The Queen and Hunter escrita por Bia Fonseca


Capítulo 13
Lugar de onde veio


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal tudo bem com vocês? Muitoo obrigada pelos comentários foram mais do que perfeitos como sempre são! E aquele episódio de OUAT ontem? Morrendo aqui e SPN tá chegandoooo



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P.O.V Dean

Dirigi o mais rápido que pude,não queria nem pensar no que aquele maldito poderia estar fazendo com Regina naquele momento,me limitei somente a acelerar e tentar controlar os nervos.

Estacionei o Impala bruscamente perto da calçada,saltei do carro batendo a porta com força e me guiei até o porta malas.O abri e dei um sorrisinho.

Aquele demônio tá muito fudido!

O porta malas estava recheado de armas,dos mais variados comprimentos,tipos e formas.Aquele era o meu arsenal portátil,pode chamar assim se quiser.Todas as armas que já ganhei ou comprei estão guardadas ali.Caso alguém o abrisse,com certeza eu teria sérios problemas com segurança.Se acha que meu carro é armado até no tanque de gasolina,não viu a caminhonete do meu pai! Fico até com medo de ele ficar irritado de vez em quando tenho que admitir.Eu não podia aparecer na frente daquele demônio vulnerável,eu não teria chance alguma.O que significa que tenho que me armar.

Acabei escolhendo uma espingarda,uma pistola calibre 45,uma adaga fina e é claro.Um pacote de sal no bolso.Previsões nunca são ruins.Fechei o porta malas e escondendo meus "apetrechos" dentro da jaqueta entrei no Granny's.O lugar estava movimentado,como sempre.Sem me dar ao trabalho de olhar para ninguém segui até a porta do meu quarto que era dividido com meu irmão.Olhei para os lados para ver se não vinha alguém e retirei a pistola da jaqueta.

Toquei na maçaneta e percebi que estava aberta.Sem pensar duas vezes abri a porta e entrei,a fechando atrás de mim quase sem emitir ruído algum.Eu já estava bravo,irritado,querendo matar aquele desgraçado mas o que vi só aumentou aquilo tudo.

Regina,estava amarrada em uma cadeira,seus braços para trás e...estava sendo beijada ferozmente por aquele son of a bitch! Ele estava sentado em uma cadeira em frente a ela,com uma das mãos em seus cabelos a impedindo de se afastar e outra em sua cintura a agarrando firmemente.Ela tentava se afastar,mas sem sucesso algum.Percebi,que estava com uma mordida vermelha recém feita em seu pescoço e lembrei da marca de tapa que vira no rosto dele.Foi aí que a ficha caiu.Aquela criatura asquerosa tinha tentado algo mais com ela!

Apontei a pistola na direção dele e com o máximo de raiva expressada em minha voz falei:

–Largue ela seu filho da mãe!

Ele se virou para mim e eu quase tive um colapso mental,era igualzinho ao meu irmão.Sim,eu já tinha percebido que ele assumiu a forma do Sammy,mas vê-lo ali em minha frente foi outra coisa.Era meu irmão caçula,a não ser pela marca no rosto,um sorriso diabólico e os olhos inteiramente dourados como se fossem pérolas de ouro.

–Olha quem chegou para a festa.-ele se levantou,jogando longe a cadeira que estava sentado momentos antes.-Abaixe a arma caçador,sabe que eu a mato se mesmo antes de você pensar em disparar.

Com relutância,joguei a 45 no chão e ele deslizou pelo chão até parar na parede atrás dele.

–Bem melhor.-ele disse e eu me segurei para não pular na garganta dele.

Regina estava com os olhos arregalados em minha direção,como um alerta.

–Dean,vá embora ele quer você não...-antes que ela pudesse terminar o metamorfo lhe tapou a boca com um pedaço de fita adesiva grossa e cinza.

–Desculpe querida,apesar de eu ter amado o gosto dessa sua boquinha ela vai permanecer calada agora.-falou e minha raiva ia inflando como um balão.

–Já estou aqui,liberte-a.Não precisa mais dela.-tento ser convincente mas ele me lança um sorriso debochado.

–Qual é Winchester,você acha que eu sou idiota? Pensei que fosse mais esperto que isso.E tenho que admitir que não tenho pressa em deixá-la ir embora,talvez depois de acabar com você ela possa ser minha nova distração.-eu o fuzilo com o olhar.Sabia bem que tipo de distração ele queria dizer.

–Tente seu desgraçado,tente e juro que te faço em pedaços!-o ameaço e ele apenas ri.

–Sabe que não pode não é? Isso já aconteceu uma vez,não vai se repetir.-rosna entre os dentes.

