The Queen and Hunter escrita por Bia Fonseca


Capítulo 14
Evil Queen is back


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal tudo bem? Estou mega feliz pelos comentários que quando eu acho que não podem melhorar eis que surge um novo e me surpreende obrigada! Little Girl,queria agradecer pela linda recomendação,desculpe não ter dito antes mas eu acabei vendo só hoje.Espero que continue apreciando a fic porque você e todos os outros merecem!
Estou postando agora com mais frequência porque logo vou ter provas,trabalhos tudo de novo e provavelmente vou demorar a postar.Mas estou aproveitando esse meio tempo para esbanjar da minha criatividade que vem fluindo muito bem nesses últimos dias.
Espero que gostem do capítulo.
Boa leitura!
Bjs



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P.O.V Dean

No dia seguinte de manhã deixei Regina em sua casa,disse para ela tomar um banho e descansar um pouco e depois fui embora.Eu queria ter ficado lá com ela,mas sabia que teria que contar tudo o que aconteceu para o Sam,porque uma hora ou outra ele iria encontrar o apartamento cheio de sangue e acharia que alguém tinha me matado ou que eu tinha cometido suicídio,o que geraria uma dor de cabeça danada,por isso resolvi ficar e esclarecer tudo de uma vez.

Sentei em minha cama e fiquei esperando,enquanto analisava o lugar a minha volta.O chão vermelho e respingado da mesma cor em alguns pontos,haviam algumas armas jogadas por todo lado como se fosse uma casa de algum ex policial ou de algum criminoso,algumas coisas estavam caídas no chão tiradas de seus devidos lugares,tudo estava igual a muitas cenas que já presenciei.Mas na maioria delas o demônio não é o único a morrer.Eu estou muito aliviado por aquele metamorfo não ter matado ninguém,mas o que mais me preocupa é o fato de que ele devia estar morto.Não dessa vez,mas da outra.Eu já o havia matado antes e de alguma forma ele conseguiu voltar a vida.Se ele conseguiu será que todos os outros conseguiriam? Não quero nem imaginar essa possibilidade.

Esperei uma,duas,três horas e nada do meu irmão.Eu já impaciente,peguei o telefone e disquei seu número.Chamou,chamou,chamou e ninguém atendeu.Começei a ficar preocupado,meu irmão não tinha dormido em casa na noite passada,porque eu e Regina dormimos aqui e não veio ninguém.Senti meu coração bater mais forte,meus pensamentos pareciam ser um trem desgovernado sem saber o que fazer.Eu já estava quase saindo do apartamento quando Sam entrou.

Eu não pude descrever o alívio que se espalhou por mim,me senti tão leve que se alguém amarrasse uma linha em mim eu sairia voando como uma pipa.Estive perdido em meus pensamentos por alguns minutos acho,porque só realmente acordei quando meu irmão falou:

–O que aconteceu aqui?-seus olhos estavam confusos e eu percebi que ele não tinha gostado da bagunça que estava evidente.

–Um metamorfo assumiu sua forma,fez Regina de refém,me chamou até aqui,quase morri umas seis ou sete vezes,tivemos um papo sinistro,ele admitiu que queria acabar com a minha raça,taquei um pacote de sal na cara dele,tentei matá-lo,ele tentou me matar,Regina chutou uma arma pra mim,eu estourei os miolos dele,dormimos e finalmente estamos aqui.Quase nada aconteceu.-dou um sorrisinho e ele revira os olhos como sempre faz quando sou irônico.

–Hein?-pergunta todo enrolado tentando assimilar tudo.

Eu explico a ele tudo,cada detalhe.Só deixo de fora minha mensagem para Lúcifer,porque sei que ele diria que aquilo era loucura e tudo mais,porque nós dois já encontramos o maldito e sabemos que com ele não tem jogo fácil nem estratégia que funcione.O cara parece sabe tudo.O que fez,o que vai fazer e o que fará.Digamos que isso complica as coisas.Mais do que eu gostaria de dizer.Assim que termino de contar a história,ele se senta em sua cama ao lado da minha e encara o nada assim como eu.Repassando tudo,parece uma coisa louca demais para se acreditar,mas como estamos acostumados isso acaba suavizando os pensamentos,mas é diferente de quando vemos acontecer com uma vítima e quando acontece com um de nós.Nosso trabalho é salvar pessoas,garantir as suas seguranças,mas temos que lembrar que também temos de cuidar de nós mesmos.Quase morremos em boa parte dos casos,por enfrentar os mais valentões dos espíritos e demônios,nós vencemos mas sabemos muito bem de que para tudo há uma primeira vez.Esperamos normalmente por esses ataques por isso vivemos preparados para tudo,mas quando as coisas realmente acontecem é que você percebe o quanto de perigo corre pelo menos ao por o pé na rua.Os caçadores,entendem que o medo e o perigo fazem parte da vida de todos,mas as pessoas comuns não sabem o que as cercam e mesmo assim vivem felizes.As vezes já me peguei pensando se gostaria de viver em um lugar no qual nem ao menos sei o risco que tenho.Agradeço muito nisso por ser um caçador.

