Música do capítulo

No capítulo anterior

“Me soltei e fui correndo pra escada, e sem querer esbarrei em mais uma pessoa. Era um menino lindo de olhos claros, loiro e com um sorriso apaixonante.

– Opa! Desculpa – eu disse totalmente envergonhada.

– Você se machucou? – Ele falou preocupado.”

– Não, eu estou bem – falei e sorri.

– Está mesmo? De verdade? – Ele perguntou ainda preocupado.

– Estou de verdade! – Respondi com as bochechas coradas. - Só um pouco encharcada, mas já vou resolver isso – Falei olhando pra mim e rindo da minha situação.

– E o que aconteceu pra senhora tá assim? – Ele perguntou me olhando e rindo.

– Senhora? – Perguntei indignada. – Prefiro que me chame de Savannah! – Falei e ri. – Prazer – estendi minha mão e ele apertou-a.

– Ok Savannah – ele riu – me chamo Jared, muito prazer em te conhecer – ele me cumprimentou e eu sorri.

– E respondendo a sua pergunta. Eu estou toda molhada por que o meu namorado derrubou cerveja em mim - Voltei ao assunto.

– Você tem namorado? – Ele perguntou rapidamente por impulso.

– Haha – Ri dele – Tenho sim. Brian Judd. Dono da casa, conhece? – Perguntei

– Você é namorada do Brian? – ele perguntou impressionado.

– Siim, a própria! – Comecei a rir. – Porque ficou tão impressionado? – perguntei curiosa.

– Eu não sabia que ele tinha namorada. E-e-u – disse ele gaguejando – sou o primo dele!

– Se não sabia, acaba de conhece-la – ri. – Então, eu já vou indo pra me secar. – Apontei para o banheiro.

– Ook, até qualquer almoço em família – ele se despediu e me deu passagem pra passar.

Nossa, mais uma coisa pra confundir minha cabeça, como o Brian tinha um primo que eu nunca ouvi falar? E porque o Jared não sabia que eu era a namorada do Brian? Eu gostei muito do Jared, é porque se conhecemos a poucos minutos, ele é bonito, simpático e de bom humor, não conseguia tirar o jeito que ele me tratou da minha cabeça. Era muito estranho eu estar pensando nele. Entrei no banheiro, tirei a rasteirinha, deixei no tapete, entrei no box , e fui lavar minhas pernas, que já estavam ficando grudentas por causa da cerveja derramada. Quando ouvi alguém batendo na porta.

– Savannah ? – ouvi a voz do Brian. – Posso entrar amorzinho? – perguntou e eu rolei os olhos.

– A porta tá aberta, pode entrar – Respondi, saindo do box e secando minhas pernas. Ele entrou e nos trancou lá dentro.

– O que você tá fazendo? – perguntei vendo ele se aproximar. – Vim pedir desculpas. – Ele falou colocando as mãos na minha cintura, senti o bafo de cachaça quando ele falou.

– E precisa trancar o banheiro? – Perguntei. – Eu te desculpo, agora vamos descer. - falei tirando suas mãos da minha cintura e indo até a porta.

– Eu quero que você me desculpe de outro jeito. - E ele me virou, me pressionou contra a porta, e começou a beijar meu pescoço.

Isso já tá indo longe demais. Resolvi interromper antes que aconteça o que eu não queira. Empurrei o Brian e falei:

– Não, para, assim não dá! – Falei olhando pra ele.

– Porque não dá? – ele perguntou.

– Não dá. Não dá aqui, nem agora, nem nesse lugar – Expliquei.

– Nooooossa, e agora sexo só pode fazer em uma cama? Em uma noite de lua de mel? – ele falou debochando – Pensei que você não era tão santa assim. – ele sacaneou e eu fique morrendo de raiva.

– Santa? Eu sou santa? Ah ok. – falei. – Um dia você vai descobrir a santa que eu sou – pisquei pra ele – Mas não agora, não aqui, e nem com você desse estado. Agora dá licença!

Destranquei a porta e o deixei sozinho no banheiro. Sai do banheiro e fui em direção à escada, quando cheguei bem perto da tal, escutei gritos!

– SAVANAAAH, CADE VOCÊ? POR ONDE VOCÊ ANDA GAROTA?? - Achei estranho e apressei meus passos, quando cheguei ao topo da escada, e olhei pro andar de baixo. Abri um sorriso enorme, eu não acreditei quando vi quem tanto gritava por mim.

– QUER GRITAR MAIS UM POUCO INFERNO? – Eu gritei tirando sarro da cara dela – O QUE VOCÊ TA FAZENDO AQUI SUA PIRANHA? EU TENTEI TE LIGAR, TE LIGUEI 840 VEZES E VOCÊ SOME. – Gritei lhe dando um abraço, o abraço que mais me fazia falta.

– Educação é uma coisa que você nunca teve né? – ela disse rindo – Eu não te atendi porque eu estava no avião, e o que eu estou fazendo aqui. Bom, isso você vai descobrir!

