BioMecha (Versão Alpha) escrita por Guilty Pleasures


Capítulo 3
Fireworks


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, um novo capítulo!! ^^
Este aqui é o início da jornada deles - só vai começar mesmo no capítulo a seguir, mas espero que gostem do gostinho de uma batalha! XD

Os títulos capítulos vão ser quase sempre alusões a bandas ou músicas, no caso, é a música Firework pela cantora Katy Perry.

Aqui há várias alusões a cultura japonesa, nomeadamente:
"Onee-chan": é uma maneira carinhosa de se chamar uma irmã mais velha, ou alguém que vejamos como uma figura fraterna feminina.
"Kariumu no Majo": traduz-se como "Bruxa do Potássio".

Além disso, espero que não me venham reclamar nos comentários a dizer que escrevi mal Kitcat. Eu sei que o nome do chocolate é "KitKat", mas o apelido é mesmo Kitcat, com a palavra gato. OK? OK.

Há várias menções de jogos, e espero que as percebam! ^^ Vão haver várias batalhas daqui para a frente, assim como revelações acerca do passado dos personagens.

Para quem estiver atento, há aqui uma menção de uma das aberturas de Digimon, nas falas durante a batalha! Quero ver quem é fã!

Espero que venham a gostar deles tanto quanto eu!

Enfim, vamos à história!



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Já se tinham passado 3 meses desde que Natasha se tinha instalado no prédio com Donnie, Amy e Joshua. De momento, estava sentada numa cadeira atrás de Donnie, com o queixo no ombro dele, vendo-o consertar um relógio de bolso enquanto Joshua e Amy estavam nas “compras”.

Ele apertava parafusos, testava pilhas e procurava ponteiros. Natasha esticou o braço e pegou num par de ponteiros, de um estilo vitoriano e antigo. Ele pegou-lhes e sorriu ao examiná-los. – São muito bonitos... Tens bom gosto. – Disse, sem lhe dirigir o olhar, apenas apertando os ponteiros ao relógio e fechando-o, encostando-o ao ouvido e suspirando aliviado a ouvir o “tic-tac” do dispositivo.

Natasha saiu-lhe de cima e arrumou a cadeira ao lado da secretária de Donnie, indo deitar-se de bruços na cama dele, onde anteriormente lia um dos seus livros. O quarto dele tinha tons lilases suaves com alguns traços verdes fluídos. O chão era revestido de tatamis suaves, permitindo aos dois andar descalços sem quaisquer problemas. Havia várias prateleiras e estantes nas paredes, duas particularmente grandes de cada lado da secretária de Donnie. A qual era inacreditavelmente arrumada para a quantidade de coisas que guardava: um computador, um portátil, um teclado, um plasma de alta resolução e várias latas de refrigerante, transformadas em suportes de material de escritório e ferramentas.

Mas havia uma coisa que saltava à vista. Até podia ser um detalhe, mas quem tivesse a honra de entrar naquele quarto conseguiria ver o – demasiado – grande coração que Donnie possuía. Na parede sobre a cama dele, estava um grande quadro, um retrato, mais exatamente. Era uma foto dos três – Amy, Donnie e Joshua – abraçados no portão da cidade. Por baixo desse, um mais pequeno retratava quatro cinco crianças. Duas delas Natasha conseguia identificar, com dificuldade, – a foto estava bastante antiga- como Amy e Donnie, mas as outras três eram completos estranhos.

Ela simplesmente ignorou isso e voltou a concentrar-se no seu livro, abanando as pernas no ar enquanto folheava. Parou numa palavra em específico, não sabendo o que significava. Virou-se para Donnie. – Doninho! – Ela chamou-o, usando o apelido usado apenas por ela. O moreno parou de escrever o que quer que fosse no caderno que tinha em mãos e virou-se para ela. Mais precisamente, inclinou as costas da cadeira para trás e dobrou o pescoço para trás, fazendo o cabelo cair para baixo.

– Sim, Kitcat? – Perguntou, e ela esticou o braço, abrindo e fechando a mão. Ele colocou os pés na borda da mesa, empurrando-se para perto dela.

