O reinado escrita por jademarq


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que comenteram e tiveram a preucupacao com meu vovo, ele ja te bem melhor , porem ainda esta no hospital ,mas se Deus quiser ele vai melhorar logo logo, enfim beijos
Enjoy the chapter



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Capitulo 13

P.O.V AMERICA

O orfanato continha um imenso portão de ferro na entrada, se estendia uma construção parecida com uma mansão, sua pintura estava desbotada, o que parecia ter sido um dia uma linda construção acabada e pintada de marfim estava destruída e deteriorada pelo tempo. A entrada da frente eram duas portas pesadas de madeira, o gramado que havia até a entrada estava alto e pinicava conforme a locomoção.

Eu estava abismada com o estado de algo que deveria ser impecável para receber e abrigar crianças, olhei para Maxon que parecia tão assustado quanto eu. Ele me olhou e apenas movimentou os lábios.

–Precisamos fazer algo.

Celeste estava no final de um corredor, matinha a cabeça baixa enquanto uma mulher gesticulava freneticamente, não prestando atenção em nós até que Maxon pigarreou a meu lado e a mulher levantou a cabeça, seu rosto foi ficando ligeiramente pálido ao perceber que estava na frente do rei e da rainha. Celeste agora mantinha sua mão na boca tentando conter o riso. A mulher que falava com ela disse algo, Celeste assentiu e saiu da sala, a mulher secou as mãos em um avental vermelho que estava amarado em sua cintura, seu vestido ia até abaixo do joelho em um tom de vermelho mas claro, os seus cabelos castanhos claros era preso por um coque alto e uma rede por cima, ela aparentava ter cerca de 50 anos, seus olhos castanhos se mostravam cansados, quando ela sorriu para nos pequenas rugas se formaram no canto dos olhos.

–Majestades, que surpresa agradável.- A mulher se curvou e depois nos voltou a nos encarar - Me desculpa se Celeste causou algum transtorno é que ela..- Ergui a mão e a mulher se calou, abri um sorriso e a encarei.

–Não precisa se desculpar, ela é um doce, estamos aqui por outra razão.

–Posso saber qual seria majestade.

– Ô, por favor, me chame de America. Desculpa, qual é seu nome?

–Madalena, Majestade. - Suspirei cansada, era tão difícil me chamar apenas pelo nome? Eu teria mesmo que me acostumar com majestade?

–Queremos visitar o orfanato. - Maxon tomou a palavra.

–Agora? - Madalena perguntou com um ar de surpresa.

–Sim, não queremos chamar atenção. - Eu disse por vez.

–Tudo bem então, por aqui, majestades.- Entrelacei a minha mão na de Maxon e fomos andando com Madalena nos guiando. O orfanato era organizado e limpo, porém faltava estrutura, muitas salas estavam vazias por conta de goteiras ou falta de energia.

O refeitório era enorme e com várias mesas espelhadas.

–Quantas refeições são feitas ao dia? - Perguntei

–Depende quando temos de comida. Às vezes é o suficiente para três, mas quando não apenas uma.

Meu Deus! E eu que agora era acostumada a fazer quatro refeições, café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. Essas crianças tinham dias que só comia uma vez eu, tinha que fazer algo. Olhei para Maxon e o seu olhar dizia o mesmo.

Quando terminamos de olhar o orfanato Madalena me falou que as crianças dormiam todas juntas em um sala do tamanho do refeitório, só que ao invés de mesas eram camas. Ela me disse que antes eram divididos meninos e meninas só que por conta de um problema de estrutura no telhado onde deveria ficar o quarto dos meninos eles tiveram que improvisar.

Perguntei também o que as crianças faziam em seu tempo livre e ela disse que basicamente estudavam, o ensino básico e depois iriam praticar aquilo que queriam exerce quando crescer. Ela disse que quando as crianças completavam 16 anos eram obrigadas a deixar o orfanato por falta de espaço e tinham que procurar emprego, mas muitas vezes acabavam virando oitos.

Agradecemos e fomos embora. Fiquei uma grande parte do caminho em silêncio pensando em que eu poderia fazer. Teria que criar uma organização talvez pedir ajuda de Nicolleta, reformar os orfanatos e criar um centro de doação de roupas e alimentos, pedir a ajuda da população e quanto ao futuro eu ainda precisaria pensar em algo.

–Ainda pensando no orfanato? - Perguntou Maxon depositando um beijo na minha cabeça, eu a mantinha apoiada em seu peito. Ergui os olhos e o encarei.

–Eu andei pensando...

–O meu Deus!! Será que há câmeras ?? Ninguém pode escutar e se...

–Hei! Para. - Eu disse dando um soco em seu braço, tudo bem que as minha ideais geralmente acabavam causando um revolução, mas não era para tanto. Eu queria ficar brava com ele mas o sorriso brincalhão em seus lábios não me permitia.

