Bad girl escrita por Alima


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

E aí, meu povo? Não sei bem se demorei... Me desculpei mesmo assim. Mas vejam pelo lado bom o capítulo esta maior que os anteriores (Eu acho). Mas enfim...
Vamos ao que interessa...
Espero que gostem.



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–Tem certeza que Patch vive aqui? –Vee analisou o lugar, era dia e mesmo assim não havia sequer uma pessoa passando por aquele bairro. Uma roda gigante à frente, e a famosa montanha russa: O arcanjo. E outros brinquedos enferrujados. –Isso parece completamente abandonado.

–Foi o que eu disse para ele quando viemos te procurar aqui. –Nora disse.

–Me procurar? –Vee tirou os olhos do Arcanjo, para fitar Nora.

–Quando Elliot te seqüestrou. Pensamos que Elliot teria te levado para cá. Quem imaginaria que seria simplesmente a escola. –Nora disse pensativa.

Os túneis...

–Ele me disse que não era abandonado, por que ele morava aqui... –As lembranças dela e Patch nos túneis vieram à tona. –A casa de Patch pode ser...

–Patch? Morando debaixo... Do parque Delphic? –Vee disse com estranheza.

–Como sabe que?...

–Isso não é nem uma novidade, todo mundo sabe que existem túneis muito antigos aqui, mas... –Vee procurou as palavras certas. –Patch morar aqui é estranho. Mas ele já é estranho por si só, ainda vem morar aqui?

–Tudo bem, Vee. –Nora suspirou quase como se dissesse um “talvez” por ele morar nos túneis, mas não um “talvez” por ele ser estranho.

Misterioso sim, estranho nem tanto.

–Viemos aqui para procurá-lo, certo? –Vee mostrou-se pronta.

–Exatamente. Mas acho que precisaremos de uma lanterna. –Nora disse, pronunciado as palavras quase como se fosse idiotice por causa do sol.

–Acho muito difícil eu ter uma lanterna no carro. –Vee disse.

–Vela? Talvez? –Nora disse já sabendo que era óbvio que não.

–O celular. –Vee sorriu. –Não é uma grande iluminação, mas se você também pegar o seu, quem sabe?

–Acho que serve.

Em poucos minutos as duas se consideraram prontas, com os celulares na mão.

–Sabe o que precisávamos? –Vee disse do lado de Nora. –Uma arma.

Nora a encarou.

–Não estamos indo para matar, é só procurar. –Ela brincou esclarecendo, mesmo assim sem humor. –E não me venha “Com o que podemos achar lá em baixo?”

–Não acha que esta fácil de mais encontrar Patch lá embaixo e simplesmente ser isso? –Vee disse enquanto Nora procurava a entrada para os túneis, a mesma que Patch tinha mostrado.

–Acho. –Nora parou de procurar. –Mas também acho que estamos um pouco traumatizadas, como se tudo fosse uma cilada, e quase uma sensação que esta sendo seguida. Só não se esqueça que estamos aqui por conta própria.

–Tem razão, além do mais isso aqui está abandonado até demais.

–Sabe o que isso me lembra? –Nora disse, voltando a procurar a entrada dos túneis, por trás dos brinquedos. –Há um ano, meu pai foi morto em um beco perigoso aqui perto desse parque...

–Esta com medo, Nora? –Vee perguntou, mas Nora ignorou pensando ser uma brincadeira. Só depois com o olhar sincero de Vee ela percebeu que sua amiga esperava uma resposta.

–Depois disso tudo... Ordenei a mim mesma não ter mais medo. Não quero ter medo e não posso mais ter medo. –Nora se arrepiou com a mudança de clima repentina, o vento frio tomou conta do seu corpo, o sol se escondeu dando lugar a nuvens escuras.

Ótimo! Mais tempestades.

–A única coisa que desejo agora. Tirando querer saber a verdade. –Ela continuou. –Coragem para fazer o que é certo. Mais apesar disso, estou com muito medo.

–Eu também. –Vee confessou. –Então vamos fazer logo isso, e sair desse lugar horrível.

–Ta. Só não me lembro da entrada do túnel. –Nora suspirou.

–E aquele galpão. –Vee apontou e depois riu. –Parece bem o lugar que Patch moraria, ou se esconderia da polícia.

Nora não se importou, dando de ombros.

Talvez...

As duas caminharam em direção ao galpão de manutenção, a estrutura quadrada e cinza, parecia que iria cair a um simples pouso de borboleta. Nora e Vee nem precisaram de muita força para arrombar a velha porta. Elas se olharam quase com um medo oculto que aquele galpão poderia cair sobre suas cabeças. Com pouca luminosidade lá entro, ligaram finalmente a lanterna do celular.

–A entrada do túnel que Patch me levou não era aqui. Acho que ficava perto do Arcanjo. –Nora disse sem saber por que sussurrou. Até tropeçar em algumas tabuas.

Mais sorriu, ao ver no que realmente tinha caído.

–Você esta bem? –Vee disse a levantado.

–Achamos a entrada ou saída dos túneis. –Nora disse sorrindo, com um sentimento quase estranho, que fez seu coração acelerar. –Vamos em frente?

–Minha nossa! Tem noção do que estamos fazendo?! –Vee arfou.

–Se não encontrarmos Patch em dez minutos, voltamos para cima. –Nora estabeleceu a regra principal. Ajoelhou e começou a retirar as tabuas de madeira, ficando no final apenas um buraco eu levava para abaixo do galpão.

Elas desceram com insegurança, e começaram a percorrer o corredor sinuoso. Depois de alguns minutos uma porta.

