The history of us escrita por Srta Silva


Capítulo 4
Atos verdadeiros


Notas iniciais do capítulo

Ola leitores, ta ai mais um capitulo pra vcs. Boa leitura beijinhos



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Acordei.

Estava quente, macio e silencioso. Eu não tinha aberto os olhos ainda, mas sabia que na minha casa não estava. Tentei lembrar de como tinha chegado ali, aonde estava e com quem. Vasculhei minhas lembranças. A única mais recente era eu pulando da janela. E o cheiro de baseado. Abri os olhos devagar. Uma dor terrível se espalhou enquanto meu corpo acordava. Respirei fundo e tossi. Que cheiro de cigarro!

–Bom dia boneca.

No mesmo instante acordei por inteiro. Olhei para o dono da voz. Ele estava parado na porta sorrindo.

–O que estou fazendo aqui?

Tentei levantar, mas meu corpo reagil, a dor espalhou-se pelo meu esforço. Relutante, deitei-me novamente.

Eu estava numa cama, provavelmente dele, com um blusão. Sem calça jeans. Sem tênis, sem blusa do colégio. Meu queixo caiu.

–Você me despiu?-Perguntei horrorizada.

–Sim, sua roupa estava encharcada e eu não queria que se resfriasse.

–Não...aconteceu nada. Não é?- Minha voz soou medrosa.

–Só aconteceu que a gente dormiu na mesma cama. Fora isso nada. Não ia me aproveitar de você boneca. - ele respirou e me deu uma olhada - Você vale mais do que uma simples noite de prazer.

Olhei-o envergonhada. Depois abaixei os olhos.

–Como parei aqui?- Perguntei a fim de mudar de assunto.

–Eu estava dando uma tragada com uns amigos quando você pulou da janela do primeiro andar. Eles sairam correndo pensando que você tinha morrido ou algo bem grave. Mas você só desmaiou com o pulo. Eu não queria arriscar levar você pra casa e encontrar algum parente seu lá, então te trouxe pra ca.

Parei e refleti no assunto. Ele dizia a verdade? Estaria mesmo falando a verdade? Eu não sabia. Sentei-me na cama e respirei fundo.

Ele aproximou-se, sentou-se ao meu lado na cama e me abraçou. Deixei que me abraçasse, porque, de um jeito ou de outro, abraço era bom. Perai o que estou dizendo? Empurrei-o e me afastei.

–Me leve para casa.

–O que?

–Isso mesmo que você ouviu, eu quero ir pra casa.

–Tudo bem boneca.

Ele saiu do quarto e voltou cinco minutos depois com uma muda de roupa na mão. Jogou-as para mim. Olhei para elas. As minhas roupas. Ele saiu e fechou a porta. Troquei de roupa rapidamente. Assim que me vesti senti um cheiro nas minhas roupas meio familiar. Cheirei minha blusa. Era o cheiro dele. Ah que ótimo, vou ficar cheirando a baseado e sabonete barato até em casa. Eca!

–Tá pronta?-Ele entrou no quarto de repente.

Dei um pulo com o susto e fiz que sim com a cabeça.

–Suas coisas já estão no carro.

–O que?- falei meio sonolenta.

–Suas coisas já estão no carro.

–Ah sim, nossa que fome- murmurei quase para mim mesma.

–Tudo bem, a gente passa na lanchonete e compramos algo pra você almoçar.

Esqueci toda dor que estava sentindo. Como assim? Ele já devia saber que iria me explicar essa história direito, porém, será mesmo que fiquei apagada por tanto tempo assim?

–Como assim almoço? São que horas?

Ele olhou o relógio no pulso.

–São meio dia e vinte sete.

–Meu Deus...

Ele entrou no quarto, pegou minha mão e então saimos. Assim que saimos do quarto, andamos num corredor. Dos lados haviam portas com números.

–Isso aqui é o que...?-Deixei uma pergunta silenciosa no ar.

–Pedro, pode me chamar de Pedro. Aqui é como se fosse um albergue sendo que são só os quartos individuais. O resto é junto.

–Huumm- falei processando a informação.

No final do corredor, viramos a direita e descemos três lances de escadas direto sem parar. Não aguentei. Assim que chegamos na portaria, eu pisei em falso e Pedro me segurou. Minhas pernas estavam bambas.

–Estou sem forças.- Sussurrei para ele.

–Eu sei. Você precisa comer e logo. Vamos, apoi-se em mim.

Coloquei meu braço ao redor de seu pescoço e caminhamos até o carro.

Eu acho que era porque meu cabelo estava ma frente, e porque também estava olhando para baixo, pois não prestei atenção no caminho.

Só levantei a cabeça quando chegamos no carro. Era uma BMW.

Arregalei os olhos.

–Ta de sacanagem que você tem uma BMW?

–Pois é eu tenho.

–Estou impressionada.-Falei me sentando e fechando a porta com cuidado.

–Nunca me pergunte aonde consegui ela.-Pedro disse com uma certa insegurança, como se eu fosse perguntar.

Resolvi não perguntar.

–Este lugar se chama...?

Pedro entrou no carro, fechou a porta e deu partida.

–Bairro dos anjos.-Ele suspirou.

Me recordei de algo. Virei-me para ele.

–Você disse "Bairro dos anjos"?-Perguntei.

–Sim, por quê?

–Nada. Esqueça.

Ao longo do caminho ficamos em silêncio, então a fim de perguntar o que não queria calar, falei.

–Por que me salvou?

Eu não fazia idéia de onde estávamos mas depois de ontem uma confiança comecou a crescer dentro de mim. Pedro me olhou depois olhou para fora da janela. Estávamos parados num semáforo.

–Você confia em mim?-Perguntou de repente.

–Eu acho que confio...-sussurrei.

–O bastante para esperar?

–Esperar o que?

–Uma resposta, um sentido, um sinal. Algo que te faça entender porque está aqui comigo dentro deste carro. Poderia esperar?

Eu poderia? Confiava nele o bastante para esperar? Eu já não sabia de mais nada. E de uma hora para outra resolvi dizer sim.

–Confio em você.

Os olhos de Pedro se fixaram na estrada à frente e ele apertou o volante.

–Ótimo.


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Notas finais do capítulo

Ola denovo rs o que acharam? Comentem.
Ate a proxima beijuus



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