The Alice Heart escrita por Mei Nori


Capítulo 2
Doce.


Notas iniciais do capítulo

Heey~ ♥
Por favor me perdoem pela demora. Juro que não fiz por querer.
O avast desligou meu computador sozinho e eu acabei perdendo todo o arquivo, não foi culpa minha...
Chega de enrolação, vamos ao capitulo!~
Ah! Eu não corrigi o capitulo, desculpe qualquer erro. Vou fazer uma revisão melhor amanhã de manhã(02/09).



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Não é como se eu fosse sozinha, eu apenas prefiro os livros. Eu até gosto de conversar, mas sabe, nada é tão interessante quanto ficar lendo sobre varias coisas diferentes.

Fechei o livro e comecei a encarar o teto. Férias de verão sempre foram ótimas, até não ter absolutamente nada para fazer.

Levantei-me da cama e fui para a janela. Logo que a abri, um calor desgraçado invadiu meu quarto me lembrando do porquê de não estar lendo lá fora.

Eu vi algumas crianças brincando alegremente com uma mangueira no jardim vizinho, enquanto uma garota de vestido esfarrapado vende flores. Ela chora, mas ninguém percebe.

Um garoto sorridente guiando cachorros eufóricos passa na calçada, do outro lado da rua a um cachorro abandonado. Ele tentou seguir o garoto, porém, ele o espantou.

O carteiro que chega para deixar a correspondência me percebe e acena com um largo sorriso. Atrás dele esta sua irmã mais nova, escondida dos outros.

Retribuo o aceno e fecho a janela. Vou até a porta do quarto e a abro, encontrando o corredor iluminado apenas pela luz solar. Fui até o quarto de Marshall e bati na porta.

– Ei! Niko você está ai? – Gritei esperando a resposta do meu irmão.

– Uh, o que é? – Ele saiu do quarto esfregando os olhos.

– Na verdade, nada de importante. – Encarei-o um pouco. – Você estava dormindo?

– Você sabe que não. – Ele ficou surpreso com a pergunta. – Se era só isso, eu tenho que jogar agora. – Olhou para o console e depois voltou a me fitar.

– Às vezes eu me pergunto o porquê de não ter um irmão normal. – Dei de ombros. – Posso jogar com você? – Adentrei o quarto.

Ele suspirou longamente e me olhou. Depois foi até o videogame e voltou a jogar.

– Não agora, eu estou treinando para o campeonato. – Falou concentrado no jogo. – Se você for uma boa menina, eu deixo você jogar quando eu sair.

– Pare de me tratar como se eu tivesse sete anos, eu tenho mais que isso sabia? – Disse. – Sou mais velha que você.

– Nah, isso até pode ser verdade. – Respondeu fazendo bico. – Mas eu tenho permissão de entrar aqui pelo menos~ – Ele sorriu.

– Você diz isso como se aqui fosse o lugar mais interessante do mundo. – Revirei os olhos.

– Mas é! – Ele pausou o jogo e me olhou com seus olhos azuis brilhando. – Eu sempre acho coisas interessantes por aqui!

Ele se levantou e foi subiu na cama. Pegou de cima de uma prateleira uma caixa pequena prateada.

– Assim como você, ele tem seus objetos preciosos. – Falou acariciando a caixinha. – Um dia eu ainda vou ver o que tem aqui, mas enquanto isso eu vou apenas aguardar...

– Você gosta tanto daqui só por uma caixinha e por um videogame? – Falei em tom de deboche.

– Não é só uma caixinha! – Fez bico. – Garanto que tem uma coisa incrível aqui! E quando eu descobrir... Eu vou guardar o segredo para sempre...

– Faça o que quiser. – Fui até a porta. – Vou fazer o jantar, quer alguma coisa?

Ele negou com a cabeça e então eu apenas encostei a porta do quarto e fui até a cozinha. Tudo parecia um pouco diferente por lá, porém, estava tudo igual. Era uma sensação estanha como se faltasse alguma coisa.

