Entre Irmãos escrita por amanda c


Capítulo 21
Vigésimo Capitulo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Esse capitulo é para explicar algumas coisas - ou fazer mais perguntas nas cabecinhas de vocês e.e nao sei kk - e para também desfocar um pouco da história do manga.
Eu fiz as contas e acho que o capitulo tera 25 capitulos, ou sejá tera apenas mais cinco capitulos *-* kkkk
Espero que gostem do capitulo e o próximo só sairá na próxima semana. Beijos e boa leitura ♥



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Vigésimo Capitulo - Keiko Meriola

Alguns dias já haviam passado desde quando Hannah havia resgatado a frágil garotinha.

Inconsciente, a garotinha era alimentada por uma jovem garota de cabelos negros e longos. Suzume, filha de Hanna, não era uma maga como sua mãe, porém tinha o dom da paciência e da solidariedade, ajudando a todos que precisavam.

Certo dia a garotinha acordou assustada sem entender onde estava e o que havia acontecido. Graças ao trauma de perder os familiares sua mente bloqueou suas memorias.

A garotinha não se lembrava de nada, tão pouco seu real nome.

– Keiko – Hannah disse sentada na cadeira de balanço. Suzume, que estava sentada ao lado da cama da criança franziu o cenho contrariada.

– Mas okasan – ela disse colocando a vasilha de sopa no colo – Ela deve ter um nome de verdade.

– Não me importo – Hannah disse se levantando com calma da cadeira e andando em direção a criança – Seu nome, menina, será Keiko Meriola – o siginificado de Keiko é alegria, algo que Hannah gostaria de desejar para a sobrevivente daquele fatídico desastre.

Keiko, por sua vez, estava tonta e com dor de cabeça com aquela informação. A garota ao seu lado dizia que ela já tivera um nome, porém não se lembrava dele e agora aquela senhora a batizava com um novo nome.

– Obrigada – ela agradeceu se sentando na cama e encarando as duas mulheres. Suzume deveria ter quase vinte, enquanto Hannah beirava os oitenta.

Anos haviam se passado e agora Keiko conseguia se movimentar e brincar normalmente como qualquer criança. Tratava Hannah e Suzume como sua família e ambas a tratava como integrante dela.

Naquele dia Hannah ensinava magia d’água para Keiko; a velha dizia que era preciso se defender e ser forte para que nada de ruim acontecesse, porém em um movimento errado Keiko bateu com força sua cabeça ao cair no chão.

Uma avalanche de memorias indesejadas e um aperto doloroso no coração da menina vieram a tona graças a pancada. Seu cérebro havia bloqueado as memorias na tentativa de não provocar algum tipo de trauma, porém ao bater a cabeça o bloqueio foi rompido e as memorias voltaram rapidamente.

– Filha – a velha disse arrastando os pés no chão e se aproximando da menina deitada no chão. Keiko estava paralisada e inconformada com o que havia lembrado.

– Eiko – ela disse se sentando na grama e alisando o local que havia machucado – Meu nome é Eiko Fullbuster.

Hannah parou de andar e encarou a menina de olhos arregalados. Os olhos puxados de Hannah demonstravam um certo pânico por descobrir que sua filha mais nova havia se lembrado do passado.

– Acho que precisamos conversar, minha querida – disse respirando fundo e ajudando a garota a se levantar, para então voltar para casa. Hannah explicou com os mínimos detalhes o que havia acontecido naquela noite e se defendeu por não ter contado antes a história à ela.

– Isso não muda muita coisa – Keiko disse dando de ombros depois de ouvir toda a conversa da mãe – Continuarei a ser sua filha e sua aprendiz. Posso ter um irmão, porém Suzume sempre será minha amada irmã. Vocês são minha família agora.

~*~

Chovia muito e trovejava. Ao lado do tumulo de Kazou, irmão mais velho de Suzume, estava agora o tumulo de Hannah. A mulher havia falecido por conta da idade. Antes de falecer fez um pedido para suas filhas:

– Sempre faça aquilo que lhe deixe feliz.

Suzume não conseguia mais chorar. Estava ajoelhada na terra ao lado do buraco recém coberto apenas observando o que estava escrito na pedra escura. Keiko chorava e agradecia por estar chovendo naquele momento, pois assim ninguém notaria suas lagrimas.

