You were strong and i was not escrita por Queen of the bitches


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

O motivo para que Angie tenha ido embora de Buenos Aires vai ser um "pouquinho" diferente, enfim.. Espero que gostem.



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Sentirei a sua falta, Jean. Angie falava enquanto abraçava o loiro alto que correspondia o abraço tão ou mais intensamente do que ela.

Jean era uma espécie de melhor amigo de Angie, porém não apenas amigo, ele e a loira têm uma relação aberta. Ela e Jean se conheceram por meio do trabalho, o homem é um grande cantor e muito conhecido em toda Paris e a mulher foi contratada para compor uma música para ele, dai, então, surgiu uma grande amizade e Jean foi se encantando pela argentina cada vez mais.

Promete que não vai esquecer do seu francês, aqui? Ele falou com o seu sotaque e com um grande sorriso melancólico no rosto.

Prometo, Jean, prometo. Ela disse rindo E você vai me visitar, não é?

Claro que vou, Angeles.

Passageiros do voo 205 com destino a Buenos Aires, Argentina dirijam-se agora para o portão de embarque A voz invadiu o local e Angie se despediu mais uma vez do homem.

Cuida bem do meu bebê! Ela falou rindo se referindo ao cachorro que ele aceitara ficar cuidando.

Pode deixar! Ela deu uma piscadela e sorriu olhando-a andar até o portão de embarque.

Tantas coisas estavam acontecendo ultimamente que Angeles já não conseguia organizar seus pensamentos, só que com essa viagem ela poderia utilizar o grande tempo isolada das pessoas para pensar e pôr em ordem todas as coisas que a rodeavam.

Estava voltando pra Buenos Aires. Voltando pra o lugar em que fora mais feliz e que mais se decepcionara, ao mesmo tempo. Era inevitável falar de Buenos Aires e não se lembrar do homem que mais a fez ser feliz e também sofrer. German, para ela, agora não passava de uma outra pessoa qualquer que já estivera na vida, o sentimento que tanto prezava se transformou em raiva, pena e nojo. Angeles precisou de anos para se acostumar com o que havia acontecido e mais tempo ainda para poder esquecer de German e esquecer daquele vestígio que ela sentia sempre que olhava para aquele sorriso e daquele tremor nas pernas só de senti-lo perto. Angeles prometera para si mesma que não voltaria a sofrer por homem nenhum e que não se envolveria em nenhum relacionamento sério enquanto não tivesse a certeza de que não se machucaria mais como se machucou ao lado de German. Ela havia se tornado uma mulher fria quando se tratava de relacionamentos e não se arrependia nem um pouco disso.

Aquela viagem seria restritamente profissional, a não ser por Violetta. Ela sentia falta imensa da sobrinha, e se arrependia por ter se afastado tanto dela por culpa dos inúmeros erros de German. Sentia falta da sobrinha e estava disposta a recuperar todo o tempo perdido.

XXX

Papai! Violetta praticamente gritou ao ver o pai entrando pela porta de casa, correu e o abraçou com toda a força que possuía Senti tanta saudades, pai!

Eu também, filha. Ela falou enquanto acariciava o rosto da garota Você está tão linda!

Eu te amo tanto, pai! Violetta abraçou o pai mais uma vez. Sentia falta dele e do seu abraço.

German estava quase recomposto, não era o mesmo de antigamente, óbvio, mas também não era mais aquele homem isolado que estava morando na casa de campo. Ele havia tentado, de todas as formas, parecer apresentável para a filha e os empregados. Entretanto, não era somente a aparência que delatava o seu caos interior, seus olhos já não tinham o brilho de antes e sua aparência estava mais desgastada do que o normal.

Eu também te amo, filha! German beijou a testa da garota e se afastou um pouco Você sabe o que o Antônio quer comigo?

Não, pai. Violetta falou enquanto andava até o sofá. Ele só falou que precisava falar com você e com mais algumas pessoas... Ela o olhou fixamente e suspirou Você vai voltar pra lá depois que falar com o Antônio, não é?

Filha... German suspirou e sentou ao lado da filha. É complicado e...

Não, pai. Não é complicado nem nada. Violetta bufou e prosseguiu O senhor tem medo e acha que se isolar vai adiantar de alguma coisa. Não é assim que se resolve os problemas, pai. Não é assim que o senhor terá a Angie de volta ou pelo menos o perdão dela. O senhor errou e se arrepende, mas não é se isolando que vai demostrar isso pra ela.

