The history of us escrita por Srta Silva


Capítulo 6
Um pouco da verdade


Notas iniciais do capítulo

Oioioi, galera desculpem pela demora. De verdade. Epoca de prova e meio puxado ne, mas ta ai mais um capitulo para voces, queria agradeçer a todos que estao acompanhando, comentando, ou simplesmente lendo. Voces sao demais, eu nao teria chegado aqui se nao fossem voces. Enfim, ja falei muito.Galera esse capitulo e meio grande, mas nao desanimem, ele mais fatos rapidos, mas bem explicados. Boa leitura. Beijao.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/536766/chapter/6

"Eu estava na minha casa. Aquela casa. A do meu passado. Estava no quintal comendo tangerina. Senti uma mão tocar meu ombro. Aquele toque causou um formigamento na minha pele e soube logo quem era. Sorri antes de me virar. Pedro estava de branco e descalço. Ele sorriu e roubou uma tangerina da minha mão.

–Me devolve.

Ele me envolveu em seus braços mas com a tangerina longe.

–Só depois que me der um beijo.

–Huum.-Sorri.

Agarrei seu pescoço e selei meus lábios nos seus. Senti seus braços envolverem minha cintura e me levantarem. Nos beijamos apaixonadamente. Paramos para respirar. Pedro devolveu-me a tangerina. De repente senti uma coisa fluir dentro de mim. Não, das minhas costas. Aquela energia nova. Então se expandiu e eu me senti livre. Um som como de cobertas sendo lançadas à cama. Olhei nos olhos de Pedro, no reflexo que eles transmitiam. Um belo par de grandiosas asas brancas protegiam meu corpo da luz.."

Lábios quentes e macios traçavam uma trilha de beijos no meu rosto. Minha pele se arrepiou com o toque intimo. Abri os olhos devagar. Identifiquei o belo rosto de Pedro iluminado pela luz.

–Bom dia Boneca.

–Bom dia Pedro.

Ele sorriu levemente. O dia lá fora começava a acordar. Um rastro de luz do sol surgiu em meio as nuvens e iluminaram o rosto de Pedro. Aquela face quase parecia angelical. Pedro parecia um anjo, apesar de fumar e beber. Ele tocou meu rosto. Sua mão estava quente.

–Vamos.

–Para onde? Pedro que horas são? Eu tenho que ir para a escola!

Falei de automático, pois não estava nem um pouco a fim de ir para a escola.

–Para a minha casa.

–Como?

–Boneca você confia em mim?-Ele soltou de repente.

–Confio.

–Mesmo que eu pareça louco?

–Mesmo assim.

–Então vamos, e leve sua bolsa.-Ele levantou e me olhou de cima.-Eu sei que há livros na sua bolsa. Eu não fuxiquei nada, antes que você argumente.-Ele me olhou de lado.-Esses livros contém tudo o que eu queria que você não soubesse. Mas não importa. Aqui não é seguro, leve roupas e se arrume rápido.

Olhei para a janela, processando a informação. Pedro saiu do quarto. Levantei-me, fiz a cama e peguei minha mochila. A maior. Joguei ali roupa suficiente para uma semana, sabonete, desodorante, gilete, escova de dentes, os livros e documentação. Nossa Alice como você é exagerada. Você só vai ficar lá um dia, no máximo dois. Troquei de roupa rapidamente. Calça jeans, blusa preta com mangas curtas, all star e meu cruxifixo. Peguei a mochila e desci as escadas. Para um monte de coisa até que a mochila está leve.Pedro estava na cozinha, provavelmente comendo. Deixei a mochila na entrada. Ele estava sentado à mesa com uma caneca na mão e bolachas na outra. Peguei um copo no armário e juntei-me a ele. Peguei a garrafa em cima da mesa, abri-a e despejei café no copo.

–Colocou roupa suficiente para quantos dias?

–Para uns dias.

–Podia ter colocado mais.

Olhei-o assustada.

–Você vai me sequestrar ou o que?

–Basicamente uma mudança, não para sempre.

–Está louco?

–Você quer respostas para tudo o que está acontecendo contigo. Quer saber o porquê de eu ter te salvado. Saber quem ou o que quebrou aquele vaso e quem ou o que te perseguiu lá no beco. Eu ter aparecido do nada no meio de uma tempestade. E coisas que você sempre esconde sobre si mesma. Segredos do passado.

Antes que eu argumentasse sobre ele saber do beco e desse grande detalhe, ele tapou minha boca e continuou a falar.

–Sinceramente eu sei que quer saber desde o momento que te beijei. E eu vou contar. Você vai devolver aqueles livros, os três. E eu vou explicar tudo. É o meu dever mesmo. Se você ficar aqui, vai se machucar. Acredite.

–Eu iria brigar com você por querer me sequestrar, mas estou vendo que é por um bom motivo.

Pedro sorriu meio de lado. Virou-se para me olhar, inclinou-se e selou seus lábios nos meus. Como um agradecimento. Meu coração palpitou e por um instante fiquei sem ar. Caramba eu estava mesmo gostando dele? Não acredito.Pedro me levou para a casa dele. Em toda a tragetória eu me senti um pouco mal. Decidi então fechar os olhos e descansar. De vez em quando Pedro colocava sua mão na minha coxa e perguntava se eu estava melhor. Dizia que sim, não queria preocupá-lo. Assim que chegamos, pedi a Pedro que me levasse no banheiro. Eu estava suando.

–Você realmente está bem Boneca?

–Sim sim, estou bem. Só preciso de um banho.

