"Fui a nocaute, e beijei a lona, o meu corpo tremeu."

Nocaute - Jorge e Mateus

Acordei com meu pai me chamando, me levanto da cama devagar e coloco meu chinelo e sai do quarto.

– Pai por que você está gritando? - digo assim que apareço na cozinha.

– Desculpe, é que fiquei muito animado. Diego acabou de ligar, ele disse que sua primeira luta está agendada para Julho. Estou tão orgulhoso. - ele fala e me puxa para um abraço.

Eu estou radiante, claro que foi super difícil convencer meu pai a deixar que eu virasse lutadora, mas Pedro falou algo para ele, - o que até hoje nenhum dos dois me disse o que foi conversado- e então ele com muito custo deixou. Diego é quase que meu empresário, além de ser o vice presidente da Liga de MMA, ele disse que vai apostar todas as fichas em mim. Primeiro irei lutar como iniciante e depois com mais experiência eu começo a realmente a lutar, e a pedido do meu pai só depois que me formar.

– Ai que tudo pai, nem acredito. - digo comemorando.

– O que está acontecendo aqui, que gritaria foi essa? - Bianca aparece na sala.

– Sua irmã já tem a primeira luta agendada. - meu pai diz, e eu ouço o orgulho em sua voz.

– Karina, que maravilha! - Bianca comemora e me abraça. Ela tem me ajudado bastante, e cada dia mostra que aprendeu com seus erros.

Dandara é a próxima a aparecer, e nós a enfiamos no nosso meio, ela está grávida de alguns meses, e sua barriga está começando a aparecer, meu pai está radiante.

– Nossa que lindo, a família unida. - João diz irônico, mas já estamos acostumados. Ele nos surpreende quando se junta ao abraço, e eu vejo Dandara chorar, ela está super sensível e chora por tudo. Mas ultimamente o João é o que mais a emociona, ele quando descobriu a gravidez ficou todo cheio de ciúmes era muito engraçado de ver.

Acabando o momento família, corri para o banheiro, tomei banho e fiz minha higiene e me arrumei para o colégio. Esse ano eu comecei a estudar de manhã e de tarde eu ajudava no Perfeitão, aonde me davam boas gorjetas, e de noite eu treinava na maioria das noites sozinha ou com o Cobra. Hoje seria sem o Cobra já que Lúcrecia o chamou para jantar lá na casa dela, ela meio que foi obrigada a aceitar ele namorado de Jade ainda mais depois de perceber que eles realmente se gostavam.

Vou para o colégio, quando estou no ônibus meu celular toca, sorrio ao ver o nome dele na tela.

– Bom dia, Esquentadinha. - Pedro diz assim que atendo.

– Bom dia, guitarrista. - digo rindo.

– Tenho novidades para você.

– Hum, também tenho uma boa para você. Mas conte a sua primeiro.

– Estamos num estúdio, vamos gravar minha nova música. - ele diz, e eu abro um sorriso enorme. Essa também foi feita para mim, o Pedro diz que sou a que mais dá inspiração para ele.

– Ai Pê, que coisa boa. Só tem um detalhe você nem me mostrou a música. - digo animada.

– Eu sei, linda. Eu vou te mostrar, quando chegar ai semana que vem. Agora me conte a sua novidade.

– Minha primeira luta, foi agendada para Julho. - falo, e eu escuto um grito dele. - O que é isso, moleque?

– O que é isso? É eu comemorando o sucesso da minha namorada toda gostosinha e lutadora. - ele fala e eu começo a rir. - Ta rindo? Louca, você sabe que sou seu torcedor número um.

– Eu sei, e fico muito feliz por você me apoiar. - suspiro, e logo toco a companhia do ônibus.

– Linda, eu sei que você deve está chegando no colégio, então vou nessa.

E ele desliga, e eu entro no colégio, e passo a manhã toda estudando.

Quando é de tarde, eu chego no Perfeitão e vejo Delma e Tomtom arrumando as coisas, as cumprimento e logo começo a trabalhar. No começo eu só vinha no Perfeitão para ajudar Delma, mas depois de um tempo ela me contratou, e eu trabalho aqui e gosto, ela é bem na dela e Tomtom sempre alegra meu dia. Nesses meses aconteceram tantas coisas, tudo foi mudando e se ajeitando. Enquanto eu pensei que com Pedro longe eu iria vegetar, me surgiu uma grande oportunidade, e eu estou muito feliz com isso. A Galera da Ribalta está com tudo, ela está cada vez mais conhecida, as músicas deles tocam na rádio direto, principalmente as que Pedro fez para mim, e a de sua família, elas são as favoritas.

– Karina, estamos preparando uma recepção para o Pedro e a banda. - Tomtom me conta. - Já que eles chegam semana que vem, você me ajuda.

– Claro que sim, Tomtom. Mas só enquanto estiver aqui no restaurante, você sabe que de noite eu tenho que treinar.

