Sai da casa de minha mãe, entrei no carro e segui pro supermercado que ficava não muito longe da casa dela. Quando cheguei lá, estacionei o carro no imenso estacionamento de lá e segui pro supermercado.

Entrei neste, começou a andar pelos corredores com a lista de coisas que devia comprar que Ana me entregou. Era pouco coisa, então nem precisei de carrinho. Fui para fila do caixa e me surpreendi com quem estava na minha frente.

Ashley! – falei um pouco baixo.

Mas ela ouviu, e se virou para mim, dando logo aquele sorriso perfeito.

Oi, senhor Kaulitz! – falou com aquela voz doce.

Oi. O que você veio fazer aqui? – “que pergunta idiota, Bill. O que uma pessoa vem fazer no supermercado, vender maconha que não é”.

Ah! Eu vim comprar umas coisas que minha mãe me pediu. E o senhor? – perguntou.

Eu também vi comprar umas coisas, que a Ana, a empregada de casa me pediu. – falei, logo reparando nela. Estava tão linda.

Ela usava uma saia jeans um pouco curta e uma regata branca. Seu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo.

Assim. E a Mel como está?

Está bem. Eu a deixei na casa de minha mãe. – falei

Logo chegou a vez dela de ser atendida, como era pouca coisa, ela logo pagou e já estava com a sacola na mão. Ele mesmo assim continuou me esperando. Logo fui atendido, paguei e fomos caminhando até a saída do supermercado.

Senhor Kaulitz, eu vou tomar um sorvete. Você quer me acompanhar? – perguntou

Está bem, faz tanto tempo que não tomo um sorvete. – respondi.

Havia uma sorveteria na esquina, então caminhamos até lá. Chegando lá, nos sentamos e logo a moça veio nos atender.

O que desejam? – perguntou a moça.

Eu quero sorvete de Chocolate. – falou Ashley.

Eu quero um também de chocolate. – falei.

A moça anotou e logo saiu. Ficamos lá sentados nos olhando. Ela estava sentada de frente para mim, por isso não tinha como nos olhar.

Senhor Kaulitz, desculpe lhe perguntar. Mas a Mel me contou que o senhor depois da morte de sua esposa, não se relacionou com mais ninguém. É verdade? – perguntou

Sim. Eu não me relacionei com mais ninguém. – falei encarando aqueles olhos verdes.

Por que? – perguntou

Talvez, por que eu sempre achei que ela foi meu primeiro e único amor. – dei um suspiro. – ou talvez por que já estou velho demais para me apaixonar.

O senhor velho demais para se apaixonar. Claro que não. O senhor é muito bonito. As meninas na escola falam que você nem parece que é pai da Mel, ta mais para irmão mais velho dela. – falou

Ah... Não. Mas mesmo assim, acho que não vou me apaixonar novamente.

Deixa disso, senhor Kaulitz. Nunca é tarde para amar.

Você ta certa. Mas e você já se apaixonou?

Eu... Ainda não. Eu sonho em encontrar o amor da minha vida, mas ta difícil. Mas não vou desistir. – falou

Quando ela falou isso uma alegria se apossou de mim.

Logo a moça trouxe nossos sorvetes. Olhei para Ashley, e essa tinha um sorriso enorme no rosto, como uma criança que tomava sorvete.

Comemos nosso sorvete em silencio. Mas eu resolvi quebrar este.

Hoje pela manhã, quando estava se despedindo de vocês, eu escutei minha filha falar de um tal Eduardo. Quem é ele? – perguntei a encarando.

Ah! O Eduardo. Ele é um garoto da escola, todas as garotas babam por ele. Não sei se posso dizer, mas a Mel gosta dele. – falou

E você gosta dele? – “de onde veio essa pergunta... mas eu preciso saber.”.

Eu?...Não. Eu não gosto dele. Ele é bonito não vou negar, mas nunca senti algo, tipo gostar dele. – respondeu

Ah! No inicio pensei que ele fosse seu namorado.

Ah! Senhor Kaulitz como é engraçado. Ele não é não.

Continuamos a tomar sorvete, mas logo o celular dela tocar, quebrando o silencio que voltara novamente.