The history of us escrita por Srta Silva


Capítulo 5
O inimigo persegue


Notas iniciais do capítulo

Oioioioi, ta ai mais um capitulo para vocês
Boa leitura beijinhos



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Não estávamos ficando, nem namorando e muito menos iniciando uma amizade. Eu nem sabia a definição correta para aquilo. Pedro mudara seu jeito comigo. Não era mais tão perseguidor como antes. Ele confessou que invadira minha casa duas únicas vezes e depois não mais. Eu ainda pensava no tal do Bairro dos Anjos. Eu jurava que já tinha ouvido falar sobre aquele bairro.

Mas enfim, nada acontecia entre nós, somente se eu permitisse. Ele não fazia absolutamente nada. As vezes eu capturava seus olhos prestarem atenção na minha boca enquanto falava e eu corava. Ele percebia e disfarçava. Acho que falou sério em relação à não se aproveitar de mim.

Que fofo...espera ai o que?

Ele não tinha me falado ainda o porquê de ter me salvado, dizia que não era a hora certa. Bom, enquanto ele não me contava nada, decido pesquisar sobre o tal do bairro. Sei lá de repente surgiu uma necessidade de querer saber sobre ele.

Era um sábado, devia ser umas três e pouquinha. Eu estava na biblioteca lendo. Mais tarde sairia com minhas primas e as amigas delas. Peguei uns quatro livros que pareciam mais mapas do que livros, e comecei a ler. Um deles dizia o seguinte:'' Há muito tempo atras, quando os anjos caíram, pequena parte deles se arrependeu. Mas não podiam voltar para o Céu. Eles então decidiram procurar por um lugar, um lugar que onde pudessem vive só entre eles. E acharam. Com suas mãos, fizeram um círculo em volta deles mesmos, com símbolos angelicais para a proteção dos mesmos. Naquele lugar, encontraram restos de madeira, trapos de roupa e colchões. Alguns partiram para lugares um pouco mais distantes para ver se achavam mais madeira e construir suas casas. Logo, como a maioria deles era carpinteira no passado, montaram suas casas e uma capela pequena. E assim viveram até a chegada dos humanos. Eles ficaram inconformados pelos humanos terem conseguido passar por aquelas barreiras. Tentaram o máximo evitá-los, porém alguns anjos se sentiram atraídos pelas mulheres. Indignados por não poderem fugir do pecado mortal, todos foram até a capela, pediram perdão à Deus, e foram tentar viver com os humanos. Alguns tiveram relações, outros só trocavam carícias e a maioria casou-se. Antes, seu local sagrado chamava-se Lar dos Anjos, mas com as mudanças humanas, o homem nomeando estado, país, continente, cidade e etc, logo chamaram o Lar dos Anjos de o Bairro dos Anjos. Com o tempo, alguns anjos viajaram para longe com esposas e filhos, para tentarem uma vida ''humana'' em outro lugar. Logo, Deus e os anjos viram o que temiam acontecer. A raça nephilim. Nephilim é a junção de anjo com humano. Quando os anjos descem à Terra eles tomam forma humana, mas continuam sendo anjos. Os anjos caídos quando tiveram relação com as mulherem, eles a engravidaram, trazendo os nephilins à Terra. O medo de Deus foi grande pois se o demônios descobrissem o que os caídos fizeram, irão querer imitá-los e criar nephilins malignos. Por descenderem de anjos, os nephilins adquirem dons angelicais, como inteligência, força, beleza. Os nephilins, com seus genes, podem criar uma raça. Se é boa ou ruim, depende apenas da onde descendem.''

Larguei o livro. Chega. Peguei um outro mais fino. ''Nephilin, a raça imortal'', era o nome. Que legal. Será que aqui posso encontrar as respostas que procuro? Que seja, abri no primeiro capítulo e embarquei na leitura.

''Nephilin é um nome para a mistura de anjo com humano. Pode também ser criado por um anjo feminino, ou seja, o homem pode engravidar um anjo mulher. Uma vez vivo, através de seu gene, pode criar descendentes, e com os mesmos, criar uma nação.''

Pulei esse capítulo. Mas assim que iria começar a ler o outro, meu celular tocou. Hora do cinema. Peguei os livros que queria ler ali, e os que queria ler em casa, registrei na minha ficha com a bibliotecária e fui para o cinema.

