You were strong and i was not escrita por Queen of the bitches


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! Obrigada a todas as garotas que comentaram e sigam comentando!!
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/536997/chapter/13

– Espera, Angeles!

A mulher corria em direção ao carro sem nem sequer se despedir da sobrinha ou dos alunos do Studio, ela só queria fugir, mas German não deixaria. Ele precisava de explicações. Aquela música fora para ele e o tocou muito. Ele precisava conversar com a loira, mesmo que ela o estivesse evitando.

– Me deixa em paz, Castillo. – a mulher gritou e abriu a porta do seu carro para ir embora. O carro da loira estava estacionado próximo a porta dos fundos do teatro, em uma rua vazia e úmida.

– Eu não vou te deixar sair sozinha. – German segurou-a pelo braço antes que ela entrasse no carro e logo fechou a porta para que ela não entrasse, prendeu-a entre seus braços e entre o carro e o corpo do mesmo – Nós precisamos conversar.

– Eu não quero conversar com você, German. Me deixa em paz, caramba! – o homem respirou fundo e olhou nos olhos da mulher, que sentiu um breve arrepio em seu corpo ao notar o olhar penetrante do homem.

– Por que você insiste em fugir de mim, se seu coração insiste em vim atrás de mim sempre que nós estamos juntos? – German murmurou com o corpo e o rosto ainda mais próximo da mulher.

– Eu não fujo. Eu só não quero ficar perto de você. – ela falou fingindo uma frieza tremenda.

– Isso é mentira. – German falou ríspido e colou seu corpo com o da mulher, levou uma mão até a nuca da mesma e acariciou – Você me quer tanto quanto eu te quero, Angie, você sabe disso.

– A única coisa que eu quero é que você me deixe em paz! – a loira vociferou e empurrou o homem com toda força que conseguiu acumular – Sai da minha vida, German! É tudo o que eu te peço.

– É impossível. – o moreno falou baixo, ainda virado de frente para o carro, enquanto a mulher encarava suas costas – Mas se é isso que você quer... eu faço. – ele respirou fundo e se virou para a loira que respirava descompassadamente – Eu faço tudo o que você me pedir e o que for para a sua felicidade.

As palavras de German entraram fundo no coração da moça, ela não conseguia escutar mais nada. Ele estava pedindo demais dela, ele estava colocando-a contra a parede. Ela jamais poderia esquecer German. Agora, mais que nunca, já que ela carrega um filho do mesmo dentro de si. Mas disso ele nunca saberia, isso tornaria bem pior as coisas.

– Faça isso. É tudo o que eu quero. – Angeles falou olhando para baixo e foi em direção ao carro.

– Só não esqueça que eu sempre vou te amar. – German murmurou ao ver a mulher entrando no carro – Sempre.

Angie escutou o final da declaração do homem e sentiu como se fosse explodir. Fechou a porta do carro bruscamente e o acelerou, assim que se viu longe de German, começou um choro descontrolado, o que permaneceu até que ela chegasse em casa. Aquilo estava sendo um pesadelo. Ela não podia tratar German daquela maneira, mas também não podia mostrar seus verdadeiros sentimentos.

Ao chegar na frente da portaria de seu prédio, Angeles olhou fixamente para um ponto qualquer e ficou relembrando todas as coisas que German já fizera por ela nesses últimos dias e como ele provara que a amava acima de tudo. Ela sentiu um forte aperto no peito e decidiu, guiada pelo próprio coração, que iria atrás dele e falaria que a única coisa que ela jamais iria querer, era se separar dele.

A mulher acelerou o carro e foi rapidamente até a festa que aconteceria após o show dos alunos do Studio, provavelmente German estaria lá. Ao chegar, estacionou o carro de qualquer forma, e fora, quase que correndo, ao encontro de German. Angie entrou na casa de festas e passou a vista pelas pessoas que lá estavam presentes, e seus olhos pararam em uma determinada pessoa sentada em um sofá que estava disposto aos convidados. Ela sorriu e caminhou rapidamente até ele.

– German, eu...

– Aqui, gatinho. – uma voz melosa e irritante interrompeu a mulher e fez com que ambos olhassem para a loira que sentara ao lado de German, quase no colo, na verdade.

German estava estático olhando para Angeles que os olhava atordoada, como se seus pensamentos não estivessem assimilando tudo aquilo. O coração da mulher estava partindo aos pedaços e o do homem estava confuso e eufórico.

– Angie... – German sussurrou.

– Hum... er... desculpa incomodar... – Angeles falou baixo e virou-se de costas, andou lentamente até seu carro e se trancou lá.

Seus pensamentos estavam uma desordem e seu coração batia tão lentamente, como se estivesse pedindo arrego. Ela só queria sair dali, sair de Buenos Aires, sair da vida de German... mas não podia. Tinha Violetta, o Studio, seus amigos e sua vida. Ela não poderia fazer nada, apenas aguentar a dor calada... ou não tão calada.

– Angie, abre a porta, por favor. – Jade, que vira a amiga sair correndo do local, batia no vidro da porta do passageiro.

Angeles destravou a porta e a morena entrou, a loira esperou apenas que ela entrasse, e deu a partida no carro. Não queria correr o perigo de encontrar German e aquela loira mais uma vez.

– O que você faz aqui? – Angie perguntou a mulher que colocara o cinto de segurança e a olhava.

– Eu vou ficar com você hoje.

– Eu não preciso de companhia. – ela falava séria, enquanto dirigia até o seu apartamento.