– Claro que sei, Karina você vai ficar famosa igual meu irmão, só que na luta. - ela diz e Delma sorri para mim.

– Sabe eu não sei se quero ser famosa, já que sou super tímida e odeio os holofotes mas acho que é uma consequência do meu sonho. Já seu irmão, ele e a banda merece sucesso, e fama pois assim eles irão realizar o sonho deles.

Passo a tarde toda ali, e depois passo em casa apenas para trocar de roupa, e então descubro que meu pai e Dandara saíram, e que João está na casa de Edgard com Camila, e Bianca não sei aonde se meteu. Troco de roupa, e eu sei que ficarei até tarde na academia, por que meu pai não vai me encher, pego as chaves e vou para lá. Encosto a porta, e deixo ela fechada, mas sem trancar; Antes de tudo eu começo me alongar, e faço uma sequência de abdominais, e depois coloco os equipamentos e começo a treinar. Quando já são nove horas, eu acabo o treino e me sento na beirada do ringue para as proteções, quando tiro tudo e me levanto para guardá-las me viro e dou de cara com o Pedro pendurado nas cordas do ringue.

– E aí namorada? Alguém sentiu falta do namorado gostosão? - ele diz com seu abtual sorriso. Eu fico parada com a boca aberta, ele disse que viria só semana que vem.

– O que você está fazendo aqui? - pergunto, enquanto ele se aproxima.

– Ah, você sabe né. Queria te fazer uma surpresa. - ele diz de frente para mim. Eu sorrio e fecho o espaço entre a gente e o beijo. E então tudo parece voltar ao seu lugar, como senti falta dele, e de seus lábios, seu corpo, eu senti tanta falta dele que parece que respiro melhor com ele aqui.

– Uau, isso que é um beijo de boa vindas. - ele diz, enquanto nós respiramos com dificuldade.

– Eu não acredito que você mentiu para mim, Pedro Ramos. - digo, assim que recupero o fôlego, e bato nele.

– Ai, Esquentadinha. Só queria te surpreender, o penúltimo show do Dinho, é sexta em São Paulo e o último aqui no Rio, resolvemos voltar pra casa. E eu estava morto de saudades, mas tenho uma namorada que prefere matar a saudade me batendo do que me beijando. - ele explica, e ainda faz um beicinho.

– Bobo, é claro que estou feliz. Não via a hora de você voltar. - digo, o abraçando. - Vamos lá pra casa, meu pai pode dá um desconto já que ficou cinco meses sem ver você com a filha dele. - digo, já jogando os equipamentos no lugar deles. Pedro me solta e encosta no ringue.

– Ah não, na verdade, eu estou querendo ter um momento com você sem seu pai, Esquentadinha. - ele diz, e então sobe no ringue. - Sabe estava querendo na verdade aproveitar que estamos sozinhos, te agarrar, te jogar no tatame.

– Ah é? Se você conseguir me derrubar, eu deixo você fazer o que quiser. - digo, já colocando as luvas novamente e subindo no ringue.

– Você está duvidando? Você só pode ter se esquecido de como sou um samurai das artes chinesas. - ele diz, e eu começo a rir.

– Então me refresque memória. - digo já batendo uma luva na outra. E então começamos a brincar, pois eu não lutaria com ele, tento uns golpes e ele ao invés de desviar vai na direção que eu bato. É parece que Pedro nunca terá habilidades na luta.

– Aiiii, Karina. Você me machucou. - ele diz depois de eu acertar um soco em sua barriga ele se ajoelha com mão na barriga. Eu paro na hora, e vou até ele, e me ajoelho também.

– Desculpa, Pê é que ... - eu para de falar pois o fingido começa a fazer cosquinhas em mim, e eu não consigo parar de rir. Ele nos joga no chão e continua me atacando com as mãos.

– Eu disse que sabia novos truques. - ele diz continuando me matando de cosquinhas.

– Cosquinhas não vale, Pedro. - eu digo tentando fazer ele parar.

– Na verdade vale tudo para ver você rindo. - ele diz, parando de fazer cosquinhas e me olhando. - Senti tanto sua falta, estava com saudades disso, da gente.

– Eu também, Pê. - digo já sorrindo.

Então ele abaixa a cabeça e me beija, eu nem sinto seu corpo em cima do meu, estamos tão sintonizados, eu senti falta de tudo nele. O beijo começa a ficar mais urgente, e eu sei o que meu corpo quer e sinto o que o dele quer.

– A academia ainda está aberta, melhor a gente fechar. - eu digo com a voz rouca, enquanto ele me beija no pescoço. Ele se levanta correndo, e eu vejo ele trancando a academia, e apagando as luzes, e acendo a do escritório que dá uma pequena iluminação direto no ringue. Ele volta, e me olha e eu vejo desejo e amor em seus olhos, ele me beija novamente, e logo tira minha regata e então ele se abaixa e toca um seio meu e eu arqueio e gemo ao mesmo tempo.