Não tem mais jeito, Violetta! German elevou o tom de voz e se levantou bruscamente do sofá, só de falar nesse assunto sua cabeça revira e seu coração se despedaça mais uma vez. Chega desse assunto. Chega.

Mas, pai...

Mas nada! Ele a interrompeu raivosamente Eu cansei de todo mundo querer me julgar. Eu sou o seu pai. Eu sei o que fazer da minha vida.

German respirou fundo e subiu as escadas rapidamente, entrou em seu quarto e olhou ao seu redor, tudo estava exatamente igual a como quando ele saiu de lá. Cada milímetro do seu quarto podiam refletir Angeles e o último dia em que eles passaram juntos. O momento em que ele quase pode tê-la em seus braços, finalmente.

*flashback*

Para com isso, Angeles. German segurava os pulsos da mulher que batia em seu peito incansavelmente descarregando toda a raiva que sentia dele.

Nunca mais me beije, ouviu? A mulher berrava aos quatro ventos Nunca!

German a prendeu em seus braços fazendo com que seus corpos ficassem completamente colados, seus olhos estavam presos com uma corrente elétrica e suas respirações ofegantes se encaixavam em uma linda melodia. Eles não podiam se contentar somente com aquilo, ele havia descoberto toda a verdade sobre Esmeralda e depois de algum tempo, como Jeremias, foi se certificando do quanto amava Angeles e que não podia ficar longe dela. Angie estava entregue a German, ela sempre estava.

Te amo. German sussurrou e rapidamente colou seus lábios com os de Angie, mas dessa vez ambos corresponderam intensamente. O beijo era forte, ávido e intenso, ambos estavam perdidos nas suas carícias e ações.

Angeles estava com os braços envoltos no pescoço de German e ele a segurava firmemente pela cintura, seus corpos estavam quase virando um só. O homem levantava discretamente a blusa da loira enquanto seus lábios se mantinham unidos, Angie, como se estivesse dando um sinal verde para German, começou a puxar levemente a blusa do homem para cima, ele em um movimento rápido se separou dela e tirou a blusa jogando-a longe.

German... Angie soltou um suspiro enquanto sentia as mãos de German subir sua blusa cada vez mais.

Por favor, Angeles Ele murmurou enquanto distribuía beijos no pescoço da mulher. Só por essa noite.

Angie fechou os olhos e respirou fundo, o misto de sensações que se misturavam dentro dela a fazia estremecer de medo e desejo, mas ela não podia negar a German aquilo, ela não podia negar nada a ele. Rapidamente ela se afastou dele e tirou a blusa, o homem a encarava mordendo os lábios, para ele, não havia nada mais lindo do que aquela mulher e vê-la daquela forma lhe trazia as mais gostosas sensações.

Naquele quarto não havia razão, só havia amor, desejo e uma paixão ardente de ambos os lados. Os toques de German faziam Angeles estremecer e a cada beijo da mulher, era como se o moreno estivesse tomando pílulas de êxtase.

Angeles e German estavam deitados na cama e havia pouquíssima roupa entre eles, a intensidade dos toques de ambos se multiplicavam a cada segundo, suas mãos recorriam o corpo da loira e faziam com que arrepios tomassem conta do seu corpo. O homem se afastou um pouco dela enquanto olhava para aquela ela, um exemplo de perfeição. Os cabelos de Angie estavam espalhados pelo travesseiro e seus lábios estavam mais vermelhos do que sempre, o que os deixava mais chamativos e convidativos, um sorriso brincava na lateral deles, o que deixava o homem cada vez mais louco. Angeles era sua perdição e nada poderia mudar aquilo. O homem se separou um pouco mais dela para poder alcançar o criado mudo ao lado da cama e pegar a camisinha, mas na hora em que ele abriu uma das gavetas a peruca de Jeremias caiu ao chão.

Ele sentiu um aperto no peito ao ver os olhos de Angie encarando fixamente a peruca jogada no chão. Seu coração parou ao ver o que tinha acontecido, mas nenhuma reação chegaria aos pés da de Angeles, sua tristeza e decepção estavam tomando seu corpo, sua cabeça e, principalmente, o seu coração.

*fim do flashback*

German fechou os olhos para segurar as lagrimas e se dirigiu até a cama, suspirou e deitou-se agarrado no travesseiro. Ninguém poderia entender o que acontecera nem o que se passava em sua cabeça. Ele só queria sofrer calado e sozinho. Não aguentava mais machucar tantas pessoas como vinha fazendo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comente, por favor.