BioMecha (Versão Alpha) escrita por Guilty Pleasures


Capítulo 4
Demons - When the Days are Cold - Part I


Notas iniciais do capítulo

Bem... DESPOIS DE UMA LONGA AUSÊNCIA EU ERGO-ME DAS MINHAS CINZAS E POSTO UM NOVO CAPÍTULOOOO!

Então, é. A fic entrou num novo arco. Saímos do arco d' "A Cidade Quebrada" para o arco Demons", inspirada na música do mesmo nome, da banda Imagine Dragons!

Bem, este capítulo é mais curto porque tive de o dividir em duas partes... Eu queria os meus capítulos com 4000 palavras em média, mas estão-me a faltar cerca de 900 e sinto-me tão mal por isso! T^T
Anyway, quero agradecer aos meus três amigos maravilhosos que lêem a história! Nutella pra vocês todos!!!! (Também gostava de te rum feedback vosso aqui, hã?)
Bem, chega de paleio. Aproveitem!!!



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Arrumar malas, listar mantimentos, juntar mapas.

Motivo? O início da jornada.

Estavam a começar a preparar-se para partirem. A primeira paragem seria o setor ε, Ípsilon, outrora conhecido como o estado americano de Chicago. Ao parecer, iriam abastecer-se e reunir informações, assim como atualizar-se.

O problema era partir. Nenhum deles queria ir... Mas mesmo assim, queriam ir!

Tinham de se preparar mentalmente, principalmente para o frio. Sim, frio. Neve, gelo. Todos os setores têm uma cúpula meteorológica que lhes concede um tempo específico. No caso do setor Épsilon e Gama, estaria frio 75% do ano com neve, ventos fortes, chuva e granizo. Mas devido à barreira da Cidade Quebrada estar partida, esta estava sob os efeitos das condições climatéricas extremamente más.

De momento, estavam na sala, a ver um filme e a comer pipocas – Eram mais pipocas no sofá, no chão e no estômago de Inu do que propriamente na taça, mas isso é de menor relevância. Da esquerda para a direita, eram Donnie, Natasha, Joshua e Amy, com os cães aos seus pés. Exceto Mayla e Snowball, que estavam, respetivamente, sobre as pernas de Natasha e Joshua e no colo de Amy, viradas uma para a outra, como se conversassem. Estavam a ver “Charlie e a Fábrica de Chocolate”, um clássico que todos eles apreciavam. Natasha mantinha a cabeça no ombro de Joshua, lutando para que as suas pálpebras não se fechassem. Joshua notou isso e tocou-lhe no braço com o dedo.

– Hey, se estiveres muito cansada ficamos por aqui. – Joshua sussurrou e ela negou levemente com a cabeça, coçando um olho.

– Não, deixa estar... Não seria justo da minha parte... – Bocejou, pestanejando lentamente.

– E não seria justo da nossa desintegrar-te os olhos... Vamos lá. – Donnie pôs o filme em pausa, o que fez Pointer acordar de repente, contente. É, ele não tinha muito boas experiências com doces, principalmente chocolate...
O moreno colocou um braço ao redor das costas dela e outro debaixo dos joelhos.

– Upa! - Mayla aninhou-se no colo de Joshua enquanto o moreno mais velho a pegou ao colo, levando-a para o quarto.

– ...Obrigada... – Murmurou, baixinho, entrelaçando as mãos sobre a barriga. Pousou a cabeça no ombro do moreno, fechando os olhos.

– Não tens nada que agradecer, Kitcat... - Respondeu, abrindo a porta do quarto que a ruiva partilhava com Joshua. Com cuidado pousou-a sobre a cama, sentada. Pegou numa camisola comprida e num par de calções que estavam sobre a cama, pousando-os ao lado de Natasha e começou a tentar tirar-lhe as roupas.

– He-hey! O que é que pensas que vais fazer, Donnie?! – Perguntou, envergonhada, segurando as roupas que vestia firmemente contra o corpo.

Ele riu levemente e suspirou, encostando o indicador à testa dela. Tinha um olhar sábio e compreensivo no olhar. – Nathy, eu sei que é estranho e tudo, mas ouve: eu já tenho 18 anos. Já acabei a escola, não tirei curso superior porque não pude. E já fiz babysitting a muita gente, quer rapazes, quer raparigas e até bebés e idosos! E não é uma mutantezinha ruivinha, assanhadinha e com soninho que vai levar a melhor de mim! Anda lá, despe isso, eu viro-me de costas, se te deixa mais confortável... – Dito isso levantou-se e fez como tinha dito, virando-se de costas.