– O que é uma hemoci... Hemoqui... Hemoniá...

– Hemodiálise? – Perguntou, recebendo um assentir da ruiva. – É um procedimento médico para filtrar sangue. É feito em pessoas que não têm um bom funcionamento nos rins. – Ela sorriu e apontou isso num caderninho que pousou ao seu lado. Donnie voltou para o seu lugar, guardou a cadeira e pegou num livro ao acaso. Deitou-se na cama com os joelhos fletidos e começou a ler. Natasha engatinhou até ele e deitou-se nas canelas dele, usando-as como apoio, continuando a sua leitura.

Pouco depois, ouviram a porta a ser destrancada. – Já chegámos! Donnie, Nathy, onde estão? – A voz de Amy ecoou na casa e Nathy saltou da cama de Donnie, indo para a sala. O moreno calçou um par de chinelos e foi atrás dela.

– O que é que trouxeram? – Natasha perguntou, apoiando as mãos nos ombros de Joshua para espreitar para o saco que ele esvaziava.

Ele sorriu e fez-lhe cócegas, levando-a a soltá-lo. – Um bocadinho de tudo. E lambarices! Montes e montes delas! – Ela esboçou um sorriso enorme e abraçou o moreno, levantando-o do chão e abanando-o para os lados. Ele riu com isso.

Ela soltou-o e foi para a beira de Amy. – Então, Amy-

– Nathy... Por favor? Não te chateio pelo resto da semana se o fizeres! – Ela disse, com olhos de cachorrinho.

A ruiva suspirou e virou-se de costas, respirando fundo e preparando-se mentalmente para o que iria fazer. Virou-se para Amy com a um semblante sorridente e inocente, os olhos brilhantes. – Amy-nee-chan! O que temos para o almoço? Tenho fome... – Baixou o rosto com um pequeno beicinho e esfregou a barriga. Tinha acabado de imitar a estranha fofura das personagens dos Animes, desenhos animados japoneses. Claro que como sendo ela própria dessa nacionalidade, saberia imitar uma na perfeição. Tanto que Amy a abraçou, chiando e corando. Pousou Natasha no chão e continuou a guardar os alimentos que não utilizaria.

– La-sa-nha! – Ela cantarolou, sorrindo ao ver os olhos dos três, agora sentados e debruçados sobre o balcão com um sorriso tonto, a brilhar. Riu e começou a tirar tachos, panelas, tabuleiros e todo o tipo de utensílios de cozinha. Por último colocou um pano na cabeça e um avental rosa-bebé com folhos. Logo começou a cozinhar, cantarolando e balançando os quadris de um lado para o outro.

Os mais novos acomodaram-se no sofá com os respetivos cães no colo. Pegaram num comando cada um e ligaram a consola de quarta-feira. Joshua e Natasha tinham uma consola para cada dia da semana. Quarta-feira era dia de Wii.

– Então... Zelda?

– Nah, jogámos Wind Waker na segunda e já tive que chegue de água... Wii Sports?

– Se vejo mais um Mii juro que não hesito em usar o código BiT e espancar a Nintendo!

– Assim não tínhamos SS nem TP...

– ...Eu odeio-te.

– Também te amo! – Começaram ambos a rir, Joshua empurrando levemente Natasha e ela revidando com um pouco de força a mais, levando o moreno e Inu a cair do sofá, o que apenas fez o riso aumentar, contagiando até mesmo Donnie e Amy.

Ele rosnou em tom de brincadeira e puxou-lhe a perna, fazendo-a também cair do sofá. Riam-se que nem dois maníacos, felizes da vida, presos na sua fantasia utópica.

E foi aí que se sentaram numa rapidez sincronizada, encarando-se com sorrisos rasgados. – Final Fantasy! – Ambos disseram, rindo depois e ligando o jogo.

