O engraçado é que eu nunca botei fé na gente.

Pelo menos no início.

Acho que ninguém botava fé, nem você.

Poxa, a gente é super diferente, um o oposto do outro; ninguém esperava que passasse de uma semana.

Mas passou.

E passou de duas.

E de três.

Pouco depois de um tempo, veio a bomba: você disse que me amava. Amor? Poxa. Avançado. Demais. Vamos voltar um pouquinho? Ficar só no “não esquece que você é importante”? Voltamos.

E eu percebi que realmente gostava de você. Você estava lá, na minha cabeça, desde o momento que eu acordava, ao momento que eu dormia. Que tipo de coisa é essa? Você invade a minha cabeça sem nem pedir permissão?

E eu comecei a sentir sua falta. Não aguentava te ter um centímetro longe de mim, mas nem te falava, te deixava solto. No exato momento em que você começa a se afastar. Ficar longe pra que? Você não me amava?

Eu fiz planos. Pensava no que faríamos na próxima semana, o próximo mês, o próximo ano... E você se afastava sem nem saber disso, imagina se soubesse! Pra quem não colocava fé há pouco mais de um mês, eu estava mudada.

Foi quando você deixou de me abraçar. Me ignorava, não ficava comigo. Poxa, volta aqui, não me deixa não! E você terminou. “Não gosto mais de você”.

Oi? Como assim? Há algumas semanas me disse que me amava. Por favor, olha pra mim, não vai não...

Ok. Você foi. Bem que podia ter avisado antes, né? “Olha, vou fazer você se apaixonar aos poucos por mim. Quando você não quiser mais viver sem mim, eu vou embora.” Teria sido mais fácil.

Volta, por favor. Olha a minha situação, eu estou horrível. Se você voltar, eu falo que te amo, e não vai ser só pra você ficar, não. Volta, e fica por mais tempo. Perde a hora, me abraça, segura a minha mão. E, por favor, não me deixa de novo...