You were strong and i was not escrita por Queen of the bitches


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, amores, mas aí está o capítulo. Espero que gostem uhul



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– Bom dia. – German murmurou ao ver os olhos da loira se abrirem com muito esforço, ele sorriu e fez carinho na bochecha da mulher com a parte externa da mão.

Ele acordara mais cedo que ela e ficara vendo Angeles dormir por um bom tempo, aquela sensação de felicidade e alívio por finalmente tê-la em seus braços era incrivelmente acalentadora, encantadora e anestesiante.

– Bom dia, Castillo. – ela sussurrou e escondeu o rosto no pescoço do homem, enquanto ele ria abafado, com os cabelos da mulher em seu rosto – Eu estou com sono.

– Eu estou vendo. – ele beijou o ombro da mulher e a aninhou em seus braços.

– O Agustin acordou? – ela falou com a voz abafada, ainda com o rosto fundido no pescoço do homem.

– Não. – ele fez carinho nas costas da mulher – Quer dormir um pouco mais?

Ela fez que não com a cabeça e tirou o rosto do pescoço dele para poder olhar para German. Ele sorriu e acariciou o rosto da mulher, que sorriu também e aproximou os lábios dos do homem. Beijou-o com carinho e amor, era um beijo calmo e sem pressa. Eles se separaram e a loira mordeu os lábios sorrindo.

– Eu estou bem aqui. – ela riu e ele acompanhou-a.

– Hum... – German a olhou com um sorriso sacana – Sabia que eu ainda não estou tão bem assim?

– Ah é? – Angie arregalou os olhos e ficou séria, entrando na brincadeira – E o que ia fazer você ficar melhor, querido Castillo?

– Deixa eu pensar... – o homem, rapidamente, trocou as posições e deitou-se sobre a mulher, sem colocar força sobre o corpo dela. Angeles sorriu de lado e apoiou as mãos no peitoral de German – Podemos começar com mais uns beijos desses que você me deu, não é?

Angeles soltou uma gargalhada e balançou a cabeça em sinal de reprovação mas acabou aproximando seus lábios dos de German.

– Um beijo... hum... não sei... – ela falou com os lábios colados nos de German e sorriu, o homem não estava com paciência para brincadeiras, ele estava precisando dos beijos da mulher, então grudou seus lábios rapidamente. O beijo começou feroz e rápido, mas depois de algum tempo foi reduzido para um beijo calmo e um pouco menos intenso. Eles estavam ali há incontáveis minutos, apenas se beijando e sentindo as carícias um do outro.

– Tia Angie... – Violetta entrara pela porta sem bater e se acabara se deparando com aquela cena. Angeles, assustada, empurrou o peitoral do homem fazendo com que ele fosse para o lado da cama, entretanto, o lado que ela empurrou German já não havia coxão, então o homem caiu de bunda no chão.

A mulher olhou assustada para o lado da cama para ver como German estava, ao vê-lo lá sentado de bunda com o chão, foi impossível não rir, ela e Violetta entraram em uma crise de riso.

– Meu Deus, German! – Angeles disse rindo enquanto esticava as mãos para puxar o homem de volta pra cama.

– Isso não tem graça. – ele bufou e Violetta correu para ajudar o pai.

Ele sentou na cama e olhou bravo pra Angeles, que não parava de rir. Ela se esticou e abraçou o homem contra a vontade dele, que estava se fingindo estar bravo. Violetta só conseguia sorrir boba ao ver o pai e a tia daquela forma tão linda.

– Vem cá, meu amor, vem. – Angie beijou a bochecha de German, ao que ele não pode evitar o sorriso – Fica bravinho não, quero ver um sorriso.

– Não! – ele cruzou os braços e bufou – Você me empurrou e depois vocês duas ficaram rindo de mim.

– Ah, pai, qual é? – Violetta disse rindo – Foi engraçado!

– Porque não foi você quem caiu de bunda no chão. – Violetta e Angeles voltaram a rir sem parar novamente, German se irritou e se levantou, andou até o berço do bebê que estava acordando e o pegou no colo – Eu não quero mais saber das mulheres dessa família não. Vem cá, meu filho, só quero você agora.

Violetta ficou rindo e olhando para Angeles, a mulher abriu os braços e a garota deitou em seus braços, se aninhando nos braços da tia.

– Agus, seu pai tá muito carente! – Angie disse rindo – Eu tenho que tomar um banho.

A loira sorriu e se levantou, Violetta também despediu e German ficou na cama com seu filho. Algum tempo depois a mulher saiu do banheiro com a toalha enrolada no corpo, sorriu ao ver que o moreno continuava brincando com o bebê e se aproximou calmamente dos dois. Ela beijou a testa do filho e deu um selinho no homem.

– Agora com licença porque eu vou trocar de roupa. – Angie disse enquanto andava até o closet.

– Nós não nos importamos, né filho? – German disse e a loira soltou uma gargalhada.

– Não seja safado assim na frente do seu filho, Castillo! – Angie balançou a cabeça e olhou para o homem sentado na cama – Sai logo, vai.

O homem fez birra, mas acabou saindo com o bebê em seus braços. A loira sorriu e foi procurar uma roupa para vestir.

XXX

– Pablo? – Angie surpreendeu-se ao ver seu melhor amigo sentado no sofá com Agustin em seus braços.

– Oi, Angie! – ele se levantou e andou até a mulher, ela deu um beijo em sua bochecha e sorriu para o filho, que se aninhava nos braços do homem.

– O que você faz por aqui? – ela sorriu.

– Vim visitar a melhor amiga do mundo e saber quando ela vai voltar para o Studio. – ele sorriu – Sentimos falta da mandona.

– Cala a boca, seu chato. – ela bufou, odiava quem a chamava de mandona, ela sempre tentara ser o mais educada possível nos seus mandamentos – E eu vou voltar logo logo, na próxima semana.

– Que bom! – ele sorriu e brincou com o bebê em seus braços – Aquilo lá é nada sem você.

A loira riu e abraçou o amigo, meio desconsertada porque ele estava com o bebê nos braços, mas ao se afastar notou algo estranho.

– Pablo, cadê o German? – ela perguntou com a testa franzida, por não ver o homem em nenhuma parte.

– Na hora que eu cheguei ele me entregou o Agustin e saiu correndo pela porta, eu não quis protestar, porque ele estava com uma aparência estranha, nunca o vi assim.

Angeles sentiu um aperto no peito e respirou fundo. Não podia ser...

– Isso faz muito tempo? – a loira perguntou aflita e o homem percebeu.

– Não muito tempo. – ele olhou-a – O que aconteceu, Angie?

– Não, não, não. – ela passou as mãos pelos cabelos e suspirou – Pablo, eu preciso que você ligue para a Jade e peça para ela vim aqui e ficar cuidando com Agus e da Violetta.

A loira andou rapidamente até a mesa e pegou sua bolsa, Pablo olhava para a mulher assustado, não sabia o que fazer ante a aflição que a sua melhor amiga demostrava.

– Angeles o que aconteceu? – ele perguntou – Onde German está?

– Eu... Acho que sei. – ela saiu pela porta sem mais explicações, pegou seu carro e viu que o de German não estava lá.

A mulher acelerou o carro e foi pedindo, internamente, que não tenha acontecido nada demais com o homem. Ela dirigiu rapidamente até chegar no consultório do doutor Paulo. Ao chegar lá, nem sequer falou com a assistente do homem e entrou sem bater na porta.

– Você precisa aceitar isso, German. – foi o que ela ouviu assim que entrou no consultório. Os homens olharam em direção a porta e viram a mulher que ofegava, pela rapidez com que ela havia chegado, e pelo rosto de preocupação que ela exprimia.

– O que você precisa aceitar, German? – ela entrou e fechou a porta – Porque você veio pra cá tão rápido? O que aconteceu? – ela hesitou e respirou fundo, sentiu uma dor no coração – O câncer voltou?

