No capítulo anterior

“Sai em direção à porta, e fui andando, o sol queimava todo o meu corpo, percebi que a música estava ficando baixa então significava que eu estava me afastando cada vez mais da casa do meu namorado, estava sozinha com os meus pensamentos quando eu esbarrei novamente em alguém. Porra Savannah, porque tão distraída.”

– Desculpa – eu disse tirando um dos meus fones e olhando para o rosto daquele menino lindo

– Nós temos que parar de se encontrar assim – disse Jared, eu dei um sorriso de canto e voltei a olhar para baixo. – O que é isso no seu braço? – ele disse com uma cara desconfiada

– Nada – eu disse colocando a mão para cobrir o local – Bati na porta do banheiro.

– Vou fingir que acredito – ele me olhou e balançou a cabeça em sentido de negação – Mas então, me diga porque está indo embora da festa?

– Briguei com o Brian – disse de cabeça baixa – E preferi ir embora, vou passar na padaria ou na praia e ficar sozinha...

– Não vai ficar sozinha não, vamos te levo até a praia, te compro um sorvete e conversamos depois te deixo em casa – ele disse com uma voz autoritária, porém doce.

Eu apenas assenti e andei, percebi que ele andava ao meu lado, então ofereci um dos meus fones para ele, que pegou rapidamente e colocou nos seus ouvidos, fez que não com a cabeça e começou a rir por causa da música.

– Tá rindo do que? – eu disse com uma voz seria enquanto o olhava de canto

[coloque a música para tocar]

– Nada senhorita Savannah, apenas não imaginei que você ouvia Jonas Brothers – e deu um sorriso de canto.

– Primeiro, Sav, me chame de Sav, odeio quando as pessoas me chamam pelo nome todo – eu disse rindo – e segundo, eu escuto sim Jonas Brothers, não me julgue Jared.

– Ok Sav, então me chame de Jaw, ou Jawed – ele disse rindo – não zoe de Jawed é assim que minha irmã mais nova me chama. – ele riu, e eu não pude deixar de rir também.

Foi quando percebemos que já estávamos na praia, às praias de Boca Raton eram lindas, principalmente quando estava sol igual estava hoje, caminhamos até o começo do mar em silêncio, e foi quando ele falou:

– Me conte mais sobre você – disse com um sorriso de canto

– Bom, vamos lá – eu disse sorrindo e balançando a cabeça por causa da música – Eu me chamo Savannah Marie Montano, meu apelido é Sav, tenho 16 anos, faço 17 dia 30 de setembro, minha mãe chama Halina, trabalha como dentista e mora aqui em Boca mesmo, meu pai chama Robert, trabalha como executivo e mora em Miami junto com o meu irmão, Sebastian – eu disse com os meus olhos lacrimejando e torci para que o Jared não percebesse – ele faz faculdade, UOM (university of Miami), e vem algumas vezes me visitar, ele odeia o Brian, e bom eu estudo na West Boca High School. – eu disse rindo

– Vou te fazer algumas perguntas agora. – ele disse rindo e eu o olhei como uma cara séria

– Que tipo de pessoa você é? Um sequestrador? – eu o olhei assustada e ele começou a rir

– Não, só quero saber que defeitos você pode ter. – ele disse rindo e eu não pude deixar de sorrir. – Cor preferida?

– Roxo

– Comida preferida?

– Salada e bolo – eu disse rindo

– Banda preferida?

– Jonas Brothers e Mcfly

– Cantora ou cantor preferido?

– Taylor Swift e Ed Sheeran

– Estilos de música preferidos

– Eletrônica rap e músicas românticas

– Música preferida?

– Marvins room

– Acho que é isso – ele disse rindo – achei seus defeitos, música. – ele disse me olhando com uma careta e eu ri

– Não fala assim – eu fiz biquinho e ele riu – Agora me conte a sua vida.

– Bom, vamos lá – ele disse me imitando e eu ri – Eu me chamo Jared Scott Yarnall, meu apelido é Jaw, mas minha irmã mais nova a Dina – ele deu um suspiro – me chama de Jawed, ela estuda na Chadbad of Boca Raton, eu tenho 16 anos e faço aniversario dia 18 de novembro, sou primo do Brian – me olhou com uma cara feia – Minha mãe chama Debi e acabou de ser transferida para Boca Raton para dar aula, meu pai chama Scott e é advogado e mora em New York, eu morava com ele, mas vim pra cá com a minha mãe e com a minha irmã, e eu ainda não sei o nome da escola em que eu vou estudar. – ele disse sorrindo.

– Minha vez de fazer perguntas – eu disse parecendo uma criança de cinco anos, e ele riu – Cor preferida?