–Parece loucura né?-digo tentando quebrar o silêncio que se estabelecia cada vez mais profundo.

–Doideira.-Sam responde e eu rio.

Ficamos mais algum tempo em silêncio sem saber o que dizer.Podemos ser irmãos,mas nem sempre agimos como tal,o que devo admitir me arrependo muito depois.Eu vi meu irmão crescer.Vi aquele menininho assustado se tornar um homem.Lembro quando nós dois nos juntávamos no quarto e contávamos um ao outro o que tinha acontecido no nosso dia.Sam dizia coisas como brincar,estudar e eu falava que tinha matado alguns demônios.De vez em quando,eu ia em caçadas com nosso pai e Sammy ficava com algum conhecido porque não queria ir.Meu pai achava que ele era fraco,que não sabia se defender,mas eu sabia que ele era somente uma criança.Ao contrário de mim,Sam não teve infância.Quando ele era bebê nossa mãe morreu e papai passou a cuidar da gente.Ele nos treinou,explicou como funcionava o mundo demoníaco e todo o resto.Eu já tinha 4 anos,mas meu irmão tinha apenas seis meses de vida! Eu sabia o que era ter amigos,brincar mas Sam nunca teve isso.Os amigos que fazia eram deixados para trás porque sempre nos mudávamos.Por isso que sempre tento fazer o melhor por ele,tento protegê-lo e vou até o Inferno por ele(coisa que já fiz).

–Você está bem?-ele me pergunta com um quê de dúvida.

–Estou,ganhei alguns arranhões mas nada demais.-dou de ombros.

–E a Regina? Tudo bem com ela?-pelo incrível que pareça,não me senti enciumado com a pergunta.Senti algo diferente,quase como se soubesse que se tivesse ocorrido algo eu não estaria tão bem assim.

–Tudo bem.-respondo.

–E vocês?-eu me surpreendo.

–O que tem nós?-agora eu não tinha entendido direito.

–Vocês estão juntos?

–Porque quer saber?-aquilo estava ficando estranho.-Está gostando dela?

–Escuta imbecil!-ele me faz calar a boca.-Estou perguntando porque quero o melhor para você.Eu não gosto dela,não da maneira como está pensando.Gosto dela como pessoa,como amiga mas quero que saiba que só quero que faça tudo certo,quero que seja feliz.

Aquilo mexeu comigo.Eu fiquei calado,sem saber o que dizer.Ali estava meu irmãozinho,que eu sempre lutei tanto para proteger dizendo que queria que eu fosse feliz.As palavras dele foram tão verdadeiras,que me senti como o irmão mais novo e ele o mais velho.

–Entendeu?-questionou com uma voz mansa e eu assenti com a cabeça,meio que...emocionado.Pronto falei!

–Vem cá.-estendi a mão e o puxei para um abraço apertado.-Também quero que seja feliz,nunca se esqueça disso.

–Não vou esquecer.

Depois que nos soltamos,ficamos de pé mesmo conversando sobre assuntos inúteis somente aproveitando aquele bom momento que estávamos tendo.

–Onde dormiu ontem?-perguntei.

–Na biblioteca da cidade.-eu o olhei com aquela cara de indignação.-O que foi? Sei até o que vai dizer."Nossa Sammy,você deveria ter ido a um bar,bebido e tentando arranjar umas gatinhas"-ele fez uma imitação da minha voz e eu dei uma gargalhada porque se parecia muito mesmo comigo.

–Tudo bem,não falei nada.-levantei as mãos em sinal de rendimento.-Acho que já vou indo.Tinha combinado de passar a tarde com a Regina hoje.-fui até a porta.

–Dean.-Sam me chamou.

–Fala.-me virei e olhei em seus olhos.

–Tente não ser morto na minha ausência.-seu sorriso irônico me contagiou.

–Tente não ser cortado e ter um clone de você andando pelas ruas.

Ele sorriu,o que eu obviamente fiz também.Sai e peguei meu carro,dirigindo até a casa da prefeita e estacionei um pouco mais acima da rua.Fui andando até sua casa mas tomei um susto quando vi o que se passava em minha frente no meio da rua.

Henry estava caído no chão,desmaiado aparentemente.Regina estava com uma das mãos erguidas e havia um cara sendo suspendido por sua mágica.E pela sua expressão de terror,ela o estava matando

P.O.V Regina
Minha manhã havia sido tranquila,tinha tomado um bom banho e descansado assim como Dean havia me instruído.Não fiz praticamente nada,comi alguma coisa pela fome que estava e fiquei pensando simplesmente.Tudo corria perfeitamente bem,até que minha escutei um grito vindo da frente da minha casa.Eu estranhei e fui correndo ver o que estava acontecendo.

