You were strong and i was not escrita por Queen of the bitches


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

10 comentários em um capítulo, acho que se eu não voltasse seria linchada (bjs Gi), então... Como eu fui obrigada a voltar por culpa dos comentários, eu agradeceria que vocês continuassem comentando, já que agora vai ser assim, eu só posto quando tiver comentários.
Enfim, chega de conversa. Boa leitura!



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– Como assim você está grávida do German, Angeles? – Jade pergunta abismada enquanto a mulher respirava fundo e segurava o choro – Mas como? Você e ele...?

– Ai, amiga, eu não te contei porque queria esquecer aquilo o mais rápido possível! – Angie falou, e algumas lágrimas começavam a brotar de seus olhos.

– Olha, vamos lá em casa, você me conta tudo com tranquilidade e nós conversamos direito. E o Nicolás vai chegar mais tarde hoje.

– Tudo bem. – ela suspirou e abraçou a amiga muito forte – Obrigada.

As mulheres se levantaram, pagaram a conta e andaram até o carro. Angeles estava completamente extasiada e confusa, ela não sabia o que fazer. Não podia ter acontecido aquilo.

– Entra! – Jade fala abrindo a porta da luxuosa casa. A fachada era branca e com alguns detalhes cor de mel, realçando a vivacidade da casa, ao entrar, dava para ver a grande escada que levava para os aposentos, na parte de cima. As mulheres entraram e foram em direção a sala, ela muito bem decorada, claro, Jade organizara tudo nos mínimos detalhes, as porcelanas, os quadros, escolha do Nicolás, claro, os móveis belíssimo, cada detalhe daquela casa possuía um pouco da dona. Angie colocou a bolsa e o casaco no porta casacos e se jogou no sofá. Já era intima o bastante para ficar à vontade. – Conta tudo, eu estou morrendo de curiosidade!

– Tudo bem... – Angie se ajeitou no sofá e olhou para a amiga – Então, sabe o dia em que você me obrigou a convidar o Jean para jantar e fazer ciúmes ao German?

– Ahá! – a morena apontou o dedo para a loira e bateu palmas – Eu sabia que havia acontecido alguma coisa!

– Cala a boca, Jade! – a loira ria e balançava a cabeça – Continuando, eu cheguei lá e nós jantamos... depois, quando eu estava saindo do quarto da Vilu, German estava parado na porta do seu quarto e, adivinha? Nós brigamos. Ele me perguntou se eu amava o Jean e eu disse que sim. – Jade fez uma careta hilária, mas a outra mulher estava nervosa demais para rir – Sim, eu menti. Mas ele percebeu e... acabou me beijando e depois... depois a gente transou.

– Não acredito! – Jade interrompeu e a encarou.

– Pois é, e, no calor do momento, nós acabamos não lembrando da camisinha... eu não percebi, até hoje.

– Mas o que aconteceu depois? Por que vocês continuam brigando assim? É impossível que não tenha significado nada! Se só com um beijo dele você ficaria louca, imagina em ter ele em cima de você.

– Jade! – Angie falou meio envergonhada e colocou as mãos no rosto – Não fala assim que eu tenho vergonha!

– É só a verdade, querida!

– Então... voltando ao assunto, - a mulher sentou direito no sofá e olhou para a outra que ainda ria – sim, significou algo. Muito, na verdade, mas eu estava insegura com tudo aquilo e acabei falando besteira e deixando ele lá sozinho.

– Que tipo de besteira? – Jade olhava indignada para a amiga.

– Ah, besteira, você sabe...

– Que besteira Angie? – a mulher perguntou em um tom mais rígido.

– Eu me arrumei e falei que ia encontrar com o Jean... – Jade já a olhava com raiva nos olhos – e disse que ele era meu namorado...

– Eu não acredito que você fez isso, Angeles Carrara!

– Ah, Jade, qual é, todos sabem que acontecer algo entre eu e o Castillo é impossível.

– Como você é cabeça dura, Angeles, meu Deus! – a morena murmurou e deitou-se no grande sofá de couro branco. – Mas enfim, me conta o que você vai fazer a partir de agora.

– Pra falar a verdade? – Angeles perguntou, agarrou a almofada do sofá e fez biquinho como se fosse chorar – Eu não faço a mínima ideia!

– Ah meu Deus, vem cá. – Jade puxou a amiga para um abraço que quase não teve fim – Está tudo bem, calma.

– Eu não sei se eu devo contar pra ele, Jade... – Angie parou de chorar um pouco e olhou para a amiga.

– Claro que deve, Angeles, você não pode esconder um filho de um pai!

– Mas a culpa foi minha, eu não me protegi. O German não tem mais nada a ver comigo ou com esse filho. – ela fungou e coçou os olhos tentando para de chorar.

– O que você quer dizer? – a morena perguntou confusa.

– Eu quero dizer que... – Angie limpou as lágrimas dos olhos e puxou toda a frieza que existia em seu coração para criar, mais uma vez, aquela barreira – Eu vou criar meu filho sozinha e German jamais vai saber quem é o pai dessa criança. Eu tenho condições financeira boas o bastante para cuidar de um filho sozinha.