Mais ou menos uma hora depois – e vários gritos de vitória e grunhidos – a lasanha estava pronta. Os três sentaram-se na mesa e Amy logo se foi sentar junto a eles, sem o avental e o pano na cabeça. Pousou o tabuleiro na mesa e cortou fatias, começando a servir os outros e a si no final. Em meio a conversas e risos se seguiu o almoço. Natasha levantou-se e abriu o microondas, tirando de lá uma travessa com quatro muffins, cada qual com uma cor: um era roxo, outro cinza, outro ciano e por último um verde.

Os olhos dos três brilhavam e encaravam-na com curiosidade. – Sim, sim, fui eu que fiz. Agora despachem-se e peguem no vosso!

– Mas tu...

– E-eu pensei que...

– Não sabia que...

– Há muita coisa que não sabem sobre mim! Agora despachem-se lá e comam, eu não quero que o meu esforço tenha sido em vão. – Ela disse, tirando da travessa o bolo com cobertura azul e algumas perolazinhas prateadas. Logo todos tiraram o seu muffin, devorando-os com os olhos antes mesmo de dar uma dentada. Arregalaram os olhos e gemidos de deleite saíram das suas gargantas.

– Isto está... Mh... Mesmo... Só... Uau. – Nem mesmo Donnie conseguiu formar uma frase coerente. – Ainda por cima acertaste no sabor! Como sabias que sabor escolher para todos? – Perguntou, dando outra trinca e limpando um pouco de cobertura que lhe tinha ficado no nariz.

– Simples: não escolhi! Fiz o quádruplo de louça suja do que tinha previsto, mas fiz um de cada sabor específico. O meu é de morango! – Disse, abocanhando metade do doce de uma vez, ficando com um bigode doce e azul mais que pomposo. Lambeu o beiço para limpar o doce e suspirou, contente.

– O meu é de cenoura! – Amy disse, dando uma pequena mordida depois, apreciando o sabor rico e a textura húmida.

– O meu de chocolate... – Joshua deu uma última dentada, acabando bolo. – Era deliciosamente ótimástico, mas... Soube a tão pouco! – Ele protestou, com um beicinho.

Natasha riu. – Se me conseguires vencer no Mortal Combat, talvez eu te faça mais... – Ela cantarolou, rindo ao ver a cara radiante do moreno.

– O meu é de frutos secos... Não é todos os dias que como algo de que gosto... Tu tens mesmo bom gosto, Kitcat. – Donnie sorriu e mandou-lhe um piscadela brincalhona, à qual ela respondeu com um risinho apaixonado e vários pestanejos rápidos.

– Daniel Stone, seu nerd marrão e desengonçado! Tu estás a flertar com outra e atreves-te a fazê-lo À MINHA FRENTE?! Já vais ver como as vigas voam! – Amy ameaçou, dando de leve com a travessa na cabeça de Donnie, rindo e pousando a cabeça no ombro do moreno como apoio. – Oh meus Deuses, isto foi tão estranho... Eu parecia a Epiffany! Desculpa lá, DonDon! – Novamente foi empurrada para o chão de surpresa, rindo juntamente com os outros.

– Não posso discordar, Amy... E já agora, o nome dela era Tiffany! Embora concorde que Epiffany combina melhor com ela! – Novamente os mais velhos riram-se, deixando os mais novos à tona d’água.

Olharam-se com sorrisos marotos. – Bora jogar, Strife?

– Bora jogar, Kairi!

– Kairi? Estamos a falar de Final Fantasy, não de Kingdom Hearts! – Natasha disse, colocando as mãos na cintura.

– Olá! E Kingdom Hearts é o quê? Hã?! – Joshua tinha um olhar inquisidor no rosto.

– Eer... Uma mistura de Disney com Final... Fantasy... Ups! – Natasha desculpou-se, coçando a nuca com um risinho nervoso.

Joshua abanou a mão, deixando o assunto de lado e ambos foram a correr para a sala. Joshua falava e falava e falava sobre o jogo, mas Natasha não o ouvia. Desde há momentos atrás tinha um mau pressentimento, mas agora estava mais forte.

– ...thy... Nathy, estás a ouvir? – Joshua abanava a mão em frente a rosto dela.

