The history of us escrita por Srta Silva


Capítulo 16
Segundo item:As escrituras


Notas iniciais do capítulo

Oioi gentii, mais um capitulo pra vcs, esse deu um pouco de trabalho, mas ta ai. Bem deem uma passadinha la na minha nova fanfic, link la nas notas finais. Beijus boa leitura.



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Eu não precisei explicar a minha situação para Judith. Acho que ela mesma adivinhou. Ela estava cuidando de mim, me dava comida e lavava minhas roupas. Não que eu não confiasse nela mas não me surpreenderia se ela me atacasse. Eu estava no meu quarto planejando minha segunda invasão. O mapa descreveu o caminho de onde estava as escrituras. Por mais ironico que fosse, as escrituras estava num lugar menos óbviu a se estar. Numa balada. Traçei meu caminho no mapa, os horários, o que usaria e aonde. Eu não fazia ideia de como utilizar tudo aquilo, mas eu iria descobrir.

–Então boa sorte.

Parei o que estava fazendo e olhei para porta. Judith estava encostada na entrada sorrindo. Ela entrou, fechou a porta e sentou-se na ponta da cama. Levantei as sombrancelhas numa pergunta silenciosa.

–Quando eu treinei alguns nephilins aqui na Terra a primeira coisa que lhes ensinei foi como usar essas coisas. Desculpe ter invadido sua mente mas...

–Você o que?!-Interrompi.

–Invadi sua mente.-Ela disse calmamente.

–Por que?- Eu estava fervendo de raiva.

–Senti que precisava de ajuda. Mas vou entender se você não quiser.

É isso, ou eu engolia minha raiva e deixava ela me ajudar, ou eu me virava sozinha. Odeio pedir ajuda.

–Tudo bem, mas não quero que você leia a minha mente ok?

–Beleza.

–Ótimo.

Ela se aproximou de mim.

–Primeira coisa que você deve saber: armas e objetos grandes causam um estrago gigantesco,-ela sorriu- mas os pequenos causam mais.

Levantei as sombrancelhas em surpresa.

–Uau. Por essa eu não esperava.

–Toda arma que tiver um triângulo como símbolo, tem função pisíquica. Os que tiverem o sinal +, são bombas. Os com círculo são para disfarce. Os demais são para luta.

–Que símbolo eles tem?

–Os de luta? Nenhum. É um objeto ou arma limpo.-Ela abriu aspas no ar ao falar limpo.

–Ok.

–Não são difíceis de usar, nenhum deles. A maioria funciona com um toque, os outros eu vou te ensinar.

–Hum, o que você recomenda para essa missão?

–Os de disfarce, e os triangulares. Mas leve com você armas reserva, para casos emegênciais.

–Ok, algo a mais que eu precise saber?

–Hãm...-ela examinou os objetos em cima da cama.-Bem, acho que dizer que você tem uma arma que te deixa invisível a deixará feliz.

–Tá de brincadeira?! Ai meu Deus!

Pulei batendo palmas graciosamente. Muito bom saber disso. Eu iria para a balada com tudo.

A balada ficava quase do outro lado da cidade, portanto eu sai do quarto meia noite e meia. Daria tempo suficiente para eu chegar lá, fazer o que tiver que fazer e dar no pé. A Harley Davidson cortou o silêncio da noite, andando a toda velocidade pelas ruas. Assim que chegamos perto de lá, parei a moto e ela se desmontou. Guardei-a e prossegui o caminho. A entrada da balada ficava de esquina. Eu parei e me escondi, prestando atenção nas pessoas. O que elas faziam, com o que. Algumas davam algumas notas azuis, outras davam um ingresso preto. Eu tinha trago dinheiro, graças a Deus. Andei até lá procurando pelo dinheiro na bolsa. Lembrei mentalmente quantas notas as pessoas davam. Saquei duas notas da bolsa e as segurei com uma certa insegurança. Assim que cheguei lá, o homem que estava na porta me olhou.

–Dinheiro ou entrada?

–Dinheiro.

–Dois A.

Não pensei muito quando percebi que A era de azul. Entreguei as notas para ele e ele abriu passagem. O lugar era um mistura esquisita de músicas eletrônicas, corpos suados e sujos de bebidas, luzes de neón e organização. Me infiltrei na multidão procurando o banheiro. Ali não tinha andares, pelo o que vi. Sem saber onde era, encostei no ombro de uma garota alta de rosa encostada na parede rindo e conversando com um rapaz mais alto ainda. Ela me olhou de cima pois era muito alta.