– É óbvio que precisa, eu não vou me perdoar se acontecer algo com você por culpa do otário do German.

Angeles decidiu não protestar mais, a amiga não desistiria facilmente. As mulheres desceram do carro e foram até o elevador, subiram em silêncio. Jade estranhava a reação de Angie, ela não derramara uma lágrima. E assim foi até que elas entrassem no apartamento. A loira olhou para ela e seu rosto mudou de expressão rapidamente, Angie sentiu seus olhos arderem e não prendeu mais as suas lágrimas, apenas deixou com que toda a sua dor se anestesiasse com as lágrimas. Jade a abraçou e assim, a mulher chorou por mais um bom tempo.

XXX

Um mês se passou...

– Bom dia, doutor Paulo. – Angie falou ao entrar no consultório do médico e ele sorriu calorosamente ao vê-la.

– Angie, como está? E esse garotão ai? – o velho falou ao abraçar a mulher.

Se passaram um mês desde o acontecimento que, de certa forma, mudou todo o rumo da história de Angie e German. A mulher estava com quatro meses de gravidez e descubrira o sexo da criança, entretanto, como a barriga ainda não aparece com muita exatidão, ela continuava escondendo de todos a sua gravidez, exceto Jade e Dr. Paulo, que era o velho que a ajudara no dia em que descobrira a sua gravidez. Angeles estava grávida de um menino.

– Muito bem, Paulo, obrigada. – a loira falou e sentou-se na cadeira.

A consulta passou normalmente e os dois conversavam, ora assuntos sobre o bebê ora assuntos sobre a mulher e sobre como ela estava se cuidando. Paulo sabia de toda a história entre German e Angeles, mas a mulher não sabia disso.

– E o pai do bebê, Angeles? – Paulo perguntava enquanto se levantava e olhava para a mulher – Você sabe que não pode esconder da criança que ela tem um pai.

– O pai da criança não precisa saber de nada, Paulo. – Angie mudou sua expressão serena para uma raiva e um rancor repentino – Se não soube até agora não saberá jamais.

– A senhorita acha que vai conseguir esconder essa criança até quando? Daqui a pouco todos saberão que você está grávida, Angeles.

– Você está o que? – uma voz que estava fora da conversa inundou o ambiente. German havia entrado repentinamente na sala de Paulo, ele estava precisando falar com o amigo e nem mesmo a secretaria o impediu.

– German o que diabos você está fazendo aqui? – Paulo perguntou e encarou o homem com uma mão na cabeça em um gesto de aflição. Angie continua estática encarando a parede branca do consultório. Tudo estava indo de água a baixo.

– Angeles, você está grávida? – German falou se aproximando da loira, ele segurou o braço da mesma, ao que ela o puxou repentinamente.

– Isso não lhe diz respeito. – Angie falou curta e grossa, pegou sua bolsa e andou em direção a porta. German não permitiu que ela saísse, então puxou-a novamente.

– Solta ela, German, deixe-a ir. – Paulo falou preocupado com o que ocorreria ali mesmo.

– Você fica calado. Depois nós conversamos, meu amigo. – ele falou e frizou a palavra “amigo” com ironia.

– Espera ai... vocês se conhecem? – Angie perguntou confusa.

– Sim, Paulo é médico da família há muito tempo. – German falou rápido e respirou fundo – Mas eu quero saber de outro assunto. – ele encarou a mulher – Você está grávida, Angie?

– Sim. – ela falou ríspida.

– E quem é o pai? – ele perguntou baixo se aproximando da mulher.

– Não importa. – ela falou e cruzou os braços – O filho é meu, Castillo, isso que importa.

– Não. Não. Eu quero saber quem é o pai dessa criança. – German se aproximou apontando para a barriga da mulher. Ele estava bufando, seu coração batia forte e seus pensamentos se confundiam. Se aquela criança fosse filha de Jean ele jamais se perdoaria.

– Não importa, German. Não importa. Me deixa em paz! – Angeles gritou e segurou as lágrimas que brotariam do seu rosto.

– Deixe-a, German, eu imploro! – o velho interveio e segurou no ombro do homem – Isso pode fazer mal a Angie e ao bebê.

German recuou e deu espaço para que Angeles pudesse passar pela porta. Seu coração estava descontrolado e sua feição só demostrava confusão. Assim que a mulher saiu do consultório, Paulo guiou o amigo até um sofá, que estava perto de ambos e o fez sentar.

– Meu amigo, fique calmo! – o velho falou baixo e com cautela.

– Calmo, Paulo? Você quer que eu fique calmo? – German olhou para o velho – A mulher que eu mais amo na minha vida está grávida e você quer que eu tenha calma? Essa criança pode ser minha, Paulo, mas eu não vou saber porque aquela mulher é a pessoa mais cabeça dura que eu conheço! Ela vai me evitar pro resto da vida, Paulo...

– German, calma. – o velho sentou e o olhou – Ela não vai fazer isso, logo logo vocês poderão conversar com calma. Mas... – o homem olhou para o velho confuso, pela pausa que ele dera – E a Pricilla? Como ela vai reagir com isso?

German e Pricilla, a mulher que estava com ele na festa após o show do Studio, estavam namorando e a relação deles estava progredindo muito rapidamente. Talvez isso devesse à ânsia que German possuía de esquecer Angeles.

– Eu não me importa com ela, Paulo. Eu quero saber de Angeles e do meu filho. – ele sussurrou e, involuntariamente, abriu um sorriso – Meu filho. – repetiu ele com um sorriso no rosto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam??