Hate that i love you escrita por Thay Oliveira


Capítulo 22
Primeira vez


Notas iniciais do capítulo

Oii, gente! Primeiramente, isso mesmo, fora temer! Segundamente, eu quero agradecer as mensagens. Recebi tantas mensagens legais e tocantes ♥, não esperava mesmo depois desse tempo que eu fiquei sem atualizar a fic. Muito obrigada, me deixaram com um sorriso bobo no rosto (emoji do macaquinho envergonhado)
Agradecer os comentários também, sempre motiva saber o que vcs estão achando.
Sem mais delongas, vamos ao capítulo!
Grandinho dessa vez.



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   — Droga! — Rachel se jogou no sofá. — Eu não consigo acertar a maldita nota!

   Seu tio levantou do banco do piano e foi até a morena. Ele sentou ao lado dela, cruzou as pernas e, com a maior calma que alguém podia ter, disse:

   — Você está enferrujada. Apenas isso.

   Rachel fez uma careta ao escutar o comentário.

   — Esse comentário não ajudou.

   — Veja bem, não foi uma ofensa. Imagine que você não corre há anos e que num belo dia resolve voltar a correr. Óbvio que não vai obter os mesmos resultados de início. Assim é com a música. Se você não estiver frequentemente exercitando-a, ela se distancia de você.

   — Acho que eu nunca mais vou conseguir cantar como eu cantava. — fez beicinho.

   — Nossa, quem é essa na minha frente? Com certeza minha sobrinha que não é! A minha sobrinha de verdade iria ensaiar mais e mais até conseguir alcançar a nota. Mas parece que ela não está mais aqui.

   Ele levantou e começou a recolher as coisas. Rachel vendo a cena, indagou:

   — Onde você vai?

   Ele parou por um instante para respondê-la.

   — Vou para algum lugar onde meu tempo seja melhor aproveitado. Não vou ficar escutando que não consegue quando sei que você consegue.

  — Acha mesmo que eu consigo cantar como eu cantava?

  — Não acho, tenho certeza que consegue cantar melhor do que costumava cantar.

   Ela levantou e abriu espaço para que seu tio sentasse à frente do piano. Ela  tentou uma vez, duas, três…

 

[...]

 

   — Só pergunte, Kurt. Você está me olhando de uma forma assustadora.

   — Não quero ser inconveniente. — Ele ajeitou seu blazer e perguntou rápido para que Rachel não sentisse o impacto. — Por mais quanto tempo vai esperar?

   — Esperar o que?

   — Vai começar a bancar a tonta agora, Rachel?

   Ela suspirou. Sabia exatamente do que Kurt se referia. Ela fez a pergunta pra si mesma, mais de uma vez e não conseguia achar resposta. Vendo que a amiga não respondia, Kurt falou:

   — Se não quiser falar, não tem problema.

   — Não é isso, é que eu realmente não tenho a resposta. — Ela fixou seu olhar no porta retrato que um dia Quinn tinha elogiado. Por mais que dissesse que estava tudo bem a si mesma, sentia o contrário. Ela queria ter as respostas para todas as perguntas que vinha fazendo a si mesma. Se tinha valido a pena ou não ter conhecido Quinn e está agora sofrendo como nunca sofrera antes ou se conseguiria um dia esquecer essa história e continuar..

   — Eu sinto tanto a falta dela, Kurt, tanto.. mas não consigo tirar da cabeça o maldito beijo! Eu acho que acredito nela, mas acho também que algo mudou depois daquela merda de beijo. — Fez uma careta ao lembrar — Na verdade, tenho certeza. Não sei se consigo tentar de novo, não sei se consigo me dá uma chance para amar da forma que a amei. Era tão mais fácil antes dela chegar, não machucava, não doía aqui.

   Os dedos de Rachel tocaram na direção do peito dela e não demorou muito para sua vista embaçar. Os braços de Kurt a envolveram e assim ficaram por longos minutos.

   — Sabe quando você quer fazer uma coisa, mas algo dentro de você te faz estagnar?

   — Acho que o nome desse sentimento é orgulho.

   — Então eu sou a pessoa mais orgulhosa do mundo. — Disse chorando — Eu quero ver o rosto dela de novo, o olhar.. mas eu tô tão fodida aqui, tão sem saber o que pensar que eu não consigo. Capaz de eu encontrá-la e permanecer em silêncio. Eu realmente não consigo dar voz aos meus sentimentos.