– Cinza

– Comida preferida?

– Sanduíche e chocolate

– Banda preferida?

– Mcfly – eu o olhei assustada e ele riu – e Beatles

– Cantor ou cantora preferido?

– Drake e Katy Perry

– Estilos de música preferidos?

– Eletrônica, deep, rap e eu até curto músicas românticas

– Música preferida

– Marvins room – começamos a rir

– Me imitando né Jaw? – ele me olhou quando ele percebeu que eu o chamava pelo apelido – Marvins room é minha música preferida – dei um leve tapa no seu braço.

[Mude a música e coloque a música a seguir para tocar]

Quando percebemos estávamos do outro lado da praia e teríamos que voltar tudo, ele riu quando percebeu que o sol estava começando a se pôr, e girou o corpo indicando que retornaríamos para o começo da praia para irmos para casa. Começamos a andar e eu coloquei Marvins room para tocar no ipod.

– Are you drunk right now? – eu cantei e ele riu

– The woman that I would try is happy with a good guy – ele cantou e me olhou. Ficamos em silêncio por um tempo

– I’m just sayin’ you could do better and I’ll start hatin’ only if you make me – cantamos juntos e rimos.

Fomos andando até a ponta da praia rindo, conversando e cantando... Nossa playlist foi Marvins room e depois Mcfly, e rimos por termos tanta coisa em comum, no meio do caminho ele me comprou um sorvete de chocolate e riu quando me viu toda suja.

– Eu odeio comer sorvete na frente dos outros – eu disse com uma voz fina igual de criança, ele gargalhou e me olhou

– Venha aqui – e limpou minhas bochechas com um guardanapo

– Obrigada – eu disse envergonhada

– Bom venha, agora vou te levar para a casa. – ele disse limpando as mãos e batendo o pé na calçada para tirar o excesso de areia.

– Ok, vamos. – sorri pra ele, fomos o caminho todo em silencio e escutando musica.

Eu estava bem pensativa, muita coisa aconteceu no mesmo dia, muitas duvidas rolando na minha cabeça. O silencio continuava tomando conta, quando o ipod faz o favor de descarregar. - Ai droga! – Falei olhando para o ipod em minhas mãos.

– Quer que eu cante pra você? – ele perguntou, e eu olhei pra ele rindo.

– Não, não precisa – comecei a rir.

– E porque tá rindo Senhorita Savannah? – ele perguntou sério, mas brincando, sabendo que eu odiava que me chamassem daquele jeito. – Sou um cantor profissional dá licença? – falou se achando e eu comecei a rir.

– Tá senhor “Cantor profissional” – falei fazendo aspas nos dedos. – Pode cantar. – continuei rindo.

[clique aqui e coloque a música para tocar]

– Ok. Sente-se, curta o show, e aplauda no final – ele me puxou pela mão e me fez sentar em um banco que tinha ali perto – rhum rhum – fingiu preparar a voz. – You know what to do with that big fat butt - ele começou a cantar e virou de costas. – WIGGLE WIGGLE WIGGLE ! – Botou a mão no queixo começou a rebolar desengonçado e virou de frente pra mim. – WIGGLE WIGGLE WIGGLE – não parava de dançar e eu morrendo de rir da cena que eu estava vendo na minha frente. – WIGGLE WIGGLE WIGGLE – continuava a cantar de dançar e eu não parava de rir.

– Tá pode parar, eu não aguento mais – falei em meio a gargalhadas.

– Cadê os aplausos? – ele abriu os braços, e eu comecei a aplaudir ainda rindo.

– Obrigado, obrigado. – ele cumprimentou e depois se sentou ao meu lado.

– Eu nunca mais vou me esquecer dessa cena! – falei secando as lágrimas que tinham caído em quanto eu ria.

– É eu sei... Sou um máximo né? – ele falou se achando. – Agora vamos, tá ficando tarde.

– Vamos! – segurei a mão dele pra me levantar. Já estávamos bem perto da minha casa, então o caminho não foi muito longo.

[troque a música, clique aqui]

Viemos conversando, e apostando pequenas corridas. Até que chegamos em frente da minha casa.

– Bom, cheguei... Obrigado por te me trazido até aqui – Falei com um pequeno sorriso.

– Que nada, foi divertido – ele falou rindo um pouco – Até mais – Ele botou as mãos nos bolsos e beijou minha bochecha.

– Até. – Sorri fraco, acenei e fui em direção a minha casa.

Entrei em casa e vi minha mãe na sala:

– Chegueeeeeeei mãe! – falei subindo as escadas, e fui até meu quarto.

– Mas já filha? – Ela gritou e eu não dei ouvido.