–Então, eu andei pensando... - Parei e observei a sua reação, ele apenas balançou a cabeça para que eu prosseguisse.

Contei a ele tudo o que eu havia pensado até agora, as reformas e o centro de doação. Ele apenas me ouviu em silêncio, quando terminei ele me abraçou e meu deu um beijo demorado.

–É por isso que eu te amo tanto, sempre pensando nos outros. Vamos pensar nisso quando chegarmos em casa, okay? Por enquanto, vamos apenas aproveitar nossa Lua de mel.

Permanecemos quietos o trajeto todo, minha cabeça apoiada em seu peito musculoso e seus dedos em minha cintura, traçando pequenos círculos. Meus olhos começaram a pesar e quando eu estava quase caindo no solo aquela voz, que eu adorava, e aqueles lábios perfeitos roçaram em meu ouvido.

–Minha querida, chegamos!

O canto de meus lábios teimavam em subir para os lados, enquanto eu tentava, fracassadamente, fazer um careta de brava. Mas o ponto era: esse era o dia mais feliz de minha vida e nada e nem ninguém mudaria isso.

A casa era grande, havia dois andares e o telhado com um tom de cinza. A casa era marrom claro e toda composta por grandes janelas branca. Era simples, porém muito bonita.

O lugar onde ela se localizava era uma fazenda. O campo se estendia a quilômetros e não muito longe podia se avistar um rio com uma pequena cachoeira. Tudo era cercado com muita árvore, o que deixava o ar com um cheiro de grama cortada após a chuva. A noite estava um pouco gélida mas o céu estava claro revelando a lua e uma imensidão de estrelas.

A felicidade me tomou conta todos os medos e responsabilidades pareceram não existir, naquele exato momento eu voltava a ser apenas uma criança, sem esperar abri a porta do carro e corri em disparada ao campo, parando apenas para retirar os meus sapatos e sentir a grama pinicando, de um jeito bom, a sola de meu pé, quando eu já não aguentava mais correr e o ar escapava de meus pulmões, me deitei na grama e desatei a rir, era tão bom me sentir livre, fazer coisas sem sentido, coisas simples como andar descalça, tomar banho de chuva, eram simplesmente maravilhoso. Fiquei observando as estrelas, ainda rindo, e não percebi a aproximação de Maxon.

–Você.....é......impossível... - Ele disse sem ar e se deitou ao meu lado. Quando recuperou seu fôlego começou a rir, apoiei minha cabeça no seu braço e o encarei, ele fez o mesmo e agora nossa distância era menos que um palmo.

–Porque você esta dando risada? - Perguntei, ele me fitou alguns segundos antes de se aproximar e me dar um beijo calmo e longo, ambos acabamos ficando sem ar e eu tornei a me deitar na grama.

–É tudo tão bom, que ...

–Nem dá para acreditar. - Eu completei, ele assentiu.

–É tão bom ficarmos sozinhos. Só eu, você e essa noite estrelada. - Ele me disse se aproximando para um beijo.

–Majestades!! - Fomos interrompidos por um dos guardas que se aproximavam.

–Ou quase sozinho. - Ele completou com um suspiro desanimado, depois se levantou e limpou as calças e me estendeu a mão, eu a peguei, porém antes que ele me puxasse eu fui mas rápida e o derrubei e rolei para cima de seu corpo, ele me fitou assustado com a minha reação.

–Eles podem esperar um pouco.

Olhei para o guarda que havia parado no meio do caminho assustado e se virou de costa rapidamente. Soltei uma pequena risada e tornei a beijar Maxon, mas intensamente dessa vez, porém tivemos que parar, afinal estávamos em público.

Voltamos para a casa eu, Maxon e um guarda corado pela cena. Maxon se desculpou mas o homem insistia que a culpa havia sido dele e eu me perguntava, culpa de que?

Ao entrar eu me impressionei mais ainda o interior da casa, era mais bonito que o de fora. Na sala havia um sofá de madeira escura com um estofado branco e almofadas marrom claro e vermelho e mais duas cadeira da mesma forma posta do lado oposto ao do sofá, havia uma mesa de centro feita de madeira, na mesma cor do sofá, com velas em cima. Grandes cortinas brancas estavam presas na janelas, vários quadros estavam espalhados pela sala e pequenas arvores nos cantos, que proporcionava um ar de campo. No teto pendia um lustre simples, composto de 5 lâmpadas amarelas e uma branca principal no cento coberta com uma cápsula de vidro. O chão era de madeira e havia uma enorme porta de correr que ligava a sala e a cozinha.

