Speak escrita por Ster


Capítulo 7
Wannabe


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, quero saber se o Nyah que é louco e me deu, oh meu deus, 38 FUCKING LEITORES ou vocês que não tem um pingo de vergonha na cara em comentar em pelo menos um capítulo, afinal, ler todo mundo quer né?

Só isso mesmo, beijosssssssssssss



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06

WANNABE

– O tema de hoje é Gerações. – Andromeda Tonks andou pela sala lentamente. O Clube de Debate era aguardado a semana inteira, todos adoravam a aula de Estudo dos Trouxas justamente por isso. E Rose estava encantada com a nova professora, já uma velha conhecida. Andromeda era a avó de Teddy seu “primo”. A figura quase chata que Rose tinha sobre ela em sua mente se desfez no ar após algumas aulas. – Vamos dialogar sobre as mudanças das gerações, como vocês se sentem sobre seus pais e avós, sobre o que aconteceu no passado... Quero que dialoguem sobre passado, presente e futuro. Grupo 1, qual o representante?

– Eu mesmo. – Os garotos gemeram e resmungaram quando Nathan levantou-se bruscamente da cadeira, caminhando até a frente da classe. Ele deu uma piscadela para Rose e ela desviou o olhar, rolando os olhos.

– Grupo 2? – Dominique levantou-se e Rose gemeu de impotência. Seria uma disputa entre pessoas sem cérebro! Puta que pariu, Nathan e Dominique??? O que pode sair de bom ali além de asneira? A Weasley sorria para todos, dando tchauzinho para os garotos sorridentes. Ela vestia uma saia consideravelmente mais curta que a das outras garotas e o rosa em suas unhas chegavam longe. A Professora Tonks tomou seu lugar e a sala ficou em silêncio até ela dar a palavra para Dominque.

– Bem, eu acho que assim, nossos pais e avós viviam em uma época, tipo, terrível e tal, por conta do...

– Voldemort? – completou Donna Parkinson. Ela virou-se para uma menina ao seu lado, sussurrando. – Ela é retardada?

– Isso! Obrigada... Você seja qual for seu nome. De qualquer forma, por conta disso, eles não podiam tipo, curtir como a gente. Principalmente meus pais, porque eles, tipo, estavam super ocupados salvando o mundo. – ela riu, mascando seu chiclete freneticamente. – E também a moda da época era completamente precária...

– Jesus, ela está falando sério? – a voz atrás de Rose deitou-se sobre seu ombro e ela demorou para conseguir absorver o fato de Yaniv Greengrass estar com a boca consideravelmente perto de seu ombro direito. Ela virou-se lentamente, quase chocada. Ele sorriu para ela, batucando silenciosamente seu lápis sobre a mesa. – Sua prima é uma peça.

Rose arregalou os olhos. YANIV GREENGRASS ESTAVA FALANDO COM ELA. Oh meu Deus... Oh meu Deus... O que ela faz? O que ela faz? Ai Jesus Cristo, meu Deus, meu Deus do céu! Rose abriu a boca lentamente, tentando encontrar palavras.

– É. – foi tudo que saiu. Ela fechou os olhos com força, sentindo-se retardada. Mas Yaniv apenas aproximou-se mais.

– Você tem companhia para o baile, Rose? – ela negou freneticamente, segurando-se com força em sua cadeira. – Gostaria de ir comigo?

Sim?

Sim, sim, sim, sim?

Sim, porra?

SIM, CARALHO!?

– Aham. – respondeu ela. Yaniv ajeitou-se em sua cadeira, rindo da forma que somente ele conseguia fazer e Rose sentiu seu corpo inteiro ficar vermelho. Ela não conseguia ouvir o que Nathan estava falando para Dominique, fazendo toda a sala rir. Ela estava flutuando em nuvens, faltou poucos para não desmaiar de emoção. Aos poucos o som na sala voltou ao normal, e Rose ainda tinha o sorriso idiota em seu rosto.

–.... Eu não sou retardada, Nott! – indignou-se Dominique. – Seus pais eram Comensais!

A sala ficou em silêncio. A professora parecia longe de interrompê-los. Nathan arregalou os olhos para Dominique.

– Ah é? – ele colocou as mãos na cintura. – Seu pai parece um cachorro.

A sala explodiu em gargalhadas enquanto o rosto de Dominique ficava cada vez mais vermelho. Mas quando ela abriu a boca para retrucar, professora Tonks interrompeu.

– Passo a palavra para o senhor Nott agora. – Nathan respirou fundo, focando seus olhos verdes em cada estudando da sala lotada. Olhou Dominique ainda vermelha e depois para seus pés, parecendo concentrado.

– Eu sei que nós temos uma grande cruz nas costas. Que temos a merda toda que nossos pais fizeram no passado, digo, menos seu pai Alvo. – a sala riu. – Mas é isso. Eles não podem esperar muito. Somo a geração Rivotril. O que temos de bom? O que temos de útil? Nada. Somos nada perto deles. Mas querem saber? Não importa. Isso mesmo, não importa.

Nathan sorriu.

– Somos jovens. Nós temos que fumar muito. Nós devemos ter atitudes ruins e entrar em coma de tanto beber. Somos projetados para a festa. É isso. Ok, eu sei que não é legal virar um viciado ou um mendigo. Mas Harry Potter disse que você não pode fazer um omelete sem quebrar alguns ovos. E é isso que temos que fazer! Se vocês pudessem ver a si mesmos! Quebra meu coração. Estudar, estudar, estudar? NÃO! Isso é para eles, nós não temos o que fazer. Ok que os maiores cheiradores de coca estão no passado, ou os viciados em heroína. Ok, eles são melhores que nós, mas ei, nós podemos chegar lá! Nós podemos ser tão descolados quanto eles. Nós somos tão lindos! Somos uns fodidos... E eu gosto disso! Gosto dessa geração. Gosto da depressão sem motivos e da forma com que tudo que fazemos parece besteira perto do que nossos pais já passaram... Que seja. Ninguém pode tirar isso de mim.

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Os preparativos para o Baile no sábado estavam à mil.

Os estudantes já conseguiam ver pelos cantos os primeiros sinais da decoração e os estoques de bebida que estavam chegando. Havia grupos específicos que já planejavam como seria o esquema do batismo, já que os professores poderiam notar o ponche aditivado. Também tinha os que planejavam onde fumariam ou lugares reservados para casais, mas a preocupação de um grupo específico era maior:

Música.

E para isso eles precisavam do já costumeiro DJ. Todos conheciam os gêmeos Longbottom, tanto pela gêmea Violet ter uma deficiência e Oliver ser o cara mais inteligente de toda a escola. Entretanto, ambos um fracasso na matéria que seu pai lecionava, Herbologia. Na verdade Oliver Longbottom era apenas uma desculpa, ele não selecionava as músicas de verdade. A única regra era não colocar em nenhuma hipótese músicas trouxas, o que irritava e muito os estudantes. Mas Scorpius estava surpreso por ver como as coisas estavam diferentes naquele ano.

– Se você não colocar essas músicas, vamos quebrar sua cara. – Nathan cruzou as mãos e sorriu para Oliver, que ajeitava os óculos freneticamente. Ele tinha uma expressão meio boba, como se fosse retardado. – E é melhor ter medo, temos Rose Weasley, olhe o tamanho dela!

Ela mostrou o dedo para Nathan, indignada.

– Ok... Mas eu...

– Mas nada, você vai colocar. – ordenou Violet para o irmão, fazendo Nathan sorrir. – A professora McGonagall não vai poder impedir, ela nem conhece essas músicas.

– E se ela falar algo com você, pode dizer que fomos nós. – determinou Scorpius, sentindo-se corajoso pela primeira vez.

– Agora aqui está o CD. – Rose Weasley passou o CD lentamente pela mesa. Hugo encheu as bochechas de ar e cruzou os olhos debochadamente, o que fizera Rose apenas revirar os olhos, se afastando. Oliver pegou o CD, ainda temeroso.

– Já sabe o que fazer. – eles abriram espaço para James passar, ele era o mais fisicamente forte, então era o suficiente para aterrorizar Oliver. A sala esvaziou-se em segundos e os dois garotos se entreolharam, em silêncio.

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DON'T YOU WANT ME – YOUNG SUMMER

Alvo continuou digitando na máquina de escrever, ignorando a presença de Lorcan.

Ele ficou um pouco confuso e vacilou nas palavras, tento que retirar novamente a folha pela décima vez. Isso acabou chamando a atenção do Scamander, que mordeu os lábios, fitando Alvo. Ambos sabiam que mesmo melhorada, Alvo ainda tinha sérios problemas com sua dislexia. Ele coçou a cabeça, quase irritado e desistiu, pegando uma pena.

– Posso ajudar se você quiser. – Lorcan levantou-se, sentando-se ao lado de Alvo. O Potter entrou em desespero. Olhou para Rose e Dominique, trabalhando silenciosamente nas outras mesas da biblioteca, sem perceber que seu primo estava respirando tijolos tamanha tensão. O Scamander estava tão próximo que Alvo conseguia sentir seu perfume e sua respiração uniforme perfeitamente. – Essa é sua matéria?

– Sim. – replicou Alvo, quase sem ar. Lorcan sorriu para o título.

– Eu gosto muito mesmo de Tecnologia. As vezes cansa de todo mundo aqui viver nos anos noventa. – riu ele, e Alvo ficou sem ar. Foi por isso que houve dois dele? Como se uma pessoa tão incrível não pudesse habitar em um corpo apenas? E assim as maravilhas tem de ser divididas, teve que ser separado em duas pessoas que parecem ser tão iguais e eram tão completamente diferentes, e mesmo assim encheu os dois até a borda. Isso foi o que fez Lorcan Scamander tão especial?