   Ela não conseguia mensurar desde do dia do beijo o que estava sentido. Eram tantos sentimentos juntos. Raiva, decepção, arrependimento, ódio.. tudo misturado a fazendo sentir demais. Ela estava cansada de sentir demais e não conseguir tirar isso do seu peito.

   — E se você escrevesse?

   — como assim? — Rachel depositou sua atenção em Kurt.

   — Você disse que se a encontrasse, não saberia o que dizer. Pensei em você tentar colocar o que sente pra fora de uma forma diferente, talvez uma carta.

   — Eu nunca escrevi uma carta. — Sorriu sem muito humor — E além do mais, não escreveria uma carta para pessoa que escreve muito bem. Seria um desastre. Nossa, um desastre total.

   — Bem, foi só uma idéia — Eu tenho que ir, Rachel. — Dei só uma passada para ver como você estava. Minha casa está um caos por causa do natal. Parentes vão chegar amanhã e eu só quero morrer, porque vou ter que dividir meu quarto com eles.

   — Tudo bem. Eu tinha me esquecido desse lance de natal, papai Noel, ho ho.

   — Você precisa melhorar logo, está refletindo nas piadas.

   Rachel deu língua para ele que retribuiu com um abraço apertado.

   — Fica bem, tá?

   — Eu vou ficar.

   Ela o levou até a porta e se despediu do mesmo. Pensou na ideia da carta e balançou a cabeça negativamente, ela mal sabia onde tinha papel naquela casa.

   Como se fosse um objeto da casa, Quinn estava sentada no sofá. O silêncio se fazia mais presente do que nunca. Finn já estava no dormitório da faculdade, muito provavelmente voltaria para Lima neste natal. Santana fez questão de convidar Quinn e Brittany para passar o natal na casa de seus pais. Brittany não pensou duas vezes e disse sim. — Mais de uma vez, vale ressaltar a alegria genuína da atendente. — Em contrapartida, Quinn agradeceu, porém disse que queria um tempo só para ela, que estava precisando e que talvez isso a ajudasse a colocar os pensamentos nos trilhos novamente.

   Ela estava quase que três horas perdidas em pensamentos, quando Freddie lambeu sua mão a despertando de seus devaneios. Foi inevitável uma careta ao sentar- se mais aprumada. Afagou Freddie e levantou rápido. Precisava espairecer, andar como fazia quando morava em Lima, precisava sentir o vento tocar seu rosto e sentir-se pertencente a esse mundo.

   Pegou o casaco e quase cedeu ao olhar pidão de Freddie pedindo para ir, porém decidiu ir sozinha. Estava frio demais para Freddie.

   Estava mais que frio, NY estava congelante! Apesar de ser uma época movimentada na cidade, havia poucas pessoas na rua por conta da quantidade de neve que caía. Ela pensou em voltar e ficar em seu apartamento aquecido. Em vez disso, colocou suas mãos dentro do bolso do casaco e andou pelas ruas de NY.

   Quanto mais ela andava, mais ela se sentia bem. Estava tanto tempo olhando para as mesmas coisas, as mesmas pessoas, só agora entendia que uma pausa de tudo era necessária. Entrou num restaurante que não conhecia, de uma rua que nunca havia passado antes e sentou numa mesa para dois. Era um restaurante japonês e Quinn, absorta em seus pensamentos, só percebeu isso quando a atendente veio até ela vestida com um kimono. Ela nunca tinha provado da gastronomia japonesa e pediu que a atendente sugerisse algo para ela. A atendente sugeriu um que ela disse que não tinha como Quinn não gostar. Quinn aceitou a sugestão e esperou. Não muito, logo o prato dela estava sobre sua mesa. Ela olhou os dois pauzinhos que estavam do lado e sorriu sem graça, porque não sabia comer com eles.

   — Quinn?

   Quinn escutou uma voz conhecida,subindo o olhar da comida para a dona da voz. Era Marley que vinha da direção da entrada.

   — Oi, Marley. Como você está?

   — Com muito frio  — se abraçou, tentando se aquecer. — Acho que toda a população novaiorquina está assim hoje.