– Cala essa sua boca de vaca gorda e me conta logo, inútil – eu disse e lhe dei um tapa de leve no braço

– Ai, pra que violência – ela disse esfregando a mão no lugar do tapa – Bom, depois de muito tempo, quase um ano, convenci a minha mãe da gente se mudar pra cá, bem, a gente não, apenas eu e meu irmão, já que Sam já tem 18 anos agora, e advinha a casa que vamos comprar? – Ela disse com brilhos nos olhos

– Não me diga que iremos ser vizinhas de novo? – Eu disse dando pulinhos, eu madura como sempre. – Vem, vou te apresentar todo mundo, cadê seu irmão?

– Sua safada, eu acho que ele foi na cozinha, esse ai bebe mais álcool do que carro velho. – Rimos dessa comparação super escrota da Leah e fomos à cozinha.

– SAMMYYY! – Eu gritei no ouvido dele, fazendo com que ele levasse um susto

– Ai Savannah cassete, que susto – ele disse rindo – que saudades de você pentelha.

– Eu também estava com saudades de você! Vamos, vou te apresentar os garotos – eu disse pegando em sua mão. E tinha certeza que se o Brian visse aquilo ele não iria gostar, mas não estava me importando, afinal o Sam era quase meu irmão.

Fui mostrando a casa para eles, até chegarmos no jardim e eu avistar as meninas tomando sol e os meninos sentados em volta bebendo cerveja, estavam todos rindo, então eu rapidamente me dirigi a eles

– Posso saber o motivo da risada de Savannah Montano não está no meio? – eu disse tirando gargalhada de todos – Meninas, tirem os óculos e garotos sejam gentis – eu disse autoritária – Gente essa daqui é a Leah Felsher e esse é o Sam Felsher, meus amigos que moravam em Londres lembram? - Após todos se cumprimentarem fui falar quem era quem para eles – Bom essas daqui são Alexis, Nicole e Francesca, somos inseparáveis e tenho certeza que você vai se dar bem com elas Le. E Sam, esses são Dylan, Jordan e Steve eles são idiotas, mais você também é, então vão se dar bem.

Me sentei em uma das espreguiçadeiras e fiquei lá conversando com as meninas e com os meninos, descobrimos que Leah e Sam iam estudar na mesma escola que a nós estudávamos, West Boca High School, não tinha visto mais o Brian, e nem o Jared, porque aquele menino não saia da minha cabeça, fui interrompida pelos meus pensamentos quando alguém me puxou pelo braço

– Ai, me solta, está doendo – disse séria e algumas lágrimas ameaçaram a descer, todos estavam olhando para mim com cara de assustados, foi quando Sam resolveu levantar

– Larga ela – ele disse com uma voz autoritária

– Sai daqui – Brian disse com raiva nos olhos – então Savannah, é ele? É esse carinha aí que você tava de mão dada – ele disse fechando os punhos

– Brian, em primeiro lugar ME SOLTA que você está me machucando – eu disse me livrando das mãos dele – em segundo lugar, Sam não é um carinha, Sam é irmão da minha melhor amiga Leah, e consequentemente é meu melhor amigo. – eu disse olhando nos olhos dele

– Não quero você com esse cara Savannah – ele disse pegando novamente em meus braços – e você vem comigo agora.

– ME SOLTA BRIAN, ME SOLTA, VOCÊ TA ME MACHUCANDO – Gritei enfurecida enquanto ele me “arrastava” pela casa até chegarmos na parte de cima – PRA QUE TUDO ISSO BRIAN? VOCÊ ME MACHUCOU! QUAL É O SEU PROBLEMA? – Eu gritava cada vez mais alto – SAM É MEU MELHOR AMIGO. – Foi quando eu senti uma lágrima escorrendo e uma mão pesada em meu rosto. Calma, o que ele tinha feito? Ele tinha me batido?

– COMO VOCÊ DISSE SAVANNAH, VOCÊ NÃO É SANTA, É MAIS UMA PIRANHA QUALQUER. É SÓ EU TIRAR OS OLHOS DE VOCÊ QUE VOCÊ SAI SE ENGRAÇANDO COM OS OUTROS! E NÃO OUSE CHEGAR A TERMINAR COMIGO OU FICAR DANDO EM CIMA DE QUALQUER OUTRO CARA, PORQUE ISSO É SÓ METADE DO QUE EU POSSO FAZER – Ele gritou me dando outro tapa na cara.

Ele saiu do quarto e bateu a porta, eu escorreguei minhas costas na parede e comecei a chorar compulsivamente, eu sabia que Brian podia ser violento mas nunca pensei que ele poderia vir a me bater, e foi ai quando a minha ficha caiu, eu não poderia fazer nada, fui até o banheiro, lavei meu rosto e percebi que meu braço estava começando a ficar roxo por causa do apertão que ele me deu. Peguei meu óculos coloquei no rosto e desci, decida a ir embora, a pé mesmo, estava sol então eu provavelmente pararia para tomar sorvete ou pararia na praia que não ficava tão longe da minha casa para pensar na vida.

Sai em direção a porta, e fui andando, o sol queimava todo o meu corpo, percebi que a música estava ficando baixa então significava que eu estava me afastando cada vez mais da casa do meu namorado, estava sozinha com os meus pensamentos quando eu esbarrei novamente em alguém. Porra Savannah, porque tão distraída.