As crônicas das Pedra. - As nove Pedras. escrita por Targaryen


Capítulo 2
Cawel: O que você sabe sobre a guerra?


Notas iniciais do capítulo

Ein.
Ein.
Ein.
Ein.
Divirtam-se :3



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Cawel.

– Quando a noite se põe fria e silenciosa, quando as feras gritam de medo, quando se escuta o boom do canhão, ai meu amor, já não existem mais esperanças.

– Vó. – Disse Cawel, sem se preocupar com as palavras. – Por favor. Uma guerra está bem longe de acontecer.

Sua avó virou a cara, voltando a tricotar, vendo a vista da madrugada, e as duas luas no céu.

– Me diga garoto. – Continuou a avó. – O que sabe sobre a guerra?

As feições da avó eram velhas e cheias de rugas, mas era bem reservada para seus 310 anos. Ela não tirava os olhos do tricô, mas sabia de cada palavra que saia de sua boca.

– Deixe eu ver... Gente se matando? – Seus cabelos ruivos caiam-lhe nos olhos.

A avó parou o tricô.

– Gente se matando? – Ela assumiu um tom severo e rápido. – Quando eu era criança eu via meus irmãos comendo carne humana podre, morta, que encontravam na rua para não morrerem de fome. Eu via os soldados montados em mamutes, um morrendo mais rápido que o outro. Eu ouvia o som dos dragões no céu, queimando gente viva... A toa. Sim, gente se matando. Gente morrendo. Mas eu via crianças dividindo sua comida, passando fome, e dividindo mesmo assim. Eu via mães mortas por não abandonarem seus bebês. Eu via soldados se matando, se sacrificando por pessoas inocentes. Uma relação entre Amor e Ódio, jovem Cawel, e me tempos de guerra, não se vive, ou você morre, ou sobrevive. E essa guerra começou quando os Deuses nos deram a primeira pedra. Graças a eles, a desgraça do homem a fez eles retirarem de nós. Mas elas voltaram. Sim, elas voltaram. Agora, olhe para mim e me diga em tom despreocupado novamente, que uma guerra não esta a caminho.

Cawel não obteve resposta. Abaixou a cabeça.

– Me desculpe, vó.

– Está desculpado. Agora vá dormir. Não vai querer que os fantasmas te peguem, não é?

Cawel se levantou de sua cadeira, e deu um leve sorriso.

– Eu não acredito em fantasmas.

– Me diga garoto. O que sabe sobre fantasmas? – A avó retribuiu o sorriso. – Vá dormir.

Cawel não tinha medo de fantasmas. Não acreditava. Mas havia horas em que escutava sua avó falando com pessoas na casa, e só moravam os dois.

Devia ser uma dádiva... Ou não. Sua avó era a última sacerdote de todo os nove reinos. Em suas histórias, as mais poderosas, viviam mais de 500 anos, absorvendo inteligência a cada minuto, e ensinando a cada segundo. Alguns chamava sua avó de companheira dos fantasmas, mas Cawel nunca levou a sério.

Entrou em seu quarto, fechou a porta e se despiu. Deitou em sua cama, fria, e pensou em uma guerra de verdade. Pensou tanto que acabou sonhando.

Naquele sonho não havia sorrisos.

Quando acordou, estava suado e suas mãos tremiam.

Levantou se sua cama, e vestiu uma vestimenta simples: Camisas de seda largas, calças de couro, e sandálias.

Sua avó bem provavelmente, estaria esperando ele na cozinha, e lá ela estava.

– Hoje teremos nabos cozidos, e peixe frito. – Disse ela. – Então preciso que vá até o mercado e compre dois peixes, e nabos crús. Ande rápido. – Sua avó entregou o dinheiro, e Cawel saiu de sua casa.

Sanchezo não era feio, não mesmo. De todos os nove reinos era o maior, e de longe o mais bonito. Em tamanho só disputava com Matretrica, a cidade proibida.

Sanchezo não era dividas em cidades, e sim nas 4 zonas : Norte, Sul, Leste e Oeste., como de costume em todos os nove reinos, exceto em Glacial.

O leste era onde as pessoas mais importantes moravam e se estabeleciam, como por exemplo, governadores do Reino de Stonebroken, e várias pessoas de cargos importantes de Whincherland. O Sul era a zona pobre de Sanchezo, não era raro ouvir falar de ladrões, assassinos, e Seguidores Negros na zona Sul. O norte era a gigante plantação: Flores de todos os tipos, árvores gigantes, fazendeiros, e animais exóticos, e Cawel morava em Oeste de Sanchezo. A zona... Normal.

A pessoas andavam felizes, e moleques malandravam em bando, roubando adultos e fugindo correndo. Casais brigavam em suas casas, e outros namoravam em bancos de madeira.

Cawel passou por todos, e mais um pouco. A feira ficava ali perto.

Passou pela Pequena Ponte. Era comum se ver ali em baixo, pessoas se banhando, e mulheres lavando suas roupas. Cawel observou o fluxo da água calma, e gelada, e por um momento quis nadar naquelas águas.

E então as tendas apareceram. Milhares delas, cada uma para algo, uma imensidão que se estendia até não se ver mais. A tenda de peixes era uma das primeiras.

Dentro dela, milhares de peixes de diversas cores enriqueciam o lugar, mas o odor... bem, não muito agradável.

– Bom dia. – Disse a atendente, loira de olhos escuros. – Vai querer algo? Estão fresquinhos. Chegaram hoje mesmo.

A loira carregava um largo sorriso no rosto.

– Hm... Sim. Pretendo levar dois peixes. Aqueles ali. – Cawel apontou aos dois desejados. – Eles... vieram de onde?

– Vieram de Stonebroken. Os melhores peixes vêm de lá. – Ela não parava de sorrir, e realmente tinha algo ali, pois era de extrema importância, não comentar de onde qualquer mercadoria se origina.

Cawel retribuiu o sorriso.

– O.k. – Pagou a moça metade do dinheiro.

Passou por mais umas trinta tendas, onde de chegar a tenda dos legumes e verduras. A moça era diferente – Forte e carrancuda. Não trocou sorrisos, nem muito menos palavras. Apenhas pediu o dinheiro, assim que Cawel escolheu os nabos.

Sua caminhada de volta foi diferente. As pessoas não se encontravam mais namorando, e o rio assumira um tom mais pesado. Estranho isso por apenas 20 minutos nas tendas, mas quando já via sua casa distante, o céu assumiu uma tom alaranjada, e assim, o reino de Sanchezo recebeu a segunda pedra.

E então refletiu a si próprio: Há uma guerra a caminho?


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Notas finais do capítulo

Enfim, espero que gostem. Comentem, bigadu :3



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