The Alice Heart escrita por Mei Nori


Capítulo 3
Segure e Solte.


Notas iniciais do capítulo

Então, era para esse capitulo ter saido as seis em ponto mais eu acabei enrolando um pouquinho e.e
Heey~ ♥
Desculpe pela demora, já programei 2 capítulos(sem contar esse) para serem postados, então não se preocupem~~
Sem enrolação, vamos logo ao capitulo!



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...

Eu senti uma coisa gelada tocando minhas costas. Não era normal isso acontecer, estava calor demais para ser o vento, além disso, tenho certeza de que era algo solido.

Por reflexo, eu peguei a tesoura de cima da penteadeira e virei-me rapidamente de olhos fechados, a tesoura atingiu alguma coisa em cheio.

Abri meus olhos bem devagar, quando eles estavam totalmente abertos eu estava frente a frente com a “coisa” que eu tinha atingido.

Era uma criança, estava sangrando agora. Seus cabelos com certeza não eram castanhos e nem ruivos, eram laranja. Ele estava apertando os olhos, provavelmente se segurando para não chorar, até que ele não aguentou mais e seu olho abriu junto de varias lagrimas escorrendo.

Seu olho parecia mais azul com as lagrimas, pouco a pouco sua esclera ia se tornando vermelha graças as lagrimas. E ele evitava ao máximo fazer sons com a boca, parecia até que ele era obrigado a isso.

Suas roupas também não eram comuns. Ele estava usando um sobretudo feito com um tecido vermelho, ele ia até seus pés, até parecia uma capa. Ele também estava usando uma tiara de coelho e um tapa-olho branco.

– Quem caralhos é você?! – Perguntei assustada, pensando por um momento se tinha feito a pergunta certa.

– E...Eu... – Ele engoliu o choro e olhou para mim forçando um sorriso. – Eu sou o Coel-Coelho. – Segurou seu braço para tentar estancar o sangue.

– Ótimo. Agora seu nome de verdade. – Falei seria, lembrando que era apenas uma criança. – Preciso saber para poder te levar até sua mãe.

– Meu nome de verdade?... – Ele se autoquestionou. – Eu não consigo me lembrar, moça. – Ele sorriu mais uma vez, como se estivesse ignorando o final da frase e a dor.

– Há. Certo, vou entrar na sua brincadeira. – Suspirei. – Sr. Coelho, como entrastes aqui? – Forcei uma voz de “cavaleiro da idade media”, talvez assim ele respondesse.

– Hum... Você me convidou para entrar. Quando estava me encarando, do outro lado da rua. – Ele disse. – E não precisa fingir ser um cavaleiro, você não sabe fazer isso!~ ♪

Eu ignorei todo o resto da frase para pensar. E então eu me lembrei do garotinho estranho do outro lado da rua, sem duvidas era ele. Mas por que ele estava aqui...?

– Eu nunca te convidei para entrar aqui! – Talvez eu tenha gritado alto demais. – Venha, eu quero falar algumas coisas para a sua mãe!

Eu o arrastei pelo braço até o jardim de casa. Sua expressão tinha mudado de um sorriso inocente para uma cara triste.

– Onde é sua casa? – Perguntei.

– Eu não moro aqui... – Ele respondeu com a voz triste. – Na verdade, é impossível chegar até minha casa a pé...

– De qualquer jeito, quem é seu responsável? Esta na casa de algum parente? – Não mudei o tom em nenhum momento. Ele não esta sozinho aqui, certo?

Ele apenas abaixou a cabeça. Continuei guiando ele pelo braço, mesmo achando sua reação realmente estranha.

Desisti de tentar faze-lo falar, preferi abordar as crianças que estavam brincando, talvez elas soubessem dele. Estava tão quente, sentia que meu corpo derreter, como esse garoto conseguia aguentar esse calor com esse sobretudo?!

– Terráqueos, eu preciso saber se vocês conhecem essa criaturinha aqui. – Falei para as crianças e coloquei o garoto na minha frente.

