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Comentem e favoritem, estou sentindo falta da presença de vocês e até perdendo a vontade de postar.



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Fazia uma tarde nublada e quase congelante, as ruas estavam quase vazias pelo fato de ser seis horas da manhã de um domingo e todos estavam em suas casas. As ruas comerciais estavam vazias e o Sol nem pensava em sair da sua cama, assim como Angeles, mas algo a impedira de continuar dormindo, e esse motivo tinha nome, sobrenome e um lindo sorriso. Angie havia se levantado cedo e decidira sair para caminhar até algum lugar não escolhido. Ajeitou-se em seu longo casaco e colocou os fones de ouvido, John Mayer inundou seus ouvidos e a fez soltar um longo suspiro.

Fazia um frio suportável mas a umidade fazia com que desse a impressão de mais frio do que o normal, o que fez com que a jovem se encaixasse mais no casaco. Angie pensava em tudo, desde a sua volta até o que acontecera na noite passada, ela não conseguia assimilar tudo aquilo e, realmente, não era algo fácil de se entender.

*flashback*

“Angie, eu preciso de você! Vem aqui agora, por favor.”

Angeles olhou para a mensagem de Violetta e sobressaltou-se, sua sobrinha deveria estar muito mal para que ela chamasse-a dessa forma. A loira se arrumou rapidamente e pegou o casaco roxo que estava jogado pela cama, logo estava em seu carro a caminho da mansão dos Castillo.

Ao chegar a mulher estranhou, não havia ninguém nem na sala nem na cozinha, o que era raro pelo fato de que Olga e Ramallo sempre movimentavam aquela parte da casa, continuou andando e subiu as escadas em busca do quarto da sobrinha, porém, quando a loira abriu a porta do quarto, não havia ninguém lá, apenas vazio. Olhou em volta e continuou estranhando tudo aquilo, andou pelo corredor à procura de algum ser vivente e não encontrou ninguém, apenas uma melodia que soava vindo da sala, logo a mulher pensou que fosse sua sobrinha e desceu às pressas.

Mas ao chegar na sala não suportou o que viu e se maldisse internamente durante um bom tempo. German estava sentado ao piano e tocava uma leve melodia, seus olhos estavam embargados e as lágrimas lutavam para saírem dos seus olhos, a música doía no peito da mulher mas, com certeza, doía muito mais à ele. O homem olhava para um ponto fixo na parede e não percebera a presença da mulher que o olhava com o coração partido.

Angie sentia pena de German, mesmo com tudo o que ele a havia feito sofrer e isso a fazia se sentir como uma idiota. O problema é que, mesmo que não admitisse, ela ainda o amava, porém seu orgulho era ainda maior do que esse amor. Quando uma mulher quebra o coração, é como se fosse o fim do mundo, nada será como antes. É como um cristal quebrado que nem com toda cola do mundo voltaria a ficar da mesma forma. O orgulho é um sentimento que todas as pessoas têm, mas quando uma mulher é machucada duramente, o orgulho se apossa completamente desse corpo.

Angeles soltou um suspiro, ajeitou os cabelos e caminhou até a porta, o que fez German notar que ela estava lá. O homem, ao vê-la saindo, correu e segurou com firmeza o seu braço fazendo com que ela virasse e ficasse colada em seu corpo. Angie estava acabada, vê-lo daquela forma machucava o seu coração de uma forma que ele nunca saberia. Ela levantou o olhar até encontrar com os tristes olhos de German que a encaravam confusos.

– Me larga! – Ela falou com firmeza e tentou puxar os seus braços da mão de German, o que foi em vão, já que o homem era bem mais forte do que ela. Angie bufou indignada.

– Não. – German falou no mesmo tom e fixou seus olhos naqueles lindos olhos verdes que estavam indecifráveis. – O que você está fazendo aqui?

– A Violetta me mandou uma mensagem pedindo que eu viesse aqui. – German estranhou e arqueou as sobrancelhas.

– A Vilu? Tem certeza?

