Teen Paradise escrita por Annia Ribeiro


Capítulo 2
Nico


Notas iniciais do capítulo

PERAAAAAAAI ! UM CAP É JÁ TENHO 20 LEITORAS?!!! VEEELHO, EU ESTOU... ESTOU... SURTANDO!!!
ok, tentarei não assustas vcs com minha euforia, mas estou feliz pra caramba! ai gente, vou ficar ainda mais feliz se vcs aparecerem aqui nos comentes e me darem a opinião sobre a fic! ai velho... nem consigo falar mais nada !
only enjoy it



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Nico não estava conseguindo achar Annabeth no meio do caos da escola, mas ele não se importava. Não quando tem a festa do ano rolando. A música agitada estava no volume máximo, às luzes apagadas e as bebidas liberadas; em todo o corredor tinha gente bebendo e dançando, sem se importar com nada a não ser se divertir. Nico fumava um rolinho de maconha, tentando esquecer os acontecimentos de hoje cedo.

Sua namorada havia o traído com o seu melhor amigo, mas não era esse o ato que lhe incomodava, mas sim por toda a escola está cochichando que ele era corno.

Sabia que o relacionamento dele e Annabeth se baseiam em traições, mas ele devia ao menos ficar com raiva por a garota ter transado com seu melhor amigo, foi uma sacanagem tremenda da parte dela. Mas ele não sentia nada. Apenas a paz interior trazida pela maconha e pelas luzes psicodélicas que deixaram a escola mais atrativa.

– Como está indo o par de chifres na testa, Di Angelo? Até com o seu melhor amigo, Annabeth nunca para – zombou alguém no corredor; Nico se virou com fúria e encarou um garoto chamado Jason que estava sem camisa e uma garrafa de cerveja na mão. Ele abraçava uma garota, Piper, seminua que o olhava com pena.

– Vai se ferrar, Jason – disse Nico, mostrando o dedo do meio para o louro. Jason apenas agarrou Piper com força e a beijou, colocando uma mão na sua bunda e a outra dando o dedo do meio para Nico.

Nico não pode fazer nada a não ser sair dali bufando de raiva. Precisava encontrar a vadia de sua namorada.

Percy havia sumido da enfermaria quando Rachel apareceu lá, Nico nem precisou perguntar para saber o que eles iriam fazer. Os dois já tinham se ajeitado; eles eram amigos desde criança e nunca nenhuma garota iria ficar entre eles. Aliais Percy nunca tentaria roubar Annabeth de Nico, pois o garoto nunca pensaria em namorar, muito menos se apaixonar.

Por fim, encontrou Annabeth junto com Bianca no corredor dos armários. Annabeth estava retirando seus pertences de dentro do seu armário enquanto gritava com Bianca.

– Eu disse que é para você não se meter e nem tomar as dores de seu irmão se não... – Annabeth parou de falar quando me viu, sua mão parou no ar quando ia guardar algo na bolsa, logo ela se apressou e fechou o armário com força.

– Mas ele é meu ir... – começou Bianca gritando com raiva.

– Espero que tenha entendido – cortou Annabeth de um jeito glacial. Ela contornou Bianca e passou por Nico. – Sala de Química daqui a 20 minutos.

E ela saiu rebolando, andando apressada com sua bolsa, passos decididos e uma tempestade a acompanhando.

Nico, geralmente, gostava do jeito rebelde de Annabeth, com suas calças rasgadas, shorts curtos, blusas longas e cortadas, seu favoritismo pela cor preta e maquiagem pesada, mas quando a garota teimava em se tornar um furacão... não era nada legal. Annabeth sempre soube fazer isso muito bem.

– Você não vai se encontrar com essa puta, Nico! – protestou Bianca cruzando os braços e olhando severamente para seu irmão mais novo.

Nico revirou os olhos e chegou bem perto de sua irmã. Ele amava Bianca, mas a super proteção dela o sufocava, sem falar que ela é a causa da maioria de seus problemas. É um meio termo entre o amor e o ódio.

– Essa puta é sua melhor amiga, então não a chame assim – ele rosnou, entre os dentes.

– Ela te trai constantemente, até com seu melhor amigo – Bianca disse o empurrando para longe dela.

– E eu a traio, qual é o problema? – Nico disse sem paciência. Odiava ter que ficar dando satisfação para sua irmã, mas isso é melhor do que ela tirar suas próprias conclusões e espalhar fofocas. Bianca era fofoqueira e Nico tinha que tomar cuidado com ela.

– O problema é que agora você é o novo corno da escola e ela não. Você deve tá com ela só para esconder o fato de você ser gay, então termina logo com ela!

