It's you. escrita por Carina Everllark


Capítulo 8
Capítulo 7.


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Não deu tempo de acrescentar muita coisa nesse capítulo, foi mal.
Eu postei uma nova fanfic, que é relacionada a série Once Upon a Time, mas tem os personagens de Jogos Vorazes, A culpa é das estrelas, A Seleção e tal. Queria que vocês vissem pelo menos a sinopse e me deem uma chance com essa fanfic. Ainda está no prólogo (que não é tão convidativo, mas vai ficar bem legal lá para frente). Bom, aí vai o link: http://fanfiction.com.br/historia/542916/One_day/. Comentem lá me dizendo se acham que eu devo continuar, se está bom ou ruim (sinceridade mesmo) e tal...



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Graças a Deus, Glimmer exigiu que ela fosse atrás de Peeta na moto, fazendo com que eu tivesse que me segurar nela e não no Mellark. Melhor para mim, se eu fosse agarrada a ele, ele ia se sentir o gostosão e ia falar para todos que estava me pegando.

A casa de Glimmer ficava cinco quarteirões depois do shopping, bem antes do meu hotel.

– Tchau Peetzinho – ela deu um beijo meloso e demorado em Peeta. Senti vontade de vomitar, sinceramente.

– Olá, Katniss – ele riu maliciosamente e ligou a moto novamente. Ele fez várias vezes como se fosse sair correndo feito louco, mas só fez isso para fazer barulho e chamar atenção.

Uma garota ruiva veio correndo de sei lá eu onde e deu um beijo estalado na cara do Mellark.

– Hey, Peet – a garota disse.

– Hey, Fox! Tudo bem?

– Melhor agora – ela deu um sorrisinho malicioso e ficou olhando para Peeta desejosamente. Peeta olhou para os lados como para se certificar de que ninguém estava vendo e a beijou. Que galinha!

Mal tinha acabado de se despedir de Glimmer e já estava beijando outra, que cachorro! Senti um nojo horrível de ter aceitado vir com ele. Preferia ter ido a pé a andar com ele.

– Te vejo depois – ele sussurrou e deu um último selinho nela.

– Te aconselho a se segurar – ele disse com a voz maliciosa dele e ameaçou começar a andar com a moto.

Eu não ia me segurar nele, não mesmo. O nojo que eu estava sentindo dele naquele momento era enorme e a última coisa que eu faria é encostar nele.

– Não vou encostar um dedo sequer em... PEETA! – eu ia começando a protestas, mas ele saiu correndo com a moto. Meu corpo começou a ser jogado para trás, mas eu segurei na barriga dele.

– DROGA! – gritei.

– Olha, você pode não querer me encostar, mas não tem como andar em uma moto sem se segurar na pessoa que está à sua frente – ele riu.

– Eu te odeio! – gritei e bufei. Queria soltá-lo, mas não podia.

Estava com tanta raiva dele que poderia mata-lo agora. Eu não sou do tipo dele, que fica com a pessoa por uma hora e depois já está com outra, odeio pessoas assim. É um galinha descarado.

– Para de bufar e aproveita a paisagem, gatinha – ele disse e entrou em uma avenida de frente para a praia.

Não sei bem o motivo, mas de repente, ao olhar o mar iluminado pelas luzes de Miami, tudo ficou mais calmo. Minha raiva foi passando aos poucos e até foi bom andar por aquela avenida.

Eu nunca tinha andado de moto, era a primeira vez e até que não estava sendo tão ruim.

Tinha crianças brincando na areia da praia, adolescentes correndo pela areia e namorados sentados na areia, apreciando a vista. Era realmente lindo ver a praia iluminada à noite. Pelo menos andar com o Mellark serviu para alguma coisa.

Devo ser muito bipolar mesmo, não faz nem dez minutos que eu estava querendo matar um e agora estou me sentindo na maior paz do mundo.

Peeta deu uma acelerada do nada e eu quase caí da moto. Eu estava desencostada dele, apenas me segurando com os braços. Estava na ponta da moto.

– Que ódio, Peeta! Dá pra parar?!

– Então se segura, ué! – ele empinou a moto para frente de leve e eu caí nas costas dele. Maldito!

Agora eu estava totalmente encostada nele, minha barriga prensada contra as costas dele, meus braços abraçavam o abdome dele e minha cabeça estava quase prensada nas costas dele.

Que saco.

– Tenta aproveitar, pois eu te conhecendo sei que não vai aceitar outra carona e essa vista da praia é a mais linda – ele disse e diminuiu um pouco a velocidade. Ele também observava a praia.

Ficamos uns quinze minutos andando devagar e observando a praia. Era tudo tão calmo que eu até encostei a cabeça nas costas dele, para descansar um pouco. Acho que foi a pior coisa a se fazer, pois ele sorriu malicioso e provavelmente se sentiu o rei do mundo. Que retardado.

Sério que ele achava mesmo que seria fácil me ganhar? Que eu ia cair nos braços dele na primeira vez que ele desse mole? Que ele poderia quebrar os muros do meu coração? Se pensou, se enganou profundamente.