– E por quê eu mentiria, German? – Ela tentou mais uma vez soltar seus braços e, mais uma vez, não conseguiu. – Ou você acha que eu vim até aqui para te ver? – Falou sorrindo cínica.

– Acho. – Ele sorriu torto e olhou para a boca da mulher que acabara de desfazer o sorriso e dar lugar a uma feição séria. Angeles estava com raiva por ser tão fraca frente a German, como ele conseguia fazer aquilo? Uma hora ele está com lágrimas nos olhos e outra ele está com esse sorriso torto e me comendo com os olhos. Como ele confundia aquela mulher.

Angeles respirou fundo e olhou para os olhos dele evitando olhar para aqueles lábios tão próximos dela. Ela precisava se manter forte e foi o que fez. Angie soltou uma gargalhada e ficou rindo durante algum tempo, deixando German confuso e intrigado com aquela reação.

– Fala sério, German! – Angie parou de rir aos poucos e olhou para ele. – Eu não viria atrás de você nunca. Eu não me importo com você. Eu não preciso de você. – O homem foi soltando os braços da loira aos poucos e seu rosto, antes desafiador, agora estava triste e destruído. – A única coisa que me prende à você é a Violetta. Nunca esqueça isso.

Angie puxou seus braços das mãos do homem, virou-se e respirou fundo. Ela fechou os olhos para segurar as lágrimas e logo após saiu de dentro da casa. Estava acabada e imaginava como German estava após aquelas duras palavras que rasgaram-na e rasgariam a qualquer um.

*flashback off*

Ela imaginava o quão pesado seria para German superar tudo aquilo, mas pra ela também seria difícil. Ela ainda o amava, mesmo que jamais o admitisse. Angie se encolheu no casaco e sentiu uma única lágrima escorrer pela sua bochecha.

– Que droga! – Fechou os olhos, tirou os fones de ouvido e colocou as mãos no rosto. – Você é uma idiota, Angeles Carrara.

Ela prometera a si mesma que jamais choraria por qualquer homem na sua vida, muito menos por German. Angie se sentia mais fraca que nunca e isso não era uma opção. Jamais seria.

– Você está bem, querida? – Um velho colocou a cabeça para fora da janela do carro.

A mulher assustou-se e limpou rapidamente as lágrimas, olhou para o homem e soltou um suspiro. Era um velho, talvez não tão velho, mas teria seus quase sessenta anos.

– Estou sim, senhor. – Ela sorriu tristemente.

– Sabe que não parece? – Ele riu baixinho e ela também o fez.

– Sei sim... – Ela olhou para o chão e suspirou.

– Você quer uma carona?

– Não, senhor, muito obrigada mas eu moro aqui perto.

– Ah sim, entendi. – Ele ajeitou-se no banco do carro. – Então é melhor você ir pra casa, parece que vai chover e essa rua não é uma das mais seguras.

– Eu sei, muito obrigada, senhor. – Ela sorriu e acenou com a cabeça levemente.

– Nos vemos, moça! – Ele disse e deu a partida no carro.

Angie sorriu e voltou a andar. Engraçado como algumas pessoas que você nem sequer conhece podem te fazer algum bem e te tirar da desgraça momentaneamente. Ao chegar em casa a mulher tirou o casaco e o jogou no sofá, foi para a cozinha preparar um cappuccino. Lembrou-se da sobrinha que havia mandado a mensagem ontem e que não tinha resolvido esse assunto ainda. Violetta teria que se explicar. A loira sentou-se no balcão da cozinha e pegou o celular.

“Você, mocinha, precisa me explicar o que aconteceu ontem. Vem aqui pra casa almoçar comigo amanhã. E não aceito um não como resposta.”

Enviou a mensagem, pegou sua caneca e jogou-se no sofá. Iria fazer nada o dia inteiro. Precisava parar de pensar em tudo e em todos pelo menos por um dia em sua vida.


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Notas finais do capítulo

Críticas sempre são bem vindas!