– Que saudades de te tocar, toda vez que eu via você por aquela tela, só pensava em te tocar em todo lugar, em cada parte do seu corpo. - ele diz com a voz totalmente baixa e rouca.

– Então toca, por favor. - digo, implorando, nem sabia que eu também estava com toda essa necessidade dentro de mim.

Ele segurou meus seios anda por cima do top, massageando-os lentamente e eu me debati contra o chão, então ele tirou meu top e ficou me olhando.

– Eles são perfeitos. - Pedro então se abaixou e colocou a boca em meu seio esquerdo enquanto sua mão acariciava o direito, eu só conseguia gemer. Eu já cansada de só receber, o empurro levemente e levanto sua camisa, seu cabelo fica ainda mais bagunçado quando a puxo pele sua cabeça. Eu corri meus dedos mais para baixo, passeando quase chegando no cós de sua calça. Ele aperta o abdômen com meu toque, e o sinto endurecer em cima de mim.

– Ta sensível hoje?

– Sim, muito tempo sem seu toque.

Saber que ainda o afeto assim, é reconfortante já que ele sempre irá me afetar e despertar esse meu lado, a garota que apesar de ser tímida, sempre se entrega a ele.

Eu beijo seu pescoço, e então seu peito, ele me para e me empurra mais para o chão, então ele tira meu short lentamente e arfa quando vê.

– Desde quando você usa calcinha assim? - ele pergunta, e eu fico vermelha. Bianca e Jade me mostraram como é confortável usar fio dental, as tangas são ótimas mas sempre que eu iria chutar o saco elas enfiavam, já a fio dental, não me incomoda em nada. Ele continua me olhando, mas então sorri. - Não importa, eu adorei isso!

Eu chuto meu short e ele tira sua calça, e então ele me beija novamente, me atacando com a língua e gemendo em minha boca. Ele então se afasta de mim, e acaricia meu rosto, enquanto sua outra mão passeia indo em direção as minhas pernas, ele as separa devagar.

– Perfeita. - ele sussurra enquanto coloca um dedo dentro de mim. - Deus, você está tão molhada. - ele tirou de mim e substituiu-o por dois dedos da próxima vez empurrando-os para dentro de mim lentamente e muito profundo. Engulo em seco.

Ele começa a mover seus dedos para dentro e fora de mim cada vez mais rápido e mais forte. Eu começo a perder o controle, e movo os quadris para encontrar sua mão, estou quase lá, mas então ele para e nos vira, fazendo que eu fique por cima.

– Você sabe o quanto amo, você assim. - ele diz, eu inclino-me e pressiono meus lábios nos dele, e nós dois rimos através do beijo. Eu tiro a calcinha enquanto ele se contorce para tirar a cueca, eu me deito em cima dele, e sinto sua ereção em meu estômago.

– Não trouxe camisinha. - ele diz preocupado.

– Eu estou tomando pílula. - conto.

– Pra que? A gente ta sem se ver maior tempão. - eu vejo a preocupação.

– Depois que a gente ficou a primeira vez, Dandara veio conversar comigo, e me levou no médico, estou tomando desde já.

– Me lembre de agradecer a tia Dandara. - ele diz rindo. Ele me beija profundamente enquanto esfrega sua ereção no meu sexo. Odeio quando ele provoca, envolvo minha mão em torno dele, levando-o para minha entrada.

– Apressada e mandona. - ele reclama.

Então nos encaixamos, e ele faz um som que nunca ouvi igual, é sempre tão bom o sentir todo dentro de mim, nunca conseguirei esquecer o quão bom é isso. Ele fecha os olhos em baixo de mim, e ofega. - Karina.... Isso .... Você ... Tão bom....

Começo a me mover devagar e ele coloca suas mão em volta a minha bunda e começa a mover junto, ele tira lentamente e em seguida empurra ainda mais lento.

– Isso é tão bom, é sempre tão bom. - ele diz, e eu apenas concordo gemendo. Eu o calvago e parece uma nova primeira vez, já que estamos descompensados e ele me segura com muita força. Eu sinto minhas paredes o apertar, eu estou preste a me libertar.

– Deus, eu te amo tanto. - ele diz assim que gozamos juntos, eu caio em seu peito enquanto uma mão dele acaricia meus cabelos e a outra aperta minha bunda.

Ainda meio tontos do quanto foi intenso isso, pegamos nossas roupas e vamos para o banheiro, tomamos um banho juntos, ou melhor dizendo fazemos uma segunda vez com direito a tudo.

Acho que nunca vou esquecer esse dia, o quanto foi lindo e sensual isso tudo, eu ainda não estou acreditando que batizamos o ringue da academia do meu pai, e ainda o banheiro. O que esse moleque faz comigo, que eu ajo como uma louca. Mas não me importo, ele voltou e agora iremos aprender a continuar juntos. E eu realmente quero que isso se repita mais vezes, muita, e muita vezes.