   — Sim, repensei umas duas vezes antes de sair de casa.

   Quinn esperou Marley falar, mas ela estava tímida e tudo que conseguiu foi baixar a cabeça.

   — Veio almoçar? — Marley perguntou o óbvio olhando para o prato de Quinn.

   — Ah, sim. Quer dizer, tô tentando. Minha primeira experiência com comida japonesa.

   Marley a olhou surpresa.

   — Sério?

   — Seríssimo! — Riu da sua falta de habilidade com os hashis.

   — Eu posso te ensinar. — Falou tão rápido que Quinn levou um susto com a proposta. Vendo isso, Marley se apressou em contornar a situação. — Você deve está esperando alguém, né? Olha eu sendo toda inconveniente. Eu vou indo..

   — Fica. Eu não estou esperando ninguém e preciso de ajuda com isso. — Quinn levantou os hashis.

   Marley sorriu abertamente e sentou de frente para Quinn.

   — Se importa se eu pedir um para atendente?

   — Não, claro que não.

   Marley fez o pedido e voltou sua atenção para Quinn, mais especificamente nos dedos.

   — É que você está segurando errado, por isso não está conseguindo. Posso? — Quinn permitiu que Marley pegasse os hashis. — Primeiro você apoia esse hashi no polegar, desse jeito. Depois você usa o indicador e o médio como direcionais, assim.

    Quinn não desviou o olhar nenhum momento, queria mesmo aprender como usar os “pauzinhos’ que estavam dificultando seu almoço.

   Marley, experiente, pegou um roll, mergulhou um pouco no shoyu e levou até a boca de Quinn que abriu prontamente. Ela esperou Quinn saborear e perguntou:

   — Gostou?

   — Muito! — limpou sua boca com guardanapo. — Eu não sei mesmo como eu nunca me interessei por provar.

   O pedido de Marley chegou, fazendo-a sorrir.

   — Se não se importa — Quinn pegou os hashis de volta. —,minha vez de tentar.

   Marley que levou um sashimi a boca, se aprumou na cadeira e observou.

   Os dedos de Quinn estavam na mesma posição que Marley havia ensinado. Conseguiu pegar um roll e molhar no molho shoyu, porém, ao levar a boca, deixou-o cair.

   As risadas de Marley fizeram Quinn fechar o cenho.

   — Não é engraçado.

   Marley viu a feição de Quinn e parou de rir na hora.

   — Desculpa, eu achei engraçado, mas não foi minha intenção ofender de modo algum e..

   Ela parou de se explicar quando viu Quinn gargalhar.

   — Você se explica demais, Marley — ria da cara de Marley — Eu estava brincando com você.

   — Eu não acredito que você fez isso! Eu quase tive um troço aqui. — Levou a mão ao peito e olhou para o roll caído e riu novamente. — Parece que você não é boa em tudo, não é mesmo?

   Quinn fez um o com a boca e provocou:

   — Mas eu vou ser.

   — Humm, parece que alguém aqui gosta de desafios.

   — Você não tem idéia!

   Ela posicionou os hashis e fez o caminho até a boca sem deixar cair.

   — AH, HA! CONSEGUI! VIU? EU CONSEGUI.

   Quinn ficou tão empolgada com sua conquista que não reparou a atenção de todo restaurante nela. Suas bochechas ruborizaram e ela sibilou um desculpa para Marley que riu voltando a comer.

   

   [...]

 

   — Sei que você gosta de andar, mas acho que não é uma boa com toda essa neve caindo. Te deixo em casa, entra.

   Marley estava dentro do carro tentando convencer Quinn a aceitar sua carona.

   — Tem certeza, eu realmente não quero incomodar.

   — Claro que tenho. E não é incomodo algum. Vamos, Quinn, entra logo senão você vai congelar.

   Vencida pelo frio, ela entrou no carro.

  Marley estava dirigindo por uns 5 minutos em silêncio. Ela virou a esquina, olhou para Quinn pela sua visão periférica, perguntando:

   — Me conta mais sobre você.

   — Sobre mim? Não há nada de interessante para saber.

   — Eu não acredito. Você é bonita, inteligente.. você pode ser qualquer coisa, menos desinteressante

   Quinn deixou seu cabelo cair sobre seu rosto para disfarçar o rubor em sua bochecha. Rubor adquirido pelo comentário de Marley. Ela se recompôs e perguntou:

   — O que quer saber?