A ruiva assentiu de maneira preguiçosa, despindo-se lentamente e vestindo o pijama ao mesmo ritmo. Bocejou e espreguiçou-se quando acabou, coçando um olho. – Já está, Gami-nii... – Disse, cansada.

Ele virou-se, uma expressão confusa no rosto. – “Gami?”

Ela pareceu despertar um pouco, uma expressão envergonhada no rosto. – De-desculpa... Por momentos pensei que eras o Yagami... – Admitiu, baixando o rosto e mexendo os dedos nervosamente.

Ele riu e deu a volta à cama, abrindo as cobertas do lado da porta. Ela engatinhou para lá, refugiando-se nas cobertas quentes e macias. O mais velho cobriu-a, aconchegando-a bem e logo se sentou na cama, com uma mão sobre os cabelos dela, afagando. Tinha um sorriso carinhoso no rosto. – Ele é o teu irmão mais velho, não é? – Ela olhou-o impressionada.

– Como é que sabias? – Perguntou, curiosa.

Ele piscou um olho. – Consegues guardar um segredo do crominho?- Ela sorriu um pouco e assentiu. – Eu não sou filho único. Tenho 3 irmãos: um mais novo e dois mais velhos, cada um de nós com um ano de diferença! – O sorriso da ruiva aumento, acompanhando o do moreno.

– Então tu és como eu! Bem, tecnicamente eu só tenho um irmão mais velho... Nós somos trigémeos, mas um de nós era o chamado “gémeo falso”, além de ter crescido mais rápido e crescido mais, então os meus pais registaram-no com uma data e ano de nascimento diferente... E eu vim ao mundo antes do meu “gémeo verdadeiro”, então tecnicamente sou mais velha do que ele... Mas para nós não interessa! Somos gémeos e pronto! – Disse, sorrindo entusiasmada, inspirando profundamente no final, sem fôlego.

O moreno riu e desarrumou-lhe os cabelos. – É, nós somos todos diferentes... A única coisa que nos une é o apelido... Além de termos herdado a mutação de água da nossa mãe, então todos conseguimos respirar debaixo de água e nadar bem...
Ela olhou-o espantada. – E-então vocês já nasceram mutantes?!
Ele assentiu. – Yep! Hoje em dia pode-se nascer mutante, além de herdar mutações dos pais... – Reparou que ela tinha ficado triste e sorriu, compreensivo, sabendo exatamente porquê. Continuou a afagar-lhe os cabelos. – Olha, eu já percebi que só tu é que és mutante, na tua família... Mas não te preocupes, porque isso não é mau! Muito pelo contrário! Tu és especial, e tens o poder para os proteger! E isso é inigualável... – Ela sorriu-lhe agradecida e ele devolveu o sorriso, baixando-se para estar cara-a-cara com ela. – Sabes que eu gosto muito, muito de ti e te considero a minha irmãzinha, certo? – Ela arregalou os olhos, corando levemente e deu um grande sorriso. Donnie sorriu carinhosamente e beijou-lhe a testa, abraçando-a quando esta esticou os à sua volta. – Vou estar sempre, sempre aqui para ti, Natasha... Não hesites em pedir-me ajuda, está bem? Imoutou-chan. – Disse o último com pronúncia em inglês, fazendo a mais baixa rir de forma cansada. Permaneceu assim durante uns minutos, acariciando-lhe os cabelos. Começou a afrouxar o abraço, pousando a cabeça da ruiva na almofada e pondo-lhe os braços debaixo das cobertas. Sorriu-lhe de forma doce e deu-lhe um beijo longo na bochecha, acariciando-lhe os cabelos mais uma vez. Antes de sair do quarto, sussurrou-lhe palavras doces ao ouvido. – Sleep tight, sweetie... – Saiu do quarto, com cuidado para não fazer barulho e assim que fechou a porta falou, de maneira ameaçadora, apontando um dedo. – Nem. Piem! – Abriu a porta do quarto adjacente, sendo este o seu, fazendo o movimento de quem ia batê-la, mas logo fechando-a devagar, lembrando-se de que a ruiva ainda dormia.

