High School: Love Now - Interativa escrita por RP C


Capítulo 21
Por que eu não posso?


Notas iniciais do capítulo

Musica: Why I'm Not? - SPEED



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A porta estava aberta.

Nina não havia fechado. Jon não estava com os olhos abertos, e apenas olhava para o nada, sem nenhuma reação. A jovem morena estava finalmente se afastando e abrindo os olhos devagar. O professor de matemática ainda estava parado, piscando algumas vezes. Quando voltou a si, respirou fundo, bufando e passando a mão na testa, com ar de preocupado. Tentou tantas vezes, inúmeras vezes, evitar que seus sentimentos pela garota não o deixasse fora de si. E não seria agora que os libertaria. Aquilo era errado, e a situação do amigo ainda estava quente em sua memoria. Tanta coisa seria colocada em jogo. A vida escolar de Ninally – ela seria expulsa e perderia o direito de frequentar uma das universidades mais prestigiadas do estado – e a vida profissional de Jon Woo. Lecionar era tudo pra ele. Ainda mais quando era professor na escola que tanto amava, na escola que mantinha vivo seus costumes, seu pais. A escola que seu tataravô havia fundado.

– Por que fez isso?

– Eu descobri que eu gosto de você.

Ela começou a andar pela sala dele, gesticulando e explicando tudo enquanto ele apenas a escutava.

– O professor Jared pediu para que fizéssemos um poema sobre amor, já que o dia dos namorados está chegando, aí eu pensei ‘o que é amor?’, então a Hillary começou a me explicar e eu fui associando as coisas e todo o resto. E eu percebi que eu só sinto isso quanto estou com você. Você é a primeira pessoa que causa esse tipo de sentimento em mim, você os despertou.

Ela falou tudo tão rápido, sem pausa, sem respirar, mas Jon conseguira escutar tudo, sem esquecer nenhuma palavra. Ela se via apaixonada por ele. Mas ele não podia fazer nada, apesar de querer muito.

– Ninally... Eu sinto muito. Esse tipo de... – Ele tinha que fazer de tudo para que ela parasse de sentir isso por ela. Queria fazer a jovem acreditar que tudo que ela sentia não passava de ilusão. – Essa história de estar gostando de mim é coisa da sua cabeça. Talvez eu tenha passado dos limites e tenha me aproximado demais de você e tudo isso acabou confundindo a sua cabeça. É melhor você... – Ele engoliu em seco. – É melhor você ir embora.

– Não!

Ela estava decidia. Jon conhecia Ninally perfeitamente pra saber que quando ela coloca algo na cabeça, vai até o fim. Ela não deixa as cosias pela metade. E isso ela também não deixaria.

– Nina, pare! Não vê que tudo é coisa da sua cabeça?

– Não é! Eu sei que não é! E eu sei que... Que eu posso ser a única com esse sentimento, eu sei que eu posso ser única que esteja apaixonada, mas... Eu não vou desistir! Eu não me importo se você é meu professor e eu sua aluna. Eu não ligo se eu sou sete anos mais nova que você! Eu gosto de você e vou esperar até que... Até que aceite meus sentimentos.

Ela andou até ele e sem pestanejar, o abraçou. Depositou seu rosto no peito do professor e o apertou com força. Ela percebeu que até o cheiro dele a deixava em um transe.

– Eu vou mostrar pra você.

x.x.x.x.x

Rose assistia o jornal enquanto comia cupcakes em uma padaria com Woon Ho. Ele apenas observava o jeito estranho de ela voar em cima dos bolinhos, prestando mais atenção nas noticias do que na comida.

– Ei, você está completamente suja. Vamos, coma com mais delicadeza – reclamou, enquanto limpava os cantos da boca da amiga com um guardanapo.

– Oppa, seu pai é dono da Global Nan, certo? – Ela parou de comer, pedindo para que a atendente aumentasse o volume da televisão.

– Sim, por quê?

Por um momento, prestou atenção apenas em Rose, até ouvir o que Mia Shayer, a ancora do jornal, falava aos telespectadores. A primeira coisa que ouviu foi o nome da empresa de seu pai. E depois o nome de sua mãe. O nome da sua verdadeira mãe.

– Woon Ho-ah... Quem é Huang Mei?

– A cantora que conquistou o Premio Asiático de Musica desde ano, Huang Mei, declarou nesta segunda-feira, a existência de um filho. De acordo com ela mesma, ela tenta recuperar o tempo perdido com o jovem, agora que decidiu se aposentar. O grande alvoroço que assolou a grande empresa coreana Global Nan, minutos atrás, e trouxe queda repentina nas ações para empresa era de que o terceiro filho da Global Nan era o tal garoto, filho da estrela. O presidente Byun Ho Jong ainda não prestou nenhum esclarecimento. Vamos agora até a sede da Global Nan...

Woon Ho sequer podia acreditar no que ouvia. Sua mãe havia mesmo feito isso? Ela estava do outro lado do mundo e agora havia tornado sua vida um caos. Foi questão de segundos até que o telefone do coreano tocasse. No identificador de chamadas, mostrava o nome do irmão mais velho, Won Woo.

– Onde você está?

– Numa cafeteria perto de casa.

– Então corra pra casa. Agora. Já deve saber o que aconteceu. Abeoji está indo pra casa. E vá rápido. Eomma deve estar quebrando tudo que ela estiver vendo pela frente.

– Okay, já eu chego lá.

Woo ainda pensou um pouco. Passou muito tempo caminhando com Rose. Passaram tempo demais juntos. Foram ao shopping, ao cinema, e a inúmeros outros lugares que Rose o obrigava a ir. Logo descobririam onde ela mora e perseguiriam. Então ele pegou na mão dela e a levou consigo. Até a sua casa.

Ou melhor, até a sua mansão. Depois de conversar com a mãe e o pai, ele seguiu até seu quarto, onde havia deixado Rose. Ela provavelmente já havia bisbilhotado tudo. Já deveria ter rodado em suas gavetas, armários, em seus livros e todo o resto. quando abriu a porta, ela estava jogada na sua cama lendo alguma coisa.

– Olha só, minha casa é do tamanho do seu quarto – disse ela enquanto sentava. – Woo Ho eu... Eu percebi que eu não sei nada sobre você e você sabe tudo sobre mim. Até mesmo já foi almoçar na minha casa... Essa é a primeira vez que venho na sua e é em um péssimo momento...

Woo Ho deixou um sorriso de canto escapar.

– Não é exatamente um péssimo momento...

– Woo Ho, quem é... – Hesitou. – Quem é você?

– Eu sou o terceiro filho da Global Nan. A empresa do meu pai não é muito influente aqui, mas na Coreia e na China eles são realmente influentes. Rose, a minha família é bem complicada, de verdade.

– Oppa... Não precisa me contar...

– Eu sou um bastardo, Rose. Huang Mei é minha mãe verdadeira. Meu pai teve um caso com ela. Minha madrasta aceitou me criar como filho legitimo, então a Mei me deu a luz, E me jogou aqui. Como se estivesse jogando algo fora. No ano passado, a Mei simplesmente decidiu que queria ter uma relação mãe e filho comigo. Mas eu vinha recusando, ela vinha ameaçando contar tudo, mas meu pai não acreditou e agora... Rose, eu não sei o que vai acontecer daqui pra frente.


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