O sangue de Nico ferveu em seu rosto, ele sentiu algo descontrolado tomar seus sentidos. A raiva. Não conseguia acreditar que sua irmã havia falado aquilo para ele. Nico ergue a palma da mão e dá uma bofetada no rosto de Bianca, que logo em seguida encarou Nico com olhos esbugalhados. Ela esfregou o local com a mão e seus olhos se encheram de água enquanto ainda encarava seu irmão.

Nico não se sentiu mal pelo ato, ela mereceu. Afinal, fora Bianca que havia espalhado o boato de ele ser gay, uma mentira sem tamanho. O moreno deu as costas e saiu andando, indo para aula de Química onde esperaria Annabeth.

***

Ele não tinha total certeza do que iria fazer, mas sabia que terminar aquilo de uma vez por todas não era uma boa solução. Só serviria como mais combustível para sua má fama na escola. Aliais, ele também estava apaixonado por ela.

Ela era divertida e companheira, o entendia como ninguém, não dava ouvidos aos rumores negativos sobre ele. Annabeth é uma pessoa que Nico gostaria de ter sempre ao seu lado.

Nico ficou surpreso quando Annabeth entrou sorridente na sala de Química, com uma garrafa de vodka nas mãos pela metade. Ela não estava totalmente bêbada, pois Nico bem conhecia essa versão, mas o álcool já havia mudado algo na mente da garota.

– Amor, vamos esquecer tudo isso, tá bom? Eu nunca mais vou transar com seu melhor amigo e você nunca mais vai dar uma festa particular na sua casa sem me avisar... eu fiquei com raiva – Annabeth fez um beicinho, parando em frente a Nico, que estava sentado em cima da mesa do docente. A loura estendeu a garrafa para o garoto, mas o mesmo negou com a cabeça, olhando uma garrafa de whisky vazia ao seu lado. – Prometo que faço você esquecer isso rapidinho...

Annabeth se inclinou um pouco para Nico, mostrando um pouco o seu decote com uma visão que muito agradava Nico.

– Trato feito – concordou Nico.

Ambos sorriram e Nico segurou a cintura de Annabeth com força, fazendo-a ficar entre suas pernas. Ele a beijou com fervor, o gosto das bebidas se misturando na urgência do beijo. Nico tirou a blusa de Annabeth e a jogou em algum lugar, a loura fez imitou o garoto.

A boca de Nico foi até o pescoço de Annabeth e mordeu o local com força, depositando um beijo logo em seguida. Annabeth soltou um gemido e abriu o zíper do short, logo fazendo o mesmo deslizar até o chão, se livrando completamente da peça com urgência.

Nico segurou a bunda da loura com força, apertando com leveza, a outra mão massageava o seio da mesma por baixo do sutiã.

O moreno estava apressado, e a qualquer momento alguém poderia atrapalha-los, então ele girou a loura para cima da mesa, fazendo-a ficar deitada com uma expressão surpresa. Ele nunca fora um cara agressivo no sexo, não tanto, mas até que gostou da sensação de ter feito aquilo.

Ele subiu em cima da mesa ficando em cima da morena e colocou sua intimidade para fora, massageando para cima e para baixo enquanto olhava Annabeth sorri de forma maliciosa.

Nico abriu as pernas de Annabeth e retirou sua calcinha, a jogando para trás sem se importar aonde iria parar. Antes que a penetrasse ele a beijou e deslizou a mão pelo seu corpo desnudo.

Annabeth gemia e rebolava a cada estocada que Nico dava, fazendo o garoto cada vez ir mais rápido. Nico sabia exatamente como chegar ao ponto G da loura e faze-la enlouquecer. O garoto diminui a velocidade quando sentiu a intimidade de sua namorada apertar, indicando que ela estava quase chegando ao clímax; ele também não estava longe disso, mas queria aproveitar o momento.

Ele fez o movimento de vai e vem lentamente antes de ir com demasiada força, fazendo Annabeth gritar entre a dor e o prazer.

Annabeth saiu do seu lugar, deixando Nico surpreso, e sentou o garoto na cadeira, logo se sentando em cima dele e encaixando a intimidade dele na dela. O garoto soltou um suspiro, segurando a mão de Annabeth pela cintura e a fazendo cavalgar em cima dele.

– Nico... – ele gemeu, fechando os olhos e rebolando em cima do garoto. – Nico...

A porta da sala de Química se abriu com força e Thalia fez uma careta de nojo.

– Depois vocês terminam isso, a polícia chegou – e então a menina saiu correndo pelo corredor.