A loira e o moreno olharam um para o outro, gritando de maneira muda, achando a cena extremamente enternecedora. O mais baixo olhou apenado para a taça de pipocas nos seus braços. – Amy... Fazes bolas de pipocas? Assim comemo-las ao pequeno-almoço antes de ir... Fazes, fazes? – Pediu, sorrindo, com os olhos a brilhar.

A maior riu e abraçou o mais pequeno. – Claro que sim, fofinho! Anda lá... – Colocou as mãos nos seus ombros, guiando-o até à cozinha. – Mas depois vais para a cama! – Ela disse, logo rindo ao ouvindo-o protestar.

Com as pipocas juntas, levaram-nas ao forno. Enquanto esperavam resolveram ver o resto do filme. Já era de madrugada então, já que tinham passado todo o dia a fazer os últimos preparativos, Joshua também se rendeu ao sono. Amy pensou deixá-lo no sofá, já que o tinham modificado para ser bom para dormir, mas pôs a ideia de lado ao ver o pequeno moreno a procurar algo com os braços, apoiando-se no antebraço e coçando os olhos. – Nathy...? – A voz dele, cansada e ensonada, fez a loira suspirar levemente e pegar nele, ficando uns momentos no mesmo sítio, a cara vermelha de esforço.

– Bem, bem, alguém, aqui, está a ficar gordo! Felizmente comida não nos falta... – Falou consigo mesma, carregando o moreno até à porta do seu quarto, parando, olhando para ela. – E agora, como é que eu vou abrir isto?! – Continuaria a reclamar se não fosse Inu a andar até lá e abrir, com as patas, a porta do quarto do dono, indo enrolar-se no chão, com Mayla a segui-lo e deitando-se ao lado dele. Deu um sorriso satisfeito e entrou no quarto, colocando Joshua diretamente na cama, visto que ele tinha estado de pijama toda a tarde. Assim que ela o colocou sobre o colchão ele pôs os braços à volta da ruiva, pousando a cabeça nas suas costas e sorrindo levemente durante o sono. A loira sorriu enquanto aconchegava o mais novo. – Sabes, miúdo... Estás diferente desde que chegaste... Tu mudaste, e para melhor... Passaste a confiar em nós e abriste-te tanto connosco que... Agora, nem da Nathy és capaz de te separar... Nós vamos proteger-te, pequenino... Eu, o Donnie e a Nathy, também... Don’t ever forget us, sweetheart... – Depositou um beijo na cabeça do moreno e afastou-se um pouco para comtemplar a figura dos dois, sorrindo. Pegou Snowball ao colo e afagou a cabeça de Pointer, que tinha estado ao lado da ruiva até ao momento. – Anda, rapaz, já podes ir descansar! – O canino de pelos longos colocou uma pata sobre o braço dela, como se a chamasse. Ela baixou-se e ele levantou as patas, colocando-as sobre os ombros dela. Amy riu silenciosamente e fez carícias nas orelhas de Pointer. Levantou-se e saiu do quarto, com o cão a segui-la. Abriu um pouco a porta do quarto de Donnie, que se estava a pôr debaixo dos cobertores. Pointer entrou e foi deitar-se ao lado do dono, colocando a cabeça na curva do pescoço dele, com as orelhas baixadas. – Boa noite, Donnie.

– Boa noite, Amy... – Respondeu, sonolento, acenando brevemente.

A loira assentiu e fechou a porta. Entrando no seu quarto, foi vestir o pijama, deixando Snowball no seu cestinho. O quarto era totalmente forrado com um papel de parede com um padrão do pôr-do-sol; o chão forrado com uma carpete cinza com “Hello Kitties” em todo o lado. A cama era igual à de uma princesa, com as costas acolchoadas, em tecido branco; com uma colcha prateada por cima, com desenhos pretos no fundo. O quarto tinha um armário enorme, branco e com detalhes dourados, com várias fotografias penduradas. A mais recente sendo uma dela e de Natasha a usar as roupas de Donnie e Joshua, respetivamente. De resto, havia uma escrivaninha de mogno encostada à parede, prateleiras rosa-bebé e várias estruturas metálicas, além de vários arrumadores brancos, cheios de materiais de pintura, escultura, costura, disfarces, brinquedos para Snowball, acessórios, etc. Ela abriu as cortinas de tule à volta da sua cama e pôs-se dentro dos lençóis, sentada na cama. Tirou uma escova da gaveta da mesinha de cabeceira e desapertou o rabo-de-cavalo, desfazendo o caracol e, depois de escovar os fios dourados, abanou a cabeça, fazendo esvoaçar os cabelos ondulados. Guardou a escova e tapou a boca ao bocejar, apagando a luz e deitando a cabeça na almofada.