Peguei a chaleira e a enchi de água depois a pondo para esquentar. Enquanto esperava fiquei encarando a janela da cozinha, assistindo o que os outros faziam.

Pouca coisa tinha mudado. As crianças continuavam brincando com a mangueira e o garoto dos cachorros passou correndo atrás de um que tinha fugido.

Apesar da visão agradável, alguma coisa me incomodava. Do outro lado da rua, onde a garotinha das flores estava, havia um garoto diferente dos outros.

Seus cabelos não tinham uma cor comum. Ele não era ruivo, se você comparasse com um veria a diferença. Seu cabelo era laranja. E mesmo estando longe dele eu conseguia enxergar um dos seus olhos. Ele era extremamente azul, até mais do que o de Niko.

A chaleira começou a apitar e me acordou mais uma vez dos meus devaneios. Depois de terminar de preparar o chá eu subi e voltei para meu quarto.

Eu era a única menina da casa desde que minha mãe tinha fugido com meu pai para um cruzeiro. Foi um choque quando descobrimos que eles simplesmente foram viajar e nos deixaram sozinhos em casa.

Foi complicado explicar isso para Niko, ele ainda é tão pequeno. Quando ele descobriu ficou durante dois dias trancado no quarto sem trocar olhares com ninguém, Marshall fez de tudo para tirar ele de lá, até que uma hora ele conseguiu.

Marshall acabou tendo que arranjar um emprego para nos sustentar, apesar de dinheiro não ser um problema muito grande.

Ele tem dez anos hoje em dia, se passaram dois anos desde que eles simplesmente não voltaram. Não me surpreenderia se um belo dia alguém batesse na porta dizendo que o navio naufragou e eles morreram.

Knock-Knock.

O som de algo tocando o meu espelho me causou um arrepio nas costas. Com certeza não era o vento como muitos usariam de desculpa. Não era um dos meus irmãos, eles nunca entrariam no meu quarto apenas para bater no meu espelho. A única coisa que eu tinha para fazer era olhar para trás.

Ansiedade e curiosidade eram o que eu sentia. Tinha um pressentimento ruim, entretanto, a curiosidade me corroía por dentro.

...

A senhorita esta pensando em organizar outro jogo...? – O cavalinho de brinquedo perguntou.

Na verdade, sim. – A boneca sorriu.

– Mas como a senhorita fará isso? – Indagou confuso. – A senhora ganhou o jogo, foi o fim!

Não. Não foi. – Ela suspirou longamente e olhou para o grande monitor. – Alice está cheia de magoas, mesmo morta. Ela continua presa ali.

Apontou para o cadáver do garoto que não envelhecera muito desde que fora deixado ali.

Ela se sente culpada pela morte do garoto...? – O cavalinho perguntou.

Não exatamente. – Desligou a tela e encarou o brinquedo – Enquanto eu estiver aqui, as Rozen Maidens continuaram a renascer. É meu reinado, elas não podem me vencer. Não sozinhas... – Suspirou mais uma vez e olhou os cacos de porcelana caídos no final do tabuleiro de xadrez. – Entretanto, se Alice levantar tudo estará perdido.

– Não tudo! – O cavalinho se aproximou dela. – Eu sempre serei fiel a você! Mesmo que nada mais reste!

Iwee sorriu e então mandou o seu leal servo chamar o gato. Depois de tanto tempo o jogo ia recomeçar. Esse era o destino delas.

Agora, quem serão as novas Mediuns...?

{...}


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Gostaram?
Antes que vocês me perguntem, sim, o Marshall não é bem o Marshall. Eu não disse que ele não era vampiro, mas também não disse que ele era. Isso vocês vão acabar descobrindo ao longo da história.
Aliás, mesmo ele sendo de Aaa, isso não me impede de colocar coisas do universo de Ooo.
Outra coisa, o Niko seria quase que uma versão mais novinha do Armin. Quase.
Acho que era só isso. Qualquer coisa eu edito aqui também quando acordar...
Beijins e Sayoo~ ♥



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