***

Nico estava deitado na sua cama, as mãos atrás da cabeça, encarando uma toalha de caveira estendida no teto. Fora por pouco que conseguira escapar da polícia hoje, mas tudo deu certo e seus amigos conseguiram escapar ilesos. Pena que nem todos os estudantes da escola tiveram essa sorte.

Annabeth acabara de sair de sua casa, depois de terem terminado oque começaram. Bianca estava no quarto, com a porta trancada, Nico até a ouviu chorando, mas não deu atenção, estava ocupado com Annabeth. Agora ele se sentia culpado. Apesar de tudo, ela era sua irmã e Annabeth era só sua namorada.

Nico se levantou e vestiu-se com uma bermuda de moletom antes de bater na porta do quarto ao lado. Bateu três vezes e nada.

– Bianca? – ele chamou, um pouco receoso – Ahn... eu não queria te bater.

Silêncio.

– É sério... eu só estava com raiva, me desculpe...

A porta se abriu violentamente. O peito de Nico se apertou quando viu os olhos inchados de sua irmã; a mesma tentava fazer uma expressão de nojo e de raiva, mas ainda assim parecia frágil como uma porcelana.

– Eu não te desculpo! Você nem se importou comigo, ficou se divertindo com a sua namoradinha, a defendeu! Você é um corno e merece ser um corno! – Bianca deu um soco no estomago de Nico e ele xingou. Por que diabos todo mundo decidiu soca-lo hoje? Ele se curvou, protegendo a área, mas Bianca o chutou nas costas por seguidas vezes. Ele caiu no chão, mas ela continuou a chutar todos os lugares que conseguia, até a porta do andar de baixo se abrir.

– Bia? – chamou Maria, a mãe dos dois. – Você está em casa?

– Estou mamãe – ela respondeu, tentando deixar a voz normal.

Encarou Nico como se pudesse o matar com o olhar e deu as costas para o mesmo, entrando no seu quarto.

Eu mereci isso, pensou Nico, se levantando e massageando as costelas.

– Nicholas, o que está fazendo ai? – Maria perguntou, com uma careta estranha e o cheiro de comida do restaurante que trabalha impregnado nas roupas. - O jantar está lá em baixo, chame Bianca.

– Não estou com fome – respondeu Bianca no quarto.

Maria olhou para seu filho e para a porta do quarto de Bianca, seu olhar se voltou para Nico e logo entendeu o que havia acontecido. Nico odiava essa parada de as mães sempre saberem de tudo.

– O que você fez para sua irmã, Nicholas?

– Eu não fiz nada, eu já pedi desculpa.

– Você sabe como sua irmã é, será que você pode deixa-la em paz, Nicholas?

– Eu já disse que não fiz nada!

Maria empurrou o filho para o lado e bateu com força na porta do quarto de Bianca. – Filha? Abre a porta para mim...

– Ela está... – começou Nico, mas Maria imediatamente o mandou calar a boca. – Então fica ai com sua filha querida e a pergunte o que ela vem fazendo comigo na escola!

Nico deu as costas e desceu as escadas voando. Não sabia para onde iria, mas só queria sair dali.

***

– Vocês não acham que está muito tarde para nos encontrarmos não? Tipo, são 2 horas da manhã e eu tenho uma namorada muito gostosa lá em casa – Luke chegou dizendo.

O louro fechou a porta da pequena casa da árvore de Percy (que mais parecia um galpão em cima da árvore) e se sentou ao lado de Nico.

O ambiente estava inundado de fumaça da maconha que Nico e Percy fumavam; não tinha nenhuma janela que pudesse fazer a fumaça se dissipar, se misturar ao oxigênio puro, então ela ficava toda ali, sendo inalada pelos meninos e fazendo seus efeitos irem mais rápidos.

– Pare de ser um melhor amigo filho da puta, Luke – resmungou Percy, sentado numa das poltronas velhas do cubículo.

Nico estava sentado na poltrona que sempre se sentava, silencioso e calmo, sendo abduzido pelo efeito que a maconha o fornecia. Ele tragou uma vez o baseado, vendo Luke se sentar na poltrona ao lado e pegar um rolinho do próprio bolso, o acedendo e se juntando aos outros dois.

E pronto, o clube dos Garotos Geneticamente Danificados estava fechado.

– Então... o que foi dessa vez? – perguntou Luke, erguendo as pernas e repousando os pés no encosto da poltrona de Percy.

– O de sempre... Bianca me odiando, minha mãe me odiando, Annabeth não retornando minhas ligações, eu sendo gay e corno para todo mundo. O de sempre – disse Nico, tentando parecer natural em sua fala; ele sabia que era muito bom em mascarar sua raiva. Era apenas se tornar sombrio e misterioso, um enigma. E isso ele bem conseguia fazer.