– Dorme bem, Snowball... – Recebeu um ganido como resposta e fechou os olhos, adormecendo, fazendo o silêncio reinar naquela casa.

De manhã, dizer que “a coisa estava negra” era pouco.

– INU! ANDA CÁ, SACO DE PULGAS! – Amy corria pela sala, com Donnie no seu encalço, ambos atrás de Inu. O Akita trazia na boca os óculos de Donnie e um par de luvas de Amy.

O moreno ia sendo arrastado pela loira, agarrando-se à barra do casaco rosado dela, visto que sem os óculos não via nada. Amy deitava fumo pelas orelhas. – SEU RAFEIRO DE MEIA CHÁVENA! ESSAS SÃO AS MINHAS MELHORES LUVAS! OU AS LARGAS OU FAÇO UMAS CONTIGO! VAIS VER CO-

– Inu, já chega. – Natasha baixou-se à altura dele, e o cãozinho parou de correr, colocando-se nas patas traseiras e apoiando as da frente nos joelhos dela, a cauda entre as pernas e as orelhas baixadas, ganindo. Ela afagou-lhe a cabeça e esticou a mão em frente à boca dele. – Eu sei que não queres, mas não podes fazer isso.

Agora sê um bom menino e dá-me. – Ele baixou a cabeça e largou as coisas na mão da ruiva, que lhe afagou a cabeça, entre as orelhas. Ela levantou-se, devolvendo os pertences aos donos. – Desculpem lá... Ele não quer ir-se embora... Devias tratar o teu cão com mais disciplina, Joshua. – Ela disse, virando-se para o moreno que tinha entrado na sala para ver o que se passava. Ele apenas pestanejou, atónito, pegando no seu cão e saindo da cena.

Donnie colocou os óculos, fazendo um som de nojo. – Oh, que nojo! Estão cheios de baba! – Deitou a língua de fora, correndo para a casa de banho para lavar os óculos.

Amy deu um salto no ar com um sorriso de orelha a orelha, calçando as luvas com pelo nas pontas, abanando os dedos com entusiasmo. – Yay, luvinhas quentes e giras!

A ruiva riu um pouco, indo para o sofá e atirando-se para ele, deitada, com o antebraço sobre os olhos e o outro braço na barriga. – Lá vamos nós outra vez, Mayla... – Disse, ao sentir a cadela subir para o sofá e deitar-se sobre a barriga dela. Ficou a fazer festas à cadela até o seu ombro ser levemente abanado por Donnie.

– Já está na hora, Kitcat. Vamos. – Ela assentiu levemente, levantando-se e seguindo o moreno até fora do “apartamento”.

Logo estavam em frente ao elevador. Ela não conseguiu evitar um sorriso. – Ai, eu adoro esta coisa! – Entraram os quatro, logo indo ter com Amy e Joshua que estavam à espera deles na sua “garagem”.

Lá, dentro da divisão compacta, escura e fria de concreto, havia dois veículos semelhantes a motas, estacionados. Eram simples e inovadoras ao mesmo tempo, com aquela vibração futurista a que a ruiva se tinha convencido a habituar. De metal pintado de uma negra e fosca, com uma luz ou outra a espreitar desde as juntas da carroçaria. O guiador tinha o painel de controlo tátil incluído, com o velocímetro, o indicador do nível de combustível, conta-quilómetros; tudo convenientemente arrumado numa pequena pasta no ecrã. As rodas eram grossas e tinham jantes com um belo padrão, os raios perfeitamente polidos. Os assentos eram bem acolchoados, longos o suficiente para caberem duas pessoas. No geral, pareciam ser tiradas do filme “TRON: Legacy”, mas com alterações significantes.

Donnie e Amy apressaram-se a sentar-se no lugar da frente, colocando os capacetes. A loira sorriu ao moreno mais novo, que quase não se aguentava de tão entusiasmado. Amy deu-lhe um capacete e ele logo o colocou, sentando-se atrás dela e apertando os braços à volta da sua cintura. Natasha fez o mesmo, hesitando e tentando não rir ao olhar para Donnie. Não é todos os dias que se vê um cromo da tecnologia a andar de mota!