Nunca pensei que veria meu irmão assim.Tecnicamente ele não era meu irmão,mas seu rosto era o mesmo e se desviasse meus pensamentos poderia jurar que era o Sammy.Nunca vi meu irmão mais do que irritado,gritando um pouco mas eu sabia que aquilo não sairia da minha cabeça por um bom tempo.Seu rosto estava envolto em uma máscara de ódio,sua expressão era dura como uma rocha e de vez em quando ele sorria,e eu podia jurar que ele estava imaginando as melhores formas de me torturar vivo.

–"Não vai se repetir"? Eu nem ao menos sei quem você é!-eu realmente não me lembrava,já tinha matado tantos demônios que se fosse anotar todos passaria uma vida inteira escrevendo.

–Ah não sabe? Que coisa nova para os Winchester's não é mesmo? Vocês matam,acabam com os outros e nem tem consideração!-fingiu indignação.-Long Beach,dois anos atrás.Ainda não se lembra?

As lembranças voltaram como um flash em minha cabeça.Eu e meu irmão estávamos na trilha de um demônio há semanas,mas sempre que chegávamos perto ele sumia ou ia para outra cidade bem longe da que estava anteriormente.Achamos que era um caso perdido,mas alguns dias depois recebemos ligações de caçadores locais alegando que o haviam visto em Long Beach mas não conseguiram matá-lo.Nós nos apressamos e fomos o mais rápido que pudemos para lá,o encontramos na floresta,escondido no alto das árvores como um animal(não que ele não seja um).Disparamos vários tiros para cima em vão,a criatura era muito rápida e se esquivava pulando de um galho para o outro assim que mudávamos as direções.Em um tiro de sorte,que não sei qual de nós disparou,o acertamos e ele caiu aos nossos pés.Uma presa fácil demais.Naquele momento,eu pensei em todos que ele havia matado e vinha se transformando desde então por impulso,tomei uma decisão.Sammy ia matá-lo,mas eu o impedi e disse que ele deveria sofrer.O canalha estava com um tiro que atravessava a garganta e não conseguiria sobreviver,então o largamos lá para que provasse de seu próprio veneno e sentisse a dor que suas vítimas sentiram antes de serem mortas.

Então por isso ele estava com tanta raiva de mim.De algum modo,ele me culpou pela sua morte.Como ele voltou a vida é o que eu queria realmente saber.

–Era você.Era você naquele dia,nas árvores.-falei abismado.

Aquele cara havia guardado uma raiva tão intensa de mim a ponto de fazer isso? Ele tem muita coragem para me enfrentar sozinho,mas por outro ele tem minha fraqueza.Ele tem Regina.

–Claro que era eu.Você me deixou jogado lá,sangrando até a morte.-vociferou e depois virou para Regina que assistia a tudo um pouco confusa mas sabendo da gravidade do assunto.-E cuidado querida,ele vai fazer o mesmo com você.Na primeira oportunidade que surgir,ele vai te deixar como todos os outros fizeram.Vai ir para bem longe,como todos fizeram.Achei que você saberia por experiência própria que não se deve confiar em alguém assim.Você nunca confiou nem em si mesma.

Vi uma lágrima escorrer pelo rosto dela e percebi que aquilo já tinha acontecido com ela e ele a tinha feito crer que aconteceria novamente.

–Como sabe tanto sobre ela?-questionei.Eu só precisava de uma chance...

–Venho te observando a muito tempo caçador ingênuo,quando vocês dois começaram a ficar eu sabia que ela seria uma isca bem melhor do que seu irmãozinho babaca.Pesquisei sobre a Rainha Má.Malvada,rejeitada,gostosa...perfeita para meu plano.-deu de ombros.

–Vou te dar uma escolha.-soei firme até para mim mesmo.-Ou você nos deixa vai embora e eu esqueço que isso aconteceu ou luta comigo e volta pro Inferno que é o lugar de onde veio.-naquele momento eu havia conseguido retirar o pacote de sal do bolso traseiro de minha calça,o escondendo atrás de mim.

–Vou ficar com a segunda opção.-diz sorrindo satisfeito,um sorriso perigoso e ameaçador.

–Que pena.

Em uma arremesso certeiro,atiro o sal bem na sua cara que queima em contato com a substância.O demônio grita feito louco e eu sei porque.Sal era como ácido para eles.O infeliz caiu de costas no chão e eu me coloquei sobre ele,com a adaga em mãos,pressionada contra seu peito.Agora que a poeira do sal havia se dissipado,pude ver o estranho que havia causado em sua pele.A testa estava em vermelho vivo,em volta dos olhos a cor era roxo escuro.Se possível ele pareceu mais assustador ainda com os novos ferimentos.