A cozinha era ampla com um tom de madeira clara e branco. Havia um balcão branco com a parte de cima de madeira clara, quatro bancos estavam dispostos lado a lado envolta do balcão. A geladeira era embutida na parede assim como o forno e o microondas. Tinha apenas um pequeno armário com quatro portas ao lado da geladeira, porém o balcão todo era composto de gavetas e pequenos armários, assim como a pia.

No corredor havia vários quartos, mas resolvi ir para o andar de cima.

No andar de cima havia um quarto aberto e vários outros, que por sua vez, estavam fechados. Fui ate o quarto que estava aberto, nossas malas estavam depositadas no canto deste. O quarto era amplo e aconchegante, feito de madeira escura e clara. A cama era grande, com lençóis brancos, almofadas marrons e um cobertor marrom dobrado em retângulo ao pé dela, dois criados mudos ficavam um de cada lado e em cima destes haviam abajures. Havia uma sacada que dava a vista para o rio, persianas de madeira bloqueavam a passagem de luz. Um tapete se estendia em frente a cama, ele era macio e fofo. Havia também uma poltrona no canto e um balcão para colocar maquiagens, entre outras coisas.

Uma porta dentro do quarto dava para o closet não muito grande, outra dava pra um banheiro. No banheiro havia um ofurô de madeira com dois pequenos degraus ao lado para dar suporte ao subir e no canto estava um chuveiro. Também tinham duas pias com espaços para colocar coisas em cima e em baixo.

Maxon me observava apoiado no batente da porta com os braços cruzados revelando os seus músculos, seu cabelo ainda estava desarrumado por conta da correria que havíamos feito agora pouco. Ele já havia tirado a jaqueta, ficando apenas de camiseta de manga curta em um tom de vermelho.

–E muito bonito aqui. - Eu disse me virando para encará-lo. Com duas longas passada, ele me envolveu minha cintura, me puxando para mais perto.

–Que bom que gostou, minha querida. - E sem dar espaço para qualquer contestar, me beijou calmamente. Em um movimento rápido Maxon me pegou no colo e me colocou na cama.

–Onde nos paramos mesmo? - Ele me disse com aquele olhar de sedutor. Tirei sua camisa em resposta, ele me ajudando a passar por sua cabeça, voltamos a nos beijar, porém ambos paramos ao ouvir minha barriga roncar.

–Acho que alguém esta com fome. - Maxon disse com um sorriso brincalhão no rosto.

–Estou morrendo de fome. E olha, você vai experimentar minha comida, vou fazer panqueca pra nós.

–Espero que eu sobreviva. - Maxon brincou, dei um leve soco na sua barriga.

–Ai!.- disse ele rolando para o meu lado.

Sai da cama e desci para a cozinha, a dispensa estava cheia. Peguei a farinha, o óleo, o sal, a Nutella, o leite condensado, a calda de morango e a ameixa, fui ate a geladeira pegar o ovo e o leite.

Maxon já havia pegado a frigideira e a concha para poder fazer a panqueca. Eu coloquei o leite, o ovo e a colher de óleo e pedi para Maxon colocar a farinha, foi aí que a confusão começou. Ele foi ir de um balcão para outro e acabou escorregando e voando farinha para todo o lado, não pude me conter e comecei a gargalha, Maxon levantou parecendo um fantasma, o que some fez rir mais ainda.

–Me da um abraço, meu amor ? - Maxon falou já se aproximando

– A não! Eu to limpinha. - Comecei a me afastar rapidamente e quando fui ver estava correndo com um Maxon fantasma atrás de mim. Em pouco tempo ele me alcançou e ambos ficamos sujos.

Voltamos para a cozinha, agora parecendo uma zona de guerra. Terminamos de fazer as panquecas e levamos para comer no quarto.

–Amanha teremos que arrumar toda aquela bagunça. - Eu falei para o Maxon levantando outra panqueca para boca.

–Que saudade dos empregados! - Maxon suspirou com um ar de brincalhão.

Eu dei risada. Depois ambos ficamos em silencio, só aproveitando a comida.

–Até que você sabe cozinhar. - Maxon disse por fim quando terminou de engolir a ultima panqueca.

Levantei uma sobrancelha para ele e lancei um sorriso como de "Eu te disse" Ele soltou uma gargalhada. Deitei já satisfeita e suspirei.

–Acho que eu comi demais. - Eu disse por fim. Maxon riu e rolou para cima de mim e me beijou calmamente.

–Hum... Você esta com gosto de chocolate. Isso é bom, muito bom. - E voltou a me beijar com mais fúria e paixão.

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Obrigado a todos pela preucupacao e comentem, beijos tenha uma otima semana Happy Thanksgiving!!!


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Notas finais do capítulo

Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.
Carlos Drummond de Andrade
beijos ate sexta



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