Thinking Out Loud escrita por Andrômeda
E por mais que tentasse, ela não conseguia esquecer o olhar nos olhos dele quando se encontravam; ou esquecer sua risada; os lábios que a tocavam; o calor que a mantinha quente quando estavam junto; não esquecia seu sorriso ou sua voz; não esquecia como suas peles se tocavam durante um abraço; e também não esquecia que por baixo daquele casca grossa, a qual ele lutava para manter, existia um garoto sensível, que sofria por seu passado.
Com certeza, ela já não mais chorava ao pensar nisso, nem morria de saudades, mas sentia falta de ser um porto seguro no qual ele pudesse confiar.
Por mais que muitas vezes o odiasse, o que predominava nela era um sentimento fraternal, como uma irmã mais velha, que se preocupa com seu irmão.
Ela bem se lembrava do jeito esquentado dele, e se preocupava com suas possíveis explosões. Sempre viu o melhor dele, e sempre será assim; sabia que mesmo com as explosões, mesmo com a casca grossa, mesmo com tudo dele, ele tinha coisas boas no coração, lembranças alegres, doces, que fazem a alma sorrir, e que não permitiam que a frieza o dominasse por todo. Se dependesse dela, ele nunca esqueceria dessas coisas boas, e teria muitas outras para lembrar.
E pensando bem, ela tinha muito a agradecê-lo: nunca havia se sentido daquela forma, e realmente, tinha sido bom. Amor? Não, não. Paixão, talvez. Mas de toda forma, fora bom, e do fundo de seu coração o agradecia.
E caso ele leia esse texto, e se reconheça nestas palavras, dois recados: sim, isso foi para você, e... quando precisar de um ombro amigo, estou disponível para ser sua amiga.
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