–Liçensa, vocé sabe me dizer onde é o banheiro?

–Iiii, ela é nova aqui.-Ela sorriu e olhou pro rapaz, que sorriu também.

–Está vendo a caixa de som? Então, ao lado dela tem uma porta. Você entra ali e desce as escadas, logo no final da sala você verá duas portas, uma azul e uma rosa. Entre na rosa.

–Obrigada.

–De nada amor.

Sorri e fui em direção a tal porta. Que sala seria essa? Assim que achei a porta girei a maçaneta e empurrei. Uma escadaria apareceu na minha frente. Segurei no corrimão e desci. Chegando lá em baixo, percebi que aquilo não era uma sala, mas sim um salão gigantesco. As paredes rabiscadas abafavam muito bem o som lá de cima. Ali, tinha sofás, poltronas, o que pareciam ser cabines e mesas de pôquer e baralho. Corri meus olhos pelo salão, pessoas se pegando e os homens chingando uns aos outros. Logo achei a porta rosa e corri até ela. Entrei no banheiro e tranquei a porta. Ainda bem que ninguém notou minha presença. Sentei no chão pouco ligando se estava com algum vírus ou doença. Observei o banheiro. Nada mais, nada a menos que paredes escuras, ou sujas. Três cabines, uma pia e um espelho grande. Peguei meu iPhone e liguei o identificador. Digitei "escritura". A foto do salão apareceu. Logo depois em uma das cabines um grande círculo. Cliquei ali. Dentro da cabine um círculo enorme mostrava uma suposta janela. Cliquei ali. Do outro lado da suposta janela, uma outra sala que parecia um escritório. As paredes eram estantes abarrotadas de livros. Entre eles as escrituras.

Sai do banheiro determinada. Caminhei até a cabine e sem que ninguém notasse, entrei nela. A cabine era toda acolchoada e roxa. A suposta janela era prateada. Se eu ao menos soubesse abrir aquilo. Procurei pelas bordas e achei uma tranca. Empurrei para baixo e a janela abriu. Deslizei para dentro do cômodo e entrei lá. Encostei a janela de modo que parecesse fechada e procurei pelas escrituras. Assim que as achei, fiz todo o processo de guardá-las e sai dali. Discretamente sai da cabine e me encaminhei para cima. A balada parecia mais cheia ou era impressão minha? Caminhei pelos corpos suados, brilhantes e agitados e sai de lá. O segurança me encarou com desconfiança e eu corri para bem longe. Quando já estava bem longe, tirei a moto da minha bolsa e ela montou-se diante de mim.

–Ora ora, não é que ela tem seus truques mesmo?

Me virei. Tinha três homens altos, musculosos e de preto me encarando. Reconheci um deles, o segurança da balada.

–Tyler, Taylor.-O cara que falou antes disse.-Peguem a moto.

A Harley Davidson ligou e buzinou. Me encostei nela. Os homens não estavam muito longe, e nem muito perto. Mas eu teria que ser nem rápida. Contei até três antes de notá-los andar graciosamente até mim. Corri e montei na moto. Ela acelerou e correu.

–Peguem-na!-Ouvi o cara gritar.

A Harley Davidson cortou o silêncio da noite correndo a toda velocidade. Eu olhava para trás para certificar de que eles não estavam me seguindo na mesma velocidade. Logo cheguei na pensão da Judith. A moto transformou-se em um quadrado e eu entrei correndo. Estava tudo escuro, esbarrei em algumas enquanto andava até o meu quarto. Assim que entrei, tranquei a porta e acendi a luz. Nossa que bom que eu estava a salvo. Depois de um banho bem tomado, arrumei minhas coisas pro dia seguinte. Quem eram aqueles homens? O que queriam comigo? Sem dúvida eram demônios. Não estou segura, não estou a salvo. Eu tinha que chegar logo nas Três Marias. Será que Pedro e Julieta estavam bem? Será que estavam me procurando? Ou não? E o papai? Eu quero tanto vê-los, abraçá-los, beijá-los. Dizer o quanto eles são importantes para mim. Aguentem firme, eu estou quase lá.


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Notas finais do capítulo

http://m.fanfiction.com.br/historia/554567/Insencivel/
Minha nova fanfic, leiam e comentem. Ate a proxima beijus.