–Agora...-fui interrompido quando com uma força que poderia ser de um gorila,ele me girou e ficou sobre mim com ambas as mãos em meu pescoço,pressionando minha garganta de tal modo que pensei que ela fosse estourar ali mesmo.

Meus braços estavam sobre as mãos de ferro dele,tentando tirá-las antes que fosse eu perdesse totalmente o ar.Eu olhei para Regina que tentava desesperadamente se soltar e fazer alguma coisa.Eu queria poder dizer algo como um "sinto muito" porque se eu morresse ela certamente ficaria presa aquele cara o resto da vida e eu me culparia até na vida após a morte.Me surpreendi quando ela gesticulou com a cabeça na direção da minha pistola que estava caia perto de si.Eu entendi o que ela queria dizer e assenti levemente(o máximo que me era permitido) com a cabeça.Com um dos pés,ela puxou a arma para perto da cadeira e com o outro deu chute tão forte que teria marcado um lindo gol de fim de Copa do Mundo,veio direto na minha mão que estava esticada ao lado do corpo.Percebendo meu movimento,o metamorfo olhou para minha mão e quando ele estava ocupado observando o que ocorreu lhe dei um soco bem dado no nariz e me joguei sobre ele,ficando por cima outra vez.Apontei a arma na cabeça dele.

–Faça,faça logo!-ele ria e seu nariz sangrava escorrendo em direção a boca.Logo pude ver seus dentes vermelhos rindo para meu rosto.

–Tenho uma mensagem e você vai mandá-la para mim.-abaixei um pouco a cabeça para entrar em seu campo de visão.-Diga a Lúcifer,que eu vou vê-lo novamente.Vamos nos encontrar e eu garanto a ele,a bala da minha arma vai ser a última coisa que ele verá.

Então disparei e o corpo do demônio abaixo de mim ficou mole.

Eu me levantei,tirando do rosto os vestígios do sangue dele.Aquela coisa nojenta parecia queimar na minha cara.Joguei a arma no chão sem importância e caminhei até Regina.


P.O.V Regina

Assim que Dean me desamarrou,eu me joguei nos braços dele.Assistir aquela cena já tinha sido duro demais,mas ver ele quase sendo morto e não poder fazer nada foi como se eu estivesse morrendo junto com ele! Eu o abraçei com todas as minhas forças,depois de ver isso eu tinha plena certeza do que sentia por ele.

–Eu te amo.-sussurrei em seu ouvido baixinho,para aquele momento ser guardado somente para nós dois.

–Eu também te amo.-ele deu um beijo na minha testa.

Eu não sabia se deveria ficar triste,ou feliz com aquilo.Claro que ter um amor correspondido é perfeito,mas agora eu sabia que também estaria vulnerável.Do mesmo jeito que ele tem inimigos eu também tenho.Não gosto de me aproximar muito das pessoas por isso,pelo que os outros podem fazer com elas para me atingir.

–Obrigada por me salvar.-nós tínhamos nos afastado um pouco e agora estávamos de mãos dadas observando um ao outro.

–Achou que eu não viria? Nem que um lobisomem tentasse me comer no café da manhã!-fala divertido me fazendo dar um riso fraco.

–Até porque você é tão comestível.-brinquei.

–Me diga você,já provou de mim.-rimos como bobos.

–Eu queria ter encontrado você hoje mais cedo,assim poderíamos passar o dia juntos.-desabafo.

–Eu sempre vou te encontrar.

–Arght! Tanta coisa para falar e logo isso? Nem começa a dar uma de David!-digo divertida.

–Ah e por acaso o senhor David falava isso para você?-pergunta de braços cruzados.

–Claro que não tonto! Era para a Branca.-respondo.

–Ainda bem.-diz Dean.-Eu já estava indo tirar satisfações com o xerife.

E ficamos ali conversando como se nada tivesse acontecido,como se nossas vidas fossem normais.

Invejei essa ideia por um momento,mas depois pensei melhor.É isso que torna nosso amor tão especial.O incomum que há nele.Se fôssemos normais,ele me daria flores e bombons como os casais fazem,mas eu não gostaria disso.Prefiro muito mais quando ele está com uma arma apontada na cabeça de que me fez mal,demonstrando seus sentimentos de um modo diferente.Um namorado comum teria um carro simples,mas o meu tem um Impala 67.Um namorado comum teria vergonha na cara,o meu não tem.Uma namorada comum não teria magia,eu tenho.Uma namorada simples,teria um passado tranquilo,o meu passa bem longe disso.E isso são algumas das provas de que não somos nem um pouco normais.

E de um jeito estranho eu estou amando isso.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Mereço o que meus amores??
Espero que eu tenha correspondido as expectativas! Qualquer dúvida me procurem.
Bjs



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