– Não, mas tu também não estás a ouvir o que eu estou. – Ela disse, com o rosto sério e concentrado.

O moreno encarou-a com as sobrancelhas franzidas e após uns segundos de silêncio percebeu o que ela quis dizer. – Caças... F-11... E veem nesta direção! – Ele alertou, preocupado e levantando-se, Inu rosnando silenciosamente ao seu lado.

– O que fazemos? – Ela perguntou, olhando para Amy e Donnie. Pointer e Snowball estavam à janela, atentos a qualquer perigo maior.

Em menos de um segundo a ruiva já não estava dentro daquela casa.

– I-Inu! Ei, calma! Inu, já chega! Inu! – Joshua agarrava Inu, tentando acalmá-lo. O canino debatia-se, rosnava, latia e uivava, cravando as unhas no chão. Se não conhecesse bem o seu amigo, diria que ele estava a uma brisa de o morder.

– Deixa-o ir, Joshua! Esse teu Akita irritadinho vai levar-nos direitinhos àqueles aviões! – Donnie disse, começando a dirigir-se à varanda. – Mexam-se! – Abriu a porta e chamou Pointer, trepando uma escada embutida na parede para o último andar da torre. Amy e Joshua vieram logo atrás.

– São quase 20... Estão armados e cheios de homens... Monitores... E... Mutantes?!

– Consegues sentir isso tudo? – Donnie indagou, apanhando a mais baixa de surpresa e fazendo-a dar uma volta violenta.

– Não é bem sentir, está mais para ver... Mas de qualquer maneira, sim... Como é que é possível eu sentir mutantes?! Pensava que éramos os únicos! – Ela perguntou, confusa e chocada.

– Há muitos mais de nós, Nathy. Espalhados por todo o mundo e fora dele, há muitos aliados e até inimigos. Nós somos apenas uma pequena porção da Resistência! E vamos ser ainda maiores... A começar hoje! – Joshua declarou, levantando gradualmente o volume da voz, abrindo os braços enquanto o vento lhe abanava os cabelos.

– Belo discurso, puto, mas acho que era melhor guardares isso para depois da coça... – Donnie disse, fazendo estalar os punhos.

– Oh Marte, Deus supremo da guerra e da destruição, lançai sobre nós o vosso poder e força e sede o nosso oráculo na batalha vindoura! – Amy rezou, abrindo os olhos com determinação.

– Uau... É uma oração e tanto, hã? – Natasha sorriu e ajoelhou-se com um joelho no chão.

– Ativar Mutação! – Amy e Donnie gritaram, os fatos aparecendo. Totalmente negros, com as marcas brilhantes e algumas pedras brilhantes. As de Amy eram pequenas esferas prateadas e as de Donnie eram losangos violeta.

– Vamos lá partir uns brinquedos! Ativar Mutação! – Joshua juntou as mãos, sendo envolvido por uma luz esverdeada. Dois círculos juntos, parecendo um símbolo do infinito, de um verde-alface vivo. O cabelo estava dentro de uma touca com o fim afunilado e os óculos de aviador tinham sido substituídos por um par de óculos meios transparentes, esverdeados.

– É... É isso que vamos ver! – Natasha colocou o pé na berma do edifício e deu um ligeiro balanço para trás.

– E-ei! – Donnie tentou dizer algo.

– Nathy! – Joshua quis chamá-la.

– NÃO! Não, não, não, não, não! – Amy britou, rapidamente.

Ela apenas sorriu e saltou para a frente, caindo no vazio. Um raio azul-claro rasgou o céu, explodindo com um dos aviões. A luz começou a pairar em frente aos três, revelando uma Natasha de braços cruzados e sorriso zombeteiro. Tinha um top azul com três pedras: uma oval no centro e mais duas, uma em cima e outra em baixo. Tinha uns calções bem curtos e justos, um cinto preso por duas pedras, segurando uma espécie de capa que lhe partia da cintura e ia até aos pés. Botas desde um pouco acima dos joelhos, com um leve salto e luvas com boca-de-sino que lhe chegavam a levemente abaixo dos ombros. Tinha um colar em forma de estrela com uma pedra azul-clara translúcida, com um rebordo de prata. Um adorno parecido prendia-lhe as mechas mais curtas atrás da cabeça. – É assim que se faz! – Pousou o pé na borda do edifício e deu um ligeiro impulso, saltando alto e furando outro avião, e mais outro e outro; tudo enquanto era envolvida naquele meteoro de luz. – Vão ficar aí especados ou vão ajudar-me?! – Gritou, indignada.