Cheguei no meu quarto tranquei a porta joguei a bolsa na cama e fui ao banheiro. Fiz um coque, e passei água em meu rosto. Me olhei no espelho e fique um tempo parada e pensando, por que meu dia foi bom e ruim ao mesmo tempo ? Por que eu não poderia esquecer todas as coisas ruins, e lembrar de tudo que foi maravilhoso naquele dia? Virei de lado e vi a marca no braço... Sim estava roxo! Passei a mão por cima e senti doer, foi quando uma lágrima caiu dos meus olhos, aquela marca não estava doendo apenas por ser um machucado, era muito mais que isso, o meu namorado deixou aquele hematoma em mim, diferente de outros casais que deixam marcas de mordidas, ou brincadeiras de leve. Em mim foi diferente, ele me machucou de verdade. O que eu fiz pra merecer isso? Peguei a maquiagem e fui passando devagar no canto roxo para não doer muito, quando fui interrompida com minha mãe batendo na porta.

– Filh , abre aqui ! – Joguei o pincel na pia e sai correndo pra pegar um casaco no closet, coloquei o mesmo e fui abrir a porta.

– Oi mãe – Falei olhando pra ela.

– Está tudo bem filha? Porque demorou pra abrir a porta? – Ela perguntou.

– Eu estava no banheiro mãe relaxa. – Falei virando e apontando para o banheiro.

– Ok né. – Ela falou um pouco desconfiada. Eu não costumava trancar a porta do quarto, ela deu nos ombros.

– Savannah esse casaco está sujo, me dá ele e veste outro – Ela falou olhando para o casaco e ameaçando tirar.

– Não mãe, não precisa – Falei aflita cruzando os braços. – Amanhã você lava, eu estou cansada, e amanhã tem aula, vou descansar beijo. – Falei, dei um beijo em sua bochecha e fechei a porta.

Por pouco ela não viu o meu braço. Resolvi tomar um banho, me ajeitar, e arrumar as coisas, pra o dia seguinte, afinal as aulas iam começar, deitei na cama e resolvi olhar o celular. Quando olhei no viso : 15 chamadas não atendidas, e 4 mensagens. Primeiro fui ver as mensagens, quando olhei tinha duas da Leah e duas do Brian, logo após resolvi abri-las.

“Sua vaca, por onde você se meteu em ???????? Tô preocupada com você! Pf me liga assim que puder

Xx – Leah”

“Já tá em casa? Onde você tá Sav ? Estamos todos preocupados, já te mandei mensagem você não respondeu ! Já liguei milhares de vezes e nada de você aparecer espero que você esteja bem. PF LIGA PRA MIM ! – Leah”

Aaaai meu Deus, deixe todos preocupados, e agora o FBI deve tá vindo atrás de mim. Melhor ver as mensagens do Brian, depois resolvo ligar pra ela.

“Cadê você em? Deve tá com outro por aai né? Você acha bonito me trair? Saiba que você foi embora mais me deixou aqui cheio de gatas de biquíni ao meu redor. PERDEU! – Brian”.

“Ignora a ultima mensagem, mais quero saber onde você tá, Desculpa ok? Até amanhã, te amo – Brian.”

Como alguém pode ser tão ridículo, depois de tudo ele ainda vem me pedir desculpas, por mensagem? Não é querer demais, mas o mínimo que eu poderia receber era umas desculpas sinceras, e na minha frente! Depois de ler as mensagens respondi o Brian:

“Oi, eu estou bem Brian, vim pra casa, não estava se sentindo bem, amanhã a gente se fala bjs.”

Depois de respondida eu fui ligar pra Leah, antes que ela morresse de preocupação. Sim as 15 ligações eram delas. Liguei pra ela, falei que eu tinha saído porque eu estava com muita cólica, e meu celular tinha descarregado.

– Ok né.. Próxima vez me avisa quando sair fiquei mega preocupada com você lesada, e se você tivesse sido estuprada ? E se a menstruação tivesse chegado na hora? Você tem ideia da situação que você ia ficar? – Ela falou brincando e eu comecei a rir.

– Deixa de ser idiota garota. – Falei ainda rindo. – O importante é que eu estou bem, e vou dormir agora.. – Falei começando a me despedir – Ah, e pode mandar o FBI sair de frente da minha casa, e de cima do telhado, e tudo mais... Não quero assustar minha mãe – Falei tirando onda.

– Sai fora garota, eu me preocupo com você e você ainda tira onda da minha cara? – Falou rindo também. – Vá descansar mesmo, Até amanhã, Beijos. – Ela se despediu

– Tchau, beijos – Desliguei o telefone e botei em cima do criado-mudo.