Havia um homem alto,com cabelos negros como a noite segurando firmemente um menino pelo braço.Achei que era uma coisa comum,algumas crianças tiravam mesmo os pais do sério,mas mudei de ideia quando vi que o garoto era Henry.

Fui correndo em um ritmo acelerado até os dois,que se debatiam enquanto Henry tentava correr para longe e o cara o segurava empurrando sua cabeça para o lado e deixando a mostra seu pescoço.

–Ei! O que está fazendo?-gritei agora bem próxima.

Levei um susto,quando o sujeito ergueu a cabeça e exibiu as presas brancas para mim.Era o que me faltava! Em um dia metamorfo,no outro um vampiro,amanhã seria o quê o Godzilla?

–Nos dê liçenca,estou com um problema aqui.-ele falou tão normal que minha raiva cresceu.

–Acho que o problema também é meu se o garoto é meu filho!-minha voz saiu firma até para mim mesma.-Largue-o!

Como que me obedecendo,o vampiro empurrou Henry para o lado com força,o fazendo cair no chão e bater a cabeça perdendo os sentidos.Fiz menção de ir até meu filho,mas o homem se colocou no caminho.

–Pediu para o largar e foi o que fiz.Agora,você fica.-disse em tom ameaçador.-Estou com fome e minhas presas estão clamando por sangue humano e o seu é bem quente.

Eu estava com tanta raiva em ver Henry caído daquele jeito que era bem provável que meu cérebro estivesse escrevendo uma placa dizendo:

"Perigo,alta voltagem".

–Como queira.-respondi.

O vampiro se aproximou com uma velocidade incrível esticou uma das mãos como se fosse me tocar,mas impedi o jogando longe com magia.Seu corpo fez um baque contra o chão,mas qualquer esperança minha de que ele ficasse por lá se esvaiu quando ele se pôs de pé rapidamente.Antes que ele pudesse chegar perto de novo,ergui uma das mãos e o suspendi pela garganta,o fazendo perder quase toda a respiração.Eu estava apreciando aquilo,mas fui surpreendida quando alguém se pronunciou um pouco distante.

–Regina o que está fazendo?-era a voz de Dean.Aquela voz me era inconfundível.-Porque está matando esse cara?

–Me dá uma faca.-pedi querendo acabar logo com aquilo.

–O quê?-ele não estava entendendo nada.

–Me dá uma faca Dean Winchester!-berrei.

Ele a atirou para mim relutante,o cabo aterrissou em minha mão livre e eu a disparei contra o corpo do homem que por um momento se contorceu e depois não demonstrou mais sinal de vida.

Abaixei o braço e o corpo desfalecido caiu contra o asfalto duro.Sem dar atenção a Dean,corri até Henry e coloquei sua cabeça em meu colo.

–Henry?-o sacudi.-Henry?

Ele abriu os olhos lentamente,como se estivesse se acostumando novamente com a luz do sol.

–Mãe?-sua vos soou rouca.

Eu o abraçei e depois ajudei ela a se levantar.

–Regina,o que foi aquilo? Porque matou aquele cara?-perguntou.

–Ele era um vampiro.-contei.-Estava tentando morder alguém.

–Eu no caso né!-Henry falou.

–Conta o que aconteceu.-pedi e ele assentiu com a cabeça.

–Eu saí da escola,estava indo para casa como sempre mas aquele cara apareceu e disse que você tinha pedido a ele para me levar para casa.Estranhei,mas deixei para lá porque a cada dia parece que alguém novo é contratado naquela prefeitura.Ele me trouxe até metade do caminho,depois ele se revelou e tentou me morder,mas eu sai correndo e quando ele me agarrou aqui na porta da sua casa eu gritei e foi aí que você apareceu e o resto já sabe.-ele terminou e parou para respirar um pouco.Sua testa estava um pouco vermelha pela queda,mas nada muito sério.

Eu baixei a cabeça e fiquei pensando.Aquilo estava ficando muito frequente.Mais e mais ataques.Foi aí que a ficha caiu.

–Isso só começou a acontecer quando chegaram.-sussurei,mas Dean pode me ouvir.

–O que está querendo dizer Regina?

Eu foquei em seus olhos claros.Não queria fazer aquilo,mas era o único jeito.A Regina boazinha não conseguiria fazer aquilo,mas a Evil Queen tomou a posse do meu corpo e pronunciou as palavras.

–Estou querendo dizer que acabou.Quero você e seu irmão fora da cidade.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Mereço o quê meus amores?
Qualquer dúvida me procurem e por favor não me matem!!!
Bjs