– Eu sei que você tem condições financeiras boas para criar um filho, Angie... – Jade a olhou – mas você sabe que isso não é o bastante.

– Eu sei. – Angeles falou e levantou-se – Mas eu já tomei a minha decisão. Eu vou ter, criar e cuidar dessa criança sozinha.

XXX

– German, você fez os exames que eu pedi? – Paulo falava enquanto sentava na cadeira, frente a German, que encarava o nada fixamente. – German!

– O que? – o homem desperta do seu transe e olha para o velho.

– Os exames, German. – Paulo fala firme e encara o amigo.

– Eu... é... fiz, mas...

– Mas o que? – o médico pergunta impaciente.

– Eu não fiz os exames. – o velho respirou fundo e apoiou as mãos na mesa encarando German.

– German, escute bem, eu não sei mais o que está acontecendo com você. Antes nós éramos amigos, mas agora você está ai, sofrendo sozinho e me afastando cada vez mais... – o homem suspirou – Mas se tem uma coisa que eu não vou deixar, mesmo que você me force, é deixar que você se acabe.

– Eu não estou me acabando. – German falou sem vida.

– Sim, você está. – Paulo balançava a cabeça e batia na mesa – Você bebe para tentar esquecer o que não pode enfrentar sóbrio. Você foge dos exames e das consultas médicas por medo. Você me afasta por medo que eu tenha pena de você. Você não consegue entender o quão idiota isso soa? Eu sou seu melhor amigo, German. Eu só quero te ajudar a enfrentar esse momento ruim. Você repele as pessoas e não permite que elas te ajudem.

– Paulo... – German respira fundo e levanta, anda até o velho e o abraça forte – Me desculpa.

– Tudo bem. – Paulo fala e corresponde ao abraço do amigo – Está tudo bem.

– Eu tenho tanto medo de morrer. – o moreno fala em um murmuro e anda pelo consultório.

– Você não vai. – o velho fala e olha para o amigo que estava parado em frente a janela, com as mãos nos bolsos e encarando fixamente o horizonte.

– Eu preciso contar a Violetta. – ele fala frio – Mas eu não sei como.

– Talvez a Angie pudesse te ajudar. – Paulo fala relutante, com medo da resposta do amigo.

– Ela não faria isso. – German sussurra sem vida.

– É claro que ela faria, German. – Paulo se aproxima e coloca a mão no ombro do homem – Liga para ela e pede ajuda, as vezes é bom admitir que precisa dos outros. Não é sinal de fraqueza, é sinal de juízo.

German respirou fundo e pegou o celular.

XXX

– Bom dia. – Angeles fala ao entrar na sala dos professores, hoje seria o show do Studio e tudo estava muito corrido. Os professores, que estavam todos reunidos, responderam à mulher – Está tudo pronto para o show?

– Quase tudo, Angeles. – Pablo fala com um pouco de hesitação em sua voz – Uma das atrações que viriam para completar o show furaram com a gente.

– Como assim furaram, Pablo? – Angie pergunta sem conseguir acreditar no que o amigo lhe dissera – Eles não podem fazer isso! E quem vai fechar o show agora?

– Eu sei, nós também não conseguimos acreditar nisso. – alguns protestos surgiram e outras ideias.

– Angie... – Pablo falou como se estivesse projetando um grande plano em sua cabeça, e então se aproximou da mulher – Eu acho que já sei o que colocaremos para cobrir o espaço no show.

XXX

A noite chegara e todos os alunos do Studio estavam nervosos e ansiosos pelo show, nada poderia dar errado, o espaço que havia sido aberto no show logo foi resolvido. Agora estavam todos no camarim, detrás do palco que, em alguns minutos, seria palco do show.

– Leon, meu amor, você viu o papai? – Violetta pergunta enquanto abraça o garoto.

– Não, meu amor, eu não o vi. – Leon fala, olha para os lados e acaba vendo o homem chegando – Ali, minha princesa, ele chegou!

Violetta correu até o pai e o abraçou com muita força.

– Pensei que não fosse vim, papai.

– Por que eu não iria vim para ver a princesa mais linda e talentosa de todas brilhar? – ele falou rindo e abraçando mais uma vez a garota.

– Não sou isso tudo, papai! – ela falou envergonhada.

– Mas é claro que é! – outra voz os interrompeu e Violetta sentiu o corpo do pai ficar rígido e como se o coração dele fosse voar do próprio peito. Ao virar-se, pode ver Angeles, sorrindo e olhando-os com ternura.

Ela estava completamente deslumbrante, seu vestido cor de marfim um pouco longo e rasgado na metade de sua coxa, deixando a mostra as lindas pernas da loira, seus cabelos estavam presos pela metade e o resto dos fios estavam soltos pelo seu rosto, ela possuía pouca maquiagem, apenas alguns realces nos olhos. A mulher estava de tirar o folego de qualquer homem que aparecesse, principalmente o do homem que a observava sem nem sequer piscar.

– Tia! – a garota se afastou um pouco e foi abraçar a mulher – Como você está linda, não é papai?