Do nada, ele deu uma acelerada com a moto e começou a correr feito louco. Meus braços, que se encontravam frouxos nele, se agarraram no abdome dele e pude sentir os gominhos da barriga dele. Meu Deus, ele era muito forte. Meus dedos pressionaram levemente a barriga dele e... Jesus! Que saúde esse Mellark tem.

Corei só de pensar que eu estava achando ele gostoso. Não, não e não, ele não é gostoso, isso não aconteceu e eu não estou gostando de andar com ele.

– Está gostando do passeio, Everdeen?

– Não – respondi sem mais nem menos, tentando não demonstrar nenhum sentimento.

– Vou fingir que acredito – ele riu.

– Não sou suas namoradinhas, tá legal? Nem venha – respondi, tentando não rir.

– Uhum – ele respondeu e continuou acelerando.

Ele estava indo tão rápido que meu cabelo estava totalmente para trás. Quando eu chegasse no hotel ia estar parecendo uma louca com o cabelo em pé. A camisa que ele estava usando estava cobrindo meus braços, pois também estava indo para trás. Fui obrigada a me apertar mais ainda nele, pois eu estava quase caindo para trás por causa da velocidade. A quantidade de músculos que ele tinha era inacreditável, eu nunca tinha reparado nele na praia.

– Bom, Everdeen, vamos repetir isso. Sei que você gostou de andar com o gostosão aqui e admita que a vista de Miami a noite é linda – ele sorriu malicioso e me ajudou a sair da moto. Dispensei a ajuda dele.

– Valeu Mellark, talvez um dia desses – disse e entrei no hotel. Ele ficou olhando para mim com olhos desejosos, provavelmente achando que eu o beijaria, mas não.

– AI MEU DEUS, KATNISS! VOCÊ REALMENTE ESTAVA AGARRADA AO MELLARK VINDO NA MOTO DELE OU EU ESTOU SONHANDO? – Annie gritou assim que eu entrei no quarto.

– Vai dar namoro! – Clove afirmou, limpando os curativos que ainda permaneciam na mão dela.

– Calem a boca! – eu ri e bati no braço das duas.

– Eu é que devo dizer, vocês não desgrudam dos Mellarks e sei que vocês tem um caso com eles, o.k?!

– Seria uma boa se fosse oficialmente um namoro – Clove murmurou e Annie apenas corou.

– Quem diria que as duas garotas que estavam babando por eles no primeiro dia que chegamos aqui estaria pegando eles, não é? – eu ri.

Annie suspirou e Clove não respondeu, mas eu vi o sorrisinho contido no rosto dela. Eu resolvi parar de julgá-las, vai que a história toda de paixão delas fosse verdade? E se elas realmente estivessem apaixonadas? Eu tinha que respeitá-las.

De repente meu celular começou a tocar. Era Prim, minha irmãzinha.

– Hey, patinha! Tudo bem? – atendi.

– Katniss, tenho péssimas notícias – ela disse do outro lado.

– O que aconteceu?!

– A ma-mamãe...

– O que aconteceu, Primrose?! – estava ficando preocupada.

– A mamãe tinha ido no médico e descobriram que uns tal de rim estão ruins. Ela vai ter que trocar essa parte do corpo dela – ela disse com a linguagem de criança dela.

Estremeci. Minha mãe? Com problema nos rins? E teria de operá-los? Não pode ser.

– A mamãe está aí? Passa para ela.

– Oi filha – ela atendeu.

– POR QUE NÃO ME CONTOU? POR QUE NÃO ME DISSE QUE ESTAVA RUIM? POR QUE, MÃE? – minha voz estava embargando.

– Ka-Katniss... Eu não podia estragar sua viagem... Eu estava bem, estava tomando os remédios que o médico mandou – ela deu uma gemida -, mas piorou. Vou ter que fazer transplante dos dois rins. Não sei se vou...

– Não diga! Você vai aguentar sim e acabou. Você devia ter me contado – lágrimas rolavam por meu rosto. Pensar que eu podia perder minha mãe era a pior sensação do mundo.

– Quando é seu transplante? – perguntei.

– Daqui uma semana – ela também chorava.

– Vai dar tudo certo, mãe. Você é forte o suficiente para aguentar isso. Lembra que você teve a Prim com 8 meses, no carro e ainda não conseguiu? Teve que esperar chegar no hospital, sendo que um braço dela já estava para fora, mas ela não estava na posição para sair. Eu me lembro disso, lembro-me do teu sofrimento, e se você aguenta aquilo, pode aguentar um transplante. Sem dúvidas.

– Obrigada filha, vou conseguir, por vocês duas Amo você, aproveita a viagem e não se preocupe comigo, estou bem – ela disse e desligou.

Sentia vontade de gritar, de quebrar tudo, mas não podia. Eu estava sendo destruída por dentro. Perder a mãe com certeza deve ser a pior dor do mundo e não quero senti-la tão cedo.


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Notas finais do capítulo

:3