Já era tarde da noite quando sai do cinema com as meninas. Algumas delas iria para lugares que eu não frequento, e o resto iria para a casa dos namorados. E eu como sempre para minha casa. Pensei em pegar atalhos para chegar em casa mais rápido pois aquela hora já estava muito perigoso para mim andar sozinha. E assim fiz. Após saltar do ônibus, entrei num beco que dava na minha rua. Meu medo falava bem alto. O beco estava silencioso e vazio. Os únicos sons que eu ouvia eram os dos meus passos e do meu coração batendo bem forte. Já chegando no final do beco, eu comemorei silenciosamente, e me arrependi completamente de não ter feito isso em casa quando passos que não eram meus ressoaram pelo beco. Me desesperei. Obriguei-me a olhar para frente. Então vi algo, um vulto se mover no final do beco. Parei. Senti um sopro na ponta da minha orelha e olhei para trás. Não tinha nada e nem ninguém. Na verdade não tinha nem vento! Virei-me então para frente e sai correndo.

Em casa, tranquei todas as portas e janelas. Eu literalmente sai correndo pela casa trancando tudo. Que exagero Alice. Claro vou ficar muito calma depois de ter visto um vulto e depois ter sentido um sopro na orelha. Entrei no meu quarto, peguei meu pijama no armário, roupa intima e fui para o banheiro. Depois de um banho relaxante, arrumei minha cama para dormir e fui para a cozinha jantar. Chegando lá, tirei as panelas da geladeira e pus tudo no fogão. Depois de esquentá-las, pus no meu prato e jantei em silêncio. Um trovão gritou no céu, e logo depois a chuva chegou. A noite iria ser longa. Já saindo da cozinha, o telefone resolve tocar. Olhei a hora. 01h17min. Ou era Hully ou meu pai. Atendi.

–Alô?

–Boneca?

Arregalei os olhos

–P-Pedro?

–Sim sou eu. Pode abrir a porta para mim?

–Claro espera ai.

Desliguei e fui até a porta. Destranquei-a e dei de cara com ele todo de preto, encharcado e de mochila. Dei passagem para ele e depois tranquei a porta novamente. Um trovão gritou no céu e eu me arrepiei. Pedro estava na cozinha.

–Pedro, o que aconteceu?

–Boneca não posso te falar agora, e eu preciso de um favor seu.

–É em relação sobre você ter me salvado?

–Sim. Posso dormir aqui essa noite?

–O que?-Me sobre-saltei.-É sério?

–Sim.

–Pode mas na sala.

–Obrigado. Posso usar o banheiro?

–Claro.

Pedro levantou-se e foi para o banheiro sem que eu dissesse onde era. Mas como...? Então lembrei que ele já havia invadido minha casa. Subi as escadas. Fui no quarto do meu pai e peguei umas cobertas e um travesseiro. Desci e fui para a sala. Desmontei o sofá e ele virou cama. Pus as cobertas lá e sentei. Pedro saiu do banheiro logo em seguida. Um forte cheiro de baseado veio junto. Tossi.

–Você está sem fumar a quantos dias?-Falei em meio a tosses.

–Desculpe Boneca, logo o cheiro sairá.

–Ok.

Ele estava com outras roupas, mas pretas também. Pondo sua mochila no chão, ele veio até mim, sentou-se ao meu lado e me abraçou. Pus minha cabeça em seu ombro. Ele se soltou e beijou meu rosto. Corei com o gesto intimo.

–Bom, eu vou subir. Amanha nos falamos di...

Fui interrompida. Ah de novo? Pedro estava com os lábios selados aos meus. E dessa vez não esperou argumento. Agarrou minhas pernas e ficou em cima de mim. Eu agarrei seu pescoço e ele gemeu na minha boca. E ficamos ali um tempão, nos beijando apaixonadamente. Voou coberta, travesseiro, meia. A gente estava numa selvageria só. Achei ter ouvido algo, mas ignorei. Quando paramos para respirar, eu olhei para a mesa, para o vaso de vidro. E ele de repente explodiu. Não deu tempo de avisar a Pedro, pois ele se jogou em cima de mim para que as faíscas não me atingissem. Uns dois segundos depois, ele saiu de cima de mim.

–O que foi isso?

–Ele está aqui.-Pedro sussurrou.

–O que? Quem está aqui?

–Alice, quero que vá para o seu quarto e tire tudo de lá que pode te machucar. Depois se tranque lá. Eu limpo isso aqui.

–Mas..

–Sem mas, Alice. Vá.

–Ok.

Sai correndo e fiz tudo o que Pedro pediu. Depois me tranquei non quarto. Debaixo das cobertas, olhei em volta do meu quarto completamente escuro. E por um instante eu jurei ter visto algo na minha mochila brilhar. É eu estava enlouquecendo. Que ótimo.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Comenteeeeem rsrs
Beijuuus



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