A mão de Lorcan rastejou-se lentamente até a de Alvo, que estava no centro de um raio de sol. Ele pegou a pena gentilmente e os lábios do Potter pareciam berrar por conforto. Ele não conseguia parar de olhá-lo, parecia hipnotizado.

– Você tem olhos castanhos. – Alvo não percebeu que tinha falado, apenas disse. Novamente o castanho correu para o verde e parecia que iriam se fundir a qualquer momento. Lorcan sorriu lentamente e Alvo sentiu seu coração pingando por conta do derretimento. Há momentos em sua vida que você simplesmente vê que nunca irá esquecer tal pessoa em toda a sua vida. Aquele era o momento que ele via com clareza, ele nunca o esqueceria, nem em seu sonho mais otimista.

E era estranho, Lorcan empurrava Alvo contra a parede de uma forma que nunca fizeram antes. Por seu sobrenome, seu nome, sua família, sua aurea. As pessoas não costumam questionar ou pressionar os Potter, mas o Scamander não parecia se importar com o nome. Durante toda aquela semana de produção para o jornal, ele rondava Alvo como se fosse um objeto de estudo. Sempre puxando assunto, conversando e contando piadas por mais que fosse ignorado a maior parte do tempo.

E Alvo sabia o que estava acontecendo com ele, lá dentro, no lado obscuro jamais explorado de seu coração... Tinha algo acontecendo.

E ele tinha tanto medo... Tanto medo.

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– Foda-se essa merda. – James jogou seu livro para trás, irritado. Violet parecia notar os músculos dele quando o sentia irritado. Ele era forte por conta do box. Ele era fanático por esportes. Ela gostava de pensar em como pessoas que normalmente são problemáticas se dão muito bem com esportes. Esse era o caso dele.

– James, não faça isso. – pediu Violet, pegando o livro com a varinha. A biblioteca silenciosa abrigava os dois estudantes. Apesar de James estar um ano a frente de Violet, ela que tinha que ajuda-lo com a matéria. Ele não era bom em absolutamente nada. – Sua pior matéria é Herbologia, e Quadribol não irá te salvar.

– Pra que isso serve? Onde vou usar? – estressou-se, socando a mesa. Violet assustou-se, segurando-se. Ele cobriu o rosto vermelho e ela olhou ao redor, sentindo seu coração acelerado. Ela recolheu os livros, arrumando-os. Ajeitou as bengalas em seu colo e esperou James descobrir o rosto. Seus olhos estavam vermelhos. – Vou repetir.

– Não vai não, James.

– Vou sim! Eu vou repetir porque sou burro pra caralho! – ele gemeu. – Nem mesmo meu sobrenome pode me salvar.

– Ah, não estaríamos aqui se não fosse seu pai. O problema é a diretora... Potter não parece ser um nome de descontos para ela. – replicou Violet, lembrando-se de quantas coisas conseguira de graça nas lojas apenas por James fingir estar sem dinheiro e falar de que família pertence. James soltou um risinho rápido, quase imperceptível e passou as mãos nos olhos, tirando qualquer lembrança de choro.

– Obrigada por tentar.

– Tudo bem. – sorriu Violet. Ele não se despediu ao sair da mesa, James não era muito educado. Violet ergueu-se com dificuldade e mancou para fora da biblioteca lentamente. Ela não podia mais mentir para si mesma, ela gosta de James. Ela é completamente boba por James Sirius Weasley Potter. Não conseguia segurar o sorriso que se desmanchava por seu rosto só de vê-lo. Ele era o ideal de qualquer garota: Alto, forte, um rostinho totalmente encantador, perfeitos olhos castanhos, o cabelo sempre muito bem cortado... Era o deus da beleza.

Bonito demais para Violet, ela sabia disso, mas o que custa sonhar?

Ela subiu todas as escadas o mais rápido que pode em direção da sala comunal, ansiosa para abrir seu presente. Sua mãe tinha bom gosto, não a decepcionaria. Violet quase correu para seu dormitório e largou as bengalas em cima de sua cama, sentando-se com o embrulho em seu colo. Ela pegou o vestido, quase chorando de felicidade. Colocou-o no peito com força e sorriu de olhos fechados, imaginando-se descendo as escadas em direção de James.

Mal podia esperar.


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Notas finais do capítulo

SaiuuUuUuuUuu um mixão de VIOLET X JAMES:

http://8tracks.com/sterguarido/james-x-violet

E também LORCAN X ALVO:

http://8tracks.com/sterguarido/alvo-x-lorcan

Gente essa imagem do segundo mix me dá uma vontade de beijar, sério, não sei porque estou falando isso aqui mas eu precisava compartilhar com o universo que aquela foto é tesão puro.

De qualquer forma, essa é uma história antiga minha, que já passou por mil transformações e formas e já está quase finalizada o que é uma glória pois a minha criatividade está internada na UTI entre a vida e a morte, por isso aos meus antigos leitores: the criatividade is dead, preciso adotar outra.

Espero que gostem... NÃO VEJO A HORA DE TODO MUNDO SE PEGAR....

Até



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