–Como assim uma porta?! –Vee disse pensando o mesmo que Nora, que pensava ser inútil tentar abrir a porta. Até que sem dificuldades girou a maçaneta e as duas entraram, dando de ombro, pela porta esta destrancada.

Já que estávamos aqui, era melhor ir até o fim.

Já lá dentro observaram a entrada do que deveria ser a casa de alguém.

Patch? Quem sabe?

Uma espécie de saguão de granito preto, que levava a sala enorme, também esculpida em granito preto. Basicamente quase refletia as duas naquele brilho todo. Havia tapetes longos de seda em tons de cinza e azul-marinho, que escondiam o chão do estúdio em forma de caverna, mas mesmo assim o piso e as paredes eram de granito.

–Uau! Seja lá de quem isso for... É bem... Elegante. –Vee não sabia como definir nem o que achar daquilo tudo.

Nora continuou explorando, e tentando achar algum vestígio que indicasse que aquela “casa” era de Patch.

A mobília era pouca, mas pareciam ter sido escolhidos a dedo, tinham um toque contemporâneo, e definidas a um toque artístico. No sofá de couro preto havia uma jaqueta também de couro estilo a que Patch usou quando ele me levou no Fliperama, onde encontramos Rixon e Macie.

–Essa “casa” só pode... Ser dele. –Nora pegou a jaqueta se surpreendendo com o cheiro de menta.

–Dele quem? –Vee estava perdida em algum cômodo da casa.

–Onde esta?

–Na cozinha, fica à esquerda. Estou procurando um fósforo. –Vee disse. –Reparou que está cheio de velas espalhadas aqui?

–Sim, reparei. Eu só me referia ao dono da casa. Que parece ser Patch. –Nora voltou a jaqueta para o seu lugar, em cima do sofá.

–Achei! –Vee gritou, fazendo Nora pular de susto.

Em poucos minutos, Vee já tinha acedido o que parecia ser todos os pequenos pedaços de vela.

–E então? –Vee se jogou no confortável sofá. Fazendo Nora dar um olhar reprovador. –Se encontramos a casa de Patch, esperamos ele chegar aqui?

–E se ele tiver fugido?

–Não seja por isso, vamos dar uma olhada no guarda-roupa do Patch. –Vee se levanta. –Ele deve ter levado alguma roupa, ou pelo menos teria trancado a porta.

Vee começa a procurar Nora a segue. E então que no fundo.

O quarto de Patch. Simples. Confortável. Bonito... Oh, minha nossa! Lençóis de cetim!

Lençóis de seda... Quanto tudo isso deve ter custado. –Vee correu diretamente para o enorme guarda-roupa de madeira.

Para nossa surpresa, tudo em perfeita ordem. Camisas. Calças. Gravata? Certo. Patch usava gravatas em ocasiões especiais. Cuecas. Meias. Todo um vestuário comum, até mais do que eu esperava. Organização em primeiro lugar.

–Ótimo! Só nos resta esperar por ele. –Vee sorriu. Nora avaliou aquele sorriso, sem saber se era por ter conseguido o que queriam, ou por ter achado Patch.

A primeira opção. O espírito investigativo tinha subido pela sua cabeça.

Nora e Vee, mesmo sem a paciência. Decidiram se sentar na sala do sofá e esperar.

–Acho que já se passaram os dez minutos a muito tempo... –Vee murmurou.

–O que acha que Patch vai pensar? –Nora disse, só de pensar fez seu coração acelerar.

Até a porta começar a se abrir. Mas não foi Patch que entrou pela porta.

–O que estão fazendo aqui? –Dabria disse espantada. Ela usava um vestido colado ao corpo vermelho, que fazia Nora pensar como ela conseguiu pular o buraco.

–O mesmo serve para você, queridinha. –Vee disse esboçando um sorriso hostil, e um corpo relaxado no sofá, um jeito de mostrar a ela que não dava a mínima para tudo que ela dissesse a seguir. Vee olhou de lado para Nora a mandando fazer o mesmo.

–Sabe que eu sou namorada de Patch. –Nora entrou na onda de Vee, mesmo sabendo que já nem sabia mais se era mesmo namorada dele.

Dabria sorriu como se dissesse “Vocês são só duas garotinhas, não sabem de nada!”

–Mas se quer uma explicação, por que estou aqui. –Dabria parou de rir, e agora falava com seriedade. –É por que meu irmão...

–Nos lembramos muito bem de quem ele é. –Se intrometeu Vee.

–Ele saiu do hospital, eu só vim garantir a Patch. –Dabria continuou. –Que Elliot ficaria longe de você, Nora. Eu prometi e vou cumprir.

–Ta... –Nora deu de ombros. –Só que Patch não esta aqui.

–Sendo assim, vou embora... Enfim, o recado está dado. –Dabria deu de costas.

–É vai mesmo! –Vee gritou. Dabria ignorou indo.

–O que esta acontecendo com você hoje? –Nora riu, mas no fundo preocupada por Elliot esta solto.

É claro que não confio em Dabria.

–Sabe de uma coisa? –Nora levantou do sofá rapidamente. –Depois voltamos aqui... Não confio em Dabria e se ela resolve sei lá botar fogo no galpão, com a gente aqui.

–Tudo bem, depois do almoço... Voltamos aqui. –Vee concorda.


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Notas finais do capítulo

OK? Me digam o que acharam, eu por exemplo amei a Vee nesse capítulo e vocês? Por favor não se esqueçam...
Até o próximo... Beijinhoooos...