Assim que se acalmou colocou o capacete, sentou-se e agarrou-se a Donnie. – Eu não te deixo cair, tem calma. – Ele assegurou-lhe, sorrindo.

Ela devolveu o sorriso. – Quem disse que eu acho isso? Só te estou a agarrar para te sentires mais seguro, Donnie-boy! – Ela conseguia sentir a aura sanguinária que ele emanava, mas nada disse.

As motas tinham também um compartimento extra de cada lado, para onde os companheiros caninos não demoraram a saltar, indo também na viagem. – Estamos todos? Ótimo, vamos lá. Amy, o portão, se não te importares. – Donnie pediu, cordial, fazendo a loira rir levemente. Ela pressionou alguns símbolos no painel e logo um portão se começou a abrir, trazendo luz à divisão. Eles ligaram os veículos com um rosnar baixo dos motores e logo se puseram a subir a rampa que dava acesso ao exterior. As ruas, edifícios e lojas transformavam-se em simples borrões perante a velocidade daquelas maravilhas da tecnologia. A ruiva não conseguia conter o sorriso rasgado que lhe adornava o rosto, sentindo o vento percorrer-lhe todo o corpo. Os outros três logo se juntaram a ela assim que passaram os portões velhos e ferrugentos da cidade, a alegria de saírem da cidade invadindo-os por completo.

O caminho à frente deles era tal e qual o que a ruiva tinha feito ao chegar à Cidade Quebrada: terra batida, seca e árida. Era tudo o que se podia ver no vasto terreno por onde eles andavam, estendendo-se até ao horizonte infindável.

– Donnie! Donnie! – Amy chamou o moreno, que a olhou de relance, mantendo-se com os olhos na “estrada”. – Podemos ligar “a coisa”? Vá lá! – Ela pediu, manhosa, e ele sabia que ela estava a fazer beicinho e olhos de cão sem dono mesmo que não a olhasse. Suspirou e sorriu.

– Está bem... Ativar discos anti gravitacionais! – Premiu um símbolo no ecrã e as bordas das jantes começaram a brilhar e as motas a flutuar uns centímetros acima do chão. Os mais novos ficaram surpresos e agarraram-se com mais força aos mais velhos quando sentiram os veículos dar um solavanco para a frente ao acelerar. Os vidros da frente começaram a crescer, fazendo uma cobertura sobre eles. Ambos começaram a relaxar e a dar urros de entusiasmo, rindo alto com os “loops” que os mais velhos faziam, eles próprios rindo com as brincadeiras.

Ficaram assim, apenas a conversar e a brincar até que começou a anoitecer. Avistaram uma estação de serviço abandonada e lá passaram a noite. Colocaram as motas dentro da pequena garagem da estação e sentaram-se num cantinho da sala dos empregados, todos juntos e encolhidos uns contra os outros debaixo de um só cobertor.

– Alguém quer esclarecer alguma coisa antes de irmos? – Donnie perguntou, o cansaço evidente na voz. Olhou para a ruiva. – Kitcat?

A ruiva manteve-se calada por uns segundos, hesitando em falar. – Como... Como são as cidades dentro das barreiras? E... Como é que vai ser quando lá chegarmos? – Perguntou, a voz baixa e frágil no escuro.

A loira fechou os olhos. – Bem, o setor ɛ é muito frio. O tempo é seco, com neve e vento, também é conhecido como “O Setor Branco” por causa disso... É um setor razoável em termos de desenvolvimento, mas tem vários sítios contemporâneos: pubs, tabernas e sítios quentes no geral são abundantes por lá! – Ela explicou, recebendo um som afirmativo da mais nova.

– Bem, vamos ter de nos alojar num hotel e investigar sobre os Ativistas. – Donnie disse, bocejando no final.

A ruiva olhou-o confusa. – “Ativistas”?

– São a Organização por detrás do ataque do outro dia. Por enquanto é tudo o que precisas de saber... Bem, já é tarde... Boa noite... – Joshua explicou, bocejando. Encostou a cabeça ao ombro da ruiva, assim como os outros. Ela apenas sorriu ao ver que eles tinham adormecido rapidamente. Encostou-se a eles, aconchegada no calor do seu lar.

– Está frio, aqui...


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Notas finais do capítulo

Capítulos gordos, hã?



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