– Já vamos, Kitcat! – Donnie riu e cutucou Amy, que lhe assentiu e criou concentrou as barras de ferro atrás de si num disco fino e largo. Ambos saltaram para cima dele e a loira fê-lo levitar, ajudando o moreno a ter um meio de diminuir a distância entre eles e os aviões. Enquanto Amy manobrava a plataforma e aumentava a velocidade, Donnie fazia a mira e disparava contra os aviões, explodindo-os. De cada vez que um avião explodia, uma ou duas pessoas caiam, escondendo-se nas sombras, esperando pelo momento certo para atacar o quarteto.

– Vão deixar alguma diversão para mim? – Perto de Natasha, um raio esverdeado bateu contra uma frota de 4 aviões, desfazendo-o em pedaços. Desses nada saiu, apenas pedaços queimados do avião e cinzas.

– Uau... Carbonizaste totalmente aqueles monitores... – Natasha cumprimentou Joshua, que lhe sorriu e fez uma vénia. – Então tu não dominavas plantas?

– Também expludo coisas! – Disse, rindo um pouco. – Queres ajudar-me? Dava-me jeito mais poder de fogo!

Ela assentiu e então fizeram um fist-pump, os punhos envoltos em chamas. Rapidamente foram envolvidos totalmente pelas chamas, as únicas coisas visíveis sendo dois segmentos de chamas no lugar dos olhos. Os de Natasha azuis e de Joshua verdes. Disparando pelos céus, queimavam tudo o que lhes viesse pela frente. Amy e Donnie apenas conseguiam observá-los de boca aberta, demasiado impressionados para dizer algo. – Obrigada, Marte... – Amy murmurou, com os olhos a brilhar de entusiasmo.

Ambos se começaram a cansar e pairaram até à plataforma, que Amy tinha ampliado, pousando ali. As chamas dissiparam-se. Natasha deu um suspiro aliviado e contente, com as mãos nas ancas, enquanto que o de Joshua foi um exausto e trémulo, o moreno caindo de joelhos. A ruiva baixou-se à altura dele. – O que foi, Joshua? Murchaste...

– Eu só... Estou um pouco... Ufa! Cansado... – Arfava entre as palavras, suando levemente.

Ela virou-se para os mais velhos, apontando para Joshua com o indicador. – Ele é pirofóbico?

– Não, não! Ele é mais um piro-desajeitado! – Donnie deu um meio-sorriso, desativando a sua mutação, seguido dos outros três.

– Não devíamos ter feito isto! – Natasha virou-se bruscamente, com a mandíbula travada e os punhos cerrados.

– Eh? Porquê? – Joshua perguntou, com Amy e Donnie mantendo-o de pé.

– Ainda não acabou, insetos! – Uma nova voz bradou, e uma sombra ergueu-se no céu.

– Digo o mesmo! – Natasha puxou o punho para trás, pronta a revidar o ataque que sabia estar prestes a ser desencadeado.

Logo a batalha começou.

Mais de 20 Monitores de altos cargos e mutantes a rodeavam, em direção ao chão. Assim que aterraram, ela foi recebida com vários raios deluz que lhe passaram rente, fazendo um corte no seu casaco.

Ela rosnou e lançou-se a ele, começando a distribuir punhos pelo seu corpo, deixando-o sem ar e logo dando um pontapé com o calcanhar, mandando-o contra um edifício e deixando-o inconsciente.