   — Não sei, o que quiser contar.

   Marley sorriu para ela e logo voltou sua atenção para o trânsito.

   — Eu tenho um cachorro chamado Freddie, gosto de andar sem destino, sou extremamente tímida e eu não sei mais o que falar.

   As duas sorriram

   — Você é humilde. E sabe como eu sei isso? Porque você não fez menção alguma sobre ser uma aluna prodígio em Columbia. Sério, falam muito sobre você nos corredores e você me fala sobre seu cachorro Freddie, seu gosto por andar e sua timidez. Você não existe.

   — Você perguntou sobre mim, não sobre minnha vida acadêmica. Aí respondi um pouco de mim. Não me importo com status.

   Marley parou em frente ao prédio de Quinn, olhou para ela e afirmou:

   — Vai ser muito difícil.

   Quinn franziu o cenho com esse comentário vago.

   — Difícil o quê?

   — Não gostar de você. — Marley apertou os olhos. — Eu falei isso em voz alta? Eu falei isso em voz alta. Se você é extremamente tímida, eu nem sei o que eu sou. Nossa, o que eu tô falando? Desculpa eu sou enrolada e..

   Marley sentiu os lábios de Quinn nos seus e parou instantaneamente de falar. Ambas entreabriram a boca e deram início a um beijo calmo e delicado. Ao final do beijo, as duas permaneciam perto uma da outra.

   — Não precisa ser difícil. — Quinn saiu do carro, fechou a porta e se agachou para falar pela janela. — Marley, sabe o que ajuda na timidez?

   Marley fez que não com a cabeça.

   — Respirar.

 

   [...]

 

   Era véspera de natal e o trânsito não poderia estar pior. — Vai, idiota, não tenho a vida toda para esperar! — Muito menos o humor de Rachel. Ela estava estressada e ansiosa e tudo parecia colaborar para o caos. Levantou seu dedo médio para o motorista da frente que finalmente tinha dado passagem.

   Começava a se arrepender de ter saído com sua Ferrari. Ela mal tinha andado 20 metros desde que saiu de seu prédio. Estava irritada com a falta de passagem que jogou o carro no acostamento e sacou o celular do bolso, digitando um número.

   — Pablito, quebra uma para mim? Vem aqui fora que eu te explico.

   Pablo não demorou nem três minutos para chegar. Ele estava ofegante, veio correndo só prédio.

   — Feliz natal! — Rachel jogou a chave do carro na mão dele.

   — Tá falando sério?

   — Sim, é todo seu por hoje e amanhã. Passeie, acelere o quanto puder, sem ser preso é claro, enfim, faça bom proveito.

   — Meu Deus, Rachel! Muito obrigada, não sei como agradecer! — Pablo a abraçou e a levantou sem deixar de abraçá-la.

   — Não seja preso, não use drogas dentro do carro e se divirta muito. — Ela sorriu ao ver que o garoto não acreditava. — Ah, sexo só se for moderado. Quer dizer, não modere. É Natal, só seja feliz.

   Ele a abraçou mais uma vez e ficou que nem um bobo olhando para as chaves.

   — Vai ficar só olhando?

   O garoto não pensou duas vezes, entrando dentro do carro e ligando o mesmo. Rachel sorriu para cena. Achava tão bom fazer alguém feliz, mesmo que do jeito torto dela.

   Andou pelas conhecidas ruas e observou como a cidade estava linda. Há anos não fazia isso, andava e observava NY em época de natal. Era uma cidade tão iluminada, tão cheia de luz, sentiu se bem ao fazer o costumeiro trajeto.

   Ela acenou para o porteiro e ele, a reconhecendo, permitiu sua entrada. Desejou feliz natal para o mesmo e recebeu um “ feliz natal para você também”

Preferiu subir os três lances de escadas do que pegar o elevador, talvez isso lhe daria mais tempo para pensar no que fazer quando chegasse ao 302.