– É, a vida é realmente uma droga, amigo – comentou Luke.

– Não Luke, sua vida não é uma droga – discordou Percy – Você é o traficante mais importante de Bristol, é rico, tem um puta carro e namora a garota mais desejada da escola.

Nico viu Luke endurecer a expressão. O garoto não estava acostumado a ter suas opiniões discordadas, mas também não era isso que iria fazê-lo se irar contra Percy. Eles brincavam, zombavam e nunca levavam as coisas para o pessoal. Não tinham tempo para perder com isso e também esse tipo de atitude é coisa de menininha.

– Pode ser, mas eu gostaria de ter uma família pelo menos – agora Luke parecia mais relaxado.

Quando o garoto falou família Nico não pode deixar de pensar em Maria e Bianca. Sua única família. Ele nem dava valor enquanto outras pessoas dariam qualquer coisa para ter seus pais por perto.

– Nós somos uma família, Luke. Eu, você e Percy. Somos o melhor tipo de família que existe, acredite – Nico tragou novamente, se sentindo verdadeiramente gay com aquela cena toda.

Virou e encarou Percy, estranhando o garoto por estar tão quieto. Percy estava encarando algum ponto nada especial da parede, a mente absorta em pensamentos.

– Percy, quando você vai pegar a Rachel, ein? Fiquei sabendo que ela está caidinha por você – comentou Luke, cutucando o joelho de Percy com a ponta do tênis. O moreno irritado afastou o pé de Luke de perto dele e deu um sorriso malicioso.

– Já peguei, re-peguei e estou pensando em pegar de novo. Em que mundo você vive, Lukete? – Percy apagou o cigarro e se levantou, indo pegar três garrafa de cerveja na mini geladeira velha que tinha ali.

– Nunca dorme em serviço, Percy – disse Luke, pegando uma cerveja na mão do garoto. Nico fez o mesmo, logo a abrindo e dando um bom gole.

– Claro que não, até namorada do amigo está comendo agora – comentou Nico, com azedume. Não podia deixar isso te abater agora, não agora. Ele precisava se controlar antes que seus instintos o levasse a dar um soco na cara daquele desgraçado. Se controle, Nico, ele pensou.

– Isso de novo não, cara, dá um tempo – falou Luke, sem a mínima paciência – Todos nós sabemos que você é o que mais traí a garota.

– Imagina se eu comesse a Thalia? Você iria gostar, Luke? – disse Nico, colocando a garrafa na mesinha de centro (na verdade era um balde de cabeça para abaixo). O moreno se levantou subitamente e encarou Luke com agressividade.

– Nico, sua briga é comigo e não com Luke, deixo-o fora disso, tá legal? – interveio Percy, se colocando de frente a Nico, entre o moreno e o louro. Luke continuava a beber a sua cerveja despreocupadamente no sofá.

– Não acredito que vocês estão brigando por causa de uma garota, lembram do nosso juramento? – disse Luke, com uma pontada de tédio na voz. Ele gostava muito de Annabeth, a considerava uma irmã, mas achava patético a situação, sendo que ela mesma nem ligava para nenhum dos dois. Luke sabia como ninguém que o coração de Annabeth nunca iria pertencer a ninguém.

– “Não brigar por garotas” – mencionou Nico, revirando os olhos.

O moreno não podia acreditar que havia ido ali a fim de um pouco de paz e tudo que encontrara foi mais perturbação. Nico deu uma palmadinha no peito de Percy e deu as costas, indo embora.

Mais tarde, lá estava Nico fumando sentado de frente ao canal.

Agora não importava mais, sua vida estava num rumo desagradável e tudo que ele queria é encontrar a luz em meio a aquelas trevas. Os medos o assombram constantemente. O fato de Bianca sempre ser a filha perfeita e merecedora de tudo é algo que o irrita, mas não o afetaria se ela não fosse tão desgraçada com todo mundo. Aliais, Bianca não era a filha perfeita.

Talvez até pior que ele, pelo menos ele não traia a própria família ao espalhar mentiras tão barbaras.

Se afastar seria uma boa solução, mas isso significaria deixar tudo para trás. Festas, diversão, amigos. Annabeth.

Nico sabia que esse momento era apenas um dia ruim, com uma carga negativa muito grande. Ele sabia que a vida era feita para ser vivida intensamente e que coisas boas acontecem o tempo todo, e cabe a eles sabe eternizar esses momentos.


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Notas finais do capítulo

Então? Então? Então?
O que acharam?
Só comentar, bjs :*