–Tudo bem. O banheiro é no segundo andar, a última porta no final do corredor. Não use nada de lá ok?

–Ok.-Me segurei para não perguntar o porquê.

Peguei minha mochila das mãos dele e me encaminhei para o banheiro. Assim que adentrei pelo corredor percebi que ele era exatamente igual ao de cima. Credo. Entrei no banheiro. Uau. Ele era nem grande nem pequeno. Branco, um chuveiro dentro do box, um vaso, uma pia, um espelho, três cabideiros, toalhas. O box não tinha uma cortininha, era uma porta transparente. Era limpinho. E cheiroso. Tinha cheiro de veja. Ri sozinha. Pus minha bolsa em cima do vaso. Tirei da mochila uma muda de roupa, sabonete e uma chuchinha. Tomei meu banho super rápido e me senti um pouco melhor. Subi com minha mochila nas costas. Imaginei que Pedro havia trancado a porta, como ele sempre faz, mas quando bati e ninguém respondeu, girei a maçaneta e a porta abriu. Ele não estava lá. Adentrei no quarto, pus minha mochila no chão e sentei na cama. Olhei em volta e vi um pedaço de papel em cima da cômoda. Imaginei que seria um bilhete. Peguei o bilhete e li.

"Boneca, fui comprar comida, logo estarei ai. Se alguém bater, não atenda, nem responda e faça o máximo de silêncio possível. Não leia os livros, quando eu voltar, iremos à biblioteca.Pedro."

Voltei para a cama e deitei. Me deu vontade, do nada, de ler o livro. Olhei para a mochila. Algo relusiu de dentro dela. De repente não era mas eu no comando do meu corpo. Levantei sem vontade e caminhei até a mochila. Minha mão encostou na mochila. Pisquei duas vezes e levantei. Chega! Esses livros não vão me tentar. Peguei o celular e o fone no bolso do lado esquerdo da mochila, voltei para a cama e deitei. Pus meus fones, conectei-os no celular e procurei qualquer música que não lembrasse coisas ruins. E assim caí num sono profundo.

Mãos grandes e fortes me envolveram e me carregaram. Não sabia onde eu estava, só que estava em movimento. Meu corpo balançava mas não saía do lugar. Não tinha claridade, nem fones nos meus ouvidos. Abri os olhos. Eu estava deitada no que parecia um bando de trás de um carro. Tentei levantar mas minhas mãos estavam amarradas. Entrando em desespero, olhei para frente. Um homem dirigindo e outro no banco do carona. Fiz silêncio. Ele pareceu não notar meus olhos arregalados e apavorados, e nem ouviu meu coração gritando de medo quando se virou e olhou para mim. O carona era careca e moreno. Tinha barba, era forte e estava de preto. O carro estava rápido. Ficamos andando o que pareceu uma hora e pouca. De repente o carro parou. Tão de repente que quase fui para frente. O carona encostou no ombro do motorista.

–Vamos logo. Ele está chegando perto de nós.

–Muito rápido?-O motorista perguntou.

Âmbas as vozes eram bem grossas.

–Ele está perto, bem perto.-O carona falou em alerta.

–Então vamos.

Os dois abriram a porta e saíram. Ouvi a porta a minha frente abrir, fechei os olhos. Mãos fortes me pegaram na cintura e me puxaram. Fui levantada e jogada nas costas do sujeito. Aspirei um perfume meio familiar. O cheiro de alguém...O cheiro do meu pai. Ouvi um som à minha frente. Um som como de cobertas sendo lançadas na cama. O cheiro invadiu minhas narinas. Então um silêncio total. Senti os musculos do sujeito ficarem rígidos. A voz da salvação chegou aos meus ouvidos. Abri os olhos.

–Boa noite cavalaria.-Pedro falou.

Olhei para baixo. Depois para o lado. Eu estava no ombro do careca. Ele tremeu. Depois começou a andar para trás.

–Castiel,-o motorista disse- por favor...

Castiel? O que? O careca deu meia volta me deixando de frente para Pedro e o motorista. Pedro estava de preto, dos pés a cabeça. Nenhum dos dois prestaram atenção em mim. O careca me pôs de pé e encostou a ponta de uma faca na minha costela. Meu desespero cresceu. Ele sussurou no meu ouvido.

–Eu já sabia que estava acordada, agora vamos acabar logo com isso.Ele nos virou e ficamos de frente para Pedro e o motorista.-Castiel, ou você some ou ela some.

Pedro me olhou e por um momento pareceu sentir meu desespero. Ele olhou para o motorista e depois para o careca. Olhei para o motorista. Ele tinha grandes e negras asas coladas em suas costas. Senti como se tudo aquilo que me contavam minha vida inteira era verdade, sempre foi. Então aconteceu tudo muito rápido. Pedro acertou o motorista com uma faca brilhante e o motorista reluziu e explodiu em uma luz avermelhada. Ele depois deu impulso no chão e asas saíram de suas costas. Arregalei os olhos. Aquelas asas eram brancas e tinham dourados contornando-as. A faca brilhante reluziu em prata na sua mão, então lá do céu ele desceu. O careca pressionou a faca na minha costela e enfiou-a até a metade. Gritei com a dor. Pedro acertou o careca e ele explodiu em brilho avermelhado. Igual ao motorista. Caí no chão, a costela sangrando. Pedro veio até mim, me pôs em seus braços e abriu voô. Ele era um anjo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Muito entediante? Muita palavra para pouca açao? Comenteeem, beijus



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The history of us" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.