– Que? – German despertara do transe e olhou para a filha e depois para a loira, que já estava completamente corada – Sim, você está muito bonita, Carrara.

– Obrigada, Castillo, você também não está de se jogar no lixo. – a loira piscou e olhou para a sobrinha, deixando German ainda abobado. – O show já vai começar, mocinha, é bom você ir se aprontar.

– Tudo bem, tia. – ela beijou a bochecha da mulher e abraçou o pai – Nos vemos depois.

Angie e German ficaram se olhando por um tempo quase infinito, eles podiam não admitir, mas aquele amor ainda existia, e, a cada dia, aumentava. Depois de muito tempo em silêncio, um desconforto apareceu e ambos ficaram desconcertados.

– Hum, é... você... você vai me ajudar com a Violetta? – German coçou a cabeça e olhou nos olhos da loira, uma corrente elétrica passou pelo seu coração imediatamente.

– Sim, German, eu vou te ajudar. Você já deveria ter feito isso antes. – ela suspirou e olhou no fundo dos olhos do homem – Como você está?

– Eu estou bem. – ele falou baixo e a olhou – Não tem como estar melhor... e você?

– Eu estou bem, muito bem. – Angie falou e respirou fundo. Ele mal sabia o tanto de mentira que havia naquela fala. A loira nunca esteve tão confusa e tão assustada.

– Fico feliz. – ele murmurou e, mais uma vez, o silêncio incomodo os fez ficar com vergonha.

– Então... eu tenho que ir. – a mulher falou e sorriu fraco – Depois falamos sobre isso.

– Tudo bem. – German continuou olhando fixamente para a mulher e ela olhando para ele.

– É, tchau. – Angeles falou e saiu em direção ao palco.

XXX

Todas as apresentações haviam passado e o fim do show ne aproximava, German estava sentado em uma das primeiras cadeiras assistindo ao show. Alguns segundos depois, todas as apresentações dos alunos do Studio, o homem já estava se levantando para ir até a sua filha, como todas as outras pessoas, pois todos achavam que já havia terminado.

De repente, uma luz branca ilumina exatamente o centro do palco e uma melodia calma e lenta começa a soar, todas as pessoas param o que estavam fazendo e dirigem sua atenção para o palco, inclusive German. E lá está ela. Angeles estava de pé no centro do palco, com os olhos fechados, como se estivesse sentindo a música. O homem fica estático encarando a mulher como se ela fosse um anjo e estivesse dando para ele o bem mais precioso do mundo.

Angie levantou o olhar e abriu os olhos, ao mesmo tempo começou a cantar.

A hundred days have made me older

Since the last time that I saw your pretty face

A thousand lies have made me colder

And I don't think I can look at this the same

But all the miles that separate

They disappear now when I'm dreaming of your face

Todos a olhavam extasiado, a linda voz da mulher enternecia a todos e fazia com que o coração de German disparasse a todo vapor. A loira dava lentos passos pelo palco e cantava, ora com olhos abertos ora com os olhos fechados, sentindo a forte sensação que a música exercia em seu corpo.

I'm here without you baby

But you're still on my lonely mind

I think about you baby

And I dream about you all the time

I'm here without you baby

But you're still with me in my dreams

And tonight, it's only you and me



The miles just keep rolling

As the people leave their way to say hello

I've heard this life is overrated

But I hope that this

Gets better as we go

Angeles levantou o olhar e encarou fixamente um determinado rosto na plateia, seu coração disparou e ela só conseguiu cantar para uma única pessoa. German.

I'm here without you baby

But you're still on my lonely mind

I think about you baby

And I dream about you all the time

I'm here without you baby

But you're still with me in my dreams

And tonight, girl, it's only you and me



Everything I know, and anywhere I go

It gets hard but it won't take away my love

And when the last one falls, when it's all said and done

It gets hard but it won't take away my love

A mulher concluiu a música com uma solitária lágrima escorrendo pelo seu rosto. Era como se aquela única lágrima representasse toda a dor que ela estava sentindo, e que ela enfrentaria sozinha. A música era e sempre foi uma forma de mostrar a dor ou a alegria que ela estava sentindo, e dessa vez não foi diferente. German encarava a mulher com uma sensação de raiva, mas raiva de si mesmo. Ele sabia que tudo aquilo era culpa dele e que ele jamais seria capaz de desfazer aquilo que já fizera, nem ao menos diminuir a dor que proporcionava a mulher que ele mais amava na vida. Ele respirou fundo e sentiu como se seu coração, mais uma vez se despedaçasse, aquela era a milésima vez que isso acontecia, em menos de seis meses. Mas ele também sabia que o que ele fizera com Angeles era tão ruim ou até mesmo pior do que ele fizera com si mesmo.

Uma onda de aplausos inundou todo o ambiente e fez com que os olhares dos dois se separassem. Angeles respirou fundo e forçou um sorriso, agradeceu as palmas e logo saiu do palco. Ela só precisava ficar sozinha.


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Notas finais do capítulo

Capítulo grandão para vocês, agora vou postar com mais frequência pq estou de férias. Qualquer coisa falem no twitter: shineclari

Ah, e o nome da música é Here without you do 3 doors down.



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