   Fitava a porta creme com o número 302. Ela colocou a mão no bolso e pensou “ que merda eu tô fazendo?! Eu sou uma boba mesmo “. Em algumas atitudes ela era sim, como também era corajosa e desmedida. Apertou a campanhia e esperou. Um, dois minutos e nada. Será que ela tinha viajado? Rachel, que pouco chorava em público, quase o fez quando deu de cara com a foto. Não tinha pensado. Se tivesse, não estaria na porta de Quinn. Ela tentou mais uma vez e recebeu o silêncio como resposta. Talvez fosse o destino, talvez não. A verdade era que Rachel não tinha as respostas, entretanto era cercada de questionamentos.

   Encostou a cabeça na porta e sussurrou:

   — Droga, Quinn. Você não pode ter sido tão idiota e viajado.

   — Idiota?

   Rachel mal acreditou quando escutou a voz. Ela virou e viu que Quinn estava ali.

   — Às vezes, você é.

   — Mas é preferível ser às vezes do que usualmente.

   Rachel apertou os olhos. Quinn estava falando mesmo aquilo?

   — Sempre com as melhores respostas, né nerd loira.

   — Apenas com os melhores argumentos.

   — Se sua arrogância for argumento, acho que sim.

   — Tá me chamando de arrogante?

   — Não preciso chamar, você é. Seria uma redundância.

   Quinn arqueou sua sobrancelha.

   — Mas você quer falar de defeitos? Acho que não seria uma boa para você esse tema. Apenas uma dica.

   — Por que?

   Nesse estágio, elas estavam tão próximas uma da outra que podiam sentir as reparações opostas.

   — Porque você é a pessoa que eu conheço que mais tem defeitos.

   — E isso é uma coisa ruim?

   — Obviamente.

   — pelo o que eu me lembre, você bem que gostava deles.

   Ela se fitavam e respiravam o mesmo ar, nenhuma queria ceder a outra, porém Quinn desviou o olhar quando lembrou quem a esperava.

    — Veio aqui para dizer coisas que ambas já sabemos?

    Rachel finalmente conseguiu respirar. Não reparara, mas estava segurando a respiração.

   — Vim aqui para tentar conversar com você. Ou ao menos tentar. — Deixou seu corpo encostar na parede. — Mas eu sou péssima com as palavras e esperava que minha presença já dissesse alguma coisa. Patético, eu sei.

   Quinn a fitava. Era claro que significa muito para ela Rachel está ali a sua frente. Estava numa montanha russa de sentimentos: queria esquecer o mundo é beijá-la, mas também temia a desconfiança de Rachel, o furacão que ela era. Escutou seu nome vindo de dentro da porta.

   — Parece que você tem convidado. — Rachel comentou incomodada.

   — Na verdade, é uma convidada.

   Rachel que estava incomodada, também ficou confusa. Não esperava que Quinn estivesse com uma garota.

   — Hum, entendi. Acho que estou atrapalhando..

   — Minha querida, acabei de tirar o peru do forno. — Dona Lourdes, a senhora que ajudou Quinn no episódio do beijo apareceu na porta do apartamento de Quinn. — Me desculpe, não sabia que estava acompanhada. Pegou o tempero que eu te pedi, querida?

   Quinn entregou um pacotinho que tinha em mãos para dona Lourdes.

   — Muito obrigada. A sua amiga vai ceiar conosco?

   Quinn e Rachel se entreolharam por alguns segundos.

   — Eu só vim deixar isso. — Pegou um envelope no bolso e entregou a Quinn. — Tenho que voltar agora.

   — Ah, uma pena. Mas haverá uma outra oportunidade.

   — Eu vou indo. Feliz natal para vocês.

   Rachel passou por Quinn e a deixou como na primeira vez, inebriada. Ela já estava perto do corredor quando Quinn correu até ela e a abraçou, falando:

   — Feliz natal, Rach.

   — Feliz natal, Quinn. — Rachel devolveu o abraço apertado.

   Já na rua, Rachel limpou uma lágrima de seu rosto quando retornava para seu prédio. Já Quinn, fitava o envelope que Rachel tinha lhe entregado.

   

  

   

   

   

 

   




   

   

 

   

   


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Notas finais do capítulo

O que acharam??
Um parênteses Rapidão
( Não se desespere na primeira curva mais difícil, ok? Ok. Sou faberry shipper e se as coisas estão acontecendo é para melhorar o desfecho da fic)
Me deixem saber o que acharam!
Desculpa os erros! Vou culpar a felicidade ;)