O mesmo se seguiu com todos os outros, até que só sobrou um. Uma, mais especificamente. Cabelos castanho-escuros ondulados com as pontas loiras que lhe tapavam levemente o rosto, as mechas finas e cheias de gel. Os olhos com uma maquilhagem pesada e com um desenho de gota na bochecha esquerda, na cor prateada. Tinha um fato de licra justo com vários cilindros com aspeto de serem feitos de metais variados espalhados pelo fato. Ela tinha um sorriso maníaco enquanto se aproximava da ruiva.

Ela engoliu em seco, fuzilando-a com o olhar. – Ativ-

Antes que pudesse dizer algo foi atingida por várias estrelas da manhã de ferro no abdómen, sendo lançada para longe e ficando com vários ferimentos graves. Tossiu um pouco de sangue e olhou para cima, vendo de longe os seus amigos prestes a ir ao seu auxílio. Trancou a mandíbula, fazendo uma cúpula de grades de metal erguer-se à sua volta.

Inspirou fundo e expirou fumo, encarando a mulher com um olhar determinado e astuto. Levantou-se, ignorando a dor e o sangue que escorria pela sua barriga e encharcava as suas roupas e abriu os braços com um sorriso igualmente malicioso. – Ativar Mutação... Fogo! – O seu fato apareceu novamente, mas desta vez tinha pedras vermelhas, com várias proteções de pedra nas juntas e um longo cachecol laranja, com as pontas em chamas. Os seus olhos eram cor de rubi, com um brilho ardente e apaixonado.

– Usar fogo contra metal? Por favor, eu tenho poder sobre o Potássio, o metal mais reativo de todos! Como podes ser assim tão estúpida, miúda? És mesmo uma novata! – Riu-se com desdém, formando lâminas nas suas mãos.

– Faço minhas as tuas palavras, Kariumu no Majo. – Ela pronunciou, falando na sua língua mãe, dando um sorriso ao ver a cara confusa da sua oponente.

– Tch. Não me tentes distrair, não vai resultar! – Levantou o braço e deu um grito bélico, descendo a lâmina com força com a intenção de lhe acertar.
Teria acertado em cheio, se não fosse o facto de ela ter tornado o seu corpo em pura chama. A mulher recolheu a lâmina, sentindo-a começar a queimar e vendo as pontas negras e corroídas.

O corpo da ruiva voltou a tornar-se material, revelando o sorriso zombeteiro dela. – “És mesmo uma novata”, cota! – Provocou e lançou-se para a frente, acertando-lhe com um gancho de direita, com o punho envolto em chamas. Correu para o sítio onde ela iria aterrar e recebeu-a com um pontapé de bicicleta no estômago, lançando-a para o ar. Saltou bem alto e concentrou-se, criando uma esfera de fogo de quase 100 vezes o seu tamanho. – O teu elemento é o Potássio, hã? Bem, eu estou a usar o fogo, novata! O fogo é a luz, a chama, a temperatura, o imaterial! Enquanto o metal é apenas uma matéria maleável... Que as minhas chamas de raiva te queimem até ao fogo do inferno, bruxa! – Atirou-lhe a esfera, criando uma cratera ardente que pouco tempo depois de apagou com a sua vontade. Tudo o que restava da “bruxa” eram cinzas e Pedras carbonizadas de Potássio. Voltou para o pé dos amigos, revertendo as grades para a sua forma original.

Sorriu e fez uma vénia. – Para mostrar que não sou novata, eis o grande final! – Envolveu o seu corpo em chamas e subiu até estar à frente da lua que já brilhava alta. Soltou as chamas, cada uma seguindo um caminho diferente e a um determinado ponto espalhando-se em várias cores. Desativou a sua motivação em plena queda e aterrou ajoelhada. Levantou-se e abriu os braços. – “’cause baby, we are fireworks!” – Fez os amigos rir e não pôde evitar sorrir ao seu envolvida num abraço de grupo com os fogos de artifício como fundo.


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Notas finais do capítulo

Comentários são bem-vindos! E se quiserem, um favorito e uma recomendação não fazem mal a ninguém... 6.6



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