– Charlotte! – A menininha de cabelos pretos saiu correndo em minha direção e me abraçou.

– Querida, esta muito quente para abraços, outra hora eu brinco com vocês. – Disse em tom amigável. A garota me soltou logo depois. – Por agora, eu preciso resolver esse problema. Então, conhecem esse garoto?

– Tenho certeza que ele não é daqui, – Comentou o garoto ruivo com a pele levemente queimada. –, você pode deixar ele aqui, ele vai se divertir com a gente!

– Huh, certo. Você vai ficar bem aqui? – Perguntei ao intruso, acabei ficando preocupada graças aquela expressão que ele fez antes. – Se você não achar sua casa, peça para eles te ajudarem...

O “Coelho” assentiu com a cabeça e eu me virei para voltar para casa. Eu gostava de brincar com crianças, elas eram fofas. Apesar disso, não conseguia lidar com os problemas delas, Marshall era melhor que eu nisso.

Para mim elas eram algum tipo de passatempo, a inocência e a energia delas me animavam, sempre. Já para Marshall, elas tinham que continuar sendo crianças, apenas isso.

Nunca entendi isso direito. Ele faria tudo que pudesse para manter suas infâncias, mesmo que isso significasse dedicar sua vida a isso.

O mais estranho de tudo isso era que, apesar de defender elas, ele odiava crianças. Não suportava a ideia de cuidar delas, ele agia como se isso fosse uma maldição.

Quando ele tinha que cuidar de Niko, ele dava tudo que ele precisava, para assim não ter que se preocupar. Bem, a ideia era boa, mas acho que ele devia dar mais atenção ao seu irmãozinho...

Falando em Niko, será que ele ouviu alguma coisa? Ele pode ter ficado preocupado comigo, isso não seria bom. Do jeito que ele é, já teria ligado para a policia pelo menos duas vezes, e isso seria um tanto complicado.

–- -- -- --

Depois de um bom banho eu acabei “esquecendo” o fato de hoje à tarde. Encarei a janela intensamente, já estava escuro. Nenhum sinal das crianças.

O canto das cigarras ficava cada vez mais alto, entretanto, não estava tão insuportável dessa vez, ele era até agradável. Estava tudo tão quieto, ouvi-las cantar era um alivio.

Estava tudo quieto demais.

Preocupada, eu fui em direção ao quarto de Niko, ele já deveria estar lá. Bati na porta varias vezes, ele não parece ter escutado. Tentei mais algumas vezes e nada.

...

Era uma vez, em um tempo não muito distante, uma garota. Ela não era velha, mas também não era jovem, e apesar de sua vida cansativa, ela era muito bonita.
Alice, a garota, supostamente era louca, então foi encaminhada para um hospício, onde passou todo o resto de sua vida.
A pobre Alice estava apaixonada... Pena que nunca poderia ter o seu grande amor, já que sua paixão era um funcionário do manicômio, o homem cujo coração pertencia à outra garota, uma garota normal.
Perdida, ela começou a se tornar realmente louca. Conversando com uma tal boneca, que prometeu que a protegeria até o ultimo momento.
Frustrada com isso, Alice pensou de todo o jeito acabar com sua vida. O máximo que ela conseguiu foi ser transferida para uma cabine isolada.
E foi lá onde o inesperado aconteceu. Talvez ela pudesse sobreviver se não tivesse sido transferida naquele dia. Talvez ela tivesse crescido e superado sua falsa loucura, e então ter ido embora daquele maldito lugar. Entretanto, ela foi transferida para lá.
No mesmo dia, os inimigos do país jogaram uma bomba em cima do sanatório, declarando guerra contra o país.

Não houve sobreviventes.

{...}


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Gostaram?
Capitulo mais focado em apresentação de personagens, mesmo assim com história.
Já vou avisando, o "Coelho" é importante, lembrem dele.

Incentivem um autor a postar, digam o que acharam, o que gostaram, o que quer que mude! Adoro criticas, se vocês não gostaram, me avisem. Vou fazer o maximo para melhorar!~

Até segunda! Beijins e sayoo~ >3



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