O câncer de German era uma doença rara, poucas pessoas passaram e enfrentaram tal problema, ele era conhecido como tumor de Askin, geralmente submetido a crianças e adolescentes, mas quando esse tumor se alojava em uma adulto, as chances eram raras de cura. Um caso mais conhecido foi um cantor brasileiro, Leandro, que sofrera por esse câncer, mas não resistira. Era uma doença traiçoeira, primeiro vem de repente e alastra tudo, depois se esconde, dando esperanças de que estaria curado, e volta novamente com força total. O do homem havia desaparecido, algum tempo atrás e Angeles sabia, já que não contaram a Violetta por causa disso. Mas agora, ele estava ali, no consultório de Paulo, com seu rosto pálido e com uma aparência triste.

– Calma, Angie. – o velho falou e German abaixou a cabeça.

– Não existe calma, eu quero saber o que está acontecendo aqui. – ela falou rispidamente, odiava quando escondia as coisas dela, e sentou-se na cadeira ao lado do homem.

– O câncer do German é de um tipo raro e complicado... – Paulo começou e German respirou fundo – Na verdade, ele nunca havia desaparecido, e sim, reduzido, para voltar ainda mais forte. – Angie sentiu um aperto no peito e sentiu algumas lágrimas se formarem em seus olhos – Essa doença é muito complicada e poucas coisas podem ser feitas.

– O que pode ser feito, Paulo? – Angeles respirou fundo e engoliu as lágrimas, olhou para o lado e sentiu seu coração se partir, ao ver German daquele jeito. A loira levou a mão direita até as mãos do homem, que estavam enlaçadas uma na outra e as apertou, dando firmeza e mostrando que estava lá.

– A única opção é fazer quimioterapia, com radiações e tudo. – Angie respirou fundo.

– Isso adiantaria? – algumas lágrimas saíram dos olhos da mulher.

– Pode ser que sim e pode ser que não. – o velho olhou para ambos – Mas nós vamos tentar.

Angeles olhou para German e acariciou o rosto do homem, eles se levantaram e se despediram do velho médico. Andaram até a parte de fora do consultório, Angie segurava nas mãos do homem e eles andavam daquela forma. Quando chegaram na calçada, a mulher teve coragem de olhá-lo e suspirou, ao ver os olhos do homem que amava completamente sem brilho e sem vida. Ela suspirou e guiou o homem até uma pracinha, perto dali, sentaram-se em um banco e Angeles fez com que German a olhasse. Ele não falara nada, desde que a vira entrar na sala.

– German, meu amor. – a mulher começou e respirou fundo – Olha pra mim, meu amor. – o homem parou de resistir e encarou os tristes, mas esperançosos olhos verdes da mulher e estranhou aquilo – Nós vamos enfrentar isso, tá?

– Enfrentar isso? – o homem balançou a cabeça rindo sarcasticamente – As coisas não são tão fáceis assim, Angeles.

– Quem falou em facilidade? – ela segurou as mãos dele e apertou-as, dando segurança ao homem – Eu falei que nós vamos enfrentar isso juntos. Se vai ser fácil ou difícil não importa. O que importa é que nós vamos enfrentar isso juntos.

– Como você pode ter tanta certeza disso, Angie? – ele sussurrou e fechou os olhos, para segurar as lágrimas.

– Eu não tenho certeza, German, eu tenho fé. – ela sussurrou e olhou no fundo dos olhos dele – E eu acredito em você, eu sei que você pode superar muito mais do que acha que pode. – ela sorriu tristemente e ele também o fez, só por ver o sorriso dela – Você é muito mais forte do que acha que é, senhor Castillo.

– Eu sou? – ele sentiu uma única lágrima pelo seu rosto e sentiu-se envergonhado por ser tão fraco, enquanto Angie estava ali, forte e confiante. Ele precisava ser mais forte para enfrentar aquilo junto a ela e seus filhos. A loira passou o polegar pelo caminho que a lágrima deixara e sorriu, beijou a bochecha dele e depois os seus lábios. Ao separar o calmo beijo, Angie sorriu e o homem também o fez. – Eu sou.


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Notas finais do capítulo

Comentem que eu posto mais!