–Patch foi há pessoa mais sem caráter que já havia conhecido. –Rixon foi o único a rir, Nora virou-se para Patch, mas ele parecia nem um pouco surpreso, talvez fosse realmente verdade, pensou Nora.

–Na verdade nessa época não o conhecia, mas Patch meu caro amigo... –Rixon continuou ignorando o espanto de Nora, e olhando para Patch. –As pessoas te detestavam, também pudera você conseguia ganhar todas as apostas...

AH, era esse tipo de pessoas...

–Na verdade você sempre conseguiu qualquer coisa que quis. –Dessa vez ele olhava para Nora, com sorriso que se referia “talvez você esteja incluída nessa”. –E foi bem aqui. –Ele deu um pulinho fazendo Patch sorrir. -Que conheci Jev Cipriano.

–Jev? –Nora não se conteve, ligeiramente pedindo explicações para Patch.

–Pensei que soubesse que Patch era só um apelido. –Rixon não escondeu a gargalhada.

–Que vamos combinar. Sem ofensas é claro, mas Patch é um nome horroroso. –Marcie se intrometeu.

–Sim sabia, mas... –Nora tentou explicar.

–Ouvi um tempo que Patch... –Rixon começou ainda rindo.

–Sim, Patch e Patchwork pulem essa parte. –Disse Nora.

–Bem, então foi aqui que conheci Jev o insuportável, e então tivemos uma briga bem feia. Por motivos, nada mais justos: Mulheres. A diferença era eu realmente gostava dela, Patch não.

–E então encontrei Rixon tempos depois. –Patch continuou a historia. –Dessa vez digamos que estava mais suportável, e provei para Rixon que não era tão ruim assim...

–Patch me salvou de uma grande encrenca. –Completou Rixon. –Assim como o salvei de uma, ele me salvou de outra, assim foi até hoje... E você onde o conheceu?

–Na escola. –Nora respondeu. –Do mesmo jeito que conheci Marcie com antipatia, a diferença e que com Patch foi só no começo. –Nora sorriu para Marcie de um jeito que Marcie faria para ela.

–Patch na escola, disse que queria estar vivo, para ver você voltar a estudar. –Disse Rixon.

–Acontece que agora precisaremos de uma trégua. –Marcie disse, ignorando Rixon.

Oh meu Deus! A garota que escreveu prostituta no meu armário estava me pedindo uma trégua.

–Por que além do mais só Deus sabe se não somos irmãs. –Marcie explodiu, no mesmo momento que Nora deixou a marca de seus dedos no rosto de Marcie. Ela sorriu sinicamente para Nora antes de voar para os cabelos dela, antes mesmo de Patch e Rixon separar as duas, Nora já estava rolando no chão com Marcie.

Enquanto Patch segurava Nora, e Rixon Marcie, Nora se orgulhou de ter deixado marcas vermelhas no rosto de Marcie, marcas que ficariam roxas depois.

–Não estava fazendo qualquer tipo de brincadeira, há muito tempo vejo o carro da sua mãe uma rua abaixo da minha casa. –Marcie continuava com o sorriso hostil no rosto. –Nunca parou para pensar a frequência que sua mãe viaja a trabalho.

–Você não tinha o direito... –Nora começou mais Patch acabou a puxando para fora.

–Anjo, é melhor irmos, hoje foi um dia bem agitado. –Patch foi soltando Nora devagar.

–Tem razão. –Nora concordou. –Já devíamos ter saído quando me deparei com Marcie. –Ela disse e deu a última olhada para Marcie e Rixon.

–Foi um prazer, querida. –Rixon sorriu, enquanto fazia o teste se já podia soltar Marcie, enquanto ela não tinha expressão no rosto, Nora imaginou que aquilo continha um pouco de deboche, não se importando nem um pouco com a surra, e nem um pouco irritada que Nora havia ganhado só alguns puxões de cabelo.

Nora entrou no Jeep, todas as palavras de Marcie rodavam em sua mente a deixando nauseada.

E se fosse verdade? E se Marcie fosse sua irmã? Filha de Hank?

–Anjo, esta bem? –Patch virou seu rosto para encará-la segurando seu rosto com as mãos, prendeu seu olhar por um tempo antes de continuar. –Achei bem feito. –Ele sorriu concluindo, mesmo sem humor Nora também sorriu.

–Na verdade não estou bem, e se Marcie estiver falando a verdade? E se Hank for meu pai? –Ela respondeu por fim.

–Anjo. –Patch acariciou seu rosto, e chegou mais perto, fazendo com que Nora encostasse-se ao seu corpo, alisou seu cabelo e disse quase em um sussurro, tão baixo como uma respiração, mais tão macio como uma seda. –Vai ficar tudo, pois estarei ao do seu lado.

Nora se levantou em um estalo, para encará-lo, avaliou seu rosto, Patch não parecia entender nada. Quase decepcionado, como se Nora tivesse acabado de dizer que estava terminando, um brilho intenso foi aceso assim como uma chama. Nora tinha se levantado para dizer as palavras mais adoráveis de todo o mundo eu te amo, mas por que não tinha dito até agora?

E se Patch não me amasse, como eu e o estava amando?

–Aconteceu alguma coisa? –Disse Patch. Sua voz. Nora pode perceber uma ponta de dor, ele também estava esperando que ela dissesse?

–Não. –Nora respondeu secamente, sua garganta em um arranhão fazendo com que sua voz quase não saísse, lutando para Patch não percebesse.

Por que deveria ser eu, não ele? Ele poderia estar ao meu lado como... Amigo.

Patch virou-se e ligou o carro.

–Só estou preocupada e nervosa, deve ter sido a briga. –Nora tentou esclarecer. Patch assentiu.

Durante todo o caminho, Nora pensava quanto coisa havia acontecido, mas não sabia dizer o que tinha acontecido ao certo com ela e Patch. Quando em fim chegaram, Patch se virou para ela.

–Tem certeza que esta bem? –Ele disse de um jeito carinhoso.

Nora ficou zonza.

–Sim. –Ela se aproximou. –Só me beije.

E foi isso que Patch fez, sem ao menos pensar Patch já estava em seus lábios. Nora grudou em seu pescoço, e puxou ainda mais para perto. Ele deslizou suas mãos ate a cintura onde por lá permaneceu. Quando se afastaram, Nora não soube o porquê, mais seus olhos estavam encharcados, sem fôlego se lembrou de respirar.

Patch a encarou tenso, ela sorriu por que agora diria aquelas palavras. Como já soubesse Patch também sorriu.