Porém ao levantar a cabeça notou que havia quatro pessoas a observando mais ao fundo do cemitério. Não quis se mover, tão pouco descobrir quem eram.

– Vamos para casa – Suzume disse se levantando e limpando o vestido preto sujo de terra molhada. A jovem resmungou e pediu para que a irmã esperasse por mais alguns minutos. Queria ficar um pouco mais e a mais velha aceitou, deixando Keiko para trás.

Não notou quando as quatro pessoas se aproximaram mais. Limpou o rosto e engoliu o choro. Caminhou até aquelas pessoas com a pergunta formulada em sua mente “O que querem aqui?”

Porém quando se aproximou deles não conseguiu falar nada. Duas mulheres e dois homens, todos usavam roupas de cores diferentes e aparentemente alegres. Uma das mulheres possuía os cabelos cor-de-rosa e usava um vestido longo e igualmente rosa, já a outra possuía os cabelos curtos e loiros com os olhos brilhantes e assustadores.

Um dos homens era alto e aparentemente magro com os cabelos longos e vermelhos sangue que fez Keiko ter um calafrio na espinha. A quarta pessoa era um homem tão grande que aparentava ser um muro. Os braços deviam ser tão grandes quanto a própria Keiko e sobre a cabeça careca do homem havia uma coroa pequena e prateada.

– Olá Eiko – o homem-muro disse cruzando os enormes braços. Ele fez uma proposta indecente e confusa para a garota, que incialmente se sentiu intimidada.

Participar de uma guilda desconhecida e que aparentemente não possuía muitas pessoas não lhe pareceu o certo a fazer. Recusou o pedido, porém não parou por ai.

Todos os dias durante um mês Keiko recebeu a visita indesejada de um dos integrantes da estranha guilda até que ela cedeu ao pedido e se uniu à Angel Tail.

– Sou Dunn, está é Charry, Azumi e Hidetcka – o homem-muro disse apontando para cada um.

Não pode se despedir de Suzume, pois o quarteto a levou rapidamente para um novo trabalho, onde todos deveriam ajudar um vilarejo. Keiko nos primeiros meses adorou estar na guilda, até receber um trabalho de ter de matar alguém.

– Não vou fazer isso! – Eiko disse engolindo em seco e vendo Dunn pisar com força nas costas da mulher que estava deitada no chão de terra.

– São ordens criança – Charry disse sorrindo estalando o dedo. Uma arvore de cerejeira apareceu passos à frente. Todos então colocaram um tipo de máscara, menos a mulher no chão. Então as flores começaram a soltar um gás rosado, que ao inalar fazia a pessoa ficar inconsciente e em poucos minutos seu coração pararia de bater.

– Por que fazemos isso? – Eiko questionou abraçando os joelhos quando viu a arvore voltar para dentro da terra e a mulher já morta no chão.

– Por quê são ordens – Hide disse batendo na cabeça da menina mais nova e começando a andar e puxar o cadáver da mulher pelos braços até o rio mais próximo.

Depois daquele dia Eiko chorou durante duas semanas. O sorriso cruel de todos que estavam juntos a ela fazia com que Eiko se sentisse sozinha no mundo, porém sabia que se saísse da guilda naquele momento ela iria morrer, ou ser morta.

~*~

Em uma luta Charry acabou falecendo, para o alivio de Eiko, que se sentia pressionada demais com a rosada por perto. Nunca havia desejado o mal de ninguém, porém ao começar a andar tanto com aquelas pessoas começou a pensar do mesmo modo que elas.

Agora só restara Dunn, Azumi, ela e Hidetcka, porém a situação mudou quando um cliente insatisfeito com o trabalho decapitou Dunn na frente dos três companheiros. Aquela cena aterrorizou Eiko, que finalmente voltou a usar seu nome de nascimento.

Inúmeras vezes pensou em sair da guilda, porém nunca conseguiu arrumar coragem e largar aquele maldito oficio sangrento.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?
Vocês teriam a mesma atitude da Eiko e perdoariam a Hannah caso ela não contasse o que havia acontecido antes?
Vocês iriam ceder aos pedidos da Angel